Luiza franziu a testa:- Já cresci, não gosto mais de rosa.- Com 22 anos, ainda é uma criança, não cresceu.Luiza pensou que ele estava se referindo àquela parte, e seu rosto corou.- Por que seu rosto está vermelho? - Miguel notou a mudança e, ao perceber que ela havia entendido mal, seu olhar se intensificou. - No que você está pensando?Luiza fechou a cara.- Não é nada.- Claro que é, seu rosto está vermelho. - Ele sorriu, observando ela de cima a baixo. - Será que não te satisfiz esta manhã e você ficou um pouco chateada?Luiza, inexplicavelmente, se lembrou da cena da manhã.Se não fosse a chegada de Clara, imaginou que estaria prestes a ser forçada a ter relações sexuais. Seu rosto esquentou e ela o empurrou:- De jeito nenhum!- Se pensou, pensou. Homens e mulheres têm suas necessidades, não há nada para esconder. - Miguel não se irritou, entregando a ela o vestido de tule. - Experimente.A expressão de Luiza estava rígida, mas ela não quis prolongar a conversa e entrou no pro
- A couve é gostosa, crocante e um pouco doce. A senhora deveria experimentar quando tiver um tempo livre. Além disso, é importante manter bons hábitos de vida, como seguir um horário regular para dormir e evitar ficar acordada até muito tarde. - Aconselhou Eduardo, sabendo que Luiza estudava design e frequentemente passava noites em claro trabalhando em seus projetos.Luiza ficou surpresa com a atenção de Eduardo e disse, sorrindo:- Nunca imaginei que, por trás dessa aparência robusta, houvesse um coração tão delicado. Sua namorada deve ser muito feliz ao seu lado, não é?- Senhora, por favor, não brinque assim. Sou solteiro.- Ah? Solteiro? Mas você é tão bonito, alto, com mais de um metro e oitenta, além de ser assistente do presidente. Certamente tem um bom salário. Como pode estar sem namorada?Eduardo pretendia dizer que, “trabalhando para o Presidente Miguel, ele não tinha tempo para descansar, quem dirá para um relacionamento amoroso.”Mas, antes que pudesse falar, Miguel o en
- Espere.Ele ainda não havia terminado de se arrumar, e seus dedos roçavam constantemente na pele dela, fazendo o coração de Luiza oscilar. Ela não conseguiu resistir e apressou-o:- Seja mais rápido.- Não se mexa. - Ordenou ele. Como poderia terminar se ela continuasse se movendo?Luiza, então, se forçou a ficar imóvel.Ele estava irritado com a demora, virou ela de frente para si e continuou a ajudá-la.Quando Luiza ergueu os olhos, encontrou o rosto atraente dele. O homem, meticulosamente vestido, parecia um rei dominando seu reino, exalando uma aura de nobreza e vigor.Luiza não ousou manter o contato visual e baixou suas longas pestanas.Miguel percebeu seu nervosismo e olhou ela mais intensamente. Ela, com o rosto corado, permanecia imóvel em seus braços, como uma delicada boneca de porcelana.- Quando entrarmos, colabore comigo. - Disse Miguel com um olhar profundo.Luiza o olhou, os olhos brilhando:- Se eu me sair bem, você não vai mais perseguir a Marina, certo?- Sim. -
- Por que aquela Clara disse que a mulher no carro era ela? - Perguntou o Sr. Souza ao Miguel.Miguel respondeu com voz suave: - É só para fazer notícia, temos um novo projeto prestes a ser lançado e o grupo precisa de um pouco de atenção.Ao ouvir que um novo projeto estava prestes a ser lançado, a raiva do Sr. Souza diminuiu bastante e ele se virou para perguntar: - O novo projeto já está pronto tão rápido?- Quando foi que eu o decepcionei? - Disse Miguel com um sorriso.Essa era a razão pela qual o Sr. Souza gostava dele.Com um temperamento calmo e forte, capacidade de trabalho, o Sr. Souza entregou a gestão de todo o grupo a ele.Depois de falar dos assuntos da empresa, o Sr. Souza começou a pressionar por um herdeiro:- Miguel, você já não é mais tão jovem. Pare de viajar tanto para o exterior a trabalho, delegue as tarefas aos seus subordinados e se concentre mais em casa. E rápido, tenha um bisneto com a Luiza para eu poder segurar.O Sr. Souza, já de idade avançada, tinha c
- Certo. - Luiza respondeu e partiu.Um grupo de pessoas se reunia ao redor da mesa de jantar.A família do tio observava enquanto Luiza preparava os utensílios de mesa, e todos notavam que Helena não simpatizava com essa nora, fazendo ela realizar tarefas que, normalmente, seriam de uma empregada, levando a família a também não a respeitar.Dolores Reis comentou com um sorriso:- Cunhada, a Luiza é realmente obediente, faz tudo o que você pede.Helena sorriu de leve,- É só isso que ela tem de bom, é dócil e obediente.- Luiza já está grávida? Já faz dois anos desde que casou com Miguel, não é? - Dolores perguntou de propósito, orgulhosa pelo fato de sua própria nora estar grávida recentemente.Essa pergunta tocou um ponto sensível em Helena, que respondeu sorrindo:- Isso é assunto dos jovens, eu não posso controlar. Além disso, Miguel está sempre ocupado, viajando com frequência tanto dentro quanto fora do país, não é como o seu filho Enzo Medeiros, que não precisa trabalhar e, clar
Dolores ficou surpresa por um momento e, em seguida, sorriu.- Tudo bem, vocês dependem da tia, e a tia está mais do que feliz com isso.- Depois do jantar, por favor, tia prepare café para todos e corte algumas frutas. - Disse Miguel, sem nem sequer levantar os olhos, continuando a conversa.Dolores queria ficar irritada, mas não ousava demonstrar, queria fazer cara feia, mas não era apropriado. Assim, ela ficou lá, com uma expressão desagradável no rosto.Luiza, ouvindo em silêncio, se sentiu um pouco vingada e quis rir.Dolores sempre foi sarcástica com ela, então vê-la em apuros a fez se sentir aliviada.No entanto, ela não podia rir ali.Só pôde baixar a cabeça, contendo o riso.- Tem algo tão engraçado? - Miguel serviu alguns vegetais para Luiza.- Não. - Luiza se controlou, levantou a cabeça e viu mais espinafre no prato.Espinafre?Ela pausou por um segundo, olhou para Miguel, que comia calmamente, sem dizer uma palavra.Luiza pensou que fosse coincidência e não deu muita impo
Luiza levou um susto e baixou a cabeça, dizendo:- Vovô!- O que você acabou de conversar com a Bruna? Por que ela ficou com o rosto pálido de medo? - Indagou o Sr. Souza.Luiza não esperava que a conversa no andar inferior tivesse sido ouvida por ele.Baixou a cabeça e respondeu:- Não foi nada de mais, apenas uma pequena discussão.Ela pensou que o Sr. Souza estaria descontente por ela ter repreendido sua neta, mas, para sua surpresa, ele acenou com a cabeça, mostrando aprovação.- Luiza, você agiu corretamente.Surpresa, Luiza ergueu a cabeça.O Sr. Souza, sorrindo, disse:- A Bruna sempre foi mimada pelos pais desde pequena, desenvolvendo uma personalidade arrogante e dominadora. É essencial ter uma cunhada como você para contê-la, assim ela pensará duas vezes antes de se exceder no futuro.Ao ouvir isso, Luiza se sentiu aliviada, sem esperar tamanha compreensão do Sr. Souza.Casada com a família Souza por dois anos, sempre recebeu gentilezas do Sr. Souza, mas nunca haviam tido um
Luiza hesitou por um instante ao ouvir Miguel dizer:- Você não precisa se envolver nisso.- Por que não me deixar cuidar disso? É uma questão de enorme importância para a sua vida, Miguel. Você já tem 30 anos, a saúde da mãe está deteriorando, e ela não terá muitos anos de vida. Meu único desejo é que você possa dar um neto à família Souza. Assim, sua posição no grupo estará garantida. Quando a mãe partir, pelo menos você terá um filho ao seu lado...Miguel não respondeu. Com passos firmes, entrou no quarto.Helena sentiu um aperto no coração, se virou e, ao avistar Luiza, seu rosto escureceu.- Há quanto tempo você está aqui?- Acabei de chegar. - Respondeu Luiza.Helena disse:- Miguel é reservado, normalmente ele não toma a frente, então você precisa ser mais proativa. Vocês são casados, não há nada de errado em ter mais abertura entre vocês. Seja mais afetuosa, os homens adoram isso.Helena estava ansiosa para que Luiza seduzisse Miguel, acreditando que, com mais tentativas e os r
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que