Ela era uma jovem de uma família outrora abastada, possuidora de uma beleza sem par, mas sem habilidades para se proteger Uma jovem tão bela e pura era a presa favorita dos velhos tarados da alta sociedade.Ademais, Bryan havia ofendido muitas pessoas antes, e, por isso, inúmeros eram os homens que ansiavam por dominá-la.Luiza falou friamente:- Eu não preciso que você me controle.A mera ideia de ele ter engravidado Clara a enojava.Não queria mais dialogar com ele, se virou e se afastou.Ao dobrar a esquina, Luiza foi surpreendida por um café lançado contra si.- Vadia, como ousa flertar com Theo, quem pensa que é? - Era Bruna, acompanhada por um grupo de modelos e seus seguidores, todos lançando olhares furiosos para Luiza.Luiza estava prestes a responder quando Bruna agarrou seus cabelos.Bruna amaldiçoou: - Luiza, você não passa de uma intriguista que conspirou contra o casamento do meu primo. Agora que Clara voltou, meu primo não quer mais saber de você, e ainda assim pensa em
Miguel disse sombriamente:- Bruna?Bruna, com o coração acelerado pelo medo, se recusou a baixar a cabeça. Com os olhos vermelhos, acusou:- Primo, foi ela quem começou a me bater.- Você quer dizer que ela atacou todos vocês? - Perguntou Miguel, sua voz soando friamente.Luiza ficou surpresa.Não esperava que Miguel a defendesse.Aquilo foi completamente inesperado.- Não... Não é isso... - Bruna, pálida, mentiu descaradamente. - É porque ela roubou meu homem.- Quem é o seu homem? - A frieza no olhar de Miguel era palpável.- Theo. - Como Theo não estava presente, Bruna inventou qualquer coisa; ela nutria uma paixão havia tempos por Theo e já o considerava seu homem de coração.Miguel a encarou com desdém e disse sem rodeios:- Theo se interessaria por alguém como você?- O que há de errado comigo?- Arrogância e falta de qualidades.Bruna ficou atônita, sem resposta.Luiza esboçou um sorriso.Miguel realmente conhecia a prima; uma mulher sem qualidades de fato não tinha nada que pu
Ela precisava de dinheiro naquele instante; apenas um pouco resolveria.Todos se surpreenderam, voltando seus olhares para Luiza.Com um sorriso, Luiza disse:- Como assim? Uma herdeira rica não vai se negar a pagar as despesas médicas, não é?Bruna, incapaz de resistir à provocação, ergueu o queixo e retrucou:- Quem disse que não quero pagar? Qual o valor, me diga.- Cinquenta mil. - Luiza, temendo que Bruna mudasse de ideia, rapidamente mostrou o código para pagamento.Bruna pegou o celular para escanear.- O dinheiro já está transferido, confira para não dizer depois que não paguei.- Recebido. - Ao confirmar a transferência de cinquenta mil, o humor de Luiza melhorou significativamente, considerando que levar dois tapas por cinquenta mil valia a pena.O clima ficou tenso, Miguel observou Luiza aceitar o dinheiro com um semblante frio.Consciente de seu papel, ela pegou o dinheiro e partiu.Miguel, com uma expressão carregada, seguiu ela, exalando uma aura pesada.Luiza, confusa, s
- Bem feito. - Após observar por um tempo, ele proferiu essas palavras.Luiza se inflamou instantaneamente.- Acha que mereço ser agredida sem motivo?- Não reagir e ser agredida assim, é merecido.Luiza ficou perplexa.- Eu reagi, mas elas eram muitas. Não conseguia vencê-las e, além disso, cada uma é filha de famílias abastadas, enquanto eu sou apenas uma socialite em declínio. O que posso fazer contra elas?- Você deveria ter revidado. Queria ver quem se atreveria a te censurar.Luiza permaneceu ligeiramente atônita.O que ele queria dizer com isso?Ele iria protegê-la?Ela não compreendeu suas intenções e não pôde evitar observá-lo mais um pouco.Ele, com expressão impassível, ergueu o queixo dela, abriu o frasco de pomada que tinha nas mãos, aplicou um pouco e espalhou em seu rosto.A pomada fria aliviou a ardência imediatamente.Luiza estava confusa a respeito dele.Sempre dizendo que odiava a família Medeiros e que não gostava dela, mas, na verdade, se mostrava bastante solícito
Luiza estava desconfortável, desejando encerrar aquele flerte ambíguo. Contudo, os paparazzi estavam à sua procura, e ela receava se mover, temendo ser fotografada e gerar um escândalo que pudesse impactar o valor das ações.- Não tenha medo. - Disse ele, percebendo seu tremor e segurando firmemente sua mão delicada.Luiza se sentiu envolvida por seus dedos, se aproximando do seu peito, aturdida por um instante.- Miguel... - Ela sentiu sua reação e ficou ainda mais nervosa.Miguel falou em voz baixa:- Não fale.Sua voz era agora tão suave e doce que ele parecia irresistível.- Mas... - Luiza estava desconfortável, sentindo Miguel se pressionar contra ela através do tecido, seu rosto ardendo de vergonha.Especialmente porque o carro balançava ocasionalmente, como se incentivasse aquela situação.Luiza ficou tão nervosa que segurou a respiração, agarrando a ponta da camisa dele, com o rosto ruborizado.Ela estava extremamente tensa.E ele, imóvel atrás dela, respirava um pouco mais pe
Ela forçou um sorriso amargo nos lábios e desceu do carro, saindo de cima das pernas dele. Por dentro, uma voz incessante a incitava a voltar e pedir para Miguel não ir embora. Ela resistiu, mas não conseguiu se conter, parou e olhou para trás. - Senhor...Antes que suas palavras pudessem terminar, o carro de Miguel já havia partido, desaparecendo no crepúsculo...Luiza parecia desolada. Uma lágrima caiu na grama. Depois veio a segunda, a terceira...Ela ficou parada no vento frio, com lágrimas cobrindo o rosto. Um telefonema da Clara e ele iria correr para vê-la, sem pensar duas vezes.O que mais ela poderia esperar? Aquela mulher era a deusa que ele amava havia dez anos. Luiza perdeu toda a esperança, enxugou as lágrimas, correu para o apartamento para arrumar suas coisas e partir....Miguel dirigiu para o hospital. Chegando lá, viu Clara acariciando a barriga, sentada firmemente na cama do hospital, parecendo frágil. - Miguel, você chegou. - Ao vê-lo, ela sorriu, seus olh
Miguel voltou à Quinta do Lago quando já era noite.Lívia saiu ao seu encontro e disse: - Senhor, a secretária do Sr. Souza ligou, pedindo para o senhor e sua esposa retornarem no sábado à noite.- Entendi. - Respondeu Miguel. - Minha esposa já jantou?Lívia parecia confusa. - A senhora saiu ao entardecer e não voltou ainda.Miguel parou por um instante, subiu as escadas apressadamente e notou que todos os livros de referência dela não estavam mais na mesa e algumas roupas também haviam sumido do guarda-roupa.Miguel franziu a testa, suas feições agora pareciam especialmente sombrias....Luiza jantava no estúdio com Marina.Marina comprou duas dúzias de cervejas e, enquanto bebiam, começaram a conversar sobre o Grupo NAS.Marina estava surpresa. - Sério? O Grupo NAS, líder na indústria de marcas de luxo, realmente quer fazer parceria conosco?- Algo nisso me soa fácil demais. - Disse Luiza, incerta do motivo, mas relutante em correr riscos.Marina concordou. - Talvez devêssemos in
Depois, ela se sentou no sofá, bebendo vinho calmamente. Nesse momento, o telefone tocou. Luiza atendeu:- Alô? - Luiza, sou eu. - A voz de Clara veio do outro lado da linha, suavemente. - Eu queria te perguntar uma coisa.- O que é?- Eu estava querendo saber, que marca de preservativos o Miguel costuma usar?Luiza ficou surpresa, sem reação:- O quê?- Você não costumava acompanhar o Miguel? Não sabe que marca e tamanho ele usa? O Miguel vai passar a noite aqui, e eu estava pensando em me preparar, mas não sei o que ele usa, então liguei para perguntar...Ela fez essa ligação para afirmar sua autoridade. Luiza, sem conseguir dizer uma palavra e com o coração cheio de amargura, bebeu uma garrafa de cerveja. - Luiza? - A voz de Clara ainda estava no telefone. - Por que você não responde? Esse assunto te machucou? Mas você não disse que não tinha sentimentos pelo Miguel? Luiza não respondeu, desligou o telefone, cortando o som de Clara. Ela bebeu outra garrafa de vinho, e lágrima
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.