Ela precisava de dinheiro naquele instante; apenas um pouco resolveria.Todos se surpreenderam, voltando seus olhares para Luiza.Com um sorriso, Luiza disse:- Como assim? Uma herdeira rica não vai se negar a pagar as despesas médicas, não é?Bruna, incapaz de resistir à provocação, ergueu o queixo e retrucou:- Quem disse que não quero pagar? Qual o valor, me diga.- Cinquenta mil. - Luiza, temendo que Bruna mudasse de ideia, rapidamente mostrou o código para pagamento.Bruna pegou o celular para escanear.- O dinheiro já está transferido, confira para não dizer depois que não paguei.- Recebido. - Ao confirmar a transferência de cinquenta mil, o humor de Luiza melhorou significativamente, considerando que levar dois tapas por cinquenta mil valia a pena.O clima ficou tenso, Miguel observou Luiza aceitar o dinheiro com um semblante frio.Consciente de seu papel, ela pegou o dinheiro e partiu.Miguel, com uma expressão carregada, seguiu ela, exalando uma aura pesada.Luiza, confusa, s
- Bem feito. - Após observar por um tempo, ele proferiu essas palavras.Luiza se inflamou instantaneamente.- Acha que mereço ser agredida sem motivo?- Não reagir e ser agredida assim, é merecido.Luiza ficou perplexa.- Eu reagi, mas elas eram muitas. Não conseguia vencê-las e, além disso, cada uma é filha de famílias abastadas, enquanto eu sou apenas uma socialite em declínio. O que posso fazer contra elas?- Você deveria ter revidado. Queria ver quem se atreveria a te censurar.Luiza permaneceu ligeiramente atônita.O que ele queria dizer com isso?Ele iria protegê-la?Ela não compreendeu suas intenções e não pôde evitar observá-lo mais um pouco.Ele, com expressão impassível, ergueu o queixo dela, abriu o frasco de pomada que tinha nas mãos, aplicou um pouco e espalhou em seu rosto.A pomada fria aliviou a ardência imediatamente.Luiza estava confusa a respeito dele.Sempre dizendo que odiava a família Medeiros e que não gostava dela, mas, na verdade, se mostrava bastante solícito
Luiza estava desconfortável, desejando encerrar aquele flerte ambíguo. Contudo, os paparazzi estavam à sua procura, e ela receava se mover, temendo ser fotografada e gerar um escândalo que pudesse impactar o valor das ações.- Não tenha medo. - Disse ele, percebendo seu tremor e segurando firmemente sua mão delicada.Luiza se sentiu envolvida por seus dedos, se aproximando do seu peito, aturdida por um instante.- Miguel... - Ela sentiu sua reação e ficou ainda mais nervosa.Miguel falou em voz baixa:- Não fale.Sua voz era agora tão suave e doce que ele parecia irresistível.- Mas... - Luiza estava desconfortável, sentindo Miguel se pressionar contra ela através do tecido, seu rosto ardendo de vergonha.Especialmente porque o carro balançava ocasionalmente, como se incentivasse aquela situação.Luiza ficou tão nervosa que segurou a respiração, agarrando a ponta da camisa dele, com o rosto ruborizado.Ela estava extremamente tensa.E ele, imóvel atrás dela, respirava um pouco mais pe
Ela forçou um sorriso amargo nos lábios e desceu do carro, saindo de cima das pernas dele. Por dentro, uma voz incessante a incitava a voltar e pedir para Miguel não ir embora. Ela resistiu, mas não conseguiu se conter, parou e olhou para trás. - Senhor...Antes que suas palavras pudessem terminar, o carro de Miguel já havia partido, desaparecendo no crepúsculo...Luiza parecia desolada. Uma lágrima caiu na grama. Depois veio a segunda, a terceira...Ela ficou parada no vento frio, com lágrimas cobrindo o rosto. Um telefonema da Clara e ele iria correr para vê-la, sem pensar duas vezes.O que mais ela poderia esperar? Aquela mulher era a deusa que ele amava havia dez anos. Luiza perdeu toda a esperança, enxugou as lágrimas, correu para o apartamento para arrumar suas coisas e partir....Miguel dirigiu para o hospital. Chegando lá, viu Clara acariciando a barriga, sentada firmemente na cama do hospital, parecendo frágil. - Miguel, você chegou. - Ao vê-lo, ela sorriu, seus olh
Miguel voltou à Quinta do Lago quando já era noite.Lívia saiu ao seu encontro e disse: - Senhor, a secretária do Sr. Souza ligou, pedindo para o senhor e sua esposa retornarem no sábado à noite.- Entendi. - Respondeu Miguel. - Minha esposa já jantou?Lívia parecia confusa. - A senhora saiu ao entardecer e não voltou ainda.Miguel parou por um instante, subiu as escadas apressadamente e notou que todos os livros de referência dela não estavam mais na mesa e algumas roupas também haviam sumido do guarda-roupa.Miguel franziu a testa, suas feições agora pareciam especialmente sombrias....Luiza jantava no estúdio com Marina.Marina comprou duas dúzias de cervejas e, enquanto bebiam, começaram a conversar sobre o Grupo NAS.Marina estava surpresa. - Sério? O Grupo NAS, líder na indústria de marcas de luxo, realmente quer fazer parceria conosco?- Algo nisso me soa fácil demais. - Disse Luiza, incerta do motivo, mas relutante em correr riscos.Marina concordou. - Talvez devêssemos in
Depois, ela se sentou no sofá, bebendo vinho calmamente. Nesse momento, o telefone tocou. Luiza atendeu:- Alô? - Luiza, sou eu. - A voz de Clara veio do outro lado da linha, suavemente. - Eu queria te perguntar uma coisa.- O que é?- Eu estava querendo saber, que marca de preservativos o Miguel costuma usar?Luiza ficou surpresa, sem reação:- O quê?- Você não costumava acompanhar o Miguel? Não sabe que marca e tamanho ele usa? O Miguel vai passar a noite aqui, e eu estava pensando em me preparar, mas não sei o que ele usa, então liguei para perguntar...Ela fez essa ligação para afirmar sua autoridade. Luiza, sem conseguir dizer uma palavra e com o coração cheio de amargura, bebeu uma garrafa de cerveja. - Luiza? - A voz de Clara ainda estava no telefone. - Por que você não responde? Esse assunto te machucou? Mas você não disse que não tinha sentimentos pelo Miguel? Luiza não respondeu, desligou o telefone, cortando o som de Clara. Ela bebeu outra garrafa de vinho, e lágrima
Luiza tinha bebido demais, como se estivesse num sonho. Ela ergueu os braços e os envolveu ao redor do pescoço dele. - Senhor, você voltou?- Adular não vai ajudar. - Miguel, pensando que ela tentava agradá-lo com uma expressão fria, tentou afastá-la.- Senhor, não fique com outras pessoas. - O corpo macio de Luiza se aninhou contra ele, e ela elevou o rosto dele, diminuindo a distância entre os dois. - Eu não sou boa o suficiente?Ela o olhava com olhos ligeiramente embriagados, as extremidades dos olhos vermelhas. Estendeu a mão para acariciar o rosto dele. - Já sou tão obediente, isso ainda não é suficiente?Os olhos de Miguel se aprofundaram. - Não foi você quem quis o divórcio?- Estou sofrendo. - Ela disse com os lábios apertados.Miguel não queria mais soltá-la e a abraçou, perguntando suavemente: - Onde está doendo?- Meu coração. - Ela colocou a mão sobre o peito e murmurou. - Eu disse a mim mesma que foi meu pai quem te enganou, que o erro foi da minha família, que eu nã
Miguel permaneceu atônito por um momento antes de dizer:- Foi você quem me pediu.- Eu que te pedi? - Luiza, com a cabeça baixa, replicou. - Me sinto tão só. Desde que meu pai foi preso, anseio por alguém que me ame...Miguel, olhando ela mais profundamente, respondeu:- Eu não vou te amar.- Pois é, você não vai me amar. Escolhi a pessoa errada. - A voz dela era suave como algodão, e ela se levantou lentamente, pronta para descer as escadas.Miguel segurou sua mão:- Para onde você vai?- Ver meu pai.- Ele está preso agora, melhor voltar. - Miguel apertou a mão dela, impedindo ela de ir.Luiza falou:- Ele pode estar preso, mas com certeza sente a minha falta. No mundo inteiro, só ele deve sentir minha falta.Miguel estremeceu e, com um pouco mais de força, a puxou para seus braços.Luiza caiu em seus braços, e ele disse:- Seu pai está na prisão, não é possível visitá-lo à noite. Vá amanhã.- Então eu também não deveria estar aqui. Este lugar não é minha casa.- Você não tem para o
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para
Conversando, o carro entrou na mansão da família Amorim.No vasto gramado verde, havia um carro desconhecido estacionado. Priscila estava parada sob a luz do sol, sorrindo para a pessoa dentro do carro.— Elias, você veio.O homem dentro do carro acenou com a cabeça.Em seguida, a porta do carro se abriu, e desceu um homem de feições refinadas, vestindo um terno casual, com um ar gentil e educado.— Por que você não me avisou? Se tivesse me avisado, com certeza eu teria ido ao aeroporto te buscar. — Priscila olhou para ele, com um brilho alegre nos olhos.Luiza raramente via Priscila tão bem-humorada.Já Francisco exibia um sorriso sarcástico evidente.Então era um rival amoroso.Luiza finalmente entendeu.— Hoje é o aniversário da Maria, vim especialmente para isso, queria fazer uma surpresa para ela. — Elias tirou um presente de dentro do carro. — Isso é para a Maria.— Não me entregue, daqui a pouco você mesmo pode dar a ela. Tenho certeza de que vai ficar muito feliz. — Priscila re
A situação de Bryan era algo que Miguel precisava resolver; Luiza não sentia qualquer constrangimento, pois considerava que isso era uma compensação que ele devia à família dela.Com isso resolvido, não havia mais nada para dizer entre eles.Miguel quis perguntar sobre Francisco, mas Luiza pegou uma bebida, fingindo tomar um gole enquanto olhava para o celular, mantendo a cabeça baixa para evitar conversar com ele.Tudo o que ele dizia era a mesma coisa de sempre, sem graça. Ela não queria se envolver mais com ele e, por isso, também não estava interessada em ouvir.O tempo passava, segundo a segundo.O telefone de Luiza tocou novamente.Ela estava distraída antes, aparentando ler notícias, mas, na verdade, sem absorver uma única palavra.Quando o telefone tocou, ela se recompôs, atendeu e respondeu com um tom de voz calmo:— Alô.— Estou na entrada, venha para fora. — Francisco já havia chegado.— Certo.Luiza respondeu, encerrou a ligação e colocou o celular de volta na bolsa, já se