Diana respondeu: [Claro que sim, ele me pergunta todos os dias se eu já falei com você. Luiza, se um dia você puder, faça uma chamada de vídeo com o Felipinho.] Ao ouvir isso, Luiza sentiu um leve aperto no coração: [Ok, amanhã, quando o Felipinho acordar, me avise. Vou dar um jeito de fazer uma videochamada com ele.] Diana respondeu: [Certo.] Luiza ponderou por um momento e acrescentou: [Diga ao Felipinho que estou bem aqui, que ele não precisa se preocupar comigo.] Diana disse: [Entendido.] Terminada a conversa, Luiza ficou parada, encostada na cabeceira da cama, perdida em pensamentos. O som da água no banheiro parou. Miguel saiu do banheiro com uma toalha branca enrolada na cintura, o cabelo ainda molhado, parecendo refrescante e charmoso. Luiza ouviu o barulho, olhou para ele e ficou encarando seu rosto sensual, completamente absorta. Miguel não percebeu sua tristeza, só pensou que ela estava encantada e, sorrindo, disse: — Ficou paralisada olhando para o meu c
Mas o que acontecia quando a dopamina desaparecia? No final, o amor sempre retornava à calmaria.Sempre houve um conflito irreconciliável entre a família Medeiros e a família Souza. Será que ela realmente poderia enfrentar todos, até ao ponto de enfurecer Helena para ficar com Miguel?A resposta era: não.Se ela realmente matasse Helena de raiva, haveria uma barreira entre ela e Miguel. Sempre que se olhassem, se lembrariam de duas vidas, e, de qualquer forma, isso nunca poderia acabar bem.Durante quatro anos, sempre que ela pensava em Miguel, ela se dizia: "Não pense nisso, não escute, deixe para lá. Ele pode encontrar alguém que seja ideal para ele e viver uma vida feliz. Eu tenho o Felipinho, minha vida também está completa."Mas, quatro anos depois, Miguel ainda estava esperando por ela, ele ainda queria ficar com ela.Talvez fosse a determinação dele de querer ficar com ela a qualquer custo que a tocou, fazendo Luiza vacilar um pouco.Ouviu dizer que Helena estava prestes a falec
Miguel disse:— Luiza, a Alice está sendo seguida pelos homens do Theo. Eu preciso ir agora para salvá-la.Luiza assentiu:— Pode ir.— Há quatro anos, ela me ajudou muito. Agora, ela está sendo alvo do Theo por minha causa. Não posso ignorar isso. — Miguel percebeu que ela não parecia feliz e tentou explicar. — Você está chateada?— Não. — Ela balançou a cabeça. De que adiantaria estar chateada?Miguel olhou para ela mais uma vez, antes de se vestir e sair:— Quando eu voltar, vou te contar o que aconteceu há quatro anos.— Certo. — Luiza concordou com um aceno de cabeça....No galpão abandonado.Alice estava sentada elegantemente em frente a alguns homens uniformizados. O homem à frente era um estrangeiro, com tatuagens nos braços robustos, chamado William.Inicialmente, eles vieram mesmo para sequestrar Alice. Theo havia dado ordens para capturá-la e trocá-la por Luiza com Miguel.Foi só depois de ser capturada que Alice soube que Luiza havia voltado. Ela agora estava morando
Alice disse: — Eu quero te dizer uma coisa: mesmo que você tenha me sequestrado, o Miguel não vai trocar a Luiza por mim, e você vai acabar se decepcionando. Em vez disso, por que não cooperamos? Eu posso te ajudar a causar uma ruptura no relacionamento deles. Quando a Luiza tiver o coração partido, ela naturalmente vai deixar Valenciana do Rio. O que você acha que é melhor? Que ela saia forçada, mas ainda apaixonada, ou que vá embora por conta própria, com o coração despedaçado?— O que você sugere? — Theo, incomumente, demonstrou um pouco mais de paciência ao escutá-la.— É assim: você pode mandar seus seguranças fingirem me estuprar e tirar algumas fotos para usar como ameaça. Se as pessoas souberem que eu fui violentada por homens seus, o Miguel vai se sentir culpado por muito tempo. Acredito que ele vai se sentir responsável por mim pelo resto da vida.Na última vez em que foi sequestrada, Alice já tinha pensado nisso. Se tivesse sido violentada naquela ocasião, o Miguel certame
Eduardo e sua equipe começaram a vasculhar os corpos das pessoas mortas e encontraram um maço de fotos comprometedoras.Essas fotos foram tiradas de Alice, que, para garantir a autenticidade, havia se despido completamente.Ao ver as fotos, Eduardo franziu a testa e, segurando elas nas mãos, perguntou ao Miguel:— Presidente Miguel, essas fotos são da Srta. Alice. O que devemos fazer com elas?— Destruam todas. — Respondeu Miguel friamente.— Sim, senhor!Alice ainda tremia, com o corpo todo tenso, e perguntou:— Miguel, isso foi a mando do Theo. Quem sabe ele não tenha feito cópias dessas fotos. O que faremos? Miguel, estou nas mãos deles, estou acabada...— Vamos primeiro ao hospital. — Miguel disse, tentando confortá-la com suavidade, sem saber o que mais dizer.Mas Alice se recusou a ver um médico. Ela foi levada a um quarto de hospital, onde continuava a tremer violentamente.— Não, Miguel, não quero ver um médico. Não quero que vejam o meu estado... Sujo...Ela chorava, implorand
Alice estava cheia de ciúmes.Ela pensou que, depois de Miguel ter matado Luiza, ele escolheria se casar com ela, mas, surpreendentemente, após uma viagem para a América, surgiu esse problema.Durante esses anos, Alice havia se dedicado completamente ao Grupo Sunland, pois já se considerava a dona da empresa. Mas agora, Luiza havia voltado.Alice havia tramado por tantos anos e estava a um passo de se tornar a dona do Grupo Sunland. Como ela poderia aceitar deixar outra pessoa tomar seu lugar?Ela soltou um resmungo frio e disse:— Se essa vadia ousar voltar, vou fazer com que ela passe pela mesma coisa que aconteceu quatro anos atrás.Se não fosse por Theo querer Luiza, Alice já teria pensado em matá-la.Com ódio no coração, ela perguntou a Isabelly:— Como está a situação da tia? Melhorou ultimamente?Isabelly balançou a cabeça.— Está do mesmo jeito, quase no fim.— Encontre uma oportunidade para visitá-la e diga a ela que a Luiza voltou.O coração de Isabelly deu um salto.— Alice,
Ela estava um pouco atordoada quando, de repente, seu celular tocou, era uma mensagem de Diana. Provavelmente o Felipinho tinha ido procurá-la. Luiza olhou ao redor, os empregados estavam ocupados e ninguém prestava atenção nela. Ela pegou o celular e subiu as escadas. Depois de fechar a porta, abriu o WhatsApp e fez uma chamada de vídeo para Diana. Assim que a chamada foi atendida, o rostinho delicado de Felipinho apareceu na tela. Ele cobriu a boca e sorriu maliciosamente do outro lado do vídeo. — Mamãe, ouvi dizer que você está com meu pai biológico agora? Luiza ficou surpresa. — Quem te disse isso? — O tio Francisco falou. Hoje de manhã ele veio tomar café e contou isso para a vovó. Disse que você está com meu pai agora e que não pretende voltar. — Os olhinhos de Felipinho brilhavam de expectativa. — Isso quer dizer que vocês vão se reconciliar? Então, quando vocês vão vir me buscar para voltarmos para casa com a vovó? Ao ouvir "voltar para casa", Luiza sentiu u
— Lulu, quanto tempo sem nos vermos! Você está ficando cada vez mais bonita! — Disse Marina enquanto caminhava com Luiza para o quarto do hospital.Luiza encontrou o filho de Marina, Leandro, na ala pediátrica.Leandro tinha pouco mais de 4 anos, era uma criança bonita, de pele clara, com lábios vermelhos e dentes brancos. Ele estava sentado, com o corpo pequeno, segurando um livro de histórias em inglês.Ao ouvir o som da porta se abrindo, ele olhou para cima, com um olhar incomumente calmo para a sua idade.Marina disse:— Leo, essa é sua madrinha, Luiza. Ela veio te visitar.O olhar de Leandro passou rapidamente por Luiza e voltou para o livro, o que deixou Marina um pouco constrangida. Ela então disse a Luiza:— O Leo é muito quieto, não fala muito.Luiza assentiu, se sentando com Marina ao lado da cama de Leandro.Embora Leandro estivesse doente, seu estado de saúde e sua aparência eram bons. Seus lábios e dentes brancos brilhavam, o que não era típico de uma criança doente.Mas e
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que