_me passa o açúcar, por favor?_entrego o pote de açúcar para Mari que está do outro lado da mesa. Hoje decidimos tomar café da manhã fora, obtamos por um café perto da empresa, assim não nos atrasaríamos.
Confesso que foi um inferno ter que acordar Mari cedo para se arrumar, porém ainda bem que fiz isso, acaso senão estaríamos atrasadas agora.
_eu necessito de um celular!_me lamento, eu realmente preciso de um celular, mesmo que não continue trabalhando na Montero, eu precisava de um para sobreviver na sociedade.
Hoje também, decidiria se continuaria na revista sim ou não. Provavelmente não, vou apresentar a minha carta de demissão e espero que aceitem, bom, pela parte da Cassandra eu já deveria está na rua há muito tempo.
_sim, você precisa e também precisa de um emprego. Tem certeza que quer sair da Montero?_Mari só poderia está brincando me perguntando uma coisa dessas, ela sabia que o loiro do banhei
Ando pelo corredor como se estivesse à caminho para o matadouro, Mari estaria me esperando no elevador caso precisasse de ajudar. Tenho fé de que não precise da sua ajuda.Vou informar da minha demissão, passar no Rh e ir embora dessa empresa, repasso na minha cabeça tudo que o pretendo fazer ao entrar naquela sala. Seria muito fácil, não precisa se preocupar Carolina, basta você seguir o cronograma que montou na cabeça que vai dar tudo certo.Errado, nunca dar certo as coisas que tenho na minha cabeça.Bato primeiramente na porta e a voz grossa do loiro do banheiro avisa para que eu entre, abro a porta hesitante, não queria entregar a minha demissão para ele porém como ele havia se tornado sócio e além disso, era o sócio majoritário, automaticamente ele virou o meu chefe.O encontro sentado em frente à sua mesa, vestindo o mesmo estilo de roupas, ternos caros acompanhados de gravatas que valeriam mais que todos os
_eu não sei por que eu aceitei isso!_digo caminhando junto com Mari em direção à nossa carona, Wilson.Eu não deveria ter aceitado isso, agora teria que ir de vela junto com eles dentro do carro, o amigo dele seria buscado no caminho para a boate. Já começamos errado.Mari está ao meu lado toda sorridente como uma adolescente tendo um primeiro encontro, a vergonha que ela não está sentindo nesse momento, sou eu quem está sentindo em dobro.Na metade do caminho buscamos o amigo dele, era um bombado como ele, não nego que era muito bonito porém como Wilson, sem um neurônio na cabeça. Pelo menos ele tem os músculos que podem compensar a falta de neurônios, eu posso me sacrificar e ficar com ele, era só uma noite mesmo.Não me incomodei de saber o nome dele porém Mariana parecia querer arrumar um namorado para mim e perguntou tudo sobre a vida do cara. Seu nome era Tiago, ele trabalhava como personal treiner, não
Enxugo algumas lágrimas que caem dos meus olhos, isso é tão patético, por que infernos eu estou chorando por alguém que nem ao mesmo liga para mim?Hoje à noite eu sair com o propósito de esquecer esse maldito italiano, mas parece que sempre que ele aparece na minha cabeça estraga todos os meus planos. Era como se ele tivesse feito macumba ou algo parecido para mim.Peço mais uma bebida ao barman que me olha um pouco desconfiado, como que se perguntasse a ele mesmo se deveria ou não me dar outra bebida. Por fim, ele me entrega um drink com frutas e álcool, se eu não poderia ter o meu italiano gato na vida real, pelo menos o teria visitando meus sonhos.Quando estou prestes a beber o drink, uma mão retira a taça da minha mão e e leva para longe da minha boca. Me viro para reclamar com a pessoa que fez isso e me deparo com o loiro do banheiro.Mas como infernos ele me achou no meio dessa multidão? Tenjo certeza que ele fic
Tive que trocar de roupa pois aquela não estava cabendo, sinceramente é um exagero, eu não tinha engordado tanto assim.Por precaução, passei na farmácia á caminho da empresa para me pesar e realmente eu tinha ganhado alguns quilos. Nada que uma caminhada não resolva.De volta a empresa, não estava tão cheia quanto eu vim pela última vez no sábado, tenho certeza que o loiro do banheiro suspendeu o trabalho pesado que a megera forçou todos a fazer.Pego o elevador e repasso na minha cabeça tudo o que vou falar, tinha ensaiado em casa para não fazer feio na hora e também não esquecer. Estava tudo pronto para eu sair da Montero definitivamente, eu nunca mais entraria nessa empresa.Já posso até prever Cassandra soltando fogos de artifício quando soubesse que eu me demiti. Porém ela não seria a única à comemorar, eu também faria um bolinho para comemorar que nunca mais olharia na cara daquela megera. Era um alívio saber que não teria q
Nunca pensei que encontraria aquela pessoa e principalmente naquele lugar. Claro, ela trocou de nome e fugiu para longe. Gostaria de ter concluído o seu objetivo e nunca tê-la encontrado porém infelizmente o destino, chamado Carolina, me fez encontrá-la.Sinceramente estou começando a me arrepender de ter conhecido essa mulher, porém não totalmente. Carolina me tirou daquela monotonia que era a minha vida, há muito tempo eu não tinha sorrido e me estressado tanto com uma pessoa só. Essa mulher só poderia está de brincadeira comigo se acha que vou deixar ela escapar tão facilmente, ela teria antes que me explicar porque foi embora daquele teatro sem nenhum motivo.Ah Deus! O que eu fiz para merecer isso? Ela vai acabar me deixando louco! Procurei ela por todos os cantos, até a moça da recepção do hotel me ligar e dizer que ela tinha pegado uma tal passagem de avião e ido embora.Quase enlouqueci, quando soube que ela tinha fugido.
Minha cabeça está uma bagunça e ainda como se não pudesse piorar, essa maldita enxaqueca que não passa. Forço meus olhos à abrir, me lembro que estava no escritório do loiro do banheiro quando eu...céus! Eu desmaiei?Não me diga que sonhei com tudo aquilo? Não, não, não é possível que eu tenha sonhado até com a megera, até porque não seria um sonho e sim um pesadelo.Olho ao redor, eu estava em...um avião? Espera, para tudo!O que ta acontecendo?Forço meu corpo para ficar sentada sobre a cama, estou dentro de alguma espécie de suíte de avião ou sei lá como se chama, o importante é saber como cheguei aqui.A porta se abre e o meu italiano gato entra no quarto, segurando uma bandeja cheia de comidas em uma mão tentando se equilibrar enquanto fecha a porta.Quase aprecio essa cena, se não fosse pela maldita dor na minha cabeça. De repente me vem à mente, será que ele estava tentando me engordar para me deixar m
Depois de algum tempo ele finalmente desistiu, viu que eu não ia abrir a boca então resolveu se retirar antes que falasse algo que se arrependesse. Acho que ele não gostou muito do meu silêncio mas também não me pressionou, ele disse que não me precionaria porque ainda estava me recuperando do desmaio.Estou achando isso tudo muito estranho, para onde infernos ele estava me levando?Depois do avião pousar saímos e entramos em um carro, não sei nem ao menos onde estou, talvez ele esteja me levando para me...não, para de ser paranoica, Carolina!_para onde estamos indo, Luigi?_O caminho todo ele estava calado, como se estivesse tenso com alguma coisa e isso estava me assustando._vou te levar ao médico, como disse antes_é a única coisa que ele fala aumentando o mistério.Deus! Será que ele pensa em colocar algum rastreador em mim? Na minha cabeça ou no meu corpo?Vi isso uma vez em um fil
Acordo e vejo um rosto desconhecido, mas pelas suas roupas eu posso identificar que ele seria um médico. Olho ao redor e noto que estou em um quarto muito luxuoso, estaria talvez em um hotel?_que bom que acordou_o médico diz e vai até a porta, estou quase o chamando de volta para saber onde estou quando ele volta trazendo Luigi.Meu corpo todo dói, talvez seja consequência pelo meu ato de burrice que foi pular daquele carro. Eu não deveria ter pulado, agora além de dores pelo corpo também tenho arranhões.Luigi atravessa o quarto e se senta ao meu lado na cama, ele não me olha apenas fica com os olhos fixados no médico, como se estivesse ansioso pelo meu diagnóstico.Anemia, tenho certeza._é bom que ambos estejam juntos quando receberem a notícia_o médico começa, não sei porque tenho o pressentimento que vou ficar muito brava com o que vou descobrir_você está grávida e o acidente não interferiu na gravidez.
Meus ouvidos sangram quando a ouço gemendo seu nome, entro novamente para dentro do quarto, verificando os gêmeos que dormem profundamente antes de voltar para a sacada e ter a brilhante ideia de pular. Não sei o que me deu, talvez fosse o ciúmes assumindo meu corpo e pulando de uma sacada para outra. Agora eu entendia, a imprudência da Carolina ficar pulando por sacadas.Arriscar a própria vida para... não sei ao certo o que faria, se mataria Matteo, se arrastaria a Carolina para longe dele, se interromperia... céus! Nem ao menos conseguia olhar para dentro do quarto, me mantive paralisado olhando a área verde que rodeava o hotel e ouvindo os gemidos suplicantes dela. Merecia aquela tortura.Entretanto, subitamente me virei, o ciúme havia tomado todo meu corpo quando entrei sorrateiramente para dentro do quarto. O punho cerrado aliviou, a tensão nas minhas sobrancelhas franzida também tinham aliviado e me encontrei perdido diante da donna della mia vita deitada nua sobre a cama, sozi
Atravessando o restaurante, observo o grande movimento de pessoas assumindo suas mesas, a maioria casais. Todo o lugar possuía uma baixa iluminação, com pontos estratégicos de luzes e luminárias amarelas que deixavam um ar romântico e aconchegante.Gostaria de convidar Carolina para jantar comigo uma noite, porém tendo Matteo a tiracolo, seria difícil de concretizar-se.O bar se encontrava no final do restaurante, andando em sua direção, noto a bela vista para a piscina do hotel e parte da fachada. Matteo estava sentado sozinho com uma garrafa de Johnnie Walker em cima do balcão. Puxo uma banqueta e peço um copo ao barman, não refiro nenhuma palavra ao loiro meio bêbado do meu lado.Não tinha muito o que dizer, era questão de tempo para Matteo se dar por vencido e começar a enxergar a realidade posta diante dos seus olhos. Carolina me ama e mesmo que tente esquecer, mesmo que use Matteo para tapar minha ausência, não irá conseguir fingir por muito mais tempo. Durante essas semanas que
Espreitando, observei-os durante todo o dia na empresa. Ouvi as fofocas dos funcionários, mesmo que não estivesse escutando atrás da porta ou passando casualmente pelo corredor, elas sempre me encontravam e esgotavam minha paciência.Alguns funcionários diziam que Carolina tinha um ótimo gosto para italianos, ignorei a parte que nos compararam á sapatos. Outros diziam que Matteo era um homem incrível por não sentir ciúmes do ex da sua noiva e por tratar tão bem os filhos dela. Na minha opinião, Matteo está se esforçando demais para gostar dos meus filhos, para quem nunca tinha a palavra "família" no vocabulário pessoal e que até chegava a sentir crise alérgica caso fosse mencionado "relacionamento" junto ao seu nome na mesma frase, ele estava sendo um padrasto quase perfeito. Pura enganação.E quando achei que os burburinhos não poderiam piorar... eles me pintaram como um ex escroto que queria arruinar a vida da Carolina e roubar seus filhos, que tambem são meus. Se eles ao mínimo sou
Eu estava mancando, MANCANDO! Quando sair de dentro da sala de reunião, no período da tarde de ontem. Minha real intenção quando voltei á empresa, era me desculpar com Cassandra e implorar para que ela não me demitisse após o barraco que a minha mãe fez. Porém apareceu Luigi e me fodeu. Literalmente.- Bom dia, Ita - saúdo Ítalo quando o vejo passando perto da minha mesa, ele olha para mim entortando a boca e passando direto.- Ele ficou mesmo chateado - digo, chamando a atenção de Melissa, que trabalhava em sua mesa do meu lado esquerdo. Por termos o mesmo cargo na empresa, teríamos que nos dar bem de um jeito ou de outro, praticamente ficaríamos juntas todos os dias em que trabalhar na Montero. Mas para minha sorte, a conversa que a ex-megera deve ter tido com sua puxa-saco fez efeito e Melissa estava sendo legal, da maneira dela.- Óbvio que Ita ficou chateado, você escondeu uma fofoca dele - girando a cadeira, Melissa vem até mim segurando minhas bochechas com as duas mãos - aceit
-Luigi, não posso... - gemo manhosa com sua boca em meu pescoço, suas mãos me pressionaram mais firmes contra a porta, não sei se resistiria a ele - não posso fazer isso com Matteo, vamos nos casar em...- Em onze malditos dias, eu sei bem disso, Carolina - mordiscou minha orelha, sussurrando - estou contando os dias para te comer em sua despedida de solteira - sua mão sobe mais o tecido do vestido, os dedos enroscando na calcinha e abaixando-a devagar. Deslizando a peça, se ajoelhando para retirá-la do domínios das minhas pernas e guardando dentro do terno, voltando a beijar minha boca - e te roubar no altar e do Matteo no dia do casamento.- Não pode - empurro-o um pouco para mostrar a aliança em minha mão. E o italiano simplesmente segurou-a, chupando meu dedo anelar, retirando a aliança com os dentes e cuspindo-a no chão. Meu corpo se incendiou todo quando me puxou com urgência para seu colo, me erguendo do chão e me levando para cima da mesa retangular no centro da sala - Luigi,
- Obrigado por me defender - sou o primeiro a dizer alguma coisa depois de Cassandra expulsar todos da sala e fechar a porta. Fiquei surpreso dela revelar o segredo que sou seu filho, achei que preferia me esconder assim como escondeu sua real identidade, pintando dourado por cima como fez com seu cabelo. - Sempre vou te defender, mesmo que de longe - Cassandra sorri com uma tristeza contida no olhar quando passou por mim e apertou meu ombro - seria capaz de tudo por você - sua mão acaria meu cabelo uma vez e vai embora. Sinto que não deveria ser tão duro, que tem algo nublado minha visão para a verdade, mas não posso ignorar tudo o que passei com seu abandono. Era cruel e injusto comigo mesmo inocentá-la.Quando estou prestes a sair da sala de reunião, passa um grupo de pessoas fofocando sobre a Amélia e não consigo resistir ao ficar quieto para ouvir atras da porta. As pessoas que trabalham com ela, deveriam ter uma visão diferente da mulher que havia se tornado após anos, mas pe
Entro apressada na sala de reunião, pedindo desculpas pelo atraso e recebendo um olhar reprovador de Cassandra. Melissa pelo contrário, arrasta uma cadeira do seu lado para eu me sentar, entregando um breve resumo escrito do que tinham sido discutido na reunião marcada pela equipe de relações públicas.O que pude entender pelo decorrer da situação, a equipe que acionou essa reunião de emergência queria avisar que teríamos de fazer uma entrevista para o esclarecimento de um "mal entendido".Era de se esperar que isso acontecesse novamente. Ano passado, quando trabalhava de assistente geral (escrava), o Sr. Russo fez a mesma coisa, se envolveu em um escândalo e a Montero teve que apaziguar. Não somos a agência que cuida da sua imagem, mas fizemos um trabalho árduo para limpar sua reputação depois que ele agrediu um funcionário de um hotel. Deus que nos perdoe, esculpimos uma imagem terrível da vítima que sofreu o abuso, fizemos parecer que o pobre garçom havia incitado a agressão com pa
- Finalmente sexta à noite - desabo no sofá como um saco de batata amassado e acabado, que caiu do caminhão e foi jogado na primeira caçamba de lixo que encontraram. Mas graças ao meu bom Deus, os gêmeos dormiam como anjinhos. Puro milagre, mas acho que a presença de Luigi deve ter ajudado. Não fiquei chateada de saber que ele subornou a minha babá para passar um tempo com os próprios filhos, isso era bom para ele e para o meu sono.Era incrível como ele colocava os gêmeos pra dormir facilmente, como se tivesse dramim nas mãos.De início fiquei preocupada pois não o tinha visto na empresa e até pensei que tinha desistido de tudo após as boladas que a minha mãe deu nele. Ao menos fizeram Luigi refletir e me deixar em paz no trabalho por um dia e finalmente passar um dia com os gêmeos.Me levanto, arrastando-me pelo escuro até a bancada da cozinha onde se encontravam mais fatias de bolo de casamento pra degustar e me preparo, pegando meus airpods e dando o play em The Bakery da Melanie
Deixo o carro no estacionamento, na frente da confeitaria e checo o look uma última vez no retrovisor, grata por ter passado no hotel e vestindo uma roupa limpa e apresentável. Adentrando o estabelecimento, Camille me aguardava, ela acertava algo com uma funcionária atrás da vitrine de doces finos, antes de deixá-la e ir ao meu encontro.Meus olhos brilharam e a boca salivou apenas de verificar alguns docinhos do balcão, quase não prestei muita atenção na sua explicação. Camille me levou a fundo da confeitaria, mas precisamente uma área específica para degustação. O local, nada mais era do que um jardim mediterrâneo com mesas, cadeiras e sofás. As tonalidades diferentes de rosas ornavam com todos móveis brancos e com o jardim, deixando tudo aconchegante. Sem mencionar o cheirinho de bolo assando no ar, sem dúvidas valeu a pena dirigir por uma hora.Acabo preferindo me sentar numa mesa retangular, onde cabia todas as fatias enormes de bolos que teria de provar. Eu estaria sendo desele