Finalmente o dia mais esperado chegou, eu vou viajar para a Itália e mais, vou para um casamento da máfia italiana!
Estou tão animada que nem consegui dormir direito á noite, fiquei me revirando na cama pensando em todos os lugares que vou visitar, já até listei os melhores lugares para turismo, segundo o G****e.
Eu estaria mais feliz se eu não tivesse que ir com Melissa, aquela lá esgota toda a minha paz e paciência. Tenho certeza que a megera já deu ordens para ela me infernizar na Itália também, como se já não bastasse todos os dias no trabalho.
Tento afastar qualquer sentimento negativo que elas me fazem sentir, hoje estou feliz e não há nada que possa tirar minha plenitude. Ouço um grito vindo da cozinha.
Falei cedo demais...
Desço o mais rápido possível, tomara que não seja nada grave. Entro na cozinha e noto que minha mãe estava fazendo faxina, um dos copos que estava no armário caiu e quebrou se partindo em pequenos pedacinhos de vidro pelo chão da cozinha.
Enquanto ela limpa os cacos do chão percebo que o encostado, digo o namorado da minha mãe estava sentado à mesa com um copo numa mão e uma garrafa de cerveja na outra. Ele percebe o meu olhar e sorri me dando bom dia.
Minha mãe me disse que Roberto gostou de mim desde que me viu pela primeira vez, mesmo eu estando de cara fechada da primeira vez que a gente se conheceu. Me pergunto se ele ficaria chateado se soubesse que eu o chamo de encostado.
Bom, não estou dizendo nenhuma mentira e levando em consideração que a verdade na maioria das vezes doi, acho que ele ficaria chateado sim.
_vai fazer corrida hoje não?_ pergunto olhando para a garrafa já sabendo a resposta. Tenho certeza que ele dizia que trabalhava como motorista de aplicativo só como fachada.
_ele já está trabalhando_ minha mãe pega o resto do vidro quebrado e leva para o lixo.
_é tô vendo, ele tá trabalhando no copo e na garrafa, né Roberto?_ digo nun tom simpático olhando para ele, o mesmo sorri para mim e noto pela reação dele que está tão bêbado que não notou o meu sarcasmo. Ao contrário da minha mãe que está me olhando furiosa.
_eu já estou indo_ digo para escapar da bronca que ela com certeza me daria.
O táxi já está me esperando quando desço com minha mala pequena. Minha faz o drama de sempre de quando eu vou sair e eu a acalmo dizendo que só vou ficar fora por uma semana. Nós duas ficamos triste, minha mãe por passar uma semana longe de mim e eu por apenas ficar uma semana na Itália. Eu teria que tirar bom proveito desse pequeno tempo.
Como está cedo o trânsito não atrasa muito e logo eu chego no aeroporto. Encontro Melissa me esperando perto do embarque segurando uma mala enorme, não temos muita proximidade então só nos cumprimentamos com um saudoso "bom dia" e embarcamos no vôo.
Eu nem acredito que vou viajar para Itália e ainda mais de primeira classe!
Cassandra deve está se revirando no leito do hospital nesse exato momento e pela primeira vez na vida agradeço à Cassandra.
Meu assento é ao lado do de Melissa, ela coloca uma ombreira e finge dormir, tenho certeza que uma das coisas que Cassandra mandou ela fazer foi me ignorar ao máximo. Pego meu fone de ouvido e dou o play na minha playlist para viajar.
Como o vôo é direto para Roma o tempo passa bem devagar, jogo alguns joguinhos de blocos coloridos, leio algumas fanfics que estão na minha biblioteca particular, peço algumas coisas para comer, repasso a lista de lugares que vou visitar quando chegar lá e por último dou um breve cochilo.
Ao contrário de mim Melissa parece que entrou em coma, ela dormiu a maior parte do vôo, mal comeu e voltou novamente à dormir. Não que eu me preocupe com a saúde dessa praga, eu só não quero ter que carregá-la desmaiada em meus braços até o hotel.
A viagem parece mais longa a cada minuto que se passa, não sei se é porque estou muito empolgada ou porque o vôo demora mesmo. Decido tirar outro cochilo e dessa vez eu durmo por mais tempo.
Acordo com Melissa me sacudindo, a maioria dos passageiros já tinham descido do avião e me apresso em seguir a puxa saco da Cassandra para não me perder, olho para o céu e noto que já anoiteceu. Nem acredito que estou pisando em solo estrangeiro, tento não surtar de empolgação e sigo Melissa até o táxi após pegarmos nossas bagagens.
Chegamos na frente de um hotel luxuoso, Melissa desce do carro mas antes me pede para esperar dentro do carro, não entendo o que ela pretende fazer porém obedeço. O motorista abre o porta-malas e ela retira a sua mala grande e sai a arrastando para dentro do hotel. Não demora muito até que ela aparece e entra novamente no carro.
_vamos para esse endereço aqui_ ela diz entregando um papel ao motorista e ele acena com a cabeça.
O caminho parece longe do lugar em que paramos primeiro e Melissa não responde nenhuma das minhas perguntas. Será que esse é algum plano da Cassandra? Me sequestrar, me matar e jogar meu corpo no mar?
Não viaja Carolina, até parece que a Cassandra pagaria uma viagem para você para te matar na Itália, ela com certeza te mataria no Brasil mesmo e ainda mais em um atropelamento.
Tento afastar esses pensamentos ruins mas a cada segundo que passa mais a cena se parece com um sequestro. Pergunto mais um vez à Melissa para onde estamos indo e ela me responde com um "estamos chegando".
A rua parece ficar mais estreita e temo que o carro não consiga passar na próxima curva. Olho através de janela, o lugar perece uma vila, as casas parecem um pouco acabadas, arisco em dizer até abandonadas. Olho para Melissa e sua expressão seria me dá calafrios.
Ela com certeza seria capaz de me matar se a megera da Cassandra pedisse.
Por fim o carro para e tenho a impressão de que chegamos ao endereço que estava escrito no papel. Melissa sai do carro e pega a minha mala enquanto eu me distraio com o lugar ao meu redor, o lugar onde Melissa acabou de entrar parece um hotel antigo e abandonado com uma pintura horrenda.
Eu acho que sei o que aquela megera da Cassandra está planejando mas não quero acreditar, entro receosa no lugar e encontro Melissa conversando com um senhor de bigode engraçado, ela me vê aproximando e dispensa o homem.
_Eu te explico tudo quando estivermos no quarto_ ela diz antes de começar a subir as escadas.
A sigo e aproveito para olhar a bela estrutura do hotel. Subo com cuidado a escaria de madeira, tenho medo de pisar mais forte nos degraus e ela desabar debaixo do meu pé.
Se você olhar bem pode até ver algumas casas de aranhas nas paredes, o papel de parede parece está apodrecendo em alguns cantos. Minhas pernas cansam e me pergunto quantas escadas tenho que subir para chega no tal quarto.
Subi mais alguns degraus e chegamos ao que parece ser o último andar, ela destranca a porta de madeira com uma chave antiga e a porta range ao ser aberta. Tenho certeza que esse hotel já foi cenário de algum filme de terror.
Ela entra arrastando minha mala e eu entro em seguida, o quarto parece terrivelmente confortável, tem uma cama de casal do tempo arcaico um guarda-roupa que se abrir a porta acho que sai uma alma penada e não vi nem sinal do banheiro. Acho que a única coisa que salva o lugar é a janela, apesar do lugar parecer pobre, a vista das casas mal pintadas, mas ainda sim coloridas, era muito bonita.
Me viro sem paciência para receber as respostas para as minhas perguntas.
_pode começar a falar. Que brincadeira é essa?_ cruzo os braços e olho Melissa deixar minha mala em cima da cama.
_Cassandra me pediu para me desculpar com você_ ela faz sinal para me sentar na cama para a ouvir e eu me recuso, ela suspira antes de continuar a falar_ quando Cassandra ficou doente a reserva dela no hotel foi automaticamente cancelada, tentamos de tudo para conseguir ter a reserva de novo mas era tarde demais, o hotel estava lotado e não havia mais quartos disponíveis.
Finjo acreditar nessa mentira mal contada, ela acha mesmo que eu acreditaria nesse teatrinho?
Tento segurar o riso quando ela menciona que Cassandra estava preocupada comigo e que a pediu para achar outro hotel próximo.
_mas todos estavam lotados_ ela faz a melhor cara de tristeza que ela consegue fazer e continua_ aí encontrei esse aqui, eu sei que ele é simples mas eu sei que você gosta de coisas rústicas...
_sim, eu gosto de coisas rústicas não coisas abandonadas e caindo aos pedaços como esse lugar!_ a minha paciência acaba de se suicidar pulando pela janela.
_mas vai ser até eu conseguir uma reserva em algum hotel próximo onde estou hospedada, espero que me perdoe_ ela se faz de vítima e deixa a chave da porta em cima da cama antes de sair pela porta.
Não adiantaria eu implorar para ela me levar de volta, até porque ela não iria contra as ordens da megera. A minha única opção é ficar aqui nesse...não sei nem como chamar esse lugar!
Me sento na cama esgotada pela viagem e sem querer acabo levantando a poeira que estava em cima dos lençóis. Minha alergia logo ataca.
Vai ser uma noite longa, muito muito longa...
_eu sabia que ela não deixaria barato!_consigo ouvir a voz distante de Mari através da ligação.O sinal era horrível e pela dúvida na cara do homem de bigode engraçado quando lhe perguntei sobre o Wi-Fi, tenho certeza que ele não sabia do que se tratava.Conto toda a minha noite à Mari, desde a minha chegada até a faxina que fiz no quarto. Mal dormir por causa da minha alergia então resolvi dar uma geral no lugar, eu teria que ficar aqui por uma semana e não custava nada tirar o pó já que nesse lugar não tem nem uma empregada.Ligação on:_preciso desligar, tenho que ir rápido tomar banho._por que tão rápido? Você vai sair?_não, só que descobri da pior forma que o banheiro é compartilhado!_como você descobriu?_foi ontem de noite quando fui pedir para o homem de bigode engraçado que ele pedisse para a faxineira tirar o pó do quarto, mas aí
Sexta-feiraAssim como a megera da Cassandra junto com a sua puxa saco Melissa planejaram, eu não consegui memorizar todos os nomes da lista e não pude sair para visitar nenhum lugar.Desço para tomar café na força do ódio. Eu não sou uma pessoa muito vingativa, mas dessa vez elas não vão me escapar. Eu só queria que Ítalo não estivesse de férias, ele sim poderia dar um jeito nas duas.Não importa agora Carolina, você precisa se arrumar para o casamento! Deixa a vingança para quando voltar para o Brasil.Diferente dos outros dias, decido tomar um banho bem demorado, não me importa se os outros vão reclamar, não tenho culpa desse fim de mundo ter apenas um banheiro.Lavo primeiro meu cabelo, em seguida hidrato minha pele com um óleo corporal, faço minha skin care bem básica e saio do banheiro com uma toalha na cabeça ao som das reclamações das pessoas que esperavam na fila.
_até que ele não é de se jogar fora_ fico chocada com sua a cara de pau._o que você quer?_entro na frente dele como se pudesse escondê-lo dela.Ele é meu, eu vi primeiro!_eu que deveria está perguntando isso à você!_ué, eu pensava que você não estava aqui para ser minha babá_ respondo._Você quer ser demitida, Carolina? Eu posso agora mesmo ligar para Cassandra e dizer a ela o quando você está aproveitando a festa_ela debocha e estou prestes à levantar a mão para dar um tapa na cara dela._então Carolina é o seu nome_ ele pega minha mão antes que eu a levante e diz baixinho no meu ouvido, sua voz me faz voltar o mesmo transe de antes_peço que não suma da minha vista durante a festa, Carolina_ ele sorri ant
Estando longe dos convidados chegamos aos fundos da propriedade, tudo parece calmo e um pouco escuro, ou seja, o melhor lugar para ficar de pegação.Luigi encosta as costas na parede e eu fico na sua frente, a camisa parece está ainda mais encharcada do que antes e não consigo desviar os olhos daquele tanquinho esculpido._você não tem nenhuma receita de tirar manchas, não é?_ digo forçando a minha atenção para o seu lindo rosto._não mesmo_ ele sorri de forma travessa._ desculpa, eu não queria mesmo te deixar nesse estado_chego mais perto dele e toco sua camisa molhada._eu sei, Carolina_ meu nome sai da sua boca como um pecado e percebo que realmente estamos sozinhos, ninguém nos viu vindo para cá e isso significava uma coisa: sem interrupções._eu n&ati
_é tão fácil te enganar assim?_ ele cobre a boca com a mão tentando abafar a risada.Fico parada tentando processar tudo o que acabou de acontecer, ele estava brincando comigo esse tempo todo? Se ele não fosse tão gato e se eu não estive com tanta vontade de dar para ele, eu lhe daria uma bofetada nesse mesmo segundo._você tá bem?_ ele se aproxima de mim e coloca um das mãos em meu ombro_ você está muito pálida...Luigi é interrompido quando minhas cabeça pende para frente na sua direção e começo a colocar tudo para fora, manchando mais uma vez sua camisa, só que dessa vez não era de vinho.Bem que poderia abrir uma cratera no chão e me engolir agora mesmo. Sinceramente, não sei se fico constrangida por vomitar em um italiano incrivelmente gato, ou se me sinto vingada por vomitar no homem que quase me fez ter um ataque cardíaco. Acho que vou ficar é triste, porque depois
_quem é Cassandra? Eu vou te dizer quem é a megera_ digo olhando para ele que faz uma cara de curiosidade.Estou andando pelas ruas de Roma, com um belo italiano me acompanhando, a luz do luar nos iluminando e nos permitindo ver a bela imagem romântica de Roma durante à noite. E estamos falando da mulher que sempre me maltratou no trabalho e que sem nenhum motivo simplesmente me odeia, não tem como estragar ainda mais essa noite, ou tem?Tem sim, a vida sempre te mostra que sempre pode piorar ainda mais..._Cassandra é um espírito maligno, mais forte e mais velho que o próprio satã, ela venceu o diabo e se apoderou do inferno, tomando forma humana voltou ao mundo mortal para castigar os pequenos e oprimidos pobres como eu_ digo enquanto seguro a mão de Luigi na minha, ele sorri das besteiras que eu falo e isso me faz sentir mais aliviada.Viro meu rosto e fico o olhando fixadamente, que homem lindo eu tenho a
_eu acho que Kai deve me odiar, ainda bem que ele não me conhece, nem sabe meu nome e o melhor, o apelido foi citado na história como que se a equipe tivesse tido a ideia em conjunto_ sorrio sabendo que ele nunca iria saber quem foi a pessoa que lhe deu esse apelido._e você não tem medo de dizer isso para mim?_ vejo que Luigi não dava nenhuma risada ao contrário de mim que mal conseguia falar._por que eu teria? Há, por acaso você é o próprio Kai? O tirano?_ solto outra risada não aguentando mais._e se eu for o próprio?_ ele me olha com uma sobrancelha levantada como se estive me desafiando._não, você não poderia ser ele_ estou tentando recuperar meu fôlego com muita dificuldade. Tenho que manerar, minha barriga ja está começando à doer._e por que eu não poderia ser ele? Até então você nem sabe direito quem eu sou e muito menos o que eu estava fazendo naquele casamento. Eu poderia está dis
Após ambos salvarmos os números um do outro, Luigi vai embora e eu fico naquele fim de mundo sozinha.Estou tão quente, o que esse homem tem para me deixar assim?Decido ir tomar um banho para dissipar o calor dentro de mim, estava me sentindo tão sufocada que seria ótimo um banho bem gelado para me despertar.Aproveito que o banheiro fica no térreo e vou direto para lá, fico feliz em saber que não tem ninguém na fila, também é tarde da noite e não teria uma alma acordada a essa hora para tomar banho.Em pleno silêncio dentro do banheiro decido colocar uma música no celular. Vou até o aplicativo de música e dou o play na minha playlist para tomar banho, quando deito o celular na pia a música para, repito o ato de novo e acontece que a música para novamente. Com certeza a água afetou isso nele...que ódio de Melissa!Na minha última tentativa de colocar uma bendita de uma música para toca
- Vou ser sincero, não sei. Eu estava apaixonado...- Corrigindo - Mari me interrompe - você estava obcecado por ela, não apaixonado. Eu te entendo, a Carolina e o Luigi nos fazem sonhar em ter a sorte de um amor a primeira vista. Um sentimento avassalador, que nos fazem impulsivos e principalmente que nos fazem aceitar qualquer erro do outro sem ao menos um por cento de rejeição. Ser amado por alguém que te aceita por completo é muito atraente e tentador, lembra? - ela recita algumas palavras de quando conversamos anteriormente na Itália.- Lembro bem - sorrimos. Lembro também de como ela defendeu que existe amizade entre homens e mulheres sem interesses secundários. Gostaria de perguntar se ainda mantém a opinião depois de pagar com a própria língua. Tínhamos uma parceria de trabalho, que virou amizade e engatou em algo não rotulado. Só sei que não consigo olhar para Mariana sem ser tentado pelos seus belos lábios carnudos, e pouco tenho vontade de ser apenas seu amigo - enfim, qual
Não sei o que estou procurando ao entrar investigando cada canto da sala, talvez vestígios de que os dois tenham algo além da parceria de trabalho. Não encontro nada de estranho. Will devia estar dormindo no sofá, pelo travesseiro e cobertor jogados para escanteio e principalmente pelo equipamento em cima da mesinha de centro e fios bagunçados na poltrona. Os dois laptops se espremiam no pequeno espaço e antes que eu entrasse, o traste deveria estar tentando desatar o nó de fios em cima da poltrona. - Encontrou o que procurava? - viro-me para olhar Mariana que me observava de braços cruzados atrás da porta. Ainda com aquela bendita jaqueta.Seria propício perguntar se a jaqueta a fazia igual Beth Cooper ao amarrar o cabelo? Se seria seu truque para solucionar algum mistério? Não, acarretaria uma discussão pior, então me sobressaio.- Não - ainda não. Mas quando ela passa por mim, não me contenho ao seguir o rastro do seu perfume. Senti falta dele, o perfume de Carolina era doce de ca
A resposta veio como beijo. Sabia que ele não seria capaz de viver se me deixasse escapar outra vez, se renunciasse ao que tanto buscou a vida inteira, um lar pelo qual voltar todas as noites e uma família pela qual proteger com unhas e dentes. Um motivo e um recomeço.Seu beijo é lento e respeitoso, um beijo contendo amor calmo e sincero. Seus lábios desgrudam dos meus quando ouvimos uma risada de criança. Sou surpreendida quando Luigi sai correndo na direção da risada, não perco tempo em segui-lo.- Luigi, espera! - agradeço pela Sra. Lafaiete ter feito a parte da frente do vestido de noiva curto o suficiente para não atrapalhar enquanto corro atrás de Luigi. Entramos no corredor com vários provadores e paramos no final dele, na frente de uma porta entreaberta. Fito o que Luigi olhava lá dentro, uma mulher repreendia um menino loirinho pequeno que sorria alegremente, o repreendia por correr e fazer barulho no local.A mulher e muito menos o menino viu quando Luigi se virou, ofegava
Tive uma noite péssima, revirei na cama a madrugada toda e nem mesmo o trabalho acumulado do dia me mantiveram longe dos pensamentos em Luigi e seu possível vício. O que resultaram nas olheiras horrendas desta manhã.Agora à tarde, tinha uma camada grossa de corretivo abaixo dos olhos e um copo enorme de vitamina nas mãos. Desistir do almoço para ganhar tempo para a prova do vestido, levei em consideração os quilos que ganharia se aceitasse almoçar com os colegas de trabalho e usei o compromisso como desculpa. Mesmo o casamento sendo falso todos os preparativos eram verdadeiros, ou seja, se eu engordasse uma grama sequer... levaria uma bronca daquelas da Sra. Lafaiete. Mais uma vez. Digamos que enfiei os dois pés na jaca e as mãos também nessa última semana.Muito disputada entre noivas, Lafaiete Leblanc era uma estilista prestigiadíssima, seu trabalho era único e exclusivo. Poucas mulheres realizavam o sonho de ter um vestido exclusivo feito pelas mãos talentosas da francesa fresca.
Tinha certeza que minha discussão com Matteo aconteceria em breve, mas assim que sentamos á mesa previ que seria inadiável. Pela sua maneira de me olhar, parecia ter algo entalado na garganta, o que não me deixou desviar a atenção por mais que estivesse na presença de Carolina e Will na mesma mesa. Respondi com meu melhor olhar desafiador, normalmente não pagaria para ver, entretanto o julgamento explícito no rosto do loiro faz despertar uma Mariana implicante. Seria questões de segundos para alguma coisa depreciativa sobre as minhas escolhas sair da sua boca...- O seu cabelo... - começou ele.- O que tem o meu cabelo?- Está bonito.- Obrigada.- E a moto lá fora... - olha de relance para a saída, onde podia-se ver a bela Suzuki setecentos e cinquenta preta estacionada.- É minha - digo com orgulho, jamais deixaria Matteo ou qualquer outra pessoa saber que chorei duas horas no banho depois de me arrepender de comprá-la.- Tem carteira? - Tenho.- Você não sabia dirigir - o loiro c
- Oi sumido - brinco e tenho certeza que está fazendo aquela cara de surpresa engraçada, seus neurônios maquinandos respostas apropriadas para minha ligação inesperada. Matteo sempre me confundia com suas antigas aventuras, ele nunca conseguiu prever um passo meu em relação ao nosso... relacionamento? Não sei nem se chegamos nesse status. Apenas sei que gosto de ser imprevisível, de ser algo incerto na vida do meticuloso Matteo Donato - não precisa paralisar de medo, faz um mês desde quando nos "falamos".Brigamos, quero dizer. Não me conformei com sua ideia brilhante até ela dar resultados. Luigi tinha me procurado como Matteo preveu, Luigi foi para o Brasil atrás da Carolina, Luigi estava reagindo, mais pontos para ele. Mas não importava quantas vezes dissesse que esse plano não continha um interesse secundário por trás, no fundo Matteo sabia que eu estava certa. Ele poderia mentir para Carolina, para Luigi e para mim, entretanto não conseguiria mentir para si próprio.E esse tinha
- Mentira! - Matteo arregala os olhos e quase lhe repreendo pela expressão, a máscara facial em seu rosto se enruga levemente enquanto a minha permanece impassível.- Juro, ele estava tão preocupado que nem notou quando a chamou de mãe. Cassandra também não se pronunciou quanto a isso, talvez com medo de uma reação negativa de Luigi - digo, enfiando uma colher de brigadeiro na boca em seguida.- Tenho certeza que em alguns milésimos de segundos Luigi percebeu e fingiu que não, ou talvez tenha percebido somente depois quando chegou no hotel - o loiro do banheiro continua com seus achismos, tentando me enrolar e me fazer esquecer nosso trato inicial que constava em, eu dizer para onde e o que fizemos Luigi e eu após sair do evento para ele explicar o que havia acontecido dentro do salão nas horas em que Melissa, Italo e eu ficamos ausentes.- Agora, desenbucha - sou impaciente o suficiente para elevar a voz sem medo dos gêmeos acordarem. Lembrando dos meus anjinhos, olho rapidamente par
Estava errada e continuaria errando ao transar com Luigi como dois coelhos no cio. Porém o que me conforta é saber que estou fazendo bom uso do pecado. Aparentemente estamos usando o status de amante e devo admitir que estou gostando da coisa. Mesmo meu relacionamento com o loiro do banheiro sendo falso e mesmo odiando outrora quando Luigi me chamava de amante, tenho que dar o braço a torcer que no mínimo é excitante. Preciso ser cautelosa com essa coisa de fantasias, primeiro foi com Luigi no carro como meu chofer, agora está sendo Luigi como meu amante e quem sabe o que minha mente desparafusada possa inventar nos próximos dias. Já bastava toda a empresa saber minha vida pessoal depois que minha mãe gritou aos quatros ventos, estaria destruída se alguém descobrisse que virei amante. Principalmente do italiano abotoando o terno ao meu lado.- Seu noivo estará presente no hotel ainda esta noite? - Luigi me lança um olhar presunçoso e um sorriso descarado quando fecho a porta do carr
- O que pensa que está fazendo, sua vagabunda! - Russo retira do bolso interno do terno um revólver e o aponta para Cassandra. Os demais convidados se abaixam em proteção.Continuo escondido detrás da coluna, o que me favorece. Aponto para a arma na mão do maldito e atiro, a arma voa para longe e ele sacode a mão como se tivesse a queimado em algo. Apesar da minha enorme vontade de que a bala errasse a arma em sua mão e adentrasse seu crânio, Cassandra me mataria por não ter sua vingança completa como planejou.- Matteo, prossiga, por favor - Cassandra pede e saio do ponto cego ganhando um olhar fulminante de Russo. Vou em sua direção com a arma apontada para sua cabeça e o conduzo até uma cadeira recém colocada na frente do palco. A contragosto, senta-se e olha atento quando dois garçons trazem uma mesa de rodinha coberta por uma toalha marfim, deixando na lateral direita do palco. A loira se conduz até a mesa e retira a toalha, revelando diversos objetos que causariam certo dano e o