O bilhete dizia que ele voltaria á noite para me levar para jantar. Me preocupo por não ter minhas roupas à disposição, se pelo menos aquele rato não estivesse no meu quarto eu poderia ter pego minhas roupas ontem de noite.
Várias perguntas vagam na minha cabeça, como eu vim parar aqui? Como que Luigi conseguiu pagar um lugar como esse? Será que era rico? Por que ele mentiu para mim dizendo que era garçom? O que ele realmente estava fazendo naquele casamento? Será que ele é infiltrado de outra máfia ou da polícia? E pior, com que roupa eu iria vestir de noite?
Preciso de respostas e da Mari!
A curiosidade estava me corroendo por dentro, pego meu celular no criado-mudo pedindo à Deus que ele ligue. Seria verdade mesmo, que Luigi não era garçom? Então tudo o que ele havia me contado sobre ele era mentira, inclusive sobre ter sido garoto de programa.
Eu tinha tantas dúvidas, eu realmente fiquei interessada quando o mesmo d
Após várias consultas com Mari sobre o que eu deveria vestir, finalmente estou pronta. Me olho no espelho e não me reconheço, dou graças à Deus pelo quarto desse hotel ter no banheiro um secador e um shampoo de qualidade.Continuo olhando para o meu reflexo no espelho, me achando a maior gostosa. Passo as minhas mãos pelas laterais do meu corpo sentindo o tecido gostoso da pura seda, ela modelava meu corpo de uma forma provocante e sensual, me pergunto se Luigi iria gostar.O que uma roupa cara e um belo reboco na cara não fazem por você?Não deixo de ter em mente, como um garçom poderia pagar um lugar como esse? Talvez ele tivesse dinheiro guardado, ou pior, será que ele trabalhava para a máfia italiana?Se ele for...eu tô ferrada.Tinha muitas dúvidas e espero que Luigi as acabe nessa noite, aguardo ansiosa por respostas. Até porque eu merecia saber, fiquei o dia todo trancada nesse quarto sem saber de nada e mui
Meus olhos varrem a recepção em busca do meu italiano gato, no meio de tantas pessoas o encontro.Luigi estava perto de uma das colunas que decorava o salão da recepção, tinha ambas as mãos guardadas nos bolsos da calça, não consigo não reparar o belo terno que ele está usando, não precisaria ser uma especialista para saber que aquele terno custava mais do que a minha casa. Ele vai ter que me explicar o que fazia vestido de garçom naquele casamento quando nos esbarramos.Continuo andando em sua direção, disposta à colocá-lo contra a parede em busca de respostas para as minhas perguntas. Luigi me nota indo na sua direção e abre aquele sorriso galanteador, a cada passo que dou em frente a minha coragem de enfrentá-lo se desfaz aos poucos diante daquele sorriso que me fazia derreter.Agora que estou há alguns metros dele não tenho coragem suficiente para confrontá-lo, e também como eu poderia? Eu não era nada dele, assim como ele não
Não sei como, mas agora estou dentro do carro de Luigi, olho para ele enquanto ele dirige concentrado, eu tenho a impressão de ter lapsos de memória de Luigi me carregando para dentro do carro.Ainda devo estar bêbada porque estou enxergando as coisas um pouco embaçadas. Olho novamente para o meu italiano gato e ele parece irreal para mim, como uma miragem no deserto.De repente me bate uma dúvida, o que esse homem gatíssimo está fazendo aqui comigo, eu sou bonita mas não ao ponto de segurar um homem como Luigi. O meu senso e a minha autoconfiança não me deixam acreditar nisso.Bateu a insegurança, check!Bom, ele não é nenhum assassino, porque se fosse eu já estaria morta há muito tempo. A única coisa que sei ao seu respeito era que ele é rico, mas eu ainda não sei o motivo pelo qual ele estava vestido de garçom naquele casamento.Talvez ele fosse um informante como pensei desde a primeira vez, ou pior,
_vamos_ tomo consciência de que Luigi está falando comigo para que possamos descer do carro, entrar no hotel e concluir o que começamos dentro daquele carro.Antes que entremos, Luigi entrega a chave do carro para o funcionário que interrompeu a nossa pegação e o mesmo leva o carro para o estacionamento. Luigi segura a minha mão consciente que não consigo andar em linha reta por conta da quantidade de vinho que ingeri, mas o paro antes que ele dê mais um passo para dentro da recepção._o que foi?_ ele olha para mim, com um pouco de preocupação no seu olhar. Não quero me iludir mas acho que ele se importa um pouco comigo._espera_ solto a sua mão e posiciono em sua frente, os lábios dele também estão manchados de vermelho por causa do nosso beijo e do meu batom. Limpo com os dedões os seus lábios e a região ao redor, o batom parece se recusar a ser limpo e mancha ainda mais a região em seu queixo, deixando uma vermelhidão notável.&nb
Abro os meus olhos, minha visão embaçada e a boca seca anunciam que a ressaca estava se aproximando. O quarto está escuro e vazio, a não ser pela luz do banheiro que está acessa. O som do chuveiro e o aroma de sabão invadem o quarto.É o cheiro de Luigi.Rapidamente recobro as memórias, olho para baixo nervosa retirando o lençol que me cobre e buscando pelas minhas roupas, por sorte ainda estou vestida. Então significa que Luigi e eu...não aconteceu nada? Eu apaguei? Não me lembro de absolutamente nada após ele me jogar na cama. Será que ele me drogou? Será que ele...? Não! Absolutamente não, se ele tivesse feito isso eu saberia. Não é?Olho para a janela, ainda está de noite me pergunto que horas devem ser agora, e me estico para pegar meu celular no criado-mudo. São onze e quarenta da noite.Me levanto da cama, e ando cuidadosamente para não fazer barulho, vou até o banheiro e agradeço pela porta está entreaberta. Ser
Após alguns minutos forçando, a gravata finalmente afrouxa o nó e consigo me desvencilhar. Luigi amarrou forte mas não ao ponto de deixar marcas nos meus pulso.Ando de um lado para o outro, pensando no que vou fazer, provavelmente quando o sol nascer vou ter que resolver a minha situação com Melissa, vamos ter que voltar para o Brasil. A cerimônia foi cancelada e não obtive nenhuma informação sobre a renovação da data ou se eles não decidiram se casar. Então, Cassandra deveria nos mandar de volta ainda hoje.E pensar que não fiz nada além de ficar trancanda dentro de um quarto de hotel e correr atrás de italiano gato que nem ao menos ficou comigo. E ainda por cima me rejeitou.Não, ele não me rejeitou, ele apenas se vingou por eu ter apagado quando ele estava chegando no clímax da pegação. Se ele tivesse me rejeitado, então por que ele teria avisado que estava no quarto ao lado? O que ele pretendia fazer, ou melhor, o que ele pensa
Luigi muda a posição, me deixando com o rosto virado para o colchão, ele segura minha cintura enquanto me preenchia por dentro, colocando tudo mais e mais forte, sentia-o me rasgar por dentro cumprindo a promessa de me deixar do tamanho dele._mais devagar! Ah!_ele ignora meu pedido e seu quadril bate com mais força na minha bunda causando altos estalos, que com certeza os hóspedes dos outros quartos reclamariam.Eu amo a sua brutalidade.Me agarro com força aos lençóis da cama e mordo um travesseiro na fracassada tentativa de abafar os gemidos._isso, minha cadelinha_ ele diz entre dentes, seu quadril bate mais forte, seu membro pulsando dentro de mim, latejando em minhas paredes.É a quarta vez que estamos transando, não tenho mais força nas minhas pernas, diferente de Luigi que parece está com todo o vigor.Seu corpo desce colando ao meu e estocando mais fundo. O meio entre minhas pernas
_mamãe? Mamãe acorda!_uma voz doce me chama, meu coração aquece quando sinto suas maõszinhas segurando meu rosto.Finjo estar dormindo para ver a sua reação, ele continua balançando as pequenas mãos nas minhas bochechas na tentativa de me acordar._mamãe, o João tocou fogo na cozinha_ abro os meus olhos e me levanto em um pulo, indo na direção da cozinha. Meus olhos se arregalam quando vejo fogo dentro de uma panela em cima do fogão. O que está acontecendo aqui?_mamãe, eu engravidei uma colega da minha sala_ Louis entra na cozinha segurando a mochila em uma das mãos e dizendo com naturalidade. Ele não tem nem mais de quinze anos!O que se passa na sua cabeça?Um filho?Um filho!Me desespero, giro minha cabeça em torno da cozinha tentando resolver um problema por vez, porém não consigo. Algo alcança as minhas pernas. Uma garotinha chorosa se agarrava em volta de mim, seus cabelos escur
Meus ouvidos sangram quando a ouço gemendo seu nome, entro novamente para dentro do quarto, verificando os gêmeos que dormem profundamente antes de voltar para a sacada e ter a brilhante ideia de pular. Não sei o que me deu, talvez fosse o ciúmes assumindo meu corpo e pulando de uma sacada para outra. Agora eu entendia, a imprudência da Carolina ficar pulando por sacadas.Arriscar a própria vida para... não sei ao certo o que faria, se mataria Matteo, se arrastaria a Carolina para longe dele, se interromperia... céus! Nem ao menos conseguia olhar para dentro do quarto, me mantive paralisado olhando a área verde que rodeava o hotel e ouvindo os gemidos suplicantes dela. Merecia aquela tortura.Entretanto, subitamente me virei, o ciúme havia tomado todo meu corpo quando entrei sorrateiramente para dentro do quarto. O punho cerrado aliviou, a tensão nas minhas sobrancelhas franzida também tinham aliviado e me encontrei perdido diante da donna della mia vita deitada nua sobre a cama, sozi
Atravessando o restaurante, observo o grande movimento de pessoas assumindo suas mesas, a maioria casais. Todo o lugar possuía uma baixa iluminação, com pontos estratégicos de luzes e luminárias amarelas que deixavam um ar romântico e aconchegante.Gostaria de convidar Carolina para jantar comigo uma noite, porém tendo Matteo a tiracolo, seria difícil de concretizar-se.O bar se encontrava no final do restaurante, andando em sua direção, noto a bela vista para a piscina do hotel e parte da fachada. Matteo estava sentado sozinho com uma garrafa de Johnnie Walker em cima do balcão. Puxo uma banqueta e peço um copo ao barman, não refiro nenhuma palavra ao loiro meio bêbado do meu lado.Não tinha muito o que dizer, era questão de tempo para Matteo se dar por vencido e começar a enxergar a realidade posta diante dos seus olhos. Carolina me ama e mesmo que tente esquecer, mesmo que use Matteo para tapar minha ausência, não irá conseguir fingir por muito mais tempo. Durante essas semanas que
Espreitando, observei-os durante todo o dia na empresa. Ouvi as fofocas dos funcionários, mesmo que não estivesse escutando atrás da porta ou passando casualmente pelo corredor, elas sempre me encontravam e esgotavam minha paciência.Alguns funcionários diziam que Carolina tinha um ótimo gosto para italianos, ignorei a parte que nos compararam á sapatos. Outros diziam que Matteo era um homem incrível por não sentir ciúmes do ex da sua noiva e por tratar tão bem os filhos dela. Na minha opinião, Matteo está se esforçando demais para gostar dos meus filhos, para quem nunca tinha a palavra "família" no vocabulário pessoal e que até chegava a sentir crise alérgica caso fosse mencionado "relacionamento" junto ao seu nome na mesma frase, ele estava sendo um padrasto quase perfeito. Pura enganação.E quando achei que os burburinhos não poderiam piorar... eles me pintaram como um ex escroto que queria arruinar a vida da Carolina e roubar seus filhos, que tambem são meus. Se eles ao mínimo sou
Eu estava mancando, MANCANDO! Quando sair de dentro da sala de reunião, no período da tarde de ontem. Minha real intenção quando voltei á empresa, era me desculpar com Cassandra e implorar para que ela não me demitisse após o barraco que a minha mãe fez. Porém apareceu Luigi e me fodeu. Literalmente.- Bom dia, Ita - saúdo Ítalo quando o vejo passando perto da minha mesa, ele olha para mim entortando a boca e passando direto.- Ele ficou mesmo chateado - digo, chamando a atenção de Melissa, que trabalhava em sua mesa do meu lado esquerdo. Por termos o mesmo cargo na empresa, teríamos que nos dar bem de um jeito ou de outro, praticamente ficaríamos juntas todos os dias em que trabalhar na Montero. Mas para minha sorte, a conversa que a ex-megera deve ter tido com sua puxa-saco fez efeito e Melissa estava sendo legal, da maneira dela.- Óbvio que Ita ficou chateado, você escondeu uma fofoca dele - girando a cadeira, Melissa vem até mim segurando minhas bochechas com as duas mãos - aceit
-Luigi, não posso... - gemo manhosa com sua boca em meu pescoço, suas mãos me pressionaram mais firmes contra a porta, não sei se resistiria a ele - não posso fazer isso com Matteo, vamos nos casar em...- Em onze malditos dias, eu sei bem disso, Carolina - mordiscou minha orelha, sussurrando - estou contando os dias para te comer em sua despedida de solteira - sua mão sobe mais o tecido do vestido, os dedos enroscando na calcinha e abaixando-a devagar. Deslizando a peça, se ajoelhando para retirá-la do domínios das minhas pernas e guardando dentro do terno, voltando a beijar minha boca - e te roubar no altar e do Matteo no dia do casamento.- Não pode - empurro-o um pouco para mostrar a aliança em minha mão. E o italiano simplesmente segurou-a, chupando meu dedo anelar, retirando a aliança com os dentes e cuspindo-a no chão. Meu corpo se incendiou todo quando me puxou com urgência para seu colo, me erguendo do chão e me levando para cima da mesa retangular no centro da sala - Luigi,
- Obrigado por me defender - sou o primeiro a dizer alguma coisa depois de Cassandra expulsar todos da sala e fechar a porta. Fiquei surpreso dela revelar o segredo que sou seu filho, achei que preferia me esconder assim como escondeu sua real identidade, pintando dourado por cima como fez com seu cabelo. - Sempre vou te defender, mesmo que de longe - Cassandra sorri com uma tristeza contida no olhar quando passou por mim e apertou meu ombro - seria capaz de tudo por você - sua mão acaria meu cabelo uma vez e vai embora. Sinto que não deveria ser tão duro, que tem algo nublado minha visão para a verdade, mas não posso ignorar tudo o que passei com seu abandono. Era cruel e injusto comigo mesmo inocentá-la.Quando estou prestes a sair da sala de reunião, passa um grupo de pessoas fofocando sobre a Amélia e não consigo resistir ao ficar quieto para ouvir atras da porta. As pessoas que trabalham com ela, deveriam ter uma visão diferente da mulher que havia se tornado após anos, mas pe
Entro apressada na sala de reunião, pedindo desculpas pelo atraso e recebendo um olhar reprovador de Cassandra. Melissa pelo contrário, arrasta uma cadeira do seu lado para eu me sentar, entregando um breve resumo escrito do que tinham sido discutido na reunião marcada pela equipe de relações públicas.O que pude entender pelo decorrer da situação, a equipe que acionou essa reunião de emergência queria avisar que teríamos de fazer uma entrevista para o esclarecimento de um "mal entendido".Era de se esperar que isso acontecesse novamente. Ano passado, quando trabalhava de assistente geral (escrava), o Sr. Russo fez a mesma coisa, se envolveu em um escândalo e a Montero teve que apaziguar. Não somos a agência que cuida da sua imagem, mas fizemos um trabalho árduo para limpar sua reputação depois que ele agrediu um funcionário de um hotel. Deus que nos perdoe, esculpimos uma imagem terrível da vítima que sofreu o abuso, fizemos parecer que o pobre garçom havia incitado a agressão com pa
- Finalmente sexta à noite - desabo no sofá como um saco de batata amassado e acabado, que caiu do caminhão e foi jogado na primeira caçamba de lixo que encontraram. Mas graças ao meu bom Deus, os gêmeos dormiam como anjinhos. Puro milagre, mas acho que a presença de Luigi deve ter ajudado. Não fiquei chateada de saber que ele subornou a minha babá para passar um tempo com os próprios filhos, isso era bom para ele e para o meu sono.Era incrível como ele colocava os gêmeos pra dormir facilmente, como se tivesse dramim nas mãos.De início fiquei preocupada pois não o tinha visto na empresa e até pensei que tinha desistido de tudo após as boladas que a minha mãe deu nele. Ao menos fizeram Luigi refletir e me deixar em paz no trabalho por um dia e finalmente passar um dia com os gêmeos.Me levanto, arrastando-me pelo escuro até a bancada da cozinha onde se encontravam mais fatias de bolo de casamento pra degustar e me preparo, pegando meus airpods e dando o play em The Bakery da Melanie
Deixo o carro no estacionamento, na frente da confeitaria e checo o look uma última vez no retrovisor, grata por ter passado no hotel e vestindo uma roupa limpa e apresentável. Adentrando o estabelecimento, Camille me aguardava, ela acertava algo com uma funcionária atrás da vitrine de doces finos, antes de deixá-la e ir ao meu encontro.Meus olhos brilharam e a boca salivou apenas de verificar alguns docinhos do balcão, quase não prestei muita atenção na sua explicação. Camille me levou a fundo da confeitaria, mas precisamente uma área específica para degustação. O local, nada mais era do que um jardim mediterrâneo com mesas, cadeiras e sofás. As tonalidades diferentes de rosas ornavam com todos móveis brancos e com o jardim, deixando tudo aconchegante. Sem mencionar o cheirinho de bolo assando no ar, sem dúvidas valeu a pena dirigir por uma hora.Acabo preferindo me sentar numa mesa retangular, onde cabia todas as fatias enormes de bolos que teria de provar. Eu estaria sendo desele