homem/garota

Raoní e Zaltana são gêmeos não idênticos. Entretanto, na cultura de sua tribo Kanaparís1, uma das crianças terá que morrer pois uma delas representaria o mal. Mas, devido ao missionário Edberto Fonseca, que iniciava o seu trabalho de evangelização na tribo, uma das crianças foi sequestrada por ele e, por ironia do destino, acabou sendo criada pela tribo dos Oniakês1 que são inimigos declarados dos Kanaparís. Eles crescem sem ter contato um com o outro. Mas devido ao ataque da tribo dos Oniakês, Zaltana acaba ferindo gravemente a mulher de Raoní, Thaynara. Ao ver o prenúncio da morte de sua esposa, Raoní mata Zaltana. Contudo, nem isso faz com que Raoní ficasse bem. Um pajé procura Raoní e diz que pode ter uma chance dele impedir a morte de sua esposa. Ele deve procurar um certo homem que lhe mostrará como entrar no portal dos mortos e resgatar o espírito de sua amada. Raoní então recebe a ajuda do seu fiel amigo Dacota e partem para um mundo desconhecido.

Sete anos ao lado de Ricardo Albuquerque, e Catarina Vasconcelos finalmente queria se casar. O vestido de noiva já estava escolhido, mas a proposta nunca veio. No dia do exame pré-nupcial, ela esperou no hospital até o anoitecer. Ele? Estava em uma festa, celebrando a chegada de sua nova secretária. A própria secretária fez questão de postar nas redes sociais, marcando Catarina: "Obrigada, Sr. Albuquerque, pelo lindo anel de diamante!" Catarina não discutiu. Apenas curtiu a publicação e, na manhã seguinte, pediu demissão. Voltou para casa e começou a aceitar encontros arranjados. Ricardo riu com desdém. — Dê um tempo a ela. Quando cansar de brincar, vai voltar, mansinha. Três dias se passaram. Depois, mais três. E Catarina não voltou. A inquietação começou a roer a paciência dele. Pela primeira vez, Ricardo foi atrás dela. — Já deu de drama, não acha? Se ainda quer se casar, volte agora. Essa é sua última chance. — Sr. Albuquerque… Catarina ficou noiva. A foto do certificado de casamento dela apareceu em sua postagem nas redes sociais. O sempre inabalável Ricardo enlouqueceu. Passou três dias e três noites ajoelhado na chuva, na frente da casa dela. — Catarina… pelo amor de Deus… volta pra mim! A porta finalmente se abriu. Mas era um homem, com uma toalha amarrada na cintura. A voz rouca e cheia de cansaço: — Minha esposa está dormindo. Está exausta. Faça o favor de voltar, Sr. Albuquerque.