Então, mesmo que fosse apenas uma alma, ainda assim fiquei sem ar, assustada com a cena à minha frente.Era como se, na próxima segunda, eu fosse voltar para aquele espaço sufocante e sem saída.Do outro lado, Olavo estava acalmando Helena:— Não fica assustada, come mais um pouco... você já tá magrinha demais.Ele falava suavemente, segurando a cintura dela num gesto de conforto:— Sei que foi difícil pra você, dá pra ver. Mas em comparação, o que ela sofreu nem chega perto. Pode ficar tranquila, se ela ousou te tratar assim, vou fazer ela pagar por isso.Eu estava ali, bem atrás dele, com o coração despedaçado.Queria chorar, mas as lágrimas não vinham.Fiquei presa na piscina, sofrendo como nunca.Mas, nos olhos dele, o sofrimento que Helena passou ao engolir algumas gotas de água parecia muito mais importante.Mas eu... eu não sabia nadar. Queria sair, tentei abrir a tampa acima da minha cabeça, mas não consegui.Nos últimos segundos da minha vida, eu ainda estava rezando. Rezando
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