Juan apenas deu um sorriso misterioso, sem responder diretamente. Em vez disso, aproximou-se de Alana e passou os braços suavemente ao redor de sua cintura:— Está linda. Vai cair perfeitamente em você.Alana foi pega de surpresa pelo gesto inesperado. Seu rosto corou, e seu coração começou a bater mais rápido. Quando levantou os olhos, encontrou o olhar profundo e intenso de Juan.— Ah, quase esqueci. — Disse ele, como se tivesse lembrado de algo importante. Juan tirou do bolso um pequeno estojo elegante e o entregou a ela. — Para você.Alana abriu o estojo e ficou sem palavras. Dentro, havia um colar de diamantes deslumbrante, que brilhava sob a luz com um encanto hipnotizante.— Isso é muito caro... Eu não posso aceitar! — Protestou Alana, visivelmente surpresa. Ela jamais esperaria receber algo tão valioso de Juan.Juan, no entanto, apenas sorriu tranquilamente e empurrou o estojo de volta para as mãos dela.— É só um presente simples. Ainda virão muitos outros, Sra. Dutra. — Ele f
Para Diego, Alana sempre fora uma mulher comum, quase insignificante. Mas agora, diante de seus olhos, ela brilhava como um diamante raro, tão reluzente que ele quase não conseguia encará-la. Mesmo a contragosto, mesmo com o desgosto que sentia por ela, Diego não podia negar que, naquele instante, Alana era deslumbrante.No entanto, a leve inquietação que sentiu no peito logo deu lugar a uma mistura de irritação e desprezo. "Isso é típico dela", pensou ele. "Sempre querendo chamar atenção."— Alana? O que ela está fazendo aqui? — Murmurou Diego, a voz baixa, mas carregada de incredulidade e raiva.Natalie, ao seu lado, fingiu preocupação, mas suas palavras estavam impregnadas de malícia:— O que será que ela quer, vestida assim? Parece estar desesperada para atrair olhares...Natalie deixou a frase no ar, mas o brilho nos olhos a traiu. Era evidente que, no fundo, ela se deliciava com a presença de Alana. Afinal, quanto mais Alana parecesse "desesperada" por Diego, mais Natalie poderia
Natalie estava furiosa. Ela sempre pensou que, depois de Alana ter deixado o Grupo Alves, sua vida se tornaria um desastre completo. Mas ali estava ela, deslumbrante, irradiando confiança e elegância, como se tivesse renascido ainda mais forte.Natalie apertava a taça de vinho com tanta força que seus dedos quase cravaram na própria pele.— Será que ela deu o golpe em algum ricaço? — Comentou Natalie, com um tom azedo, enquanto a inveja transbordava em cada palavra.Diego deu uma risada fria:— Ela? Além daquela cara, o que mais ela tem? Deve ser só mais uma dessas mulheres fáceis, uma qualquer, usada e descartada por algum milionário.Natalie imediatamente concordou, com um sorriso venenoso:— Concordo. E ainda assim, não consigo entender como ela conseguiu entrar aqui. Deve ter usado algum truque baixo para se infiltrar nesse evento.A inveja de Natalie era quase palpável. A simples visão de Alana, tão impecável e confiante, fazia seu sangue ferver. Ela precisava fazer algo para cort
— Funcionária qualquer? — Alana soltou uma leve risada, o olhar carregado de desdém. — Sr. Diego, será que o senhor tem algum problema de compreensão com a palavra "qualquer"? Eu, mesmo sendo apenas uma garçonete, ainda sou cem vezes melhor do que certos parasitas que só sabem viver à sombra da família e acabar com o patrimônio herdado.O rosto de Diego ficou pálido de raiva. Ele apontou para Alana, o dedo trêmulo:— Você... você... insolente!Desde pequeno, ele nunca havia sido tão humilhado.— Insolente? — Alana não recuou nem um milímetro. Deu um passo à frente e encarou Diego com um olhar afiado como lâmina. — Quem foi que jurou de pés juntos que me amaria para sempre e, na primeira oportunidade, voltou correndo para os braços do primeiro amor? Quem foi que me entregou aquela ridícula lista de exigências para terminar comigo? Diego, me diz: quem aqui está sendo mais insolente?Os convidados ao redor começaram a cochichar, lançando olhares curiosos e divertidos na direção deles.Die
No salão de festas, Alana segurava elegantemente uma taça de champanhe enquanto conversava animadamente com um grande nome do mundo dos negócios. Ela parecia completamente imune à confusão que havia ocorrido há pouco. Continuava radiante, como sempre.— Srta. Alana é realmente admirável. Tão jovem e já alcançando resultados tão impressionantes. É de tirar o chapéu.O empresário a olhava com admiração, seus olhos brilhando com uma leve pitada de apreciação.Alana sorriu de leve e ergueu a taça num gesto de agradecimento:— O senhor é muito gentil. Fiz apenas o que era necessário.Deu um pequeno gole no champanhe, enquanto o líquido dourado balançava suavemente na taça de cristal, refletindo o brilho de seu sorriso discreto. Seus olhos, profundos como a noite, pareciam ainda mais misteriosos sob a luz cintilante.O enigmático presidente do Grupo Griiff, que todos aguardavam com expectativa, não havia aparecido naquela noite."Será que foi conflito de agenda? No fim das contas, uma noite
Alana olhou rapidamente para Juan, que retribuiu com um olhar claro como se dissesse:"Não fuja. Enfrente."Alana respirou fundo, tentando manter a calma, e abaixou o vidro da janela, encarando Diego com uma expressão de desconfiança:— Diego, o que você quer?Quando Diego notou Juan dentro do carro, ficou visivelmente surpreso, mas logo sua expressão mudou para algo ainda mais sombrio. Ele olhou Juan de cima a baixo, tentando avaliá-lo, mas a iluminação fraca do estacionamento só permitia que visse os contornos do rosto do homem.— Alana, você foi rápida, hein? — Disse Diego com um tom sarcástico. — Agora entendi porque teve coragem de falar daquele jeito comigo lá no salão. Já arrumou um "bom partido", né? Sempre soube que tinha esse tipo de talento.Natalie, que estava ao lado dele, não demorou a soltar seu veneno:— Alana, uma estudante pobrezinha como você deveria escolher melhor seus "patrocinadores". Esse aí nem parece grande coisa. Ainda tem que dirigir o próprio carro!As pala
Juan apenas sorriu, sem responder. Em vez disso, serviu uma tigela de sopa de cogumelos e a colocou diante de Alana:— Experimente esta aqui, também está muito boa.Alana olhou para a tigela fumegante à sua frente, um turbilhão de emoções passando por sua mente. Ela lembrou-se dos três anos ao lado de Diego. Durante todo esse tempo, ele nunca sequer perguntou do que ela gostava de comer.E agora, Juan, com quem havia se casado às pressas, parecia conhecê-la melhor do que Diego jamais conhecera. Ele era tão cuidadoso, tão atento. A comparação era inevitável, e trouxe à tona uma mistura de amargura e gratidão.Ela recordou-se de como eram as refeições com Diego. Ele sempre escolhia os pratos que gostava, sem sequer perguntar sua opinião. Uma vez, Alana tomou coragem e pediu algo apimentado. Diego franziu o cenho e respondeu com desdém:— Pra quê uma mulher vai comer algo tão picante? Faz mal pra pele."Faz mal pra pele? Que desculpa idiota." Alana pensou, revirando os olhos mentalmente.
Na manhã seguinte, Alana apareceu bem cedo na sede do Grupo Alves. Ela vestia um elegante terno branco, com cortes impecáveis que acentuavam ainda mais sua beleza radiante. Cada passo que dava exalava uma confiança imponente, uma energia que parecia dominar o ambiente."Fui demitida? E daí? Não sou do tipo que sai perdendo."Alana entrou no prédio com a cabeça erguida. Seus saltos altos ecoavam no piso de mármore, o som firme e ritmado parecia anunciar sua chegada. Ela caminhou diretamente até o escritório de Bruno, sem encontrar qualquer resistência. Nem mesmo a recepcionista ousou detê-la.Ao chegar, empurrou a porta do escritório com força, que se abriu com um estrondo.Bruno estava recostado em sua cadeira, pernas cruzadas, tomando café de forma despreocupada. Ao vê-la, um lampejo de surpresa passou por seu rosto, mas ele rapidamente trocou a expressão por um sorriso cheio de desdém:— Ora, ora… não é nossa antiga funcionária do Grupo Alves? Que vento te trouxe aqui?Sua voz carreg
Juan girou nos calcanhares e saiu apressado do prédio. Ele pegou o celular e ligou para Edgar:— Verifique as câmeras de segurança do estacionamento subterrâneo do Grupo Alves. Quero saber onde está a Alana.Edgar ouviu a ordem direta e urgente do chefe e, sem questionar, desligou na mesma hora para começar a buscar as imagens.Enquanto isso, Juan não perdeu tempo. Seus lábios estavam cerrados em uma linha dura, e suas sobrancelhas franzidas mostravam toda a tensão que consumia seu corpo. Ele abriu o notebook que carregava no carro e começou a rastrear a localização do celular de Alana.Poucos minutos depois, o celular tocou. Era Edgar, com as informações.— Presidente, eu encontrei. A Srta. Alana foi levada por algumas pessoas. A localização atual é...Antes que Edgar pudesse terminar, Juan completou com um tom grave e frio:— Armazém no subúrbio oeste. Leve a polícia para lá. Estou a caminho.Sem esperar resposta, Juan encerrou a ligação.Edgar ficou em silêncio por alguns segundos,
Alana analisou o ambiente ao seu redor e logo compreendeu: ela havia sido sequestrada.Passou rapidamente pela mente quem poderia estar por trás disso. Não eram muitas pessoas, podia contar nos dedos de uma mão.Quando Bruno apareceu diante dela, os olhos de Alana brilharam com uma expressão de "eu já sabia". Ela o encarou com um olhar calmo, como se estivesse diante de um palhaço de circo.Bruno percebeu o desprezo no olhar de Alana e, irritado, segurou o queixo dela com força. Sua voz saiu baixa e ameaçadora:— Que olhar é esse? Está tentando me intimidar? Fale agora!Alana soltou um som de desdém pelo nariz, inclinando levemente a cabeça enquanto indicava com os olhos que sua boca estava coberta pelo pano.Foi então que Iva se aproximou e arrancou o pano da boca de Alana, com um sorriso de triunfo no rosto:— E aí, cadê aquela sua pose toda da sala de reuniões agora?Iva aproveitou o momento para dar dois tapinhas na bochecha de Alana, com um sorriso sarcástico.Alana cuspiu no chão
Por coincidência, Diego já vinha pressionando Bruno para encontrar uma forma de derrubar Alana. Ele estava apenas esperando uma oportunidade, e agora parecia que ela tinha surgido.Bruno, depois de acalmar a ainda soluçante Iva, afastou-se e foi até um canto para ligar para Diego.Iva, observando os movimentos de Bruno, teve um brilho sombrio no olhar. Ela sempre soube que Bruno não era tão ousado sozinho. Por trás dele, não estava apenas Srta. Liz, mas também o poderoso Sr. Diego. Se Diego entrasse em ação, Alana certamente não teria como escapar dessa vez.Na outra ponta da linha, Diego viu o nome de Bruno aparecer na tela do celular e sentiu um misto de tédio e irritação.Ao ver a ligação, ele lembrou-se de sua frustração recente: ainda não havia encontrado a filha do meio da família Alves. Desde aquele breve encontro na recepção da empresa, ela parecia ter desaparecido. E agora, com Bruno ligando, seu humor só piorou.Diego atendeu o telefone com uma voz carregada de desdém:— Inút
Iva foi jogada para fora da empresa, bem na porta de entrada. Um grupo de seguranças a empurrou sem qualquer cerimônia.Na recepção, os funcionários espiavam discretamente, curiosos para entender o que estava acontecendo. Afinal, era a primeira vez que viam uma cena tão humilhante.Logo em seguida, os seguranças lançaram os pertences de Iva sobre ela.— Pode ir embora. E é melhor não aparecer mais por aqui. — Disse um dos seguranças, sacudindo as mãos como quem se livra de algo sujo.Ele virou as costas com uma expressão de desprezo e foi embora, visivelmente satisfeito. Aquelas eram ordens diretas do gerente, e ele estava apenas cumprindo.Para os seguranças, Iva era, sem dúvida, a pessoa que teve a saída mais vergonhosa que já haviam presenciado em anos de trabalho.Iva ergueu o olhar e viu as recepcionistas observando a cena. Elas tinham um misto de curiosidade e sarcasmo nos olhos, o que fez Iva morder os lábios com força. Ela apertou os punhos, e em seu coração, prometeu que jamai
— Por favor, me perdoe, Srta. Alana! Eu realmente errei, prometo que nunca mais vou fazer isso!— Nunca mais? — Alana estreitou os olhos, sua expressão carregando um toque de ironia e frieza.Ela ouviu as súplicas de Iva sem qualquer comoção. Alana não era do tipo que tinha pena de pessoas como ela. Não era uma santa nem alguém que perdoava com facilidade. Se não estivesse preparada para o que aconteceu hoje, provavelmente teria sido derrotada. E se, no lugar dela, fosse um estagiário recém-contratado? A carreira de alguém assim teria sido destruída antes mesmo de começar.Ao pensar nisso, os olhos de Alana brilharam com um frio cortante.Iva, percebendo o olhar, sacudiu a cabeça rapidamente, tentando se justificar:— Não, não, Srta. Alana! Foi só desta vez, eu juro! Nunca mais vou fazer algo assim!Ela chorava copiosamente, com lágrimas e ranho escorrendo pelo rosto. Mas ninguém no ambiente parecia sequer cogitar interceder por ela. Ficava evidente que, no dia a dia, Iva não era uma p
— Hah, pura encenação. — Zombou Iva, incapaz de conter o desprezo na voz. — Quero só ver o que você vai mostrar.Alana ignorou completamente o comentário. Ela continuou manipulando o computador, abrindo o PPT. Na tela, surgiu um novo projeto, completamente reformulado. Era um plano muito mais detalhado, bem estruturado, e com um diferencial que ninguém esperava: as parcerias com celebridades já estavam confirmadas.A voz fria e firme de Alana ecoou pela sala:— O que Iva tem em mãos é apenas a primeira versão do meu projeto. Mas o que vocês estão vendo agora é o meu plano final. Percebi que a proposta de focar apenas no mercado de luxo era limitada. Então, incluí um conceito mais abrangente, que também atende famílias, tornando o projeto muito mais viável e acessível. Quanto à parceria de alto luxo, eu já avancei nas negociações com eles e estamos em pleno andamento.Assim que Alana terminou de falar, uma salva de palmas preencheu a sala. Todos se levantaram para aplaudi-la, dessa vez
Após soltar Iva com um movimento brusco, Alana, com toda a elegância, tirou uma toalhinha umedecida de sua bolsa e começou a limpar os dedos, um por um. O gesto, carregado de desprezo, fez o sangue de Iva ferver ainda mais.Assim que conseguiu regular a respiração, Iva avançou para encarar Alana, gritando:— Alana, sua vadia! Como você ousa? Isso não vai ficar assim!A raiva consumia completamente a mente de Iva. Ela parecia ter apagado da memória o fato de que fora ela quem havia plagiado o trabalho de Alana.Mas, antes que pudesse se aproximar, o Diretor de Projetos deu um passo à frente e segurou o braço de Iva, tentando contê-la:— Já chega, Iva. Somos todos colegas aqui, não adianta criar esse clima desconfortável. Quem sabe Alana não tenha lá seus motivos para agir assim?Ao ouvir essas palavras, muitos dos presentes trocaram olhares desconfiados. O tom do Diretor era estranho, quase conivente. Alana, por sua vez, respondeu em um tom calmo, mas carregado de intenção:— Claro que
— Porque você simplesmente não está à altura desse projeto.Alana levantou-se lentamente, o rosto delicado carregando uma expressão de indiferença absoluta. Ela observava Iva se agitar de um lado para o outro como se estivesse assistindo a um pequeno espetáculo de circo, com a protagonista sendo uma palhaça desengonçada.Iva cerrou os punhos, o rosto ruborizado de indignação:— O que você quer dizer com isso?Em seguida, os traços de Iva se tornaram sombrios e distorcidos:— Não me diga que está com inveja da minha ideia, Alana. É isso, não é? Você é tão mesquinha!Quando viu Alana se levantar, Iva sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Por um breve instante, foi dominada pelo medo. Mas, no momento seguinte, lembrou-se de que já havia transferido todos os arquivos de Alana para si e ainda tinha sido a primeira a apresentar o projeto.Para Iva, pouco importava o que Alana achava ou sentia. Afinal, quem falava primeiro sempre levava a melhor.O Diretor de Projetos, que até então apena
Alana não disse nada. Ela apoiou o queixo com a mão direita e olhou para Iva com um ar de preguiça. De vez em quando, levantava os olhos, tal qual um gato persa preguiçoso, exalando uma elegância natural e um desinteresse despreocupado.Iva observou atentamente a expressão de Alana. Ao perceber aquele jeito tão indiferente, ela não conseguiu conter a raiva e apertou os punhos com força.“Certo, Alana. Sua desgraçada. Fique aí se achando agora. Daqui a pouco, eu quero ver você sem palavras. Quero só ver, sem esse projeto, o que você ainda vale diante do director.”Iva caminhou confiante até a frente da sala, com o queixo levemente erguido, como um galo indo para a batalha, cheia de arrogância e determinação.Alana achou aquilo tudo extremamente divertido.Quando Iva conectou o pen drive ao computador e começou a exibir o conteúdo do projeto, os olhos de Alana brilharam por um breve momento, como se ela tivesse acabado de desvendar um mistério.Claro, era exatamente isso. Iva havia rouba