Ela abriu a porta.O guarda-costas do lado de fora disse:— Srta. Luiza, a pessoa já foi resolvida. Você pode vir conosco agora.— Ok. — Luiza ajudou Melissa a sair, e um grupo de pessoas entrou no carro.No meio do caminho, porém, Melissa de repente teve um ataque, como se não conseguisse respirar, seus lábios ficando roxos.Luiza, surpresa, gritou:— Vovó, você está bem? Vovó...Melissa, com dificuldade para respirar, disse:— Luiza, o coração da vovó está doendo muito... Não consigo respirar...Íris, em pânico, falou:— Srta. Luiza, parece que a Sra. Melissa está tendo um infarto. Precisamos levá-la ao hospital imediatamente!Ao ouvir isso, Luiza, em estado de pânico, disse ao guarda-costas que dirigia:— Caio, minha avó está tendo um infarto! Nos leve rápido ao hospital mais próximo!Caio olhou para Melissa; ela estava com extrema dificuldade para respirar, e seu rosto começava a ficar roxo, não parecia estar fingindo.Mas ele temia que parar o carro atrasasse o tempo necessário pa
Após suas palavras, ele recuou para a retaguarda e acenou com a mão. De repente, dezenas de pessoas saíram dos carros de casamento, todas armadas, apontando suas armas para o lado de Eduardo.Eduardo também não estava despreparado. Já em estado de alerta, ao ver as armas do outro lado, seu grupo apareceu, erguendo suas armas negras e ameaçadoras.As duas partes estavam prestes a entrar em combate.Nesse momento, o telefone de Theo tocou. Era Laís quem estava ligando. Ela havia sido nocauteada pelos seguranças e caído ao lado de um vaso de flores.Ao acordar, percebeu que todos em casa tinham desaparecido. Desesperada, ligou para Theo.— Sr. Theo, a Srta. Luiza e a Sra. Melissa desapareceram, foram levadas por alguém.Ao ouvir isso, Theo percebeu que havia um problema. Seus olhos gélidos se voltaram para Eduardo enquanto ele falava friamente:— Luiza desapareceu, foram vocês?— Claro, a senhora e nosso senhor têm uma ligação profunda e já estão juntos novamente. — Eduardo provocou Theo
Quando viu Miguel se aproximando, Luiza sentiu seu coração disparar. Se fossem apenas os seguranças e Caio, talvez ainda tivessem uma chance de lutar. Mas com Miguel presente, a probabilidade de escapar era muito baixa.Luiza fechou os olhos em desespero. Quando os abriu novamente, já estava calma. Se virou e sussurrou para a avó: — Vovó, o Miguel chegou. Acho que não vou conseguir escapar. Vamos nos dividir em dois grupos. Eu vou distraí-lo, e você segue com o Lucas e os outros para a pista de decolagem e vá para o país R.A avó carregava segredos importantes. Luiza não podia permitir que ela caísse nas mãos de Miguel, pois se a avó fosse capturada, seria quase impossível escapar do controle de Miguel.Desde que Luiza recebeu uma ligação de Dalila, e descobriu através dela que Francisco era seu genro, ela não teve mais dúvidas sobre ele. Ele era uma boa pessoa.Melissa discordou, balançando a cabeça. — Luiza, como eu posso te deixar sozinha e ir embora?Luiza respondeu calmamente:
— Eu sabia que você estava me enganando o tempo todo.Miguel soltou um riso frio, sentindo seu coração afundar. A vontade de estrangulá-la era quase incontrolável.Durante todo esse tempo, ele foi constantemente dilacerado entre confiar nela e suspeitar dela.Quando desconfiava, se sentia desprezível, se questionando porque não conseguia confiar na mulher que amava. Mas quando tentava confiar, tudo parecia suspeito demais.Especialmente em relação ao Bryan. Ela poderia ter contado a ele, mas escolheu o esconder e resgatar o Bryan por conta própria.Então, ele decidiu jogar o mesmo jogo, enviando Bryan de volta ao país e colocando alguém para vigiar o quarto do hospital 24 horas por dia.Ontem, finalmente obteve uma resposta. O médico do sanatório ligou para dizer que algumas pessoas desconhecidas haviam aparecido, fazendo perguntas sobre o quarto de Bryan.Naquele momento, Miguel entendeu tudo.Luiza o estava enganando.Naquela mesma manhã, ela ainda estava com ele na suíte, fazendo a
Miguel não acreditava mais naquela mulher cheia de mentiras.Ele não acreditava que ela realmente morreria.Antes, para sobreviver, ela foi capaz de fazer coisas que a deixaram sem dignidade alguma. Como ela poderia estar disposta a morrer agora?Ela só queria testar sua reação, mas ele não cairia mais tão facilmente.O rosto de Luiza estava pálido como a morte. Após um momento, ela acenou levemente com a cabeça e disse: — Certo, então espere eu morrer, e depois libere minha avó.Miguel olhou com desprezo para ela.Luiza sabia que ele não acreditava mais nela. Olhou ao redor e viu que um dos seguranças segurava uma faca, cujo brilho cortante refletia no ambiente.Sem hesitar, ela correu e arrancou a faca da mão dos seguranças, a cravando em sua própria barriga.Miguel não esperava que ela fosse pegar a faca, e seu rosto mudou de expressão. Ele correu para detê-la, mas já era tarde demais.Luiza já havia enfiado a lâmina em sua barriga, e o sangue vermelho vivo jorrou imediatamente, pr
— E minha avó? — Ela perguntou de repente.Ela pensou que ele não responderia, mas para sua surpresa, ele disse: — Ela foi para o país R.Luiza ficou um pouco atônita. — Você a liberou?— Não foi você quem disse? Desde que eu a liberasse, você não teria nenhuma queixa sobre como eu vou tratar você no futuro. — Ele falou com frieza, sem demonstrar emoções.Após um momento de surpresa, Luiza sorriu. — Sim.Miguel achou que o sorriso dela era um pouco ofuscante e, com um tom de raiva, disse: — A partir de agora, você terá que suportar qualquer coisa que eu faça com você.Ela não sabia como ele pretendia a tratar no futuro. Mas sua avó já havia ido para o país R, e Felipinho também estava lá, então Luiza estava aliviada.Ela deu um sorriso amargo e respondeu: — Faça o que quiser.Luiza ficou alguns dias no hospital, e Miguel não apareceu.Uma semana depois, uma mulher de meia-idade veio a buscar, dizendo que era Ângela, a governanta da Mansão Jardim.— Mansão Jardim?Luiza nunca tinh
Ângela conduziu Luiza para dentro, não para a mansão principal, mas para o edifício de serviço.Ao abrir uma das portas, Ângela disse em tom grave: — Sra. Luiza, de agora em diante você será a empregada doméstica da Mansão Jardim. Você vai morar aqui. Pela manhã, será responsável por cuidar das flores e plantas do jardim. À tarde, você deve limpar a mansão principal. Se lembre, deve voltar aqui às seis da tarde, pois é quando o Sr. Miguel volta.Luiza ficou atônita por alguns segundos.Pensou que Miguel a havia trazido para ser sua amante, mas não esperava que fosse para ser uma empregada, e uma daquelas que não podia nem sequer encontrar com ele.Não entendia qual era o propósito de tudo isso, e um sorriso amargo surgiu em seus lábios.Ao entrar no quarto, Luiza se deitou na cama e ficou ali, perdida em pensamentos.Agora ela se tornou uma empregada doméstica sem prazo definido, sem remuneração, sem telefone, sem dias de folga e sem liberdade…Na manhã seguinte, Luiza foi acordada às
O carro de Miguel se afastava gradualmente. Milena, com um olhar sonhador, se virou para Luiza e perguntou: — Ei! Novata, o Sr. Miguel parou o carro aqui no jardim e ainda olhou especialmente para mim. Será que ele está interessado em mim? Luiza não respondeu, continuando a regar as plantas. Milena fez uma careta e disse: — Que chato, essa pessoa realmente não tem a menor graça.Três horas depois, Luiza finalmente terminou de cuidar de todas as flores, com os dedos completamente vermelhos de frio. Ela voltou para o quarto e mergulhou as mãos em água quente para as esquentar. Mas, mal as mãos começavam a esquentar, Milena entrou no quarto e disse: — Ei! Novata, a Ângela pediu para você ir até a mansão principal para limpar.— Mas eu ainda não almocei. — Luiza respondeu. — Que horas é o almoço?Antes, Lívia sempre vinha a chamar para as refeições, então ela não sabia a que horas os empregados almoçavam. Além disso, a Mansão Jardim era muito maior que a Quinta do Lago. Na
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que