Theo acariciou o rosto dela e disse suavemente: — Esqueça, há quatro anos você realmente fez algo errado com ele, e é compreensível que ele tenha te ameaçado. Mas não se preocupe, eu já o forcei a voltar para Valenciana do Rio. Mais tarde, vou me encarregar de todas as pessoas que te prejudicaram, vou fazê-las sofrer e não terão mais tempo para te incomodar.Luiza ficou surpresa.— Theo, como você vai lidar com essas pessoas?— Eu não vou deixar nenhum deles escapar. Se eles te maltrataram, eu vou fazer o mesmo com eles. — Disse Theo, com uma aura de raiva em seus olhos.Luiza respirou fundo, sem coragem para falar.Theo, percebendo que sua expressão estava muito sombria, tentou suavizar um pouco e sorriu.— Vamos ver o que você comprou para mim.Luiza rapidamente voltou à realidade e mostrou a ele os presentes que havia comprado. Ela nunca tinha dado presentes a ele antes.Então, ao ver aqueles presentes, Theo ficou um pouco atordoado.Ele imediatamente pegou o relógio e o colocou n
Luiza ficou pálida ao perceber que havia câmeras de vigilância por toda parte na família Pires. Ela tinha perguntado: "— É possível apagar a gravação do escritório?"A empregada balançou a cabeça. "— Não é possível apagar, o link da gravação está no computador do Sr. Theo, e o computador do Sr. Theo é protegido por senha; apenas ele pode acessá-lo."Luiza compreendeu que, quando Miguel interferisse no projeto de Theo, Theo saberia que a responsabilidade pela situação recairia sobre ela.Então, Luiza discutiu com a avó sobre como lidar com a situação. Durante todo o processo de resolução, ela se sentiu nervosa e assustada, mas, felizmente, as coisas acabaram se resolvendo de forma satisfatória e Theo acreditou em suas palavras.Além disso, agora que o projeto enfrentava problemas, Theo certamente precisaria de mais fundos e não teria motivos para cancelar o noivado, portanto, ele não tomaria nenhuma atitude contra ela.Depois de resolver essa questão, Luiza voltou para o andar de ci
Do contrário, ninguém saberia como Theo lidaria com ela. Ele tinha medo de que ela irritasse Theo e fosse capturada por ele, sendo trancada em um lugar onde ninguém pudesse a encontrar.Luiza respondeu:— Foi minha avó quem me ensinou a dizer isso.— Então sua avó também sabe sobre isso?— Claro, toda vez que você vem, eu saio com você por tanto tempo. Uma pessoa tão inteligente como ela não poderia não saber. Ela já havia nos perguntado o que estava acontecendo.— Então você contou para sua avó sobre nós?— Sim, ela sabe que nós dois nos reconciliamos. — Luiza assentiu. — Eu também coloquei um dispositivo de escuta no Theo para tentar capturar provas das atividades criminosas dele.— Foi sua avó quem te ensinou isso também?Luiza confirmou com um "sim".Miguel sorriu e comentou: — Parece que sua avó é uma pessoa muito astuta.— Sim. — Luiza sorriu também, e então pensou em algo. — Miguel, há algo que eu preciso te contar.— Que foi? — Perguntou Miguel.— Depois de amanhã, o vestido d
Luiza deu uma risada seca. — Eu ainda estou lidando com o fato de ter roubado os documentos dele, e agora ele já está começando a desconfiar de mim. Se eu arranjar uma desculpa para não fazer as fotos de noivado, isso vai deixar tudo muito óbvio. Aí, se ele suspeitar, meu plano pode ir por água abaixo.Miguel permaneceu em silêncio.Luiza suspirou e continuou: — Não é algo tão importante, só falta isso. Faltam 7 dias para o casamento, e depois disso, tudo vai acabar.— Quando será a sessão de fotos de noivado? — Perguntou Miguel.Luiza hesitou um pouco e respondeu: — Já te disse, na tarde de depois de amanhã.Ele não disse mais nada, apenas comentou: — Está muito tarde, vá dormir.E então a ligação foi encerrada. Ela percebeu que ele estava um pouco descontente, mas Luiza realmente não queria criar mais problemas. Faltavam apenas 7 dias e ela queria passar esses últimos dias de forma segura e tranquila.No dia da prova do vestido de noiva.De manhã, enquanto Luiza tomava café da
Luiza sentiu um aperto no coração e, com os olhos vermelhos, assentiu: — Você é incrível. Se eu estivesse aí com você agora, com certeza te daria um abraço.Felipinho resmungou: — Mamãe, não precisa ficar com essa sensação de despedida e fala melancólica. Eu estou bem aqui, com amigos para brincar e muitos empregados cuidando de mim. Cuide-se bem nas Américas e faça o que precisa fazer. Quando você vier para o país R, vamos nos encontrar.Luiza assentiu: — Sim, nos encontraremos em breve.De repente, a porta se abriu e Theo estava do lado de fora. Luiza se assustou e desligou o vídeo por reflexo.— Por que está chorando? — Theo perguntou, ao ver seus olhos vermelhos.Luiza enxugou as lágrimas e sorriu: — Nada, só estava com saudades do Felipinho.Theo compreendeu, entendendo que ser mãe era assim mesmo, e a emoção era natural ao pensar nos filhos. Ele perguntou: — A propósito, como está o Felipinho no acampamento de inverno? Quando ele volta?Luiza, um pouco nervosa, baixou os olh
Luiza entrou no provador e saiu vestida com o vestido de noiva. Com o cabelo preso no alto e os lábios vermelhos e sedutores, ela estava deslumbrante, fazendo com que todos os olhos se voltassem para ela.Theo a viu saindo e ficou ligeiramente surpreso, olhando fixamente para ela antes de sorrir e dizer: — Luiza, você está tão linda.Ela sorriu timidamente.Theo, quase encantado, pegou uma tiara de cristais que estava ao lado e a colocou na cabeça dela.Ela ergueu os olhos e, naquele momento, vestida com o vestido branco imaculado, com os olhos brilhando, estava simplesmente deslumbrante.Theo parecia estar chocado.Miguel, por outro lado, achava a cena extremamente irritante. Com uma expressão impassível, ele observava a cena e, tomando um tom sarcástico, fez questão de ligar para Luiza.Ele não queria ver aquela cena perfeita entre eles e estava visivelmente incomodado.O telefone tocou e Luiza, ao olhar para a tela, teve sua expressão alterada imediatamente, lançando um olhar para
Theo deu uma risada fria: — O quê? Você quer vir beber na minha festa de casamento? — Festa de casamento não é necessária, mas vou te dar um grande presente. Você mandou sequestrar a Alice, e eu ainda não acertei essa conta com você. — Sua voz era sombria. Theo não tinha medo dele. Deu dois passos para o lado e, com um sorriso nos lábios, disse: — Se você tem coragem, venha. Mas pense bem, você tem mais parentes do que eu. Além da sua mãe e Alice, ainda tem sua avó. Hoje eu posso explodir o hospital onde sua mãe está, amanhã posso sequestrar a Alice, e depois de amanhã mandar sua avó para o inferno. Miguel deu uma risada fria: — É mesmo? Então hoje vou te dar um grande presente. Os dois homens estavam falando ao telefone a uma certa distância, e Luiza não conseguia ouvir, mas suas mãos e pés começaram a tremer involuntariamente. Ela estava com muito medo, temendo o que os dois poderiam estar discutindo. Enquanto trocavam provocações, Giovana entrou apressada e perguntou
Miguel não disse nada, apenas a olhou em silêncio. Ela acabava de tirar a coroa, deixando seus longos cabelos, sedosos como cetim, caírem sobre o ombro esquerdo, contrastando com sua pele alva e destacando sua beleza deslumbrante.Não era de se admirar que Theo tivesse ficado hipnotizado mais cedo. Uma mulher vestida de noiva realmente exalava uma beleza sagrada.Seu olhar pousou no peito dela, bem delineado, mas o anel não estava ali. Ele perguntou com o rosto frio:— O anel, onde está?— Eu o coloquei na bolsa enquanto experimentava o vestido de noiva. — Ela se virou para pegá-lo e mostrar a ele.Talvez fosse porque ela estava vestida de noiva, com um corpo esbelto e impecável, ou talvez fosse o fato de que, ao se inclinar para pegar algo, seus quadris se ergueram de maneira sutil e sensual.De repente, Miguel sentiu um impulso incontrolável, como se estivesse enfeitiçado. Ele se aproximou por trás dela e segurou sua cintura.Luiza ficou surpresa por um momento, mas ele já estava jun
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que