Theo deu uma risada fria: — O quê? Você quer vir beber na minha festa de casamento? — Festa de casamento não é necessária, mas vou te dar um grande presente. Você mandou sequestrar a Alice, e eu ainda não acertei essa conta com você. — Sua voz era sombria. Theo não tinha medo dele. Deu dois passos para o lado e, com um sorriso nos lábios, disse: — Se você tem coragem, venha. Mas pense bem, você tem mais parentes do que eu. Além da sua mãe e Alice, ainda tem sua avó. Hoje eu posso explodir o hospital onde sua mãe está, amanhã posso sequestrar a Alice, e depois de amanhã mandar sua avó para o inferno. Miguel deu uma risada fria: — É mesmo? Então hoje vou te dar um grande presente. Os dois homens estavam falando ao telefone a uma certa distância, e Luiza não conseguia ouvir, mas suas mãos e pés começaram a tremer involuntariamente. Ela estava com muito medo, temendo o que os dois poderiam estar discutindo. Enquanto trocavam provocações, Giovana entrou apressada e perguntou
Miguel não disse nada, apenas a olhou em silêncio. Ela acabava de tirar a coroa, deixando seus longos cabelos, sedosos como cetim, caírem sobre o ombro esquerdo, contrastando com sua pele alva e destacando sua beleza deslumbrante.Não era de se admirar que Theo tivesse ficado hipnotizado mais cedo. Uma mulher vestida de noiva realmente exalava uma beleza sagrada.Seu olhar pousou no peito dela, bem delineado, mas o anel não estava ali. Ele perguntou com o rosto frio:— O anel, onde está?— Eu o coloquei na bolsa enquanto experimentava o vestido de noiva. — Ela se virou para pegá-lo e mostrar a ele.Talvez fosse porque ela estava vestida de noiva, com um corpo esbelto e impecável, ou talvez fosse o fato de que, ao se inclinar para pegar algo, seus quadris se ergueram de maneira sutil e sensual.De repente, Miguel sentiu um impulso incontrolável, como se estivesse enfeitiçado. Ele se aproximou por trás dela e segurou sua cintura.Luiza ficou surpresa por um momento, mas ele já estava jun
A atendente achou a voz dela um pouco estranha, mas como era uma cliente importante, não se atreveu a ofendê-la e respondeu educadamente:— Sem problemas, pode atender aos seus compromissos primeiro.— Ok, você pode sair agora. Depois que eu sair, vou te procurar.— Certo. — A atendente se retirou.Assim que ele saiu, Luiza finalmente se permitiu falar, dando um tapa leve e constrangido em Miguel. — Chega, pare com isso, quase fomos descobertos.Miguel, agora satisfeito, já não tinha tanta agressividade. Se tornou mais gentil e, segurando a cintura dela, disse:— Daqui a pouco, jante comigo.— Tá bom. — Ela respondeu, exausta. — Me solte.Miguel a soltou.As pernas de Luiza estavam tão fracas que, ao tocar o chão, ela quase caiu.Ele a segurou, e seus olhos caíram sobre o vestido de noiva, cuja barra havia sido rasgada. De frente, ainda parecia normal. Ele riu e disse:— Você fica linda de vestido de noiva.Luiza olhou no espelho e ficou paralisada.Ela estava vestida de noiva, enquant
Mas a atendente lhe disse que o vestido de noiva já havia sido pago pelo Presidente Pires.Luiza se sentiu um pouco desconfortável e constrangida. A atendente explicou que o vestido de noiva não podia ser amassado na sacola daquela maneira, pois poderia estragá-lo. Ela sugeriu que Luiza entregasse o vestido para que elas o embalassem adequadamente.No entanto, Luiza não teve coragem de entregar o vestido e disse, com uma expressão um tanto desconcertada:— Não precisa, eu ainda preciso fazer alguns ajustes nesse vestido. Eu mesma levo.Luiza saiu apressada com o vestido nas mãos.Depois de caminhar alguns passos, ficou um pouco preocupada."O vestido de noiva foi rasgado pelo Miguel, como vou explicar isso para o Theo?"Bem, ela mesma daria um jeito. Ainda bem que sabia costurar, talvez pudesse ajustá-lo o suficiente para usá-lo.Quando saiu da loja, o carro de Miguel já estava esperando por ela do lado de fora.Luiza entrou no carro, e Miguel deu uma olhada no vestido que ela segurava
— Hmph, só agora percebeu o quanto foi grosseiro? Miguel, envergonhado, respondeu: — Desculpe, eu não sabia que perderia tanto o controle naquele momento. Quando a viu vestida de noiva, ele ficou tão empolgado que perdeu o controle, sendo um pouco rude e sem moderação. — Não quero mais falar com você. — Luiza se virou, se sentindo desconfortável e um pouco irritada. Miguel a abraçou, tentando acalmá-la: — Se não quiser dormir, posso pedir serviço de quarto para trazer algo para você comer. Luiza continuou o ignorando. Ele acariciou sua barriga: — Está com fome? Luiza estava irritada porque ele continuava a abraçá-la, causando dor e desconforto. Resignada, respondeu: — Vá logo, e pare de me abraçar. Vendo que ela estava zangada, Miguel parou de provocá-la, fez um carinho em sua cabeça e foi chamar o serviço de quarto para pedir comida. Trinta minutos depois, a comida quente foi trazida para o quarto. Miguel pediu ao garçom que colocasse os pratos na mesa e fo
Luiza tomou um gole de sopa e disse: — Eu era tola antes, não percebi que ele estava me enganando, mas agora acordei e não vou ficar parada. Ele quer prejudicar minha avó e tomar o controle do nosso Grupo Santos Internacional, mas eu não vou permitir isso. Miguel olhou para ela com ternura: — Recentemente, mandei estocar alguns materiais de energia renovável. Ele vai ter dores de cabeça com isso. — Isso pode levá-lo à falência? — Luiza perguntou. Miguel balançou a cabeça: — Vai causar grandes prejuízos, mas não vai levá-lo à falência. Uma empresa bilionária não vai à falência tão facilmente. Mesmo que ele falisse, ele ainda teria muito dinheiro, mas os acionistas seriam os mais prejudicados. Para derrubá-lo de verdade, seriam necessárias provas de seus crimes, só assim poderíamos acabar com ele definitivamente. Luiza sabia que Theo era difícil de lidar. Ele estava muito poderoso agora, não só tinha o Grupo Pires, como também metade do Grupo Santos Internacional e ainda
No dia anterior ao casamento.Pela manhã, Theo pediu que informassem a Luiza que ela deveria ir ao hotel para o ensaio.Luiza foi procurá-lo, e Theo a levou até a suíte presidencial do hotel, que era, surpreendentemente, a mesma suíte onde ela havia ficado com Miguel da última vez.Luiza ficou um pouco corada.Naquela ocasião, eles haviam sido muito intensos ali, e por toda parte ainda havia vestígios daquele momento.Mas hoje, o quarto estava decorado com muitos balões elegantes colados no teto e flores espalhadas por toda parte, criando uma atmosfera de casamento.Theo disse:— Luiza, amanhã será o casamento. Pode ser cansativo, então ficaremos aqui por uma noite e voltaremos para a Mansão da Família Pires no dia seguinte. Tudo bem para você?— Tudo bem. — Luiza olhou para os balões festivos colados na cabeceira da cama, um pouco distraída.Provavelmente era uma decoração feita pelo hotel.Era bonito, mas um tanto estranho, pois ela não conseguia evitar lembrar das cenas íntimas que
Theo olhou para Luiza ao ouvir isso: — Pode ser? Para ser sincero, Theo realmente queria usar o traje para o ensaio. Não ter tirado fotos de casamento com ela era um arrependimento, algo que ele certamente corrigiria depois. Mas a maneira como ela ficava vestida de noiva... Ele queria olhar um pouco mais, para guardar essa imagem em sua mente para sempre. Luiza ficou surpresa por um momento e respondeu: — Pode sim. Isso era algo que precisava ser ensaiado de qualquer forma. Para Luiza, não fazia diferença. Ela entrou no elevador e subiu para trocar o vestido de noiva. Theo esperava por ela no salão de festas. Luiza entrou na suíte e, assim que vestiu o novo vestido de noiva, alguém bateu na porta. Ela abriu a porta e, ao ver Miguel do lado de fora, ficou surpresa novamente: — Você veio de novo? — Amanhã é o seu casamento, não é normal eu vir? — Miguel ficou na porta, exalando uma pressão que Luiza pôde sentir claramente. Ela percebeu que ele estava chateado e per
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que