Ela também percebeu que Alice e Isabelly tinham suas próprias intenções, mas em comparação com a filha de Bryan, Helena preferia aceitar Alice. Mesmo que as tensões entre ela e Luiza pudessem ser resolvidas, sempre haveria uma distância. Com Alice era diferente, sendo filha adotiva da família dela, sempre foi mais próxima. Se as duas famílias se unissem, evitariam conflitos entre sogra e nora, criando ainda mais laços.- Está bem, esta noite farei o Miguel voltar. Alice, você tem uma boa oportunidade agora. Os olhos de Alice brilharam enquanto ela assentia.Naquela noite, Helena, com o pretexto de problemas de saúde, fez Miguel voltar para Baía da Valenciana. Ele entrou no quarto e viu Alice ao lado de Helena, separando gentilmente algumas pílulas e lembrando Helena de tomar todos os dias.- Alice, você é uma filha tão cuidadosa. - Elogiou Helena com um sorriso.Ela tinha conhecido muitas mulheres, mas Luiza nunca se voluntariava para cuidar dela em Baía da Valenciana. Luiza sempre
Não era nada além de Luiza costumar se rebaixar para o seduzir.Se ela também conseguisse se rebaixar, não acreditaria que o Miguel também não a aceitaria.Alice se encorajou silenciosamente, foi para seu quarto, pegou um conjunto de lingerie sexy, tomou um banho, vestiu um roupão de seda, arrumou seu cabelo comprido, e até mesmo borrifou perfume intencionalmente, parecendo toda perfumada e encantadora.Depois de fazer tudo isso, ela voltou para o primeiro andar, onde o mordomo já estava esperando por ela, segurando uma tigela de sopa para ela. - Srta. Alice, isto foi preparado pela Sra. Helena para você, o Sr. Miguel está trabalhando lá em cima, vá o encontrar.Alice olhou para a tigela de sopa e perguntou: - Mordomo, há algo nesta sopa...O mordomo assentiu com a cabeça, sorrindo: - Foram adicionados alguns ingredientes para animar os ânimos dos homens.Esta noite, Helena planejava usar isso para tornar o plano deles realidade.Alice corou ao ouvir isso e pegou a bandeja das mãos
Esta frase era um aviso.Alice empalideceu ao olhar para ele. - A Bruna é sua prima de segundo grau, sua parente, e você a trata assim?- Ela se meteu em confusão várias vezes, merece ser ensinada uma lição, senão vai pensar que é muito esperta. - Disse Miguel calmamente, com voz preguiçosa.O rosto de Alice ficou extremamente feio, e ela murmurou baixinho: - Na verdade, ela não fez nada de errado, certo? Ela só entregou aquelas coisas para a tia, isso é um fato.Miguel nem olhou para cima, falando como se nada fosse. - Os assuntos entre mim e a Luiza não precisam da intervenção de outras pessoas.Depois de dizer isso, ele olhou para ela.Os olhos dos dois se encontraram, e Alice inexplicavelmente se sentiu culpada, abaixando a cabeça. - Talvez ela só queira te fazer enxergar a verdade.- Ela está fazendo isso por mim ou por ela mesma, eu sei bem. - Disse Miguel, baixando os olhos para a tigela de sopa. - Há algo adicionado nesta sopa, não é?Ele percebeu imediatamente. Antes, Hele
Theo disse: - Isso você não precisa se preocupar, posso organizar uma equipe médica e um helicóptero. Você pode viajar junto com ele, não vai acontecer nada.Luiza ficou em silêncio por um momento e então perguntou: - Se precisarmos ir para tratamento no exterior, será que vamos precisar de muito dinheiro?Atualmente, ela tinha cerca de dez milhões em sua conta. Se ela chamasse uma equipe especializada para salvar seu pai, provavelmente dez milhões não seriam suficientes.- Então é isso que te preocupa. Theo sorriu e continuou: - Podemos conversar com eles. Existem equipes desenvolvendo novos medicamentos. Se seu pai concordar em participar dos testes, talvez seja de graça, só precisaremos pagar pelas despesas hospitalares.Os olhos de Luiza brilharam um pouco. - Isso também é possível?Theo assentiu.Luiza pensou por um momento e perguntou novamente: - E se houver riscos ao participar dos testes?- Há sempre algum risco. - Theo não escondeu dela. - Mas seu pai já está assim. Tal
- Tem algo para comer aqui? - Ele perguntou a ela.Luiza virou a cabeça, evitando o contato visual. - Eu já disse, nós terminamos. Você deveria ir embora.Ela não queria mais se envolver com ele. Porque ela sabia que, assim que ele aparecesse, não levaria um dia para Helena e Alice descobrirem, e então viriam a incomodar novamente.- Eu disse que não vamos terminar. - Miguel aumentou o tom de voz, fechando a porta com um movimento rápido e a pressionando no sofá. Uma mão prendeu sua cintura, enquanto a outra tirava sua camisola, sua voz rouca murmurando. - Não vamos terminar, querida...- Não faça isso. - Luiza franziu o cenho, bloqueando sua mão. - Nós dois não podemos mais estar juntos.- Nós dois não podemos? E quem mais pode estar com você? - Miguel olhou friamente. - O Theo? Você se apaixonou por ele só porque ele voltou?- Como você sabe? Como ele sabia que ela tinha visto o Theo naquela noite?Um sorriso frio apareceu nos lábios de Miguel. - Sempre que ele volta, você corre
Luiza ouviu as palavras e se sentiu extremamente cansada. Era como se, não importasse o que acontecesse, ela teria que ficar com ele, independentemente de a família Souza concordar ou não. Mas Luiza estava exausta. Com voz cansada, ela disse: - Miguel.Ele abaixou os olhos para a olhar.Luiza continuou: - Nós terminamos. Por favor, me solte.Ela não queria mais se envolver nesse relacionamento exaustivo, tanto fisica quanto emocionalmente. Estendeu a mão para o afastar e sair, mas assim que tentou, ele a puxou de volta. Seu olhar parecia descontrolado quando ele perguntou: - Eu disse que não vamos terminar. Você ouviu?O rosto de Luiza mudou ligeiramente ao enfrentar sua firmeza. - Miguel, eu disse que não há mais futuro entre nós.O simples "não há mais futuro" fez seu olhar se tornar mais sombrio e gelado. Ele parecia ter perdido a razão por um momento, e de repente ele arrancou o vestido dela de dormir e a beijou com intensidade.Luiza empalideceu. - Me solte!- Eu já cedi a
Luiza esperava do lado de fora. Em menos de dez minutos, Helena e Alice chegaram. Ao ver Luiza sentada no corredor, Helena falou friamente:- Onde está o Miguel?- Ele está lá dentro, levando pontos. - Respondeu Luiza em voz baixa. Eles tinham acabado de chegar ao hospital e Helena e Alice já estavam lá. Obviamente, alguém estava vigiando ela. Ela sabia que, assim que o Miguel chegasse, elas saberiam e viriam.- Por que isso aconteceu? - Perguntou Helena.Luiza respondeu:- A ferida dele se abriu acidentalmente.- Eu perguntei por que a ferida dele se abriu. O que vocês fizeram? - Helena olhou ela com um olhar penetrante.Luiza não respondeu, apertando os lábios. Helena viu as marcas de beijo no pescoço dela e, furiosa, disse:- Vocês fizeram aquilo de novo, não é?Luiza não conseguiu responder. Se dissesse que não, estaria mentindo, pois realmente tinham se envolvido, e havia marcas de beijos do Miguel em seu pescoço.Naquele momento, Helena ficou ainda mais convencida de que Luiza
Helena e Alice abriram a porta da sala de tratamento.Miguel tinha acabado de terminar a sutura e, ao ouvir o som da porta se abrindo, imediatamente olhou na direção, vendo que não era Luiza, seu olhar escureceu levemente.- O que vocês estão fazendo aqui?- A tia ouviu que você estava no hospital e insistiu em vir te ver. - Alice respondeu suavemente.Miguel franziu a testa, olhando friamente para Alice.- Como minha mãe soube que eu estava no hospital? Foi você que colocou alguém para me vigiar? Ou foi para vigiar a Luiza?- Não foi a Alice, fui eu que coloquei alguém para te vigiar, temendo que aquela mulher te incomodasse novamente. Por isso, mandei alguém para vigiá-la! - Helena reclamou. - Quem diria que você realmente foi lá. Eu te mandei ficar na Baía da Valenciana esta noite, por que você saiu de novo? Parece que você só fica feliz se me irritar até a morte!Ela já estava dormindo.Quem poderia imaginar que, no meio da noite, Alice bateria na sua porta, dizendo que a pessoa vi
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.