- Acredito que ele não fez de propósito. - Neste ponto, Miguel nunca duvidou, porque na época, Bryan lhe deu algo.Quando Bryan foi libertado da prisão, Miguel foi encontrá-lo no Jardins da Serra.Eles conversaram por um tempo no escritório.Naquela época, além de pedir que Miguel mantivesse o segredo, Bryan prometeu se entregar e ainda deu a Miguel um pen drive, dizendo que este pen drive foi entregue a ele por Zeca nas Américas.No pen drive estava outro chip que estava quase concluído.Era o trabalho árduo de Zeca.Três anos atrás, Bryan usou essa coisa para chantagear Miguel a se casar com Luiza, pedindo a Miguel para cuidar de sua filha, dizendo que entregaria o pen drive quando fosse libertado.Naquele momento, Miguel não sabia o que havia no pen drive, ele só pensava que, se pudesse obter mais evidências, seria uma coisa boa, então ele se casou com Luiza.Depois, Bryan deu a ela o pen drive.Miguel ficou um pouco chocado com o que havia dentro e perguntou a ele por que não entre
Helena respirou fundo e disse: - Quantos "se" podemos considerar? Todas as provas apontam para ele, e o Igor também disse que foi ele quem matou. Não importa se foi intencional ou não, ele fez isso. Miguel respondeu: - Se ele realmente quisesse matar o papai, não teria devolvido aquele pen drive para mim. E o papai entregou o pen drive para ele, provando que confiava nele. Se no coração do papai, Bryan era um bom amigo, então os dois foram incriminados. E se nós, por causa dessas provas insuficientes, buscarmos vingança, será que não estaremos injustamente acusando um inocente? Na verdade, Miguel sempre esteve investigando o caso. Mesmo depois de ter visto o vídeo de Bryan empurrando seu pai do prédio com as próprias mãos, ele continuou investigando, depois de se acalmar. Helena ficou sem palavras. Miguel disse: - Eu vou investigar isso. Não importa o resultado, eu vou te dar uma resposta. Mas Helena ainda não podia aceitar Luiza. - Você só está considerando hipóteses
Luiza pareceu reagir, olhando para o rosto bonito dele.- Ela está bem?Ela se referia a Helena.Já não tinha coragem de chamá-la de sogra.Hoje, o olhar de Helena para ela, além de desprezo, havia ódio. Ela a mandou embora, proibindo ela de continuar perseguindo seu filho. Cada palavra estava gravada em sua mente, ressoando dolorosamente.Ela já sabia que eles não a aceitariam.Se ela fosse Helena, também não aceitaria uma nora assim.- Ela está bem, tomou remédio e dormiu. - Miguel olhou para ela de baixo para cima, seus olhos estavam escuros, parecendo apáticos e entorpecidos.Miguel sentiu um pouco de pena, pegou ela nos braços.- Vou te levar para casa.- Não. - Luiza balançou a cabeça, pensando em algo. - Sua perna ainda está machucada, não me carregue, pode abrir o ferimento.- Não tem problema. - Na verdade, seu ferimento estava doendo um pouco, ele havia andado muito hoje, mas, em uma situação especial como essa, ele não se importava.Luiza não queria ser carregada, resistiu p
Miguel balançou a cabeça.- Não, mas eu sempre senti que há muitas dúvidas sobre isso.Eles não tinham falado sobre isso antes, principalmente porque os dois tinham medo de mencionar o assunto.- O que você acha? Pode me contar? - Luiza se levantou e perguntou a ele, sempre querendo saber o que ele pensava.Mas ela tinha medo de que ele odiasse seu pai, então nunca ousava tocar no assunto na frente dele.Miguel olhou para o rosto dela e disse:- Seu pai me deu algo que me fez perceber que talvez meu pai confiasse no seu pai...Ele contou a ela sobre o chip.Luiza disse:- Meu pai também disse que naquela noite ele foi o último a chegar ao hotel, e antes de entrar, ouviu sons de luta. Depois que ele entrou, não viu o Zeca e perguntou onde ele estava. O companheiro respondeu que Zeca estava em outro quarto, bêbado. Depois, eles chamaram meu pai para beber, e ele desmaiou. Quando ele acordou, estava coberto de sangue, e o Zeca... Já tinha caído do prédio...Miguel sabia de tudo isso; Brya
Nanda não ousou desafiar mais e se sentou obedientemente de volta à cadeira, olhando para ele com expectativa. Miguel tinha uma expressão indiferente. - Hoje eu vim aqui para te fazer algumas perguntas. - Pode falar. - Quando você estava nas Américas, como você descobriu as provas do Bryan contra meu pai? - Miguel perguntou, olhando diretamente para ela. Nanda tremeu um pouco e respondeu com a voz fraca: - Eu não já te contei? Eu pedi para aquele policial das Américas me ajudar a investigar isso, e depois encontramos a gravação de segurança no hotel... - Foi fácil assim de descobrir? - Miguel perguntou. Por que ele não conseguiu encontrar nada mesmo depois de tanto tempo de investigação, mas Nanda conseguiu tão rapidamente? Sempre pareceu haver algo estranho nisso. Nanda disse com tristeza: - Eu não tenho motivo para te enganar, irmão. Embora eu tenha feito muitas coisas ruins, nunca te machuquei... Nesse ponto, ela não estava mentindo. Ela nunca tinha machucad
Seis meses atrás, Nanda estava nas Américas. Depois de resolver suas pendências com uma inimiga, uma ideia surgiu de repente, investigar o que realmente aconteceu com Zeca anos atrás. Mal esperava que, ao iniciar sua investigação, encontraria uma pista crucial.Um policial a conduziu ao hotel onde Zeca havia perdido a vida e descobriu uma gravação de segurança. Naquele momento, ela estava tão animada que mal percebeu que as coisas estavam indo muito bem, como se alguém estivesse esperando por ela naquele lugar. Assim que chegaram, encontraram a gravação. Olhando agora, a situação parecia estranhamente conveniente.Mas ela não tinha escolha a não ser confrontar Bryan. Desde sempre soube que não foi ele quem matou Zeca, mas sim seu pai, Igor.Naquela noite, todos estavam embriagados. Igor foi o último a entrar naquela sala pequena. Lá dentro, um homem o aguardava. Igor já tinha um acordo com ele, juntos, eles haviam embriagado Zeca e o levado até ali. O plano era que Zeca assinasse
Naquela época, ele tinha um ferimento na cabeça, que doía muito, e não conseguia se lembrar de nada. Foi levado ao hospital, onde diagnosticaram uma leve concussão. Se não tivesse esquecido o que aconteceu naquela noite, provavelmente não teria sobrevivido para voltar ao seu país...Antes de morrer, Igor revelou tudo a Nanda. Por isso, Nanda precisava eliminar Bryan. Se algum dia Bryan recuperasse a memória daquela noite, Nanda também estaria em perigo. Então, ela decidiu agir antes, garantindo sua segurança.Mais tarde, Bryan entrou em estado vegetativo, e Nanda ficou aliviada, sabendo que ninguém mais conhecia o segredo. Mas Miguel se apaixonou por Luiza e, por amor a ela, estava disposto a se humilhar, permitindo que ela o manipulasse e a colocasse na prisão....Miguel voltou para Quinta do Lago já de noite. Luiza desceu as escadas com um olhar esperançoso. - Você foi ver a Nanda hoje. Ela disse algo?- Não. - Miguel balançou a cabeça e tirou o casaco. - Dei a ela um prazo de
Alice abriu os olhos e, ao ver a preocupação no rosto de Helena, teve uma ideia. Após a oração, todos seguiram um pastor até uma sala interna para ouvir a Bíblia. O pastor se sentou sobre um tapete e começou a recitar as escrituras. As três se sentaram.De repente, o pastor abriu os olhos, encarando Helena com severidade, e disse com voz grave: - Recentemente, uma entidade maligna tem estado ao redor de seu filho. Você deve avisar ele para ter cuidado. Helena ficou alarmada. - Por favor, mestre, me diga mais.Mas o pastor não disse mais nada, apenas balançou a cabeça e continuou recitando as escrituras. Ao sair da igreja, Helena estava distraída. Alice, que caminhava ao seu lado, disse nervosa: - Tia, o pastor falou sobre uma entidade maligna ao redor de Miguel. Ele estava falando da Luiza?Helena ficou surpresa e olhou para ela. Alice continuou cautelosamente: - Tenho medo de que ela possa machucar o Miguel...- É verdade, Helena. A família dela tem uma rixa com a sua. Como
Ele olhou de cima para eles, franzindo as sobrancelhas.— Tem muita gente aqui. Vou pegar o Felipinho no colo.Naquela situação, o menino não devia ficar no chão, pois poderia ser pisoteado pelas pessoas que continuavam a se empurrar para frente.Luiza também entendeu isso, assentiu e tentou sair dos braços de Miguel, mas ele a segurou firme e disse em voz baixa:— Fique aqui também, não vá para longe.— Não. — Luiza se sentia um pouco desconfortável. O braço dele era firme, envolvendo sua cintura de forma estranhamente calorosa.Além disso, o peito dele estava bem à sua frente, e estar ali, nos braços dele, fazia com que ela se sentisse meio estranha.Ela tentou se afastar, mas nesse momento a multidão empurrou de novo, e Luiza quase caiu. Miguel a segurou outra vez, e seu rosto se encostou no peito dele, deixando ela constrangida.— Eu já disse para você não se afastar. Você está de salto alto e é fácil ser empurrada e cair. — Miguel falou, e seu hálito quente escapou de seus lábios,
Não importava se ele gostava ou não, ela estava decidida a dedicar toda a sua paixão a ele. Mesmo que todos comentassem que ele tinha um primeiro amor e que era profundamente apaixonado por essa pessoa, Luiza não se importava. Ela se animava, acreditando que isso era apenas coisa do passado e que ela era a mulher capaz de conquistar tudo dele.E foi assim que Miguel finalmente cedeu a ela.No início, ele não queria saber de sentimentos. Mesmo que houvesse um breve momento de atração, ele escolhia afastar qualquer possibilidade, pois o amor não fazia parte das opções em sua vida. Além disso, entre eles existiam mágoas e rancores.Para ele, o rosto de Luiza era algo banal, e ela só queria conquistá-lo porque não conseguia tê-lo. Muitas mulheres eram assim.Mas outras mulheres, após um ou dois meses sem resposta, desistiam aos poucos.Luiza era diferente. Durante seis meses, sem nem falhar um dia sequer, ela sempre se dirigia a ele para cumprimentá-lo, ligava de vez em quando para fazer
Nesse momento constrangedor, Miguel abriu a porta e ficou parado do lado de fora, olhando de cima para ela, caída no chão, com o pijama preso pela metade.Ela se sentia extremamente envergonhada e frustrada, querendo encontrar um buraco para se esconder.Mas Miguel não a repreendeu. Ele se aproximou, pegou ela nos braços e, ignorando completamente o pijama sensual que estava preso nela, levou ela para a cama e passou uma pomada em seu pé machucado.Naquele momento, Luiza abaixou a cabeça, tão embaraçada que parecia carregar o peso de mil quilos, incapaz de levantá-la.Mais tarde, Miguel ainda a dominou, puxando o pijama sensual que ela vestia enquanto dizia, com a voz rouca: "Até que foi criativo."Luiza, em seus braços, ficou vermelha como um tomate.O pior era que esse homem irritante não tirou o pijama dela completamente; o deixou enrolado na cintura, sorrindo e dizendo: "Assim também tem seu charme."Ela ficou ali, usando aquele pijama todo bagunçado, sendo acariciada por ele até o
Felipinho ficou surpreso e disse: — Sério? Havia um desejo profundo em suas palavras. Luiza sentiu o coração apertar ao perceber isso. Até mesmo Miguel, que raramente demonstrava seu lado paternal, exibiu um toque de ternura. — Sim, nós realmente nos amamos. — Papai, como você e a mamãe se conheceram? — Perguntou Felipinho. Ouvindo a pergunta do filho, Miguel pareceu recordar o passado, e um leve sorriso surgiu em seus lábios. — A primeira vez que nos encontramos foi em uma festa. Sua mãe se apaixonou por mim à primeira vista e, depois disso, começou a me perseguir sem parar. — O quê? — Felipinho ficou surpreso. Quem diria que sua mãe havia perseguido o pai? Ele ficou imediatamente animado, olhou para Luiza e perguntou. — É verdade? A mamãe realmente perseguiu o papai? Diante do olhar curioso do filho, Luiza ficou extremamente desconfortável. Miguel disse: — É verdade. Depois que se casou comigo, ela perguntava a todos onde eu estava, chamava o motorista e ia at
O resultado final foi que Priscila e Elias ficaram na mesma bicicleta que Eduardo. O espaço restante na bicicleta do Francisco foi ocupado pelo assistente dele, Lucas. A atmosfera no local estava especialmente fria, principalmente em volta de Francisco, onde ele mantinha uma expressão severa durante todo o trajeto. Felipinho olhou para trás e comentou: — A cara do tio Francisco está tão feia. Luiza também notou, mas não disse nada. Foi Miguel, ao lado, quem respondeu: — Essa é a tensão das famílias reconstituídas. — Famílias reconstituídas? — Felipinho parecia não entender a frase e olhou para o pai. Hoje, Miguel estava claramente diferente em termos de roupa. Ele usava um casaco escuro de lã e, por baixo, um suéter preto de gola alta. Não estava tão formal como de costume, o que lhe dava um ar mais descontraído, mas ainda assim elegante e distinto. Era impossível não notar sua presença. Miguel, olhando para as duas bicicletas à frente, explicou com um olhar profund
Ela estava muito determinada, parecia realmente não querer mais ficar com Francisco.Luiza não fez mais perguntas.Priscila, no entanto, a questionou de volta:— E você? O Miguel já veio até o País R, ficou aqui mais de uma semana, e qualquer pessoa com os olhos abertos sabe que ele fez tudo isso por você. O que você pensa sobre isso? Vai dar uma chance a ele?"Quem disse que só a Priscila tem más lembranças?"Luiza também tinha suas próprias lembranças, as de como a família Souza a magoou, e essas ainda estavam bem vivas em sua mente.Mesmo que a verdade já tivesse sido esclarecida, a dor que ela sofreu ainda era dor, não poderia ser apagada com o simples apertar de uma tecla de "excluir".Ela olhou para o nada com uma expressão tranquila.— Eu não sei. O Felipinho quer muito um pai, mas, no fundo, eu não quero.— Então você não quer. — Priscila disse, direta. — Nós mulheres temos um sexto sentido. Se não queremos, é não querer, não precisamos nos forçar. Ficar se torturando vai só no
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então