- Todo mundo não nasce sabendo de tudo. Com um pouco de prática, você vai aprender rapidamente.As duas conversavam na cozinha quando ouviram a voz de Alice do lado de fora: - Sr. Souza, vim te visitar.Se dirigindo a Miguel, Alice continuou: - Miguel.Miguel manteve uma expressão indiferente.Sr. Souza perguntou: - Como você veio aqui durante o Ano Novo?Alice entregou o presente que trouxe: - Sr. Souza, vim trazer um presente para o senhor.- O que você trouxe?Sr. Souza gostava muito de Alice e a convidou para se sentar ao lado dele.- Claro que é um suplemento para o senhor.Alice se sentou. Vestida com uma roupa vermelha para celebrar o Ano Novo, ela parecia especialmente bonita. Ela disse ao Sr. Souza: - Sr. Souza, estenda a mão, vou verificar seu pulso.- Você sabe verificar o pulso?Sr. Souza ficou surpreso.Alice sorriu timidamente: - Claro que sei, Sr. Souza. Estudei medicina oriental e ocidental. Assim, quando alguém da nossa família não estiver se sentindo bem, eu po
- Mesmo? - O Sr. Souza ficou curioso. - Como vocês se conheceram?Alice respondeu: - O pai dela é nosso paciente, está internado no hospital do Miguel, sob os cuidados da nossa equipe. Todos os meses gastam milhões em despesas médicas.Ela propositalmente revelou essa informação ao Sr. Souza.Para sua surpresa, o Sr. Souza, após ouvir isso, olhou para Luiza com um semblante cheio de compaixão. - Luiza, como está seu pai agora?Luiza estava ajudando Miguel a se sentar, e ao ouvir a pergunta do Sr. Souza, respondeu: - Está na mesma.Miguel olhou para ela, segurou sua mão, como se estivesse a confortando.Luiza entendeu o gesto dele e sorriu levemente. - Estou bem.Os dois pareciam um casal profundamente apaixonado.O Sr. Souza disse: - Essas despesas precisam ser feitas. Se a pessoa puder ser salva, é o que importa.Todos olhavam para Luiza com compaixão.Miguel serviu comida para ela, pedindo que ela comesse devagar.Alice se sentia incomodada ao ver isso. Agora, eles a tratavam co
- Deve ser, por isso que entendi que não posso mais me afastar de você. - Miguel olhava para ela, então levantou a mão dela. - Você colocou o anel de noivado esta noite?Luiza respondeu: - Não foi você que mandou para mim?- Sim. - Ele assentiu, olhando profundamente nos olhos dela. - Mas, quando mandei, tive medo de que você não quisesse usar.- O anel é bem bonito. - Luiza sorriu radiante.Ela estava usando o vestido lilás que ele a havia dado, simples e elegante, que combinava perfeitamente com seu rosto de traços delicados, a tornando incrivelmente bela.Os dois se entreolhavam quando, de repente, um fogo de artifício explodiu ao longe, iluminando o céu.- Olhe, fogos de artifício…Luiza se virou, apontando para os fogos distantes.Miguel sorriu e perguntou: - Você gosta?O que ele quis dizer não era perguntar se ela gostava, mas sim se ela achou bonito.Luiza ficou surpresa. - Isso foi… Você que mandou preparar?- Sim. - Miguel assentiu. - Todos os anos, no Ano Novo, não estive
- No início estava mais assustador, faltava um pedaço de carne, mas agora já faz um tempo, está bem melhor. O Yago disse que em breve estará completamente curado.Luiza olhou para a ferida dele e permaneceu em silêncio.Ela não tinha ideia de que o ferimento dele fosse tão grave, ele nunca mencionava ou trocava os curativos na frente dela. Miguel, ao notar sua distração, perguntou com um sorriso: - Ficou culpada ao ver minha ferida assim?Luiza ergueu os olhos para ele, com os olhos um pouco vermelhos. Miguel ficou momentaneamente perplexo, sentindo compaixão, segurou sua mão e disse: - Na verdade, não foi nada. Estávamos no carro na hora, mesmo que eu não tivesse ido abraçar você, eu provavelmente teria me machucado. Você não precisa se culpar.Ela respirou fundo. - Vou trocar seus curativos.- Você sabe como fazer isso?- Esqueceu? Da última vez que você se machucou, fui eu quem cuidou de você. - Disse Luiza.Miguel pareceu lembrar daquele momento, olhou para ela significativame
O Sr. Souza estava com o rosto sério, como se tivesse contido suas palavras por muito tempo. Ele perguntou friamente a Bruna: - Então, quando seu irmão mais velho tentou matar o Miguel, vocês pensaram que ele era seu primo?Bruna ficou surpresa e um olhar de culpa passou por seu rosto.Devido a esse incidente, o Sr. Souza não permitia mais que eles frequentassem tanto a família Souza. Se não fosse pelo Ano Novo, hoje, provavelmente não teriam sido admitidos na família Souza.Esse assunto era como um espinho que fazia o Sr. Souza sentir que eles haviam manchado o nome da família, e ele preferia não estar perto deles.Helena também interveio: - Eu não acredito que a Luiza seja do tipo que abusa do poder, mas sua família costumava a intimidar por causa de sua posição social.Ouvindo as palavras dos mais velhos, Luiza ficou levemente surpresa e então olhou para Helena e para o avô.Helena sorriu para ela.Sr. Souza decidiu a expulsar diretamente: - Bruna, vá embora. Toda vez que você ve
Naquela época, ela soube que o Miguel ia se casar e insistiu em voltar do exterior, mas sua mãe não permitiu. Disse que a mulher com quem Miguel ia se casar não era quem ele verdadeiramente amava, mas sim alguém que tinha sido manipulada por outras pessoas.Foi então que Alice se resignou e decidiu esperar até que eles se divorciassem para voltar para casa.Como esperado, dois anos depois, ela finalmente recebeu a notícia do divórcio de Miguel. Ela ficou tão feliz que mal conseguia dormir, contou para sua mãe que estava voltando imediatamente para casa. Sua mãe prometeu a ela que iria ajudar para que ela e Miguel ficassem juntos, unindo ainda mais as duas famílias.Com isso, Alice não precisaria mais se preocupar com a herança da família Nunes. Se não tivesse sangue da família Nunes, a Sra. Nunes talvez não quisesse passar toda a herança da família para ela. Alice não queria enfrentar o dia em que teria que brigar com Miguel pela herança, então o melhor resultado seria eles se casarem
Luiza sentiu um aperto no coração e suas pálpebras tremeram.- O que foi?- Sinto sua falta. - Era estranho, pois ela estava bem na frente dele, mas ele ainda sentia uma saudade intensa e inexplicável dela.Luiza se sentia desconfortável sob o olhar dele, especialmente estando tão próximos. Seus olhos profundos e voz rouca a deixavam inexplicavelmente quente.- O que você quer fazer?- Quero te abraçar. - Ele se inclinou, o hálito quente pousando em seus lábios.O coração de Luiza acelerou.- Então me abrace.- Certo. - Miguel a abraçou e, no segundo seguinte, beijou seus lábios.Luiza arregalou os olhos.- Você não disse que só iria me abraçar?- Não resisti. - Ele riu baixinho, seus lábios se movendo intensamente sobre os dela, quentes e ávidos...O corpo de Luiza começou a amolecer misteriosamente. Ela foi puxada para o sofá, mas ainda tinha um pouco de sanidade. Bateu no ombro dele.- Lembra do que o Dr. Yago disse, nada de excessos.Miguel respondeu com voz rouca.- Vou ser cuidad
Luiza ficou surpresa, claro, no primeiro dia do Ano Novo era para comemorar com Sr. Souza.Nos últimos dois anos, como ela estava sozinha, não se importava muito e só ia quando acordava. Este ano, ela tinha o Miguel.Era um ano diferente...- Por que está distraída? - Enquanto ela estava perdida em pensamentos, Miguel já estava controlando a cadeira de rodas e se aproximando.Luiza voltou a si e sorriu.- Nada, vou lavar o rosto.- Vai logo. - Ela correu para o banheiro, e Miguel gritou. - Vá devagar.- Entendi. - Ela respondeu.Depois de lavar o rosto, saiu e viu um vestido de caxemira lilás-claro na cama.Ela ficou surpresa e olhou para Miguel.- Você pegou para mim?- Sim. - Ele assentiu, com um olhar terno.Luiza sorriu levemente, pegou o vestido e foi para o banheiro trocar.Miguel disse:- Pode trocar aqui mesmo, o que eu já não vi?Luiza corou um pouco, não queria trocar de roupa na frente desse grande pervertido, e disse com um biquinho:- Meu corpo é tão bonito que tenho medo
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que