Luiza ficou surpresa, claro, no primeiro dia do Ano Novo era para comemorar com Sr. Souza.Nos últimos dois anos, como ela estava sozinha, não se importava muito e só ia quando acordava. Este ano, ela tinha o Miguel.Era um ano diferente...- Por que está distraída? - Enquanto ela estava perdida em pensamentos, Miguel já estava controlando a cadeira de rodas e se aproximando.Luiza voltou a si e sorriu.- Nada, vou lavar o rosto.- Vai logo. - Ela correu para o banheiro, e Miguel gritou. - Vá devagar.- Entendi. - Ela respondeu.Depois de lavar o rosto, saiu e viu um vestido de caxemira lilás-claro na cama.Ela ficou surpresa e olhou para Miguel.- Você pegou para mim?- Sim. - Ele assentiu, com um olhar terno.Luiza sorriu levemente, pegou o vestido e foi para o banheiro trocar.Miguel disse:- Pode trocar aqui mesmo, o que eu já não vi?Luiza corou um pouco, não queria trocar de roupa na frente desse grande pervertido, e disse com um biquinho:- Meu corpo é tão bonito que tenho medo
Alice olhou para Miguel, que estava com uma expressão serena, e disse:- Vovô, posso cuidar de você. Eu sei tratar resfriados. Não chame o médico da família, é Ano Novo, deixe-o aproveitar o feriado.- Tudo bem. - Alice era uma aluna brilhante, e o Sr. Souza confiava muito nela.Alice desceu para pegar o estetoscópio e o colocou no peito do Sr. Souza. O Sr. Souza perguntou, intrigado:- Alice, você ainda está estagiando? Você está estudando medicina tradicional?- Eu também aprendi um pouco de medicina tradicional, vovô. Eu aprendi bem. - Alice tentou mostrar suas habilidades o máximo possível, para aumentar sua imagem na mente do Sr. Souza.O Sr. Souza sorriu e disse:- Alice, você é realmente incrível, sabe de tudo.- O Sr. Souza está me elogiando demais. - Alice sorriu travessamente.Os dois conversavam descontraidamente, enquanto Helena puxou a manga de Luiza.- Luiza, vamos descer para tomar café da manhã.Luiza voltou a si, estava prestes a sair com Helena, quando ouviu Miguel d
Naquela época, porque Miguel foi manipulado por Bryan, toda a família Nunes odiava Luiza. Eles já tinham planejado que, quando Alice voltasse dos estudos, casariam Alice com Miguel, unindo as famílias. Dessa forma, Dona Nunes poderia confiar completamente em Alice. Caso contrário, como ela era uma filha adotiva, se ela herdasse o patrimônio da família Nunes, Dona Nunes acreditava que isso seria dar o dinheiro a outra pessoa. Mas se o patrimônio da família Nunes fosse para Miguel, então não seria injusto com a neta que eles criaram desde pequena, então, pensando bem, a melhor solução seria Miguel se casar com Alice. Só assim, o patrimônio da família Nunes não cairia nas mãos de estranhos. Além disso, Alice gostava de Miguel, gostava dele desde pequena, então Dona Nunes queria ainda mais juntá-los. Quem poderia imaginar que Bryan iria se meter, ajudando sua filha a roubar Miguel, deixando Dona Nunes tão furiosa que ela se recusou a comparecer ao casamento de Miguel e Luiza.
Miguel tinha uma expressão indiferente.- Tia, diga.- É sobre aquele projeto de equipamentos médicos importados que mencionei da última vez. Você acha que o Grupo Nunes tem chance de ganhar a licitação?Isabelly já havia mandado pessoas ao Grupo Sunland várias vezes para investigar isso, claramente querendo que Miguel ajudasse o Grupo Nunes.- Tia, se o preço do seu grupo for razoável, certamente ganhará a licitação. - Embora as palavras de Miguel fossem gentis, ele não deu nenhuma pista para ela.Isabelly disse:- Você poderia apenas me contar, para que eu possa ficar feliz antecipadamente?Parecia que ela estava sugerindo que o Grupo Sunland já havia decidido que o Grupo Nunes ganharia a licitação.Miguel respondeu calmamente:- Tia, hoje é Ano Novo, não quero falar de negócios.Ele não estava disposto a revelar nada.Isabelly, ao ser recusada, recolheu um pouco o sorriso, claramente aborrecida.- Miguel, ouvi dizer que você está gastando milhões todos os meses para salvar o pai da
Os dois estavam conversando, de repente, Helena apareceu.Os dois levaram um susto, e Isabelly disse:- Helena, por que você saiu?- Tem visitas lá embaixo, preciso ir recebê-las. Mana, fiquem à vontade. - Helena disse e saiu com a empregada.Isabelly instruiu Alice:- Alice, vá com sua tia e aprenda como ser a dona de casa da família Souza.- Tá bom. - Alice sorriu e desceu as escadas com Helena....No primeiro andar.Luiza estava colocando os copos de cristal.Esses copos de cristal geralmente eram guardados no depósito de copos e eram retirados para limpar e desinfetar no final do ano, para receber os convidados. No total, eram 68 copos, muito valiosos.- Luiza, você já colocou todos os copos tão rápido? - Helena ficou um pouco surpresa.Luiza estava no andar de baixo, sempre trabalhando, e quando viu Helena, respondeu:- A empregada acabou de dizer que os copos já estavam secos, e perguntou o que fazer. Eu vi que minha sogra todos os anos manda as empregadas colocarem na mesa de j
Luiza pegou as seis garrafas de vinho tinto, que eram um pouco pesadas, respirou fundo e seguiu em frente. - Não é a designer Luiza? Ao chegar no jardim, ouviu uma voz sarcástica chamando ela, com um tom levemente hostil. Luiza virou a cabeça e viu uma mulher de corpo esbelto, vestindo um conjunto rosa-choque, com um olhar arrogante. Era Giulia, a ex-namorada de José."Por que ela está aqui? Será que a família dela também é parceira de negócios da família Souza?"Enquanto Luiza pensava nisso, Giulia, insatisfeita por ter sido ignorada, ergueu as sobrancelhas e disse: - O que você está fazendo aqui? - Se eu disser que sou a esposa do Miguel, você acredita? - Você é a esposa do Miguel? - Giulia elevou o tom, com frieza na voz. - Como é possível? Se você fosse a esposa do Miguel, eu seria Deus. Luiza achou que não valia a pena explicar para ela e disse: - Se não acredita, tanto faz. As garrafas de vinho estavam pesadas, e ela precisava levá-las para a Mansão. - Ei, não
Mas José não quis saber de nada e simplesmente arrancou o vinho da mão dela. Luiza não quis soltar, e os dois começaram a brigar. Giulia sentiu uma pontada nos olhos ao ver a cena.José olhava com raiva para ela, mas com Luiza era todo carinhoso, e quanto mais Giulia via isso, mais insuportável se tornava. Ela correu e derrubou o vinho que eles estavam disputando.No final, foi o vinho que se sacrificou. Seis garrafas se espatifaram no chão, com um som alto que não deixou nenhuma delas intacta. Luiza ficou paralisada, olhando para Giulia.José já estava xingando:- Você ficou louca? Descontando sua raiva no vinho?- Quem ficou louco foi você, que não consegue andar quando vê essa mulher. - Giulia respondeu.E os dois começaram a discutir.Luiza, ao lado, olhou para o vinho no chão, o líquido roxo escorrendo por toda parte..."Como é que vamos limpar isso?"Ela estava começando a ficar com dor de cabeça.Enquanto isso, os dois ainda discutiam, e Giulia disse:- Quem mandou você ajuda
Giulia ouviu ele dizer essas palavras em público e seus olhos ficaram vermelhos.José continuou:- Giulia, eu não queria dizer essas coisas. Depois que terminamos, considerando que você é uma garota, eu não falei como realmente terminamos. Apenas disse que não estávamos combinando e que deveríamos nos separar por um tempo. Você achou que eu estava te dando uma chance e começou a me perseguir todos os dias, dizendo por aí que eu era seu marido. - José continuou. - Eu só estava namorando você, não casando. Não te traí, não fiz nada de errado. Namorar é uma escolha livre. Quem disse que namorar significa ficar juntos para sempre? Não é normal terminar quando não está dando certo? Por que você tem que me perseguir como uma louca?Giulia ficou emocionalmente descontrolada com o que ele disse, suas lágrimas começaram a cair uma após a outra, e ela gritou furiosamente:- Você só está me menosprezando porque se apaixonou por essa mulher!- O problema é você. - José respondeu friamente. - Olhe
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que