O comandante informou a ela que sua cooperação com a polícia foi digna de mérito e que ela receberia um prêmio de cidadania exemplar mais tarde.Miguel se aproximou com uma expressão glacial no rosto. O comandante ficou ligeiramente surpreso. - Quem é você, senhor?- Eu sou o marido dela. - Respondeu Miguel friamente, sem um traço de calor em sua voz. Luiza franziu o cenho. Ela não esperava que Miguel retornasse. Ela não contou nada sobre isso a ele, nem deixou Emerson saber. Ela disse que não queria mais dever nada a ele. - Por que você não me contou nada sobre isso?Depois que o comandante saiu, Miguel olhou para ela, sem expressão no rosto. Luiza sabia que ele estava furioso. Mas ela não se importou. Levantou levemente o canto dos lábios e disse: - Por que eu deveria te contar?Miguel ficou com o rosto sombrio, cheio de raiva, e a puxou para perto dele. - Você não acha que algo tão importante deveria ser dito a mim?No entanto, ele agarrou o braço ferido dela. Luiza solto
- Sim.Emerson levou Miguel de carro para a delegacia.Ao saber toda a verdade na delegacia, o rosto de Miguel ficou tão frio que não havia um traço de calor.Toda a verdade veio à tona.Acontecia que a Nanda realmente provocou Bryan de propósito naquela época.Ao ouvir "matar um e enlouquecer a outra.", seus olhos se encheram de raiva e ele ordenou friamente ao Emerson: - Envie duas pessoas para cuidarem dela lá dentro.Emerson, claro, entendia o significado de "cuidar" e concordou, baixando a cabeça: - Sim.De volta ao hospital, Luiza ainda estava dormindo. Miguel se aproximou, seus olhos caindo sobre o rosto pálido dela. Devagar, ele se abaixou, suas mãos grandes e frias segurando delicadamente a mão dela.- Desculpe, não sabia o quanto você tinha sofrido antes. - Ele trouxe a mão dela para seu próprio rosto. - Pelo resto da minha vida, vou cuidar de você...Ele se lembrou dos momentos em que ela agia como uma louca, dizendo que Nanda havia causado a morte de seu pai e que ela
Após aquele dia, Miguel começou a tratar ela melhor. Todos os dias, enviava flores, providenciava as refeições e vinha ao hospital assim que anoitecia para ficar ao seu lado. No terceiro dia, Luiza recebeu alta. Após remover os pontos na sala de tratamento, voltou ao quarto e encontrou Miguel parado lá dentro, segurando um buquê de flores.- A empresa não está te ocupando? - Perguntou Luiza, questionando por que ele vinha até ela todos os dias.Miguel estendeu as flores para ela, um leve sorriso nos lábios. - O que é mais importante do que a esposa? Como você está saindo do hospital, é claro que vim te buscar.Luiza olhou para o buquê de rosas vermelhas. Um caloroso sentimento de amor. Ela não aceitou, se virando para arrumar sua bagagem.Miguel se aproximou e segurou a mão dela. - Seu braço está ferido, não deve fazer isso. Se sente, vou chamar uma enfermeira para arrumar suas coisas.Miguel saiu para chamar a enfermeira. Luiza se sentou na beira da cama, olhando para as árvor
Às vezes, ela ficava olhando para ele, como se estivesse em transe.Miguel sabia que ela tinha sentimentos por ele.Luiza abriu a boca para explicar algo, mas achou que não era necessário. Ela já não tinha intenção de ficar com o Miguel.Ela sabia que eles não poderiam ficar juntos e falou em voz baixa: - A Nanda não disse para você? Eu sempre estive usando você, só queria te usar para enfrentar ela. Ela estava certa, sempre pensei assim. Eu tinha medo de você ajudar a Nanda, então suportei a repugnância e permiti que você se aproximasse de mim, mas na realidade, me sinto muito repugnante em relação a você. Agora que a Nanda foi presa, não preciso mais suportar a repugnância de ficar íntima com você, então tudo acabou.Miguel apertou o osso dela. - Eu não acredito.- Faça como quiser, acredite ou não. - Respondeu Luiza com indiferença.Um ar de melancolia pairou sobre o rosto de Miguel. Ele olhou para ela de cima para baixo e, vendo a frieza em seu rosto, seu coração doeu desespera
Quando terminaram, já havia passado duas horas.Luiza estava exausta.Miguel a abraçou, olhando para a mulher bonita e cansada em seus braços. Grande parte da raiva em seu coração já havia se extinguido. Ele a pegou no colo e a levou para o banho.Enquanto tomavam banho, Luiza começou a recobrar um pouco de consciência. Ela ficou chateada na banheira por um tempo e então mordeu a clavícula de Miguel.Doeu.Mas Miguel não a soltou, ele a abraçou carinhosamente e disse suavemente: - Só precisa liberar essa raiva.Luiza parecia menos irritada agora, soltou lentamente sua mordida na clavícula dele e disse, cansada: - Miguel, você é um idiota.Havia um toque de soluço em sua voz.Miguel a abraçou e a tranquilizou: - Sim, eu sou um idiota.Ele a segurou firmemente no seu braço como se fosse um tesouro.Luiza fechou os olhos, parecendo resignada, com os olhos vermelhos perguntou: - Como você pôde me deixar ir?- De jeito nenhum. - Ele a encarou, falando sério.Ao ser encarada por ele, uma
- O que você queria que eu fizesse no passado e não fiz, eu vou compensar. No futuro, estarei ao seu lado em tudo o que você quiser fazer. Na primavera, vamos ver as flores das cerejeiras, no verão, vamos viajar para o exterior para escapar do calor, no outono, vamos nos banhar em fontes termais, no inverno, vamos esquiar.Tudo isso era o que Luiza costumava esperar.Toda vez que ele voltava do exterior, ela ficava repetindo: "Miguel, a primavera está chegando, você pode me levar para ver as cerejeiras florindo?"No verão, ela dizia: "Valenciana do Rio está muito quente, meu pai costumava me levar para países mais frescos para escapar do calor, você pode me levar também? Eu quero ir para aquela cidadezinha de conto de fadas..."No outono, ela contava os dias até junho, esperando que ele a levasse para as fontes termais quando estivesse de folga. Se ele não fosse, ela ficava resmungando o dia todo.Quando chegava o inverno, ela fazia biquinho e o seguia, dizendo: "Esquiar, esquiar, Migu
Luiza olhou para aquele buquê de lírios. Não esperava que ele tivesse preparado flores, ficou um pouco surpresa. Ela olhou para a lápide de Fabiana e disse algumas palavras para ela. - Mãe, eu vim te ver. Sobre o papai, eu já vinguei ele... - Ao dizer isso, ela sentiu que a raiva em seu coração estava gradualmente desaparecendo. Depois de visitar sua mãe, no caminho de volta, Luiza ficou um pouco calada. Miguel a levou até a Luminar Joias, acariciou sua cabeça e lembrou ela de almoçar. Luiza não respondeu, desceu do carro e entrou no estúdio. Luiza ficou ocupada no estúdio o dia todo. À noite, quando saiu do estúdio, viu um carro estacionado do outro lado da rua. Ao vê-la, Emerson abriu a porta do carro e disse respeitosamente: - Senhora, o senhor pediu para eu levá-la para casa. Miguel começou com isso de novo. Mandando alguém vigiá-la. Ele absolutamente não concordava com a separação. Luiza entendeu que, a menos que ela deixasse o país para viver em outro lu
Os cílios de Luiza tremiam; ele era realmente uma pessoa sem-vergonha.Ela não queria mais falar com ele, pegou o celular e voltou para o quarto.Miguel não a seguiu, foi para a cozinha preparar a comida.Luiza estava desenhando no quarto quando sentiu um cheiro delicioso; seu estômago roncou de fome.Ela não tinha jantado e estava faminta."Será que eu deveria beber um pouco de leite?"Ela se levantou, calçou os sapatos e saiu do quarto. Na mesa de jantar, havia três pratos.Luiza deu uma olhada, os pratos pareciam bons, mas ela ficou constrangida em comer o que Miguel havia preparado. Desviou o olhar relutantemente e foi para a cozinha pegar leite.Miguel estava servindo a sopa e, ao vê-la entrar na cozinha, sem virar a cabeça, disse:- Está na hora de comer, vá pegar os talheres.Luiza hesitou por um momento, ainda achando que não era apropriado jantar com ele. Abriu a geladeira e pegou uma garrafa de leite fresco.Quem diria que, ao fechar a porta da geladeira, veria Miguel parado
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.