Pensando nisso, ela lançou um olhar para Miguel.Ele estava sentado ao sol, examinando os documentos que Eduardo trouxe, completamente relaxado e despreocupado, como se estivesse envolto por uma aura dourada.- Venha cá.Percebendo seu olhar, ele ergueu os olhos, largando os papéis em suas mãos.Luiza retornou à realidade, piscou os olhos e se aproximou. - O que foi?Miguel segurou sua mão delicadamente e sorriu gentilmente. - Você estava olhando para mim o tempo todo. Ficou fascinada com minha beleza? - Claro que não. - Luiza negou. - Só estava grata a você, nada mais. - Pelo quê? - Ele arqueou as sobrancelhas.Luiza explicou: - O Grupo Medeiros ligou, dizendo que você enviou alguém para realizar a aquisição, e as ações começaram a se recuperar hoje.- Também consegui lucrar, não precisa agradecer. No final das contas, o Grupo Medeiros é quem merece ser resgatado.Ela assentiu com a cabeça e depois ficou em silêncio.Miguel apertou a sua mão.Luiza sentiu um leve desconforto e le
- Eu... - Luiza de repente ficou sem palavras.O ambiente ficou silencioso.Ele a encarava intensamente.Luiza ficou paralisada em seus braços, envolvida por seus dois braços, sentindo o ar ao seu redor esquentar inexplicavelmente.Ela se sentiu desconfortável, tentou se afastar, mas ele segurou seu queixo, a virando de volta para o encarar.- Por que está se esquivando? Está nervosa? - Seu hálito quente atingiu o rosto dela.A pele de Luiza ficou vermelha, ela não queria que as coisas ficassem ambíguas dessa maneira, tentou dizer: - Me solta.- Não quero soltar.Ele não apenas não a soltou, como a puxou para mais perto.Com medo de machucar ele, Luiza não se atreveu a se mover.Ele a puxou para perto, seus olhos profundos fixos nos lábios vermelhos dela. - Estou com medo de que, se eu soltar, você vá fugir de novo.Luiza ficou atônita por um momento, encontrando seu olhar.Havia ternura em seus olhos, e ela ficou momentaneamente cativada.Então, ela foi beijada.O ar do homem a envo
- Como é possível!Clara ignorou a dor em seu rosto e pegou o jornal para ler.Em seguida, seu rosto ficou pálido e ela disse, com os olhos arregalados: - Como isso é possível? Walter disse que o Grupo Medeiros certamente iria falir...- Você ouviu ele! Ele queria lidar com o Miguel, é claro que diria isso, mas o problema é que ele mesmo se meteu em encrenca, colocando uma bomba na coletiva de imprensa, e agora que as coisas deram errado, ele está sendo procurado pela polícia.Clara ficou pálida.Isso significava que o plano de Walter falhou e Miguel e Luiza agora estavam bem?- É tudo por sua causa! - Gabriel ficava mais irritado à medida que pensava, e avançou para pegar o pescoço de Clara. - É tudo por sua culpa, acreditar naquele Walter, me fez ir atrás do Grupo Medeiros, agora o Grupo Medeiros está se recuperando, e eu me tornei o bode expiatório, não apenas não consegui derrubar o Grupo Medeiros, mas também ofendi o Sr. Miguel!Gabriel agora odiava Clara.Ele ouviu muito as pala
Clara ficou atônita.Miguel disse: - Ele te disse que o Grupo Medeiros iria à falência e te mandou lidar com o Grupo Medeiros, certo? Então, ele se voltou contra mim, mas quando o plano dele fosse bem-sucedido, o Grupo Sunland mudaria de dono. Ele prometeu te dar muitas vantagens, eu morreria e a Luiza ficaria na miséria. Você nutria um ódio profundo por nós dois, então estava tentada a seguir ele e nos vingar, é isso?Todos os seus pensamentos foram expostos. Clara ficou pálida, paralisada no lugar, como uma marionete.De fato, foi isso que ela pensou no começo.Ela odiava Miguel e Luiza e queria destruir os dois, preferencialmente os separando para sempre.Além disso, ela desejava que Luiza sofresse, para que pudesse devolver toda a dor que sentiu.Mas ela não esperava que Miguel soubesse da sua colaboração com Walter.- Eu...Clara tentou explicar, mas não conseguiu encontrar as palavras adequadas. Depois de um tempo, ela finalmente disse: - Foi porque Walter ameaçou a vida da min
- Isso é com você. - Respondeu Miguel com frieza.Clara mal podia acreditar. Ela havia contado tudo para Miguel, por que ele estava sendo tão insensível?Ela balançou a cabeça, com lágrimas nos olhos. - Miguel, eu te imploro, me ajuda...Ela tentou se aproximar de joelhos, mas Miguel já estava chamando alguém. - Venham.A porta do quarto foi aberta, Eduardo entrou com dois seguranças e eles levaram Clara para fora.Luiza ainda estava parada na porta, atordoada.Miguel se aproximou, levantou a mão para a abraçar, a fazendo encostar a cabeça em seu ombro, sussurrando suavemente: - Agora você sabe o que está acontecendo, não é?Luiza assentiu. - Desculpe.Aparentemente, tudo foi manipulado pelo Walter.- Está tudo bem.Miguel a abraçou firme pela cintura.- Mas naquela época eu também te prejudiquei, eu roubei seus documentos.Ela ficou parada em seus braços, se sentindo um pouco culpada ao mencionar isso.- Não é a mesma coisa. Você foi uma presa nos planos do Walter, foi uma vítima.
Naquela noite, Luiza optou por ficar em casa em vez de ir ao hospital, desfrutando de um jantar tranquilo com seu pai.Atualmente, seu pai estava enfrentando lapsos de memória, mas curiosamente, parecia mais contente do que antes. Luiza achava isso reconfortante, pois significava menos preocupações para ela.Após o jantar, Miguel ligou via vídeo.Luiza estava no quintal quando atendeu à chamada. - Oi.O rosto bonito de Miguel apareceu na tela.Miguel a encarou profundamente. - Por que você não veio hoje à noite?Luiza sorriu. - Você não está prestes a sair do hospital? Não precisa de companhia o tempo todo, né?- Eu só quero ter você por perto o tempo todo.O coração de Luiza deu um salto. Ela olhou para o homem na tela do vídeo e disse: - Se precisar de algo, é só me ligar.- É diferente te ver pessoalmente.Luiza estava prestes a perguntar como era diferente quando ouviu Bryan chamando atrás dela. - Lulu.Bryan saiu da casa, vestindo um suéter comprido.Ao ver ele, Luiza olhou i
- Quem ousaria me repreender? - Miguel respondeu indiferentemente.Luiza olhou para o rosto frio dele e pensou consigo mesma: "É verdade, o hospital inteiro é dele, que médico teria coragem de repreender ele?"Ela levou Miguel para o seu quarto, abrindo a porta suavemente e disse: - Fale em voz baixa.Miguel ignorou, entrando com passos largos.- Ei! - Luiza o chamou baixinho. - Você poderia falar mais baixo?- Você está com medo que seu pai me descubra?Ele pareceu um pouco descontente, se virando para a olhar.Luiza ficou momentaneamente surpresa, sussurrando: - Se ele estivesse bem, eu poderia explicar tudo o que aconteceu recentemente, e talvez ele pudesse entender você, mas quando ele teve o problema, foi durante o nosso divórcio. Tenho medo de que, se não deixar ele lembrar, acabe o estimulando.A situação de Ivan foi orquestrada por Walter, mas ela sabia que seu pai não sabia disso. Além disso, com o pai não reconhecendo ninguém, Luiza não conseguia explicar toda a situação pa
Luiza sentiu um calor percorrer seu rosto quando seus lábios foram tocados pela ponta dos seus dedos.Luiza ficou um pouco aturdida e disse: - Eu vi a notícia do suicídio da Clara esta manhã.- Foi o Gabriel quem fez isso.- Você se sente triste com isso? - Ela olhou nos olhos dele, tentando discernir suas emoções.- Não, não me sinto triste. - A voz de Miguel era calma. - O destino dela foi causado pela ganância e pela arrogância dela, colhendo o que plantou.Luiza não sabia o que dizer e apenas assentiu com a cabeça.Ela tentou virar a cabeça para assistir TV, mas Miguel segurou seu rosto, a impedindo de se mover. - Você disse ao seu pai hoje que eu sou seu amigo?Luiza ficou envergonhada. - Mas nós não somos amigos?Ela ainda não tinha aceitado as investidas dele, então é claro que eles eram apenas amigos.- Amigos? - Miguel repetiu a pergunta e mordeu o lábio dela. - Os amigos mordem seus lábios assim?Luiza sentiu seu rosto ficar quente e empurrou ele. - Eu ainda não aceitei s
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?