- Sim.Ele estava abotoando a camisa quando ouviu a voz dela e virou a cabeça para perguntar: - Te acordei?- Não, eu acordei sozinha. Seu olhar caiu sobre a sua camisa.Ele estava usando uma camisa de listras escuras.Parecia que, desde o divórcio, ela frequentemente o via usando essa camisa. Esta camisa foi um presente dela para ele.- Por que está me olhando?Miguel olhou para sua própria camisa e depois para ela.Luiza voltou a si, sem dizer nada, foi até o armário, e pegou uma gravata para ele.- Vai usar esta.Ela estendeu sua mão branca na frente dele, com uma gravata dentro.Miguel ficou um pouco surpreso, arqueou as sobrancelhas e sorriu: - Você poderia dar um nó para mim? Hoje tem uma conferência de imprensa, a gravata precisa estar bem amarrada.Ultimamente, ele mesmo estava amarrando suas gravatas, e não ficavam muito boas.Luiza originalmente queria o recusar, mas ao ouvir as palavras "conferência de imprensa", seu coração se apertou.- O projeto com o Grupo Paloma ser
Cada célula do corpo dele transbordava de excitação. - Na hora certa, assumirei como o novo CEO do Grupo Sunland e aceitando este novo projeto.Ouvindo sua voz, Luiza não pôde deixar de se sentir ansiosa.O que exatamente Walter estava planejando fazer?Ela conteve a inquietação em seu coração e perguntou suavemente: - O que você pretende fazer?- Eu pretendo... - Walter riu. - É claro que não posso te dizer, mas você tem um papel crucial nisso. Se não fosse por você ter me enviado aquele arquivo, eu estaria completamente perdido...Ele riu ao telefone.Enquanto isso, Luiza estava com a cabeça uma bagunça, incapaz de ouvir claramente o que ele estava dizendo, com medo de prejudicar Miguel.- Querida, você fez um ótimo trabalho desta vez. Esta noite, vou enviar alguém para te buscar. Você ficará ao meu lado e eu garanto que o Miguel não ousará te tocar.Walter agora estava em um estado de vitória.Luiza apertou os lábios, sem dizer nada, sentindo um frio no fundo do seu coração...Dep
- O Sr. Miguel não quer que você se exponha, teme que você se meta em problemas.Respondeu Eduardo, e então disse: - Sra. Luiza, vamos para a sala de espera, esperar por ele lá.Foi então que Luiza se lembrou do assunto do Walter. Ela foi com Eduardo para a sala de espera e rapidamente contou a ele sobre isso.Eduardo disse: - Se o Sr. Miguel souber que você veio especialmente para contar a ele sobre isso, com certeza ficará feliz.Luiza ficou confusa, e Eduardo saiu sem dizer mais nada.Por que Eduardo também não a ouviu?Luiza se sentiu desanimada, se sentando na sala de espera, diante de uma grande televisão de tela plana. Ela ligou a transmissão ao vivo da coletiva de imprensa.Na tela da TV, Miguel já estava em frente à grande tela, sorrindo levemente para a câmera, com uma expressão calma, bela e distante.Nos primeiros dez minutos, ele fez um discurso muito suave.Mas no décimo primeiro minuto, o conteúdo da grande tela atrás dele mudou.E então algumas grandes palavras aparec
No local, imediatamente ficou claro o que estava acontecendo.Era uma luta interna no grupo!Todos os repórteres começaram a tirar fotos freneticamente.Era claro, em uma posição superior estava Miguel, enquanto Walter de repente se tornou o alvo de todos.Ele permaneceu com uma expressão séria no rosto, enquanto ouvia Miguel anunciar no local: - A partir de hoje, você não faz mais parte do Grupo Sunland. Aqui, eu anuncio que você está permanentemente removido do Grupo Sunland!A expressão de Walter ficou extremamente desagradável.E Luiza, assistindo à cena do lado de fora da grande tela, ficou chocada além das palavras.Ele já havia descoberto o que Walter estava planejando, tudo estava preparado, só estava esperando por hoje para expor Walter completamente.Através da televisão, ela viu um sorriso radiante se formar em seu rosto.Naquele momento, ela sentiu que ele tinha um charme irresistível.Logo depois, outra onda de oficiais de justiça entrou, mostrando distintivos e acusando
- Sim... - Ele respondeu baixo. - Não entre, apenas vá embora...Neste momento, ele ainda estava pedindo para ela sair.Luiza, com lágrimas nos olhos, disse: - Miguel, como você está agora? Você ainda aguenta?- Um pouco cansado. - Sua voz estava extremamente rouca.Luiza não pôde deixar de pensar na imagem dele deitado em uma poça de sangue, ela nem ousava pensar mais nisso, sacudiu a cabeça para afastar as imagens sangrentas e disse com desespero: - Miguel, você aguente! Os policiais especiais já entraram, eles vão te salvar, você ficará bem...Não houve resposta do outro lado da linha.Luiza temia que ele tivesse desmaiado, tremendo, ela disse com a mandíbula trêmula: - Miguel, você não pode dormir! Você prometeu me ajudar a salvar meu pai, você não pode quebrar sua promessa, você tem que sobreviver para mim!Ela pensou que odiava ele, resistia a ele, sentia repulsa por ele, mas neste momento, ela sentiu um pânico inexplicável.Ela tinha medo de que ele morresse, um medo incontro
Ela abraçava os braços, nunca houve um momento tão difícil como hoje, ela olhava fixamente para a luz cirúrgica, sua mente entorpecida tinha apenas um pensamento.Ela não queria que o Miguel morresse.- Sra. Luiza, coma algo primeiro. - Disse Eduardo, trazendo o jantar.Luiza balançou a cabeça, seus olhos sem brilho.- Eu não quero comer.Ela não tinha apetite.Eduardo disse: - Sra. Luiza, é melhor você comer algo. Depois da cirurgia, alguém certamente terá que cuidar dele, e se você também desmaiar...Ao ouvir isso, os olhos de Luiza se moveram um pouco e ela olhou para a refeição que Eduardo trouxe, assentindo com a cabeça.No final, ela começou a comer devagar.Porque ela teria que cuidar de Miguel depois, e... Havia um bebê em seu ventre...A cirurgia durou mais de três horas e finalmente terminou.Quando a porta se abriu, Luiza levantou a cabeça abruptamente.Miguel, coberto por um lençol branco, foi levado para fora.Eduardo foi o primeiro a correr até lá e e perguntou:- Dr. Ya
Luiza sentiu o toque na cabeça e abriu os olhos, se deparando com o seu rosto pálido e bonito. - Você acordou?- Sim. - Ele respondeu, sua visão ainda fixa no belo rosto dela.Luiza se sentiu desconfortável e disse: - Vou chamar o médico.- Espere. - Miguel segurou sua mão delicadamente, com a voz fraca. - Ainda é cedo, espere um pouco antes de chamar o médico.Ele queria passar mais tempo com ela.Luiza se sentou de volta, olhando para ele com seus grandes olhos, e disse: - Ontem você foi ferido pela bomba, perdeu muito sangue. O Dr. Yago tratou dos seus ferimentos e agora você precisa descansar por um tempo. Alguma parte do seu corpo está incomodando você?Miguel balançou a cabeça, provavelmente eram apenas ferimentos externos, exceto pela tontura causada pela perda de sangue, não havia outros problemas.- Você quer comer alguma coisa? Eu posso ir comprar. - Luiza perguntou.Miguel ainda balançou a cabeça, fraco: - Eduardo vai mandar algo mais tarde, você não precisa se preocupar
Luiza aguardava na sala do hospital, nervosa e inquieta. Pensamentos sobre seu pai invadiam sua mente, a deixando cada vez mais ansiosa e preocupada.Não sabia quanto tempo se passou quando Yago abriu a porta e disse: - Sra. Luiza, seu pai está no hospital.Luiza se levantou abruptamente, suas mãos e pés estavam gelados.Yago a levou até a sala de tratamento, abrindo a porta branca para encontrar Bryan deitado na cama, passando por um exame.O médico estava examinando seus olhos, ele estava sentado lá, sua expressão um pouco confusa, mas ele ainda estava lúcido.- Pai! Luiza quase começou a chorar, seus olhos vermelhos enquanto ela se aproximava.- Lulu...Bryan segurou sua mão.Ele estava atualmente confuso, não lembrava de muitas coisas, mas ainda se lembrava de Luiza como sua filha.- Pai, você está machucado? Luiza verificou os ferimentos em seu corpo com os olhos.Bryan balançou a cabeça.- Estou bem, mas por que você me deixou lá? Muitas pessoas me olhavam todos os dias, eu nã
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que