Talvez por ter se acostumado a se impor sobre ela desde o início, ela sempre obedecia; assim, ele se habituou a resolver problemas dessa maneira.Mas agora, ele finalmente percebeu que ela detestava ser tratada como uma criança ou como sua propriedade.- Deixe para lá, já passou, vamos voltar, talvez seja a nossa vez. - Luiza o chamou de volta.Ela estava em pé diante de um prédio branco, o sol batendo em seu rosto; e nesse instante, seu rosto parecia brilhar, bela de uma maneira quase surreal.Miguel ficou um pouco atordoado.Então, ele apagou o cigarro e voltou com ela para o cartório.O processo de divórcio foi tranquilo, não tinham filhos nem disputas, e em poucos minutos as formalidades estavam concluídas.Ao sair do cartório, Miguel olhou para ela e perguntou:- Que tal um almoço de despedida?Luiza pensou por um momento, achou que era uma boa ideia e acenou com a cabeça:- Sim.Ele havia deixado para ela o Grupo Medeiros e os Jardins da Serra, avaliados em alguns bilhões, uma ge
Nanda disse suavemente:- Irmão, preciso ir ao hospital fazer um exame hoje e estou um pouco assustada. Você pode me acompanhar?Luiza, que estava bem perto, ouviu claramente as palavras de Nanda e sorriu de canto.Sabia que Nanda não ficaria quieta.Hoje era o dia em que eles registrariam o divórcio, e Nanda certamente estava ansiosa, querendo saber se já estavam divorciados.Miguel falou calmamente:- Pedi para o Eduardo te acompanhar.- Irmão, você não vai vir?- Tenho compromissos.- Irmão, hoje é o dia em que você vai ao cartório se divorciar da cunhada? - Como esperado, Nanda ainda fez a pergunta.Miguel apertou os lábios finos e disse em tom baixo:- Sim, já registrei.Ao ouvir essa frase, Nanda claramente engoliu em seco do outro lado.Luiza achava que Nanda deveria estar feliz agora, mas o que ela disse foi de autoreprovação:- Irmão, foi por minha causa? Desculpe, eu causei seu divórcio com a cunhada...- Chega, não vamos falar mais sobre isso. - Miguel parecia não querer ouv
Ela começou a sentir os enjoos da gravidez.Após enxaguar a boca, se olhou no espelho e notou que havia engordado bastante, com o rosto mais redondo.Descendo as escadas em seu suéter folgado, ouviu vozes vindas da sala de jantar.Uma era a voz de Bryan, a outra, muito parecida com a de Theo?Theozinho?Luiza entrou na sala de jantar, onde Bryan e Theo conversavam à mesa.- Então você é o filho da Jaqueline. - Disse Bryan, olhando para o Theo, emocionado.Jaqueline Neves também havia sido uma de suas sócias no início, dentre sete pessoas, apenas Jaqueline era mulher, e ela era amiga íntima da mãe de Luiza, Fabiana.Bryan refletiu sobre quão pequeno o mundo parecia, depois de tantos anos, encontrar o filho de Jaqueline, Theo.Bryan perguntou:- Então você está morando com seu pai, Dario?- Sim, após a morte da minha mãe, fiquei sozinho e acabei indo morar com meu pai. - Respondeu Theo calmamente, com um olhar melancólico.Bryan sentiu uma pontada de pena por ele.Ele tinha ouvido falar
O amor abençoado pelos pais de ambos os lados era o melhor dos casamentos.Luiza acabava de sair....Do lado de Miguel, ele recebeu uma ligação:- Sr. Miguel, hoje chegou um homem ao Jardins da Serra, o Sr. Bryan o chamou de Theo.Miguel, que estava jogando golfe, ouviu isso e seu rosto se fechou:- O que ele foi fazer no Jardins da Serra?- Não sei, ele acabou de almoçar com o Sr. Bryan no refeitório. O Sr. Bryan me mandou sair, então não ouvi o que eles falaram, mas a senhora saiu hoje e foi no carro do Sr. Theo. Parece que o Sr. Bryan gosta muito desse Sr. Theo.Miguel ficou com uma expressão sombria, parecendo que Bryan queria arranjar um encontro entre eles.Luiza estava no carro de Theo, conversando casualmente:- Ouvi do tio que você se registrou para o divórcio com Miguel ontem.Luiza assentiu:- Meu pai te contou isso também? Vocês são próximos?- Não muito.- Então por que ele te chamou para almoçar lá em casa?Theo respondeu sorrindo:- Esta manhã fui ao monte atrás do Jard
Luiza sorriu:- Sr. Miguel, agora estamos oficialmente divorciados e já moramos separados; por favor, não se envolva tanto assim. - Após dizer isso, desligou o telefone.O rosto de Miguel estava frio como gelo.Depois de terminar a ligação, Luiza chegou à Luminar Joias. Desafivelou o cinto de segurança, prestes a sair do carro, quando Theo perguntou:- Miguel mandou alguém vigiar você?- Não é bem uma vigilância, mas dois dos empregados no Jardins da Serra foram contratados por ele, então qualquer coisa eles ligam para ele. - Respondeu Luiza, sem esconder isso de Theo.Theo refletiu por um momento:- Então, vou contratar dois funcionários para você e você pode dispensar os dois que tem em casa. Estar sempre sob vigilância não é nada agradável.Luiza ficou um pouco surpresa, depois balançou a cabeça:- Não precisa, Theo, não quero incomodá-lo. Vou demitir os dois empregados da casa, mas procurarei novos eu mesma.- Tudo bem. - Theo não insistiu. - Hoje é o primeiro dia de trabalho do a
Então, ela se lançou nos braços de Miguel.Miguel começou a falar de modo autoritário, como de costume:- Não chame um táxi, eu te levo para casa. Podemos conversar no caminho.Luiza, enfurecida, retrucou.Aquele puxão que Miguel deu nela, se algo desse errado, poderia ser problemático se ela caísse.Ela estava grávida de dois meses!Ela endureceu o rosto, o encarando furiosamente:- Miguel, você está louco? Eu já disse não, e você ainda me puxa? E se eu tivesse caído?- Você não cairia, eu te seguraria. - Respondeu Miguel, como se fosse óbvio.Luiza resmungou:- Se você não me puxasse, eu estaria bem. Não me cause problemas e depois aja como um salvador, eu não preciso disso. - Dito isso, o empurrou e insistiu em chamar um táxi.Miguel franziu a testa, dizendo sombriamente:- Se você não me deixa te levar, então vamos pegar um táxi juntos. Podemos conversar no carro.O que ele quis dizer foi que, se ela não aceitasse, ele a seguiria.Luiza, extremamente desgostosa, seu olhar esfriou a
- As duas partes desejam estar juntas, isso é o que chamamos de cônjuges legais. Se uma das partes já não deseja mais lidar com a outra, isso só pode ser considerado assédio. - Corrigiu Theo. - O Presidente Miguel, sendo uma pessoa tão elegante, certamente não seria do tipo que persegue insistentemente uma mulher, certo?Miguel entrecerrava os olhos.Luiza disse ao Theo:- Theozinho, vamos embora.Mas Miguel segurou sua mão, impedindo ela de ir.Luiza falou:- Sr. Miguel, por favor, solte minha mão, eu quero ir para casa.- Você realmente vai com ele? - Perguntou ele, fixando o olhar em seu rosto pálido, enquanto um olhar sombrio quase transbordava de seus olhos.Luiza acenou com a cabeça:- Sim, eu vou com ele.Miguel franzia a testa, visivelmente descontente:- Parece que você ignorou completamente o que eu disse antes.Ele havia dito a ela que Theo não era uma pessoa simples e que ela deveria manter distância dele.No entanto, Luiza nunca havia escutado. Assim que se divorciaram, e
Theo sorriu e disse:- Eu bebi um pouco ontem à noite, e o tio me deixou ficar no quarto de hóspedes. Não incomodei você, né?De repente, ele parecia um amigo de infância de seu pai.Luiza balançou a cabeça:- Não, eu fui dormir cedo ontem e nem ouvi a voz de vocês.- Que bom. - Theo sorriu e virou a cabeça para observar a paisagem do quintal.Luiza não sabia o que dizer, ficou parada por um momento, pensando em voltar.- Lulu. - Theo chamou de repente.Luiza parou e olhou para trás:- O que foi?- Nossa empresa vai organizar um grande concurso de design, e vamos convidar a Luminar Joias. Você virá? - Theo a olhou calmamente, esperando por sua resposta.Luiza sorriu:- Claro.Com um convite, ela definitivamente iria; talvez isso trouxesse atenção para a Luminar Joias e uma chance de se destacar.- Então nos vemos lá. - Ele sorriu.Luiza também sorriu....Na reunião de rotina do Grupo Sunland.Miguel, vestindo um terno preto, se sentava na cadeira principal, sem dizer uma palavra.O vi