Luiza sorriu:- Sr. Miguel, agora estamos oficialmente divorciados e já moramos separados; por favor, não se envolva tanto assim. - Após dizer isso, desligou o telefone.O rosto de Miguel estava frio como gelo.Depois de terminar a ligação, Luiza chegou à Luminar Joias. Desafivelou o cinto de segurança, prestes a sair do carro, quando Theo perguntou:- Miguel mandou alguém vigiar você?- Não é bem uma vigilância, mas dois dos empregados no Jardins da Serra foram contratados por ele, então qualquer coisa eles ligam para ele. - Respondeu Luiza, sem esconder isso de Theo.Theo refletiu por um momento:- Então, vou contratar dois funcionários para você e você pode dispensar os dois que tem em casa. Estar sempre sob vigilância não é nada agradável.Luiza ficou um pouco surpresa, depois balançou a cabeça:- Não precisa, Theo, não quero incomodá-lo. Vou demitir os dois empregados da casa, mas procurarei novos eu mesma.- Tudo bem. - Theo não insistiu. - Hoje é o primeiro dia de trabalho do a
Então, ela se lançou nos braços de Miguel.Miguel começou a falar de modo autoritário, como de costume:- Não chame um táxi, eu te levo para casa. Podemos conversar no caminho.Luiza, enfurecida, retrucou.Aquele puxão que Miguel deu nela, se algo desse errado, poderia ser problemático se ela caísse.Ela estava grávida de dois meses!Ela endureceu o rosto, o encarando furiosamente:- Miguel, você está louco? Eu já disse não, e você ainda me puxa? E se eu tivesse caído?- Você não cairia, eu te seguraria. - Respondeu Miguel, como se fosse óbvio.Luiza resmungou:- Se você não me puxasse, eu estaria bem. Não me cause problemas e depois aja como um salvador, eu não preciso disso. - Dito isso, o empurrou e insistiu em chamar um táxi.Miguel franziu a testa, dizendo sombriamente:- Se você não me deixa te levar, então vamos pegar um táxi juntos. Podemos conversar no carro.O que ele quis dizer foi que, se ela não aceitasse, ele a seguiria.Luiza, extremamente desgostosa, seu olhar esfriou a
- As duas partes desejam estar juntas, isso é o que chamamos de cônjuges legais. Se uma das partes já não deseja mais lidar com a outra, isso só pode ser considerado assédio. - Corrigiu Theo. - O Presidente Miguel, sendo uma pessoa tão elegante, certamente não seria do tipo que persegue insistentemente uma mulher, certo?Miguel entrecerrava os olhos.Luiza disse ao Theo:- Theozinho, vamos embora.Mas Miguel segurou sua mão, impedindo ela de ir.Luiza falou:- Sr. Miguel, por favor, solte minha mão, eu quero ir para casa.- Você realmente vai com ele? - Perguntou ele, fixando o olhar em seu rosto pálido, enquanto um olhar sombrio quase transbordava de seus olhos.Luiza acenou com a cabeça:- Sim, eu vou com ele.Miguel franzia a testa, visivelmente descontente:- Parece que você ignorou completamente o que eu disse antes.Ele havia dito a ela que Theo não era uma pessoa simples e que ela deveria manter distância dele.No entanto, Luiza nunca havia escutado. Assim que se divorciaram, e
Theo sorriu e disse:- Eu bebi um pouco ontem à noite, e o tio me deixou ficar no quarto de hóspedes. Não incomodei você, né?De repente, ele parecia um amigo de infância de seu pai.Luiza balançou a cabeça:- Não, eu fui dormir cedo ontem e nem ouvi a voz de vocês.- Que bom. - Theo sorriu e virou a cabeça para observar a paisagem do quintal.Luiza não sabia o que dizer, ficou parada por um momento, pensando em voltar.- Lulu. - Theo chamou de repente.Luiza parou e olhou para trás:- O que foi?- Nossa empresa vai organizar um grande concurso de design, e vamos convidar a Luminar Joias. Você virá? - Theo a olhou calmamente, esperando por sua resposta.Luiza sorriu:- Claro.Com um convite, ela definitivamente iria; talvez isso trouxesse atenção para a Luminar Joias e uma chance de se destacar.- Então nos vemos lá. - Ele sorriu.Luiza também sorriu....Na reunião de rotina do Grupo Sunland.Miguel, vestindo um terno preto, se sentava na cadeira principal, sem dizer uma palavra.O vi
Luiza ouvia em silêncio, percebendo que agora ela não estava tão irritada quanto antes.Não sabia se tinha amadurecido ou se havia deixado para trás, mas parecia que não se irritava ou entristecia tão facilmente.Ela pressionava os lábios, olhando com uma expressão indiferente para Miguel:- Sr. Miguel, já terminou de falar? Se acabou, pode ir embora. Estou ocupada com um desfile recentemente e não tenho tempo para ouvir suas bobagens.Miguel ficou com uma expressão sombria.Luiza se levantou, o contornou para abrir a porta e para pedir que ele saísse.Mas, ao passar ao lado dele, Miguel estendeu o braço e a puxou para si.Luiza, desprotegida, acabou sentando em seu colo.- O que você está fazendo? Sempre me puxando e arrastando, é muito fácil me machucar. - Disse Luiza, irritada, tentando se levantar.Miguel não permitiu; com a respiração profunda, segurou sua mão e disse:- Ainda não terminei de falar.- Eu não quero ouvir. - Ela respondeu friamente, lutando para se soltar.Miguel, j
Miguel sentiu que ela havia parado de se debater, virou o rosto dela e viu uma alma perdida, pálida, com uma expressão entorpecida e morta...Ele também se lembrou daquela noite, ela tinha o mesmo olhar, e então decidiu se divorciar.O coração de Miguel afundou, como se tivesse um carvão em brasa dentro dele; a dor fazia sua expressão mudar levemente.Passou muito tempo, e ele não se moveu.Luiza percebeu seu estupor e, com um empurrão, o afastou e ajeitou o suéter que vestia.O rosto dela estava marcado por lágrimas.Miguel continuou sentado lá, apenas disse:- Você realmente me odeia tanto assim?- Sim! Eu te odeio, te detesto, não suporto você, não quero ver você nunca mais! - Luiza gritou tudo isso de uma só vez."Sempre tão autoritário, pensando que sabe de tudo, quem poderia gostar?"A expressão de Miguel mudou, o peso no seu peito fazia com que ele mal pudesse respirar.Não se sabia quanto tempo depois, ele partiu, sua figura exalando uma aura sombria, sem olhar para trás.Luiza
Desde aquele dia, Miguel parecia realmente ter desistido; não ligava mais para ela, não a incomodava, nem se importava se ela mantinha algum relacionamento com Theo. Ele parecia ter perdido completamente o interesse nela. Assim, após trocarem olhares por um momento, ambos desviaram o olhar calmamente.- Lulu.Theo saiu para recebê-las na porta, vestindo um terno escuro e óculos finos, com uma expressão bonita e elegante. Ao vê-lo, Luiza sorriu.- Theozinho.Theo se aproximou. Imediatamente, uma onda de jornalistas se aglomerou ao redor deles para entrevistá-los.- Por favor, Presidente Theo, esta senhora é sua namorada?- Ela também é uma das designers participantes de hoje?Como o Grupo NAS era uma marca de luxo frequentemente destacada em revistas, os jornalistas estavam bem informados sobre suas personalidades. Luiza, ao lado de Theo, foi cercada pelos jornalistas a ponto de quase não ter espaço para se manter de pé, tropeçou e quase caiu.- Cuidado! - Theo rapidamente a envolv
Luiza suspirou, entrou e ficou em pé diante do sofá.- Se tem algo a dizer, diga.Ela estava claramente impaciente.Miguel levantou as pálpebras, olhando através do lustre de cristal para o rosto dela, e disse com uma voz calma e profunda:- O que os jornalistas disseram é verdade?- Verdade, que verdade?- Você é a namorada do Theo? - Ele a encarou, o intenso senso de opressão ressurgiu, claramente descontente.Luiza olhou para ele, uma mistura de emoções brotando em seu peito.Alguns segundos depois, ela fechou os olhos e respondeu:- Sim.Ela tinha pensado sobre isso, decidindo enfrentar a situação em vez de continuar sendo assediada por ele, para acabar com os problemas futuros.De fato, Miguel ficou em silêncio.Luiza sorriu.- Esta resposta satisfaz o Sr. Miguel? Se estiver satisfeito, vou embora agora, mais tarde tenho uma competição, estou bastante ocupada.Miguel a observou por um momento e, de repente, sorriu.- Eu te disse para não ficar com ele, você não levou nada do que e
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?