- Eu sei, irmão, me sinto como um peso morto, causando dificuldades para você e a cunhada com essa doença estranha...Ela ficava cada vez mais triste enquanto falava, suas lágrimas fluíam mais abundantemente.Miguel suspirou, pegou um lenço para ela e consolou: - Não é culpa sua, ninguém quer ficar doente, não se preocupe tanto.Nanda concordou com a cabeça, dizendo com tristeza: - Miguel, você não vai me deixar, vai?- Não vou.Luiza desceu as escadas e ouviu a conversa dos dois. Ela olhou para eles na luz da manhã, o homem alto e bonito, a mulher frágil e inocente, ela pedindo para ele não a abandonar, e ele dando a promessa para ela. Luiza sentiu uma dor profunda em seu coração.Ela não queria ficar chateada, mas se sentia sufocada. Luiza não conseguiu comer, pegou sua bolsa e se preparou para sair para o trabalho.- Luiza. Miguel notou sua presença quando ela estava calçando os sapatos na porta, claramente pronta para sair.Luiza se virou, e Nanda imediatamente se escondeu atr
Ele a mordeu com força nos seus lábios, como se estivesse descontando, punindo.- Me solte! Luiza se sentia muito injustiçada, lutando com todas as suas forças.Por que ele podia a punir só porque estava chateado? O que ela fez de errado? Neste assunto, quem estava errado era o Miguel! Ela estava cheia de raiva, o empurrando com força, mas ele segurou seus dois braços e os prendeu atrás dela. Luiza foi forçada a se curvar para frente, e Miguel a beijou novamente, a dominando com voracidade, devorando todas as suas palavras. Luiza ficou furiosa, empurrando e chutando, como um pequeno animal assustado. Mas a diferença de força entre homem e mulher era enorme, ela simplesmente não conseguia se soltar dele, e seu coração estava cheio de raiva e desconforto, então ela decidiu morder sua língua! Miguel sentiu dor, a soltou, e um traço de sangue escorreu de seu lábio.Luiza olhou com ódio para ele, falando sem rodeios: - Miguel, você é um louco, um pervertido, eu te odeio!- O que vo
- Quem aqui é sua cunhada? Está tentando se exibir? - Marina zombou dela.Nanda respondeu calmamente: - Luiza é minha cunhada.Ela olhou para Luiza com sinceridade e disse: - Cunhada, quero me desculpar pelo que aconteceu ontem.Luiza não queria lidar com ela, estendendo a mão para segurar a mão de Marina e disse:- Deixe para lá, não se preocupe com ela.- Você não se preocupe. - Marina afastou a mão de Luiza e se dirigiu a Nanda, a observando atentamente. - Parece frágil por fora, mas é uma verdadeira vilã por dentro. Finge ser irmã e cunhada, mas na realidade é apenas uma mulher tentando seduzir o Miguel, estou certa?A expressão de Nanda mudou e ela disse timidamente: - Eu não fiz isso, por favor, não me culpe.- Você não fez isso? Então por que está tão apegada a eles? Claramente não há laços de sangue entre vocês, e já é adulta o suficiente para viver sozinha, por que insiste em ficar perto do Miguel e da Lulu? Você simplesmente não pode ver o relacionamento deles indo bem, nã
O olhar de Luiza se tornou repentinamente frio. Porém, o rosto de Miguel ficou ainda mais gélido e perguntou:- O que mais ela disse?Joana respondeu: - Ela disse que a Srta. Nanda está ao seu redor para te seduzir, para instigar conflitos entre você e a Sra. Luiza, e não tem boas intenções...Após ouvir essas palavras, Miguel olhou para Luiza com um olhar sombrio e indiferente. - Marina disse isso?Luiza estava parada na porta, com o rosto pálido e incapaz de dizer algo. Essas palavras, Marina realmente disse. Mas ela não esperava que Nanda fosse tão frágil, a ponto de desmaiar com um leve puxão.- Deixe ela vir pedir desculpas. - Miguel disse a ela.Luiza apertou as mãos, ela não queria que Marina viesse pedir desculpas. Marina estava a defendendo. Se Marina viesse pedir desculpas a Nanda, como Luiza enfrentaria Marina no futuro? Além disso, Luiza tinha a sensação de que Nanda estava agindo de propósito. Sabendo que ela não gostava dela, ainda assim Nanda veio ao estúdio provoc
Hoje, se ela fizesse essa ligação, ela não mereceria ser a amiga da Mari. Mas ela não ligou para Marina. No entanto, Marina a contatou por iniciativa própria, ela a encorajou, então, agora que algo aconteceu, era natural que ela perguntasse sobre a situação.- Lulu, como está aquela mulher? - Assim que saiu do trabalho, Marina ligou para Luiza.Luiza estava parada na frente do hospital, com os lábios cerrados, sem dizer uma palavra.- É grave? - Marina estava um pouco arrependida. - Se eu soubesse que ela era tão frágil, eu não teria mexido com ela.Luiza não sabia o que dizer.Marina continuou: - Em qual hospital vocês estão? O Miguel foi? Ele disse alguma coisa? Precisa que eu peça desculpas para Nanda e cubra as despesas médicas?- Mar... - Luiza não podia evitar de interromper ela.Marina respirou fundo e disse:- Não tem problema, fui eu que fiz isso, então sou responsável. Vou ao hospital ver ela e conversar com ela. Preciso saber o que eles querem, e se é algo que posso pagar
Miguel olhou para ela e disse:- Estou te incomodando? Não foi você mesma quem disse que me detesta, que sou irritante e que não quer me ver?- Disse aquelas coisas, mas foi só no calor do momento! Não é como você, que só porque eu disse aquelas poucas palavras, você deliberadamente me incomoda, faz cara feia para mim, eu te imploro e você me ignora. Agora, estou vestida assim, você sabe muito bem o que isso significa, e ainda finge não entender, dizendo aquelas palavras desagradáveis! - Ela chorou de desgosto, não querendo que ele a abraçasse, lutando para se libertar. - Me solte.Miguel não a soltou, a prendendo contra a porta, seus olhos negros olhando calmamente para ela. - Estou tentando te corrigir. Você sempre fica de birra, sempre some, sempre faz birra assim. Como vamos continuar assim?Luiza olhou com ressentimento para ele. - Você nem sequer entende meus sentimentos.- Que sentimentos são esses? - Perguntou Miguel.Luiza não sabia como explicar. Ela estava com raiva, não
Terminada a frase, ele a beijou calorosamente, e Luiza já não tinha forças para resistir, se deixando levar por ele...Ao acordar novamente, já era de manhã. Miguel se levantou antes da Luiza, acariciou a ponta do seu nariz e saiu da cama cuidadosamente.Mas Luiza já estava acordada, e viu o rosto bonito do homem à sua frente. Ela disse preguiçosamente: - Você acordou tão cedo.- Sim. - Sua voz era agradável, depois de fazerem amor, geralmente ele estava de bom humor. - O que você quer comer de manhã? Vou pedir à Lívia para fazer.Luiza foi abraçada por ele, levantou a cabeça para olhar para o rosto dele e disse: - Qualquer coisa está boa.- Então eu vou pedir à Lívia para fazer um pouco de atum grelhado para você?- Está bem. Ela concordou, vendo que ele estava prestes a sair, ela segurou sua mão e disse: - Miguel, sobre o assunto da Mari...- Esqueça isso. Miguel olhou para o rosto pálido dela e não resistiu, abaixando a cabeça e a beijando.Finalmente, o peso em seu coração fo
O problema foi resolvido então. Os dias eram calmos como água. Luiza experimentou o vestido de noiva, mas a cintura estava um pouco apertada demais, então ela mandou de volta para ajustes. Era estranho, nos últimos dois anos sua cintura não mudou, mas este ano parecia que tinha engordada um pouco. Talvez fosse porque ultimamente estava comendo muito bem e ganhou uns quilinhos a mais.O vestido de Marina, por outro lado, serviu perfeitamente, sem necessidade de ajustes.Logo, chegou o final do ano, faltavam apenas cinco dias. A Luminar Joias entrou em férias de fim de ano, e o casamento de Marina estava próximo.Na manhã do casamento, Marina mandou entregar o vestido das damas de honra, um conjunto de vestidos de chiffon azul. Luiza experimentou em casa e o decote do vestido realçava sua pele clara e sua beleza.Miguel deu uma olhada, mas sua atenção se fixou no decote dela, franzindo levemente o cenho. - É necessário usar isso?- O que foi? - O olhar de Luiza se afastou do espelh
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?