Hoje, se ela fizesse essa ligação, ela não mereceria ser a amiga da Mari. Mas ela não ligou para Marina. No entanto, Marina a contatou por iniciativa própria, ela a encorajou, então, agora que algo aconteceu, era natural que ela perguntasse sobre a situação.- Lulu, como está aquela mulher? - Assim que saiu do trabalho, Marina ligou para Luiza.Luiza estava parada na frente do hospital, com os lábios cerrados, sem dizer uma palavra.- É grave? - Marina estava um pouco arrependida. - Se eu soubesse que ela era tão frágil, eu não teria mexido com ela.Luiza não sabia o que dizer.Marina continuou: - Em qual hospital vocês estão? O Miguel foi? Ele disse alguma coisa? Precisa que eu peça desculpas para Nanda e cubra as despesas médicas?- Mar... - Luiza não podia evitar de interromper ela.Marina respirou fundo e disse:- Não tem problema, fui eu que fiz isso, então sou responsável. Vou ao hospital ver ela e conversar com ela. Preciso saber o que eles querem, e se é algo que posso pagar
Miguel olhou para ela e disse:- Estou te incomodando? Não foi você mesma quem disse que me detesta, que sou irritante e que não quer me ver?- Disse aquelas coisas, mas foi só no calor do momento! Não é como você, que só porque eu disse aquelas poucas palavras, você deliberadamente me incomoda, faz cara feia para mim, eu te imploro e você me ignora. Agora, estou vestida assim, você sabe muito bem o que isso significa, e ainda finge não entender, dizendo aquelas palavras desagradáveis! - Ela chorou de desgosto, não querendo que ele a abraçasse, lutando para se libertar. - Me solte.Miguel não a soltou, a prendendo contra a porta, seus olhos negros olhando calmamente para ela. - Estou tentando te corrigir. Você sempre fica de birra, sempre some, sempre faz birra assim. Como vamos continuar assim?Luiza olhou com ressentimento para ele. - Você nem sequer entende meus sentimentos.- Que sentimentos são esses? - Perguntou Miguel.Luiza não sabia como explicar. Ela estava com raiva, não
Terminada a frase, ele a beijou calorosamente, e Luiza já não tinha forças para resistir, se deixando levar por ele...Ao acordar novamente, já era de manhã. Miguel se levantou antes da Luiza, acariciou a ponta do seu nariz e saiu da cama cuidadosamente.Mas Luiza já estava acordada, e viu o rosto bonito do homem à sua frente. Ela disse preguiçosamente: - Você acordou tão cedo.- Sim. - Sua voz era agradável, depois de fazerem amor, geralmente ele estava de bom humor. - O que você quer comer de manhã? Vou pedir à Lívia para fazer.Luiza foi abraçada por ele, levantou a cabeça para olhar para o rosto dele e disse: - Qualquer coisa está boa.- Então eu vou pedir à Lívia para fazer um pouco de atum grelhado para você?- Está bem. Ela concordou, vendo que ele estava prestes a sair, ela segurou sua mão e disse: - Miguel, sobre o assunto da Mari...- Esqueça isso. Miguel olhou para o rosto pálido dela e não resistiu, abaixando a cabeça e a beijando.Finalmente, o peso em seu coração fo
O problema foi resolvido então. Os dias eram calmos como água. Luiza experimentou o vestido de noiva, mas a cintura estava um pouco apertada demais, então ela mandou de volta para ajustes. Era estranho, nos últimos dois anos sua cintura não mudou, mas este ano parecia que tinha engordada um pouco. Talvez fosse porque ultimamente estava comendo muito bem e ganhou uns quilinhos a mais.O vestido de Marina, por outro lado, serviu perfeitamente, sem necessidade de ajustes.Logo, chegou o final do ano, faltavam apenas cinco dias. A Luminar Joias entrou em férias de fim de ano, e o casamento de Marina estava próximo.Na manhã do casamento, Marina mandou entregar o vestido das damas de honra, um conjunto de vestidos de chiffon azul. Luiza experimentou em casa e o decote do vestido realçava sua pele clara e sua beleza.Miguel deu uma olhada, mas sua atenção se fixou no decote dela, franzindo levemente o cenho. - É necessário usar isso?- O que foi? - O olhar de Luiza se afastou do espelh
- Mari. - Disse Luiza enquanto se aproximava.Marina usava uma coroa de flores na cabeça e, ao ver Luiza, sorriu suavemente. - Luiza, você está tão bonita hoje.- Você está ainda mais bonita! - Luiza a elogiou, e as duas começaram a conversar e rir, fazendo o tempo passar rapidamente.Mais tarde, a mãe de Marina se aproximou. Luiza foi chamada para ajudar a registrar os convidados no salão de festas.- Você não é a esposa do Miguel? - Uma voz agradável veio de cima.Luiza olhou para cima. Geraldo estava parado na sua frente, vestindo um terno preto, com um sorriso leve nos lábios, parecendo descontraído.Esse homem... Luiza se lembrou. Foi ele quem a viu com a fantasia de raposa junto com Yago naquela vez.Um certo constrangimento passou pelo seu rosto enquanto ela sorria: - E você é?- Eu sou o amigo de infância do Miguel, sou o Geraldo. - Geraldo sorriu ao se apresentar.- Prazer, eu sou a Luiza. - Luiza se apresentou, então pegou o presente que ele estava segurando, um pouco pe
Sete e meia, a cerimônia de casamento começou. Miguel ainda não havia chegado. Luiza olhou para a grande porta, o casamento estava prestes a começar, mas Miguel ainda não havia chegado, ela se sentiu um pouco desapontada sem saber por quê. Suspirando, ela olhou para o altar do casamento.Gael já estava de pé no altar, vestindo um terno preto de noivo, esperando pacientemente pela aparição de Marina. Mas após dez minutos, Marina ainda não apareceu. A multidão começou a ficar agitada. Luiza viu a mãe de Marina subindo ao altar para falar com Gael, parecia estar perguntando onde Marina estava.Luiza foi até a mãe de Marina e Gael e perguntou: - Sra. Letícia, o que está acontecendo?A Sra. Letícia respondeu ansiosa: - A Marina desapareceu.- Desapareceu? O que está acontecendo? - Luiza olhou para Gael.Gael parecia sombrio e confuso. - Não sei. Ela estava bem enquanto estava se maquiando, mas não sei para onde ela foi.- O telefone dela está desligado, não conseguimos a contatar! -
No hotel, os dois buscavam Marina sem perceber Walter parado no canto, capturando algumas fotos deles com um sorriso leve nos lábios.Do outro lado.Miguel terminou de lavar as mãos e saiu. Ele voltou para a sala privada onde Nanda acabou de deixar seu celular.- O que estava fazendo? Os olhos de Miguel se fixaram nela com certa dúvida.Nanda respondeu sinceramente: - Quando você foi ao banheiro, a cunhada ligou. Perguntei se devia avisar você, mas ela disse que não era necessário.Pouco antes das cinco, Miguel foi buscar Nanda no hospital. Ao chegarem à porta do hospital, ela subitamente disse estar faminta e tonta. Com medo de que ela estivesse com hipoglicemia, Miguel a levou para comer em um restaurante próximo.Se sentando, ele deu uma olhada no celular e viu a chamada perdida de Luiza. Miguel não disse nada, apenas comentou friamente: - Não mexa no meu celular sem permissão no futuro.- Entendi. - Nanda respondeu obedientemente.Miguel pegou o celular, prestes a ligar para L
Luiza não queria dar atenção a ele. Entrou no quarto principal e fechou a porta.Miguel mudou a expressão facial e ergueu a mão para impedir a porta de se fechar. - Você ficou irritada só porque perguntei?Luiza respirou fundo e disse indiferente: - Estou cansada e quero dormir. Não me aborreça.Ela era desajeitada com as palavras, sempre perdia as discussões para ele, então agora decidiu ficar calada. Não dizendo nada não poderia estar errada, certo? Se Miguel quisesse se divertir com a Nanda, que se divertisse. Ela não queria mais se importar, se ficasse muito preocupada, só iria se aborrecer. Claro, ela também não iria mais se importar. Ela não podia escapar dele, não podia o desagradar, mas pelo menos poderia o ignorar.- Quem disse que estou discutindo com você? - Miguel a encarou friamente, levantou a mão e a puxou para perto.Luiza estava esgotada, então quando ele a puxou, ela bateu nele e sentiu uma dor aguda nos olhos.Ela se sentiu um pouco injustiçada de repente, baix
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para