Ele disse de forma bastante ambígua. Luiza franziu a testa e disse friamente: - Walter, se você continuar me importunando, vou chamar a polícia.- Vá chamar. - Ele soprou suavemente em seu rosto. - Quando isso acontecer, direi à polícia que estou tão apaixonado por você que não consigo controlar minhas palavras de amor.Luiza estava cansada dele, com uma expressão fria no rosto. - Amor é sobre apreciação e respeito, e esse comportamento que perturba os outros é chamado de assédio.Walter não se importou. - É normal querer possuir aqueles que gostamos.Nesse momento, um carro parou na frente deles.A janela do carro desceu, revelando o rosto sério de Miguel. - O que vocês dois estão fazendo juntos?Luiza ficou um pouco surpresa. Miguel veio pessoalmente?Walter sorriu e disse: - Encontrei minha cunhada aqui e tivemos uma pequena conversa.Depois de dizer isso, ele saiu discretamente, não querendo provocar Miguel. Luiza olhou para as costas dele e sempre sentiu que essa pessoa, a
Ela gemeu, o que deixou o homem ainda mais excitado, sua respiração ficou pesada enquanto ele segurava o queixo dela e a beijava profundamente... Luiza já não tinha mais raciocínio, sendo guiada por ele, estendeu a mão para desabotoar a sua camisa. Mas quando estavam prestes a se perder no calor do momento, o telefone de Miguel tocou.Luiza recuperou um pouco da sanidade.- Miguel, seu telefone está tocando.Miguel não queria se preocupar com isso, mas o telefone continuou tocando. Ele estava prestes a o silenciar quando viu "Yago" piscando na tela.Uma chamada de Yago, provavelmente sobre o hospital. Pensando na aparência pálida de Nanda, Miguel ficou sério e atendeu o telefone.Luiza ainda estava agarrada a ele, ouvindo Yago do outro lado da linha: - Miguel, esta manhã a Nanda arrancou o cateter de infusão e fugiu, eu a encontrei e fiz uma avaliação psicológica nela. Seu estado mental estava um pouco anormal.Ao ouvir isso, Miguel franziu a testa: - O que há de anormal?- Parece
Luiza ficou em silêncio por um momento.- Ela não se opôs, certo?- O que ela teria a se opor? - Respondeu Miguel.Ao ouvir isso, Luiza se sentiu aliviada e sorriu, dizendo:- Então eu vou até lá.Como não tinha nada para fazer à noite, pegou um táxi.Ao chegar à porta do quarto do hospital, ouviu Nanda conversando com Miguel.- Irmão, será que a cunhada não gosta de mim?- Claro que não, ela é muito fácil de lidar. - Respondeu Miguel.Luiza abriu a porta e viu o belo Miguel e, atrás dele, na cama do hospital, a linda e serena garota.Seus longos cabelos repousavam suavemente atrás dela, sentada ali como uma pequena fada pura e imaculada.Luiza olhou para Nanda apenas por um segundo e ela imediatamente se escondeu atrás de Miguel, sem saber o que fazer.- Irmão, ela está olhando para mim...- Não tenha medo, ela só está te cumprimentando. - Sorriu Miguel, encorajando Luiza a se aproximar. - Lulu, me deixe apresentar, esta é minha irmã Nanda.Luiza sorriu levemente, se aproximou e esten
- Deveria ser possível; eu posso começar escolhendo algo de meio período, como trabalhar apenas uma ou duas horas, até me adaptar e, então, procurar outro trabalho. - A voz de Nanda era suave e melodiosa, agradável de ouvir.Luiza permaneceu em silêncio durante toda a conversa, apenas saboreando sua refeição tranquilamente.Miguel ponderou por um momento e concordou:- Trabalhar uma ou duas horas é possível, sim. O que você gostaria de fazer? Precisa de ajuda para encontrar um emprego?- Eu estudava design antes, irmão. Quero ser designer, mesmo que não tenha terminado a universidade, mas sempre estive entre os melhores da turma. - Nanda falava de seu passado e olhou novamente para Luiza. - Ouvi dizer que a cunhada é designer, certo?- Quem te disse isso? - Luiza ficou um pouco surpresa.- As pessoas da casa sabem. - Nanda sorriu. - Hoje, quando fui ao hospital para uma consulta de retorno, o motorista me contou.Compreendendo a situação, Luiza acenou com a cabeça:- Você estudava que
- Você deveria enxugar o suor, irmão. - Nanda pensou em ir até ele para ajudá-lo a enxugar o suor.Miguel a impediu, pegando a toalha de suas mãos, dizendo em tom grave:- Eu mesmo faço isso, e além disso, para essas coisas, é melhor chamar os empregados na próxima vez. Você deveria descansar mais quando tem tempo.- É que estou muito entediada e quero encontrar algo para fazer. Acabei de acordar e não quero ser uma pessoa inútil... - Disse Nanda, um tanto triste.Miguel franzia os lábios levemente, falando em um tom suave:- Você não é inútil, com o tempo você vai se acostumar.Ela assentiu, arrumando uma mecha solta de cabelo atrás da orelha, como um anjo que não pertencia a este mundo.- Irmão, hoje estou livre, posso visitar o seu grupo empresarial?- Por que de repente quer ir ao grupo?- Estou com saudades do papai, ele costumava trabalhar ao seu lado, e agora que o papai se foi, quero visitar os lugares onde ele esteve. - Nanda disse isso com tristeza.Ao mencionar Igor, Miguel
Marina disse:- Você acha que ela está sendo muito invasiva? Sem noção de limites?- Sim. - Luiza sentia exatamente isso, embora se considerassem irmãos, não havia laços de sangue, e serem tão próximos assim não era adequado.Além disso, ela achava que Nanda dependia excessivamente de Miguel, de uma forma quase doentia.Após ouvir isso, Marina comentou:- Parece mesmo que não tem noção de limites. Vocês são um casal e precisam de espaço privado. Essa perturbação é insuportável.Um traço de resignação cruzou o rosto de Luiza.- E ainda por cima, ela disse que quer vir para o nosso estúdio para aprender.- O quê? - Marina arregalou os olhos. - Vir trabalhar conosco?- Não, ela disse que não quer dinheiro, só quer vir ao estúdio para aprender um pouco e expandir seus horizontes.Marina franzia a testa levemente.- Ela falou isso para você?- Sim, ela me pediu na cara dura, com uma expressão tão miserável que me senti mal de recusar. - Luiza massageou a testa. - Deixe para lá, vamos focar
- É assim que me sinto, mas não consigo explicar por quê. - Disse Luiza, com um sorriso forçado.- Olhe bem para ela, quem sabe o que ela tem em mente. - Instruiu Marina, pedindo que Luiza ficasse atenta.Luiza assentiu e enfiou uma colher de arroz na boca, mastigando mecanicamente....Ao entardecer, Luiza finalmente terminou suas tarefas e alongou os músculos doloridos.Pegou seu celular, deu uma olhada no Facebook e viu uma postagem de Nanda.Era uma foto de Miguel concentrado no trabalho.A legenda dizia. "Meu irmão trabalhando parece tão charmoso!"Esse tipo de comentário não parecia o de uma irmã pelo irmão, mas sim de uma admiração romântica.Antes que Luiza pudesse entender completamente, o telefone dela tocou, era Nanda.- Cunhada, eu e o irmão estamos na Luminar Joias, venha pra cá.Foi então que Luiza lembrou que Nanda tinha dito ao meio-dia que a acompanharia para comprar roupas.Luiza, um tanto resignada, arrumou seus desenhos, desligou as luzes e pegou sua bolsa para sai
Ao entrarem na loja de roupas, Eduardo pediu ao atendente que fechasse a loja para eles.O atendente, percebendo que se tratava de uma grande oportunidade de negócio, prontamente fechou o local e apresentou as edições limitadas disponíveis.Como Luiza parecia desinteressada, Nanda perguntava constantemente a Miguel:- Irmão, você acha este vestido bonito? É rosa, eu gosto muito...Ao ouvir a palavra "rosa", Luiza olhou inconscientemente para a pulseira de diamantes rosa em seu pulso, pensando que, assim como Nanda amava rosa, havia algo que as unia...O rosa, de repente, parecia um espinho cravado em seu coração.- Eu também gosto muito deste. - Disse Nanda docemente enquanto escolhia as roupas, olhando para Miguel.As respostas de Miguel eram sempre as mesmas:- Se você gosta, compre.- Você acha bonito, irmão?- É comprável. - Sua voz não demonstrava nenhuma emoção.Luiza se sentava no sofá da loja, se sentindo deslocada.Depois de olharem as roupas, eles continuaram passeando por ou
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que