Luiza gemeu de dor e levantou a mão para bater no ombro dele. - Não faça isso na minha casa, imagine se meu pai nos pegasse.- Se ele nos visse, só diriam que estamos muito apaixonados. - Miguel riu baixo e aprofundou o beijo.Até mesmo sua língua se envolveu.Luiza sentiu que ele estava indo longe demais, então empurrou o peito dele. - Imagine se alguém nos visse!- Fique tranquila. Ele estava com a cara-de-pau em alta, segurando o queixo dela para um beijo ainda mais profundo.Luiza se sentiu perdendo o controle, afundando em seus braços, com as bochechas coradas.Depois do beijo, ele encostou a testa na cabeça dela e sussurrou roucamente: - Você só pode ficar no Jardins da Serra por 3 dias. Depois disso, precisa voltar para casa.O hálito quente bateu no rosto dela, e Luiza também estava sem fôlego. Ela sussurrou suavemente: - Eu queria ficar mais alguns dias.- Não pode. - Ele recusou firmemente. - Se você ficar uma semana, o que eu vou fazer?Enquanto falava, ele a acariciou.
- Não. - Luiza recusou.- Você não quer que eu fique no Jardins da Serra? Você me detesta tanto assim?- Não é que te detesto, é que tenho medo de você. Miguel tinha uma presença muito forte, e as pessoas que estavam perto dele praticamente tinham que seguir a sua vontade.Luiza não queria que sua família se sentisse desconfortável.Além disso, ela percebia que havia uma estranheza na relação entre o pai e o Miguel, mesmo que os dois tentassem agir como se estivessem bem. Havia uma clara sensação de distância entre eles.Luiza disse manhosamente: - Eu não quero que minha família se sinta desconfortável. Morar com você não seria problema para mim, você tem uma personalidade fria, mas eu consigo lidar com isso.- No passado, você realmente sempre me seguia. - Miguel provocou.Luiza não suportava a expressão convencida dele e resmungou, então, de propósito, ela colocou a mão sobre o peito dele.- Agora, é você quem me segue!Ela pressionou a mão sobre ele. Miguel soltou um grunhido aba
Ela nunca havia mencionada isso para a Mari.Marina sorriu e disse:- Com certeza, você não consegue esconder suas emoções com essa cara.Marina simplesmente não perguntava, mas isso não significava que ela não percebesse.Luiza ficou um pouco constrangida.- Nós tivemos uma briga nos últimos dias e ficamos sem nos falar por um tempo, mas agora está tudo bem.- E por que brigaram?Luiza contou tudo o que havia acontecido recentemente para ela.Marina franziu a testa e deu uma tapinha leve no ombro dela com o punho cerrado.- Você não foi nada leal, deixando todas essas coisas acontecerem e não me contando.- Porque são todos assuntos emocionais, eu só achei que te incomodar com essas coisas não seria bom, afinal, ficar ouvindo isso o tempo todo também cansaria, não é?Marina resmungou:- Nunca faria isso, estou sempre disposta a resolver os problemas para minha melhor amiga.- Não fique brava, Mari... - Luiza fez um biquinho.Marina não resistiu e curvou os lábios, falando de forma doc
Luiza então percebeu que Miguel havia enviado uma mensagem perguntando onde ela estava, mas ela não respondeu, então Miguel ligou para ela.- Estou no Restaurante Rio Dourado.- Estou indo te encontrar. - Miguel disse brevemente.Luiza ficou surpresa.- Você já terminou o trabalho? Você não vai fazer hora extra hoje à noite?- Você quer tanto que eu faça hora extra? - O tom de Miguel soou um pouco descontente, Luiza não parecia querer que ele fosse?Luiza realmente não queria que ele viesse, afinal, era uma conversa íntima entre amigas. Mas com medo de que Miguel não dissesse, ela disse: - Não.- Espere por mim aí. - Miguel disse antes de desligar o telefone.Marina perguntou: - Era o Miguel?- Sim, ele disse que está vindo me encontrar.Marina brincou: - Parece que os homens também ficam grudentos quando estão apaixonados, não é?Luiza riu:- Ele está bem, sempre teve essa personalidade fria e distante, mas recentemente começou a enviar mensagens de saudação, antes quando eu manda
Luiza realmente não queria falar com ela e tentou desviar o caminho. Mas Clara não deixaria passar, indo até ela e bloqueando seu caminho. - Você viu as notícias? A cura para a Nanda já foi desenvolvida e em breve ela vai acordar. - Disse Clara.Luiza olhou para o rosto dela e mesmo que Clara estivesse tentando manter suas emoções sob controle, Luiza ainda conseguia ver o ressentimento em seus olhos. Tentou criar conflitos novamente. Clara continuou: - Quando a Nanda acordar, você não terá mais nenhum valor, o Miguel vai te chutar para fora.- Mas o Miguel disse que quer fazer uma nova cerimônia de casamento para nós. - Luiza respondeu, sorrindo e a provocando intencionalmente.A expressão de Clara ficou tensa, seus olhos se tornaram mais afiados. - O Miguel quer se casar de novo com você? Como isso é possível? A mulher no coração dele é a Nanda.- De jeito nenhum! Luiza sorriu levemente, apreciando a iminente reação dela, e continuou a provocando.- Como não? - Clara ficou um p
Depois de falar, ela se virou e saiu.Chegando ao fim do corredor, percebeu Miguel, alto e imponente, parado ali. Não sabia por quanto tempo ele estava ali, ouvindo.Luiza ficou atônita por um momento, então perguntou: - Você... Ouviu tudo?- Sim. - Miguel assentiu. Ele estava prestes a ir a ajudar, mas ao ver como ela estava falando, decidiu não ir.- Sobre a Nanda, foi a Clara quem te contou? - Miguel segurou a mão de Luiza, perguntando suavemente.- Sim. - Luiza assentiu.Clara, de longe, ouviu essa conversa e seus lábios tremeram:- Miguel...- Tanto tempo se passou e você ainda é a mesma. - Miguel olhou com sarcasmo para ela.Essa frase feriu Clara profundamente. Com o rosto pálido, ela disse com voz trêmula: - Eu só... Só ressinto você, ressinto sua frieza comigo.- Eu nunca tive sentimentos por você. Não entende mal. - Miguel perguntou friamente, sem emoção nos olhos.Clara apertou a barra do vestido, falando baixo: - Por quê? O que eu fiz de errado? Nunca fiz algo contra a
- Encontrei uma pessoa irritante. - Luiza se sentou com Miguel. - Miguel, você já jantou? Se não, vamos comer juntos.- Ainda não comi. Miguel olhou para a mesa e viu que tudo era vermelho, carne de boi apimentada, camarões apimentados, peixe grelhado aprimentado...Ele franziu o cenho e disse:- Luiza, você esqueceu que está com o estômago ruim? Comendo essas coisas, não tem medo de ficar com dor de barriga à noite?Luiza se sentiu um pouco culpada. - Não é sempre, só de vez em quando.- Pediu muita coisa apimentada, vamos acrescentar algumas opções mais leves. Miguel pegou o cardápio e fez mais alguns pedidos.Marina, do outro lado da mesa, viu como Miguel controlava Luiza e ficou surpresa:- Você tem tanto medo dele assim?- Não é medo, é que meu estômago realmente não está bem ultimamente. - Luiza sentia náuseas todas as manhãs. - Deixa para lá, vou comer pouco das coisas apimentadas.Senão Miguel ficaria chateado. Os três continuaram a comer, e Marina e Luiza voltaram a conver
Talvez o seu pai nem conseguia sair mais. Por isso, ela não odiava Miguel, ela achava que era o destino, porque seu amor foi correspondido, então seu pai estava se reabilitando, o Grupo Medeiros estava conseguindo sobreviver, tudo isso graças a Miguel.Caso contrário, o seu pai teria sido prejudicado pelo Troy, e Miguel apenas denunciara, não tinha feito nada de errado.Luiza se aninhou no ombro dele e suavemente disse: - Estou grata por você...Miguel a segurou em seus braços, ela era pequena e morna, ele se sentiu cheio de calor no coração, a apertou.- Vamos celebrar novamente o casamento, passar o resto de nossas vidas juntos. Passar o resto de vidas juntos? Isso foi uma declaração de Miguel? Luiza piscou os olhos, alegremente concordou:- Claro!Miguel sorriu levemente, quando Luiza olhou para ele, ele se inclinou e a beijou. Os dois se beijaram no carro. Luiza não resistiu, suas mãos se agarraram aos ombros dele, sendo beijada por ele até ficar quente por todo o corpo. Nã
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para