Ela nunca havia mencionada isso para a Mari.Marina sorriu e disse:- Com certeza, você não consegue esconder suas emoções com essa cara.Marina simplesmente não perguntava, mas isso não significava que ela não percebesse.Luiza ficou um pouco constrangida.- Nós tivemos uma briga nos últimos dias e ficamos sem nos falar por um tempo, mas agora está tudo bem.- E por que brigaram?Luiza contou tudo o que havia acontecido recentemente para ela.Marina franziu a testa e deu uma tapinha leve no ombro dela com o punho cerrado.- Você não foi nada leal, deixando todas essas coisas acontecerem e não me contando.- Porque são todos assuntos emocionais, eu só achei que te incomodar com essas coisas não seria bom, afinal, ficar ouvindo isso o tempo todo também cansaria, não é?Marina resmungou:- Nunca faria isso, estou sempre disposta a resolver os problemas para minha melhor amiga.- Não fique brava, Mari... - Luiza fez um biquinho.Marina não resistiu e curvou os lábios, falando de forma doc
Luiza então percebeu que Miguel havia enviado uma mensagem perguntando onde ela estava, mas ela não respondeu, então Miguel ligou para ela.- Estou no Restaurante Rio Dourado.- Estou indo te encontrar. - Miguel disse brevemente.Luiza ficou surpresa.- Você já terminou o trabalho? Você não vai fazer hora extra hoje à noite?- Você quer tanto que eu faça hora extra? - O tom de Miguel soou um pouco descontente, Luiza não parecia querer que ele fosse?Luiza realmente não queria que ele viesse, afinal, era uma conversa íntima entre amigas. Mas com medo de que Miguel não dissesse, ela disse: - Não.- Espere por mim aí. - Miguel disse antes de desligar o telefone.Marina perguntou: - Era o Miguel?- Sim, ele disse que está vindo me encontrar.Marina brincou: - Parece que os homens também ficam grudentos quando estão apaixonados, não é?Luiza riu:- Ele está bem, sempre teve essa personalidade fria e distante, mas recentemente começou a enviar mensagens de saudação, antes quando eu manda
Luiza realmente não queria falar com ela e tentou desviar o caminho. Mas Clara não deixaria passar, indo até ela e bloqueando seu caminho. - Você viu as notícias? A cura para a Nanda já foi desenvolvida e em breve ela vai acordar. - Disse Clara.Luiza olhou para o rosto dela e mesmo que Clara estivesse tentando manter suas emoções sob controle, Luiza ainda conseguia ver o ressentimento em seus olhos. Tentou criar conflitos novamente. Clara continuou: - Quando a Nanda acordar, você não terá mais nenhum valor, o Miguel vai te chutar para fora.- Mas o Miguel disse que quer fazer uma nova cerimônia de casamento para nós. - Luiza respondeu, sorrindo e a provocando intencionalmente.A expressão de Clara ficou tensa, seus olhos se tornaram mais afiados. - O Miguel quer se casar de novo com você? Como isso é possível? A mulher no coração dele é a Nanda.- De jeito nenhum! Luiza sorriu levemente, apreciando a iminente reação dela, e continuou a provocando.- Como não? - Clara ficou um p
Depois de falar, ela se virou e saiu.Chegando ao fim do corredor, percebeu Miguel, alto e imponente, parado ali. Não sabia por quanto tempo ele estava ali, ouvindo.Luiza ficou atônita por um momento, então perguntou: - Você... Ouviu tudo?- Sim. - Miguel assentiu. Ele estava prestes a ir a ajudar, mas ao ver como ela estava falando, decidiu não ir.- Sobre a Nanda, foi a Clara quem te contou? - Miguel segurou a mão de Luiza, perguntando suavemente.- Sim. - Luiza assentiu.Clara, de longe, ouviu essa conversa e seus lábios tremeram:- Miguel...- Tanto tempo se passou e você ainda é a mesma. - Miguel olhou com sarcasmo para ela.Essa frase feriu Clara profundamente. Com o rosto pálido, ela disse com voz trêmula: - Eu só... Só ressinto você, ressinto sua frieza comigo.- Eu nunca tive sentimentos por você. Não entende mal. - Miguel perguntou friamente, sem emoção nos olhos.Clara apertou a barra do vestido, falando baixo: - Por quê? O que eu fiz de errado? Nunca fiz algo contra a
- Encontrei uma pessoa irritante. - Luiza se sentou com Miguel. - Miguel, você já jantou? Se não, vamos comer juntos.- Ainda não comi. Miguel olhou para a mesa e viu que tudo era vermelho, carne de boi apimentada, camarões apimentados, peixe grelhado aprimentado...Ele franziu o cenho e disse:- Luiza, você esqueceu que está com o estômago ruim? Comendo essas coisas, não tem medo de ficar com dor de barriga à noite?Luiza se sentiu um pouco culpada. - Não é sempre, só de vez em quando.- Pediu muita coisa apimentada, vamos acrescentar algumas opções mais leves. Miguel pegou o cardápio e fez mais alguns pedidos.Marina, do outro lado da mesa, viu como Miguel controlava Luiza e ficou surpresa:- Você tem tanto medo dele assim?- Não é medo, é que meu estômago realmente não está bem ultimamente. - Luiza sentia náuseas todas as manhãs. - Deixa para lá, vou comer pouco das coisas apimentadas.Senão Miguel ficaria chateado. Os três continuaram a comer, e Marina e Luiza voltaram a conver
Talvez o seu pai nem conseguia sair mais. Por isso, ela não odiava Miguel, ela achava que era o destino, porque seu amor foi correspondido, então seu pai estava se reabilitando, o Grupo Medeiros estava conseguindo sobreviver, tudo isso graças a Miguel.Caso contrário, o seu pai teria sido prejudicado pelo Troy, e Miguel apenas denunciara, não tinha feito nada de errado.Luiza se aninhou no ombro dele e suavemente disse: - Estou grata por você...Miguel a segurou em seus braços, ela era pequena e morna, ele se sentiu cheio de calor no coração, a apertou.- Vamos celebrar novamente o casamento, passar o resto de nossas vidas juntos. Passar o resto de vidas juntos? Isso foi uma declaração de Miguel? Luiza piscou os olhos, alegremente concordou:- Claro!Miguel sorriu levemente, quando Luiza olhou para ele, ele se inclinou e a beijou. Os dois se beijaram no carro. Luiza não resistiu, suas mãos se agarraram aos ombros dele, sendo beijada por ele até ficar quente por todo o corpo. Nã
- Então seu pai vai pedir ao padre para preparar os convites de casamento para você amanhã? - Sim.Luiza assentiu com a cabeça e perguntou novamente: - A família do Pietro já foi embora?- Sim, você não gosta muito deles, né? Bryan percebeu que algo não estava certo com a expressão da sua filha. - Eu não gosto deles. - Luiza pensou um pouco antes de responder assim.O pai estava se recuperando bem, e Luiza não queria trazer à tona as questões passadas para não deixar seu pai triste. Bryan disse: - Não fique assim, eu e o Pietro somos irmãos de sangue, se você demonstrar isso para ela, sua avó não ficará feliz.- Eu não disse nada deles. - Luiza achava que seu silêncio já era bastante generoso. Bryan não sabia o que havia acontecido entre eles, então disse para Luiza: - Hoje o Pietro me disse que, agora que está mais velho, não consegue encontrar trabalho e quer voltar a trabalhar no Grupo Medeiros.Luiza ficou surpresa e olhou para Bryan. - Pai, isso foi ideia da vovó?Sua
Luiza ficou surpresa. - Como você chegou aqui?- Sabe que horas são? - Miguel perguntou com uma expressão séria.Luiza olhou para o relógio e viu que já era quase onze da noite. Ela bebeu um gole de água e disse: - Já são quase onze horas, estava tão concentrada no trabalho que nem percebi o tempo passar.- Eu te liguei e você nem atendeu. - Miguel disse um pouco ressentido.Luiza olhou para o celular e viu três chamadas não atendidas. - Desculpe, eu coloco meu celular no modo silencioso durante o trabalho, então não ouvi.Dizendo isso, ela estava prestes a baixar a cabeça e voltar a trabalhar.Miguel franziu a testa e caminhou até ela, segurando o desenho em suas mãos. - É hora de descansar. Se continuar assim, você vai desmaiar antes mesmo de terminar o vestido de noiva.- Não falta muito. - Luiza disse.Miguel sacudiu a cabeça com seriedade. - Você vai continuar amanhã.Ele estava com a testa franzida e a voz pesada, claramente insatisfeito.- Tudo bem, vou descansar um pouco.
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que