Ela não reprimia mais suas emoções, e as emoções que demonstrava eram de felicidade genuína, como um girassol banhado pelo sol, radiante, abundante e brilhante. Miguel ficou hipnotizado por um momento, sorriu e pegou sua mão, querendo abraçá-la em seu colo. Luiza recusou, abraçando seu pescoço e balançando a cabeça:- Vamos comer o macarrão primeiro, senão vai esfriar.- Certo. - Miguel a soltou e olhou para o macarrão ao lado, que tinha um ovo dourado por cima e algumas verduras verdejantes. Miguel tinha um problema com a comida, sempre evitava os vegetais. Luiza franzia a testa ao lado dele e dizia de maneira feroz:- Não, você tem que comer os vegetais, Miguel, coma logo.Miguel olhou para ela, resignado, e disse:- Não quero comer.- Não importa, você tem que comer. Vou ficar de olho em você. - Ela exigiu autoritariamente. - Normalmente você cuida de mim, e eu obedeço. Agora você tem que me ouvir.Miguel, sem saída sob o olhar feroz de sua pequena esposa, comeu os vegetais com
- Está bem. - Ele beijou a ponta do seu nariz. - Durma.Abraçados, adormeceram juntos....No dia seguinte.Quando Miguel acordou, Luiza já não estava lá.Ele se vestiu e desceu para procurá-la.Mas a parte de baixo estava silenciosa, somente Sarah estava lá, cuidando da loja.- Sarah, onde está a Luiza? - Perguntou Miguel.Sarah respondeu:- A senhorita foi com o Hélio vender coisas na feira, hoje. Disse que, sendo Natal, vão tentar vender as flores que sobraram e depois voltam.Miguel, franzindo a testa, saiu em direção à cidade à procura de Luiza.Hoje, Luiza estava usando um vestido branco e tinha os cabelos presos em duas tranças espinha de peixe.Naturalmente jovem em aparência, com as tranças, parecia ainda mais uma estudante do ensino médio, com seus lábios rosados e volumosos exalando juventude.Os colegas de Hélio chegaram.Eram dois estudantes de aparência refinada que disseram ter vindo ajudar Hélio. Ao verem Luiza, ficaram encantados.- Hélio, ela é sua irmã? - Um dos col
Luiza franziu a testa.- Desde quando sou boba?- Desde sempre. - Respondeu Miguel, descontente. - E ainda faz duas tranças. Isso não é querer parecer mais nova?Luiza, sem palavras e franzindo a testa novamente, retrucou:- Miguel, você que está velho demais. Hoje em dia, todas as jovens usam tranças, não tem nada de mais nisso.- De qualquer forma, seduzir homens é inaceitável. - Afirmou Miguel friamente.Luiza, um pouco irritada, deu a ele um tapa.- Eu não estou seduzindo homens. Aquele garoto só tem 13 anos. Por que eu o seduziria? Você está realmente procurando problema onde não existe.Miguel a abraçou apertado, de forma possessiva:- Não gosto que outros homens olhem para você. Especialmente o olhar descarado de alguns, que só de ver já me irrita.Luiza, abraçada por ele em público, se sentiu um pouco envergonhada.- Não me abrace em público, é embaraçoso.Estavam numa pequena cidade, onde as pessoas falavam.Miguel, contudo, não se importava e disse com tranquilidade:- Tem me
Os dois observavam o rio em silêncio, quando uma brisa fria soprou. Miguel tirou seu paletó e o colocou sobre os ombros dela.Ela sentiu o peso nos ombros, mas logo em seguida se sentiu muito mais aquecida.Olhou para ele, que agora estava apenas de camisa. Luiza, temendo que ele pegasse frio, se apressou em dizer:- Eu não estou com frio, você pode usar.- Acabei de caminhar, também não estou com frio. - Miguel segurou a mão dela, sorriu e disse - Vamos voltar para almoçar, depois voltamos para Valenciana do Rio.- Está bem. - Desta vez, ela estava totalmente disposta a voltar com ele.Sentia saudades do pai.E também de Mari e do avô.Quando voltaram à casa de Sarah, o almoço já estava pronto. Ao vê-los chegar, Sarah os acolheu calorosamente.O almoço foi excepcionalmente farto.Sarah, que já passava dos sessenta anos, fez questão de brindar com Miguel, agradecendo a ele por ter ajudado Hélio.Miguel sorriu e bebeu.- Sarah, por favor, não há de quê. Nos últimos dias, foi você quem
Após tomar um banho, Luiza enviou uma mensagem pelo celular para tranquilizar a Marina.Luiza envia uma mensagem para Marina."Mari, eu voltei para Valenciana do Rio, Miguel me buscou."Mari ficou pasma."Lulu, por que você voltou com aquele canalha? Ele não se casou com a Clara?"Luiza ficou sem jeito.Era verdade, Marina ainda não sabia da situação.Então, ela explicou tudo para Marina.Marina não respondeu à mensagem.Luiza ficou preocupada e ligou para ela. Marina atendeu, muito surpresa.- Lulu, agora eu acredito. O Miguel e a Clara realmente não têm nada um com o outro.- É, eu acabei de te explicar isso.- Não, não é porque você me explicou. É que o Miguel acabou de fazer um esclarecimento pessoalmente no Facebook! - Mari estava chocada, não esperava que Miguel fosse tão corajoso.Por causa do casamento que não aconteceu, a história vazou na internet ontem.Clara tentou esclarecer online, dizendo que ela e Miguel tinham um relacionamento estável, mas que por enquanto não tinham
Miguel falava pausadamente, expressando os sentimentos ocultos de Clara.Ela, pálida, respirou fundo e disse:- Mas eu não fiz nada a ela no fim, ela ainda está viva e bem, não está? Não ganhei nada, por que você está fazendo isso comigo?Clara chorou de dor.Seu soluçar apenas trouxe o riso irônico de Miguel.- Tarde demais, você teve sua chance e não quis, agora aguente as consequências.- Além disso, eu aconselho você a não se opor a mim. Ultimamente, sua família Freitas tem recebido muitos benefícios graças a mim. Se você não cooperar, farei com que a família Freitas desapareça do mundo dos negócios. - Após dizer isso, Miguel desligou o telefone sem mais.Clara jogou o telefone, cobrindo o rosto enquanto chorava de dor!...- Você viu os trending topics, Lulu? - Marina ainda estava ao telefone com Luiza.Luiza respondeu:- Vi sim.- Aquela insolente e seu agente, você viu? A empresa foi pega por sonegação de impostos, finalmente a justiça foi feita. - Marina riu alto.Anteontem, aq
Luiza abraçou seu pescoço e, após observá-lo em silêncio por um momento, disse:- Eu acabei de ver na internet um trending sobre a Clara e a agente dela, a Dora, que parecem ter sido pegadas por evasão fiscal. Você tem algo a ver com isso?- Se ela foi pega, é porque não andava na linha. - Miguel não negou, colocando ela na cama.Luiza se sentou e assentiu com a cabeça.- É, faz sentido.Miguel sorriu e se virou para sair.Luiza, um pouco ansiosa, abriu a boca e o chamou:- Miguel...Miguel parou e olhou para ela.Luiza, um pouco envergonhada, brincou com a borda do seu vestido e disse:- Onde você vai? Já são mais de dez, você não vai dormir?Miguel olhou para ela, seus olhos brilhando ao ver seu rosto corado e tímido, e riu,- Está me convidando?- Não... Não é isso. - Ela negou, hesitante. - É só que já é muito tarde...Miguel sorriu.- É tarde, mas ainda preciso tomar um banho antes de dormir.Ele na verdade estava se preparando para tomar um banho.Luiza percebeu o que ele quis di
O corpo de Luiza amoleceu instantaneamente, e ela murmurou, um tanto manhosa.- Miguel, suas mãos estão tão quentes...- Há lugares ainda mais quentes.O coração de Luiza pulou, ele pegou sua mãozinha, colocando ela em seu ombro.No momento de ternura, ele pressionou seus lábios contra os dela, murmurando roucamente.- Se lembre, você é minha mulher...Luiza corou até as orelhas, levantou os olhos e encontrou o olhar ardente e perigoso dele.Um frêmito percorreu o coração de Luiza, guiada por ele, ela se perdeu gradualmente no turbilhão de emoções......No dia seguinte.O sol brilhava pela janela, a cama estava em desordem.Luiza estava aninhada nos braços de Miguel, coberta apenas parcialmente por um cobertor, sua pele exposta estava marcada por tons de vermelho e púrpura, suas curvas, encantadoras e sedutoras.Miguel acordou primeiro, seu olhar caiu sobre o rosto jovem e belo dela e seus lábios convidativos.Ele sorriu e acariciou sua bochecha.Luiza não reagiu, provavelmente exaust
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que