O corpo de Luiza amoleceu instantaneamente, e ela murmurou, um tanto manhosa.- Miguel, suas mãos estão tão quentes...- Há lugares ainda mais quentes.O coração de Luiza pulou, ele pegou sua mãozinha, colocando ela em seu ombro.No momento de ternura, ele pressionou seus lábios contra os dela, murmurando roucamente.- Se lembre, você é minha mulher...Luiza corou até as orelhas, levantou os olhos e encontrou o olhar ardente e perigoso dele.Um frêmito percorreu o coração de Luiza, guiada por ele, ela se perdeu gradualmente no turbilhão de emoções......No dia seguinte.O sol brilhava pela janela, a cama estava em desordem.Luiza estava aninhada nos braços de Miguel, coberta apenas parcialmente por um cobertor, sua pele exposta estava marcada por tons de vermelho e púrpura, suas curvas, encantadoras e sedutoras.Miguel acordou primeiro, seu olhar caiu sobre o rosto jovem e belo dela e seus lábios convidativos.Ele sorriu e acariciou sua bochecha.Luiza não reagiu, provavelmente exaust
Luiza ficou em silêncio por um longo tempo antes de finalmente dizer:- Eu não quero saber.Clara, surpresa, perguntou:- Você realmente não quer saber?- Se Miguel desejar que eu saiba, ele me contará. Se ele preferir manter em segredo, eu também não desejo invadir sua privacidade. - De qualquer maneira, Luiza tinha certeza de que ele não amava Clara. Se amasse, teria a escolhido há muito tempo.O fato de Miguel ter escolhido Luiza demonstrava que a Clara, e o bebê que ela esperava, eram menos importantes para ele do que Luiza.Assim, Luiza desligou o telefone com determinação.Clara era uma mulher ardilosa, e Luiza não tinha interesse em encontrá-la.Porém, ao evitar o encontro, Clara acabou aparecendo por conta própria, parada na entrada da Quinta do Lago, chamando por ela aos gritos.- Luiza, estou aqui fora esperando. Por favor, saia.Naquele momento, Luiza saboreava um sanduíche, se sentindo maravilhosamente bem, até que os gritos de Clara a fizeram franzir a testa.- Quem está g
Mas...Por que tudo parecia tão estranho?Sem conseguir entender, ela ligou para Miguel.- Miguel, a Clara veio para a Quinta do Lago, está ajoelhada do lado de fora do grande portão de ferro, insistindo em querer se desculpar.- O que aconteceu? - Perguntou Miguel com uma voz grave.Luiza, diante da Clara, disse:- Eu lhe disse que não quero o pedido de desculpas dela e não vou aceitá-lo, disse isso para que ela volte, mas ela simplesmente recusa, ficando ajoelhada e dizendo que isso significa que não estou disposta a perdoá-la. - Olhou para o céu e disse. - Vai chover logo, e ela não quer voltar. Não sei o que realmente quer, ainda mais grávida, não tem medo de que algo aconteça com o bebê?Ao ouvir as palavras de Luiza, Clara franziu a testa, uma irritação passando por seus olhos.Miguel pensou por um momento antes de dizer:- Não a veja. Volte e descanse, vou falar com ela por telefone.- Certo.Depois de terminar a chamada com Miguel, Luiza não se preocupou mais com a Clara, se vi
Ela curvou os lábios e correu para fora, deixando o pátio para trás, com os cabelos longos ao vento, exalando beleza e vitalidade. Miguel saiu do carro, agarrou seus ombros com suas grandes mãos, franzindo a testa ao dizer:- Não corra tão depressa, tenha cuidado para não cair.- Entendi! - Respondeu ela docilmente, lançando a ele olhares furtivos.O semblante severo de Miguel se suavizou, e ele segurou a mão dela enquanto entravam no carro.O calor das mãos secas aquecia seu coração gradualmente. Luiza se sentou ao lado dele, subitamente sem coragem de encontrar seu olhar.- Clara já foi embora? - Perguntou Miguel.Luiza acenou com a cabeça.- Depois que você ligou, ela partiu.- Ótimo, da próxima vez que a vir, evite ela e não converse com ela. - Instruiu Miguel.Luiza acenou obediente, fixando o olhar no homem de expressão amena, sentindo uma tristeza inexplicável brotar em seu coração.Clara havia dito que o bebê em seu ventre era muito importante para Miguel.Contudo, a razão ex
Mas, depois de meio mês de tratamento, ele já havia se recuperado quase completamente, apenas a doença ainda era contagiosa, necessitando ficar alguns dias a mais no hospital.- Isso é bom. - Ao ver seu pai de pé à sua frente, Luiza não desejava mais nada, estendeu a mão e tocou a de seu pai. - Pai, você ainda sente desconforto em algum lugar?- Estou quase completamente recuperado, só ainda sinto como se houvesse lâminas cortando minha garganta, um pouco de tosse.- Então pai, não fique de pé, se sente logo. - Luiza pediu que ele se sentasse.Bryan sorriu e se sentou.- Lulu, como você tem estado recentemente? Alguém tem te incomodado? Miguel... Ele ainda está se envolvendo com outras mulheres lá fora?Ao ouvir Bryan, Luiza se lembrou da primeira vez que foi à prisão falar com seu pai sobre a infidelidade de Miguel.Bryan disse:- Quando eu me recuperar, vamos para o exterior, viver lá fora e não voltaremos mais.Luiza ficou atônita, de repente não soube como explicar para seu pai, co
Luiza acreditava que deveria ser algo positivo!Ela retirou os documentos e, para sua surpresa, eram os arquivos do julgamento!A inocência de seu pai havia sido comprovada!Assim, a sentença original foi anulada e substituída por uma absolvição.Os olhos de Luiza se arregalaram.- Miguel, foi você quem ajudou meu pai?- Se não fosse por mim, quem mais seria? - Disse Miguel, sorrindo para ela.Luiza, transbordando de felicidade, o abraçou pelo pescoço e o beijou.- Obrigada, Miguel!- Isso não é o suficiente. - Brincou Miguel, sorrindo, segurou seu rosto e aprofundou o beijo, se entregando a uma paixão ardente.Luiza, ofegante, protestou.- Miguel, estamos no carro...E Eduardo ainda estava ali.Ao ouvir isso, Miguel a abraçou e acionou a divisória.Quando a divisória começou a subir, o rosto de Luiza se tingiu de vermelho.Como ele podia agir com tanta impetuosidade? Fazer isso em público, após uma noite intensa, ela estava mortificada e o empurrou.- Pare, as pessoas lá fora podem no
Marina pensou por um momento e disse:- Você deveria se entregar a ele.- Me entregar a ele? - Luiza repetiu a frase, com o rosto enrubescido. - Eu já me entreguei ontem à noite.Marina riu ao ouvir isso.- Não, não estou falando desse jeito. Quero dizer, se vista como um presente, tipo uma empregada ou uma enfermeira, e faça uma surpresa para ele.Quanto mais Luiza ouvia, mais vermelha ficava.- Os homens realmente gostam desse tipo de coisa?- Com certeza. Os homens podem parecer sérios por fora, mas na intimidade, eles gostam é de novidade.- Então... Eu deveria comprar um conjunto?- Deixa que eu compro para você. Vou escolher algo bem sensual. - Marina disse, navegando na internet e fazendo um pedido para Luiza.- Lulu, eu já comprei para você. Deve chegar em alguns dias.- Ok. - Luiza respondeu. - Obrigada, Mari.Quando Miguel chegou à reunião de negócios, a maioria já estava lá; ele estava um pouco atrasado. Sob a liderança do organizador do evento, tomou seu lugar.Yago também
Após o café da manhã, Lívia preparou uma garrafa térmica de sopa para si mesma, enquanto Luiza a acompanhava até o hospital.Chegando lá, Luiza pressionou o botão do elevador.Contudo, o hospital se encontrava extremamente movimentado naquela manhã, impedindo ela de utilizar um dos dois elevadores disponíveis. Após refletir, optou por se dirigir a um elevador mais afastado.Esse elevador, embora vazio, ficava a uma distância maior, exigindo a travessia de um corredor.Durante o trajeto pelo corredor, Luiza subitamente escutou uma voz conhecida:- Dr. Raul, ainda há esperança para o meu filho?Era Clara!Instintivamente, Luiza parou, seu coração pulsava descontroladamente.Dr. Raul respondeu:- Srta. Clara, infelizmente, não há mais o que possamos fazer. Nas últimas duas semanas, você realizou dois ultrassons, e ambos indicaram que o desenvolvimento do feto cessou. Seu filho já... - Sem concluir a frase, prosseguiu. - Certamente, você notou os frequentes sangramentos e dores abdominais
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para