Luiza corou e disse:- Seque o cabelo logo e vamos dormir.- Sim, já estou indo.Ele secou o cabelo com o secador e depois se deitou na cama.A cama de 1,2 metros era muito pequena. Assim que Miguel se deitou, quase não havia espaço. Luiza estava deitada, não se atrevendo a chegar muito perto dele, se afastando um pouco, mas Miguel observou seus movimentos e, com um sorriso nos lábios, a puxou para perto, a encostando em seu peito.Luiza se surpreendeu. - O que você está fazendo?- Ali está a parede, suja, vamos ficar desse lado um pouco.Ele a puxou de volta.Luiza ficou ainda mais desconfortável ao ficar perto dele, então, para se livrar desse desconforto, se virou para o encarar de frente. Mas isso só a deixou ainda mais nervosa.Porque ele a encarava intensamente, com a mão indo em direção aos seus lábios, fazendo um gesto sugestivo aos acariciar.- O que você está fazendo? - Luiza olhou para ele.Miguel sorriu e perguntou:- Por que você virou? Quer me ver dormir?- Não.Luiza
Miguel lançou um olhar para ela e, através de sua expressão, soube que ela já estava ciente da situação.No entanto, ela não chorou nem fez alarde, apenas trouxe a ele roupas e o ajudou a se vestir.Miguel abraçou ela fortemente e disse em tom grave:- Eu virei buscar você no Natal, me espere.- Está bem. - Além dessas palavras, Luiza não sabia o que mais poderia dizer.Ela se sentia inquieta, irritada e desconfortável, mas não havia nada que pudesse fazer. Agora, sua única preocupação era que algo acontecesse com Helena.Se algo acontecesse a Helena, então entre eles dois...Luiza não ousou continuar pensando nisso e desceu as escadas para então assistir ao carro dele se afastar na noite escura.Depois que ele partiu, Luiza não conseguiu dormir.O abraço familiar já não estava lá, e até a temperatura parecia ter diminuído...Miguel só chegou em Valenciana do Rio ao amanhecer.Pego no horário de pico, ficou preso no trânsito por duas horas e só conseguiu chegar à residência de Helena,
Depois de falar, ele pegou o terno do noivo para experimentar.Helena e Clara trocaram olhares e suspiraram aliviadas em silêncio.Helena perguntou a ela:- Clara, a maquiadora já chegou?- Sim. - Clara respondeu baixinho. - O vestido de noiva ainda não chegou.- Peça ao seu agente para pressionar um pouco, os convidados começarão a chegar em breve, não podemos nos atrasar.- Certo. - Clara se virou para instruir Dora.Miguel terminou de experimentar o terno do noivo e saiu do banheiro, coincidentemente enquanto Clara estava falando com Dora, ele a viu, e um olhar de culpa passou por seus olhos.Ele a observou fixamente.Clara foi inexplicavelmente atraída por sua beleza.Ele era naturalmente bonito, e agora, vestindo um terno preto elegante e caro, era deslumbrante a ponto de ser difícil desviar o olhar.Helena também sorriu ao ver.Seu filho era realmente muito bonito.Helena disse com um sorriso:- Muito bem, muito bonito, Clara, vá se arrumar, os convidados devem estar chegando em
Luiza sentiu sua cabeça explodir e, de forma atônita, disse:- Eles dois se casando? Como assim?Na noite anterior, bem tarde, Miguel ainda a abraçava, pedindo para que ela esperasse por ele. Como foi que hoje ele ia se casar com a Clara?- Acabei de ver a agente da Clara se gabando no estúdio, ela até mostrou algumas fotos do casamento para nós! - Marina disse irritada. - Aquela descarada se casar com o Miguel é uma coisa, mas vir se gabar para a gente, como alguém pode ser tão baixo?Luiza estava atônita.- Mari, me mande essas fotos.- Ok, vai no Facebook que eu te envio.Marina enviou as fotos.Luiza, com as mãos tremendo, abriu-as.Nas fotos, Miguel estava vestido de noivo, caminhando em direção a um quarto. Clara estava lá, vestindo um longo vestido branco de noiva, olhando para ele com ternura.Luiza não pôde evitar fechar os olhos.Essa cena foi cruel demais para ela.Seus olhos se encheram de lágrimas involuntariamente, e seu coração doía, doía tanto que até as pontas dos de
A hora auspiciosa chegou, e Helena recebia os convidados.Todos já se acomodavam.Contudo, Clara ainda não tinha aparecido.Helena começou a ficar ansiosa e se virou para perguntar ao mordomo ao seu lado:- O que está acontecendo? Por que o Miguel e a Clara ainda não desceram?- Senhora, por favor, não se preocupe, vou enviar alguém para verificar. - Respondeu o mordomo, prestes a subir as escadas quando viu Miguel descendo lentamente.O mordomo disse:- Senhora, o senhor já está aqui. A noiva, provavelmente, também descerá em breve.Ao ver Miguel, Helena se acalmou um pouco e acenou para ele.A cerimônia de casamento hoje foi simples.Isso porque, na última vez que mencionou isso ao Sr. Souza, ele recusou categoricamente, dizendo que nunca permitiria que Clara se casasse com Miguel.Então, Helena não se atreveu a realizar uma grande festa, esperando especificamente que o Sr. Souza fosse para o exterior, antes de correr para realizar o casamento.Quando o Sr. Souza voltasse, o fato co
Mas a expressão de Helena era extremamente fria. Clara lhe dirigiu um sorriso e, sob o olhar atento de todos, ergueu a cabeça e caminhou em direção a Helena.- Mãe! - Percebendo que o momento auspicioso estava quase passando, Clara rapidamente disse a Dora, que a seguia. - Podemos iniciar o casamento agora.Ela olhou para Helena com respeito.Helena a interrompeu e anunciou ao público:- Não será necessário. Hoje não haverá casamento, apenas a celebração de um aniversário.O rosto de Clara ficou pálido,- Por quê?Laura ficou perplexa ao ouvir aquilo e correu apressadamente para perguntar:- Helena, o que você quer dizer com isso? Não havíamos concordado ontem que hoje seria realizado o casamento dos jovens?Ao ouvir isso, Clara começou a chorar instantaneamente. Laura, movida pela compaixão, se aproximou para enxugar suas lágrimas.Clara, se agarrando às pernas de Laura, chorou compulsivamente.Isso pressionava Helena, dando a impressão de que a família Souza estava manipulando a si
- Veja só, eu vi com meus próprios olhos, e você ainda insiste na mentira. - Sr. Souza bufou. - Eu sabia que você não desistiria, por isso, nesses últimos dias, fiz questão de percorrer a América com o objetivo de investigar o seu passado.A viagem de Sr. Souza à América não foi para tratamento médico, mas sim para investigar o passado de Clara.Ele disse, com os olhos semicerrados:- Após minha investigação, descobri que, há um ano, você teve um relacionamento com um homem na América. Quatro meses atrás, engravidou dele, mas o sujeito é um canalha, que, ao saber da gravidez, fugiu. Não sei como você acabou se envolvendo com o Miguel, mas esse filho no seu ventre definitivamente não é dele. - Dito isso, Sr. Souza apresentou outra prova. - Este documento mostra o rastreamento do Miguel há quatro meses, claramente indicando que ele não esteve na América nesse período.Ao ouvir isso, uma expressão de surpresa surgiu no rosto de todos.Sr. Souza então se virou para Helena e disse:- Você t
Caso contrário, se Clara não estivesse grávida, Helena certamente lhe daria dois tapas hoje.Que descarada!- Mordomo, me leve para cima. - Helena não tinha mais nada a dizer, queria voltar para o andar de cima depois de todo esse ridículo tumulto, estava de mau humor.Clara estava insatisfeita com a situação a que as coisas haviam chegado, com um vislumbre de tristeza no rosto, correu atrás dela querendo ajudar.- Tia, me deixe ajudá-la.Até agora, ela ainda queria se redimir.Mas Helena não estava mais disposta a aceitar, franzindo a testa e falando friamente:- Não me ajude, hoje eu percebi o que significa ser uma mestra na arte de mentir. Eu te perguntei várias vezes sobre você e o Miguel, e você sempre teve uma resposta lógica e fundamentada, mas na realidade...? Você realmente tem sentimentos pelo meu filho?Clara não conseguiu responder, com os cantos dos lábios apertados, disse:- Tia, é porque eu gosto demais do Miguel que eu disse isso.- Se você gosta dele, então pôde mentir
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que