- Sim! - Respondeu Eduardo.Yago veio trocar o curativo de Luiza.- Como você está se sentindo agora? - Perguntou Yago, enquanto aplicava o medicamento.Luiza respondeu em voz baixa:- Só estou me sentindo um pouco tonta.- Isso é normal. Se sentir dor, pode tomar um analgésico. Desta vez, você teve sorte, apenas machucou a cabeça e não quebrou nenhum osso. Ficar alguns dias no hospital e se alimentar bem vai ajudar na recuperação.Luiza, respondendo fracamente, perguntou:- Dr. Yago, por quanto tempo eu dormi?- Você dormiu por três dias e duas noites. - Disse Yago. - Durante o tempo que você esteve inconsciente, foi Miguel quem cuidou de você. Ele não dormiu nos últimos dois ou três dias. Quando ele voltar, você deveria insistir para que ele descanse um pouco. Nós já tentamos, mas ele não nos ouve.- Ele não ouve? - Luiza achou isso improvável.Miguel se importaria tanto assim com ela?Yago respondeu:- Sim, você não faz ideia de como ele ficou preocupado nesses dias. Nossa equipe mé
Marina disse:- Eles o levaram para a delegacia?- Miguel disse que sim.- Ainda bem, ele é um verdadeiro pilantra, um demônio. - Marina comentou, e perguntou a Luiza, - Lulu, quer frutas? Comprei as uvas que você gosta.- Quero sim. - Luiza, que tinha dormido por alguns dias, agora sentia um pouco de apetite.Marina debulhou o cacho e entregou a ela as frutas.- Sabe, eu percebi algo recentemente. O Miguel tem sido muito bom com você, sempre que você está em perigo, ele está lá para proteger.Luiza comeu uma uva e acenou com a cabeça em concordância.- Antes ele mal aparecia em casa, eu o considerava um pouco frio, mas este ano ele te salvou várias vezes. Parece que não é tão mau assim. - Marina, ao ver o bem que ele fez por Luiza, começou a mudar de opinião sobre Miguel.Luiza permaneceu em silêncio.Marina então perguntou:- Por que não fala?Ela suspirou.- Eu também acho que ele é bom, mas...Não era uma questão de ela querer estar com ele, e sim que outros não permitiam que estiv
- Deve ter sido capturado, certo? - Luiza olhou para Miguel. - Você levou Marcelo para a delegacia?Miguel respondeu friamente:- Levei.Luiza acenou com a cabeça.- Entendi.Miguel olhou para Theo, sem expressar muita emoção.- Não converse por muito tempo, ela acabou de acordar e precisa descansar mais.Theo, percebendo a situação, se levantou para se despedir.Miguel o acompanhou até a porta do quarto do hospital e, assim que a porta se fechou, olhou para Theo friamente.- Qual é a sua verdadeira intenção com ela?- O que eu poderia querer? - Theo sorriu.Miguel falou severamente:- Isso é o que eu gostaria de saber. Ora você ajuda em causas, ora salva a donzela em perigo. O que você realmente quer?Theo olhou para ele sombriamente, com a voz fria.- Eu... Claro, a vejo como uma irmã.- Irmã? - Miguel expressou incredulidade, elevando as sobrancelhas, seu olhar repleto de ironia.Theo afirmou:- Sim, sinto uma conexão imediata com Luiza, vejo ela como minha irmã.- Você está planeja
- Você está mentindo! - Recusou Luiza, agarrando firmemente suas próprias roupas.- Você acha que eu faria algo assim com você?- Certamente você está fingindo que vai me ajudar a tomar banho, e depois de um tempo, vai querer...Miguel, franzindo a testa, disse um pouco descontente:- Na sua visão, eu sou tão desprezível assim?Luiza mordeu o lábio, sem dizer nada.Miguel, ainda com a testa franzida, finalmente não disse mais nada, ajudou ela a se sentar em uma cadeira e saiu.- Então tome banho sozinha, eu vou esperar aqui fora, cuidado para não cair.Luiza o viu sair e fechar a porta, sem dizer nada.Ela lentamente tirou suas próprias roupas.Apenas ao tirar as roupas, já havia esgotado toda a sua energia, e quando chegou o momento de tomar banho, realmente sentiu que não tinha forças, se sentindo um pouco anêmica e com falta de oxigênio.Ela se apoiou na parede e chamou fracamente:- Miguel...A porta se abriu, e a figura de Miguel apareceu na entrada. Ao vê-la nua e apoiada na par
Ele se sentou ao lado da cama, cobriu ela com um cobertor fino e abraçou ela gentilmente, acalmando ela como se fazia com uma criança.Luiza sentiu o calor familiar e, instintivamente, se aconchegou mais perto, adormecendo em seu abraço quente.Ela apreciava o abraço de Miguel.Havia um suave aroma de cedro que a fazia se sentir tranquila e segura.A noite transcorreu.No dia seguinte, Luiza despertou nos braços de Miguel, seus grandes olhos cheios de perplexidade.- Por que você dormiu aqui?Ambos compartilharam a mesma cama, que, na ala de luxo do hospital, possuía 1,5 metro de largura, suficiente para duas pessoas.Miguel abraçou ela, com a voz rouca:- Você ficou dizendo que estava com frio a noite toda; então, te abracei e te acalmei.Luiza se sentiu um pouco envergonhada e silenciou.Miguel também permaneceu em silêncio, não a soltando, apenas abraçando ela tranquilamente, ambos usufruindo da ternura e paz do momento.Subitamente, o som do telefone interrompeu o silêncio.Miguel
- Você veio apenas para me dizer essas coisas?Luiza pensava que essas palavras não tinham nada de novo, nem para ela mesma.Clara suspirou e disse: - Luiza, não estou aqui para brigar contigo, estou aqui para pedir algo. Daqui a alguns dias, Miguel e eu faremos as fotos do casamento. Nessa ocasião, por favor, não faça nada para atrapalhar. Eu posso ignorar como você seduz o Miguel no dia a dia, mas em uma ocasião tão importante, espero que você tenha entendido.- O que devo entender?- Você deve entender que, a partir de agora, eu sou a mais importante, você é a menos importante, eu sou a legítima Sra. Souza. Depois do casamento, vou morar com a sogra, e quanto a você, se quiser ser a amante do Miguel, não vou te impedir. Mas me deixe ser clara, Luiza, se lembre da sua posição. Em público, você só pode se chamada por Sra. Luiza, enquanto eu, Clara, serei a Sra. Souza. Em feriados e festividades, Miguel naturalmente voltará para a casa dos pais para ficar conosco. Depois de lembrar di
Mas não conseguiu o afastar, ele a segurou firmemente. Luiza franziu o cenho, gritando:- O que você está fazendo? Me solte.- Olha só para você, já caiu na armadilha, não é? - Miguel olhou para ela com os olhos baixos. - Ela veio falar duas palavras com você e imediatamente você fica abalada, provando que ela te manipulou com sucesso.Luiza ficou atordoada. Era verdade. Esta manhã ela estava bem com Miguel, mas depois de ouvir algumas palavras de Clara, começou a ficar irritada com Miguel.Miguel disse: - Isso é um jogo psicológico. Se ela atacou, você deve revidar.- Como eu deveria revidar?- Concorde com o que ela diz e fique bem comigo.Luiza olhou para ele, começando a entender o que ele queria dizer, quando Clara voltou com a chaleira. Ela abriu a porta e viu os dois abraçados, seu olhar se tornou frio, dizendo:- O que vocês estão fazendo?- Estamos conversando. - Respondeu Miguel, com uma expressão indiferente.Clara olhou para Luiza. Luiza pensou nas palavras de Miguel
Clara franzia levemente o cenho. - Miguel, afinal de contas, estou grávida. Você não acha que está indo longe demais ao me dar ordens assim?- Não foi você quem sugeriu que nós três morássemos juntos? A Luiza é jovem, você deveria ceder a ela. Você é tão habilidosa, então pode ficar responsável por todas as tarefas domésticas.Por mais que Clara fosse habilidosa em fingir, seu rosto agora estava vermelho de vergonha. - Mas eu estou grávida agora.- Se você acha que não pode lidar com esse tipo de vida, por que sugeriu isso então? Ou será que só queria dizer algumas palavras para irritar a Luiza?Miguel sorriu maliciosamente, mas seus olhos não estavam sorrindo.Clara balançou a cabeça. - Claro que não, estou falando sério.- Então me diga, você consegue cuidar de nós dois?Clara não conseguiu responder, sentindo um nó na garganta e raiva fervendo dentro dela. Se ela dissesse que podia, Miguel a faria de empregada. Se dissesse que não podia, isso apenas provaria que ela estava fala
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para