- A amante está descendo! Vamos lá, pessoal! - Gritavam os fãs do lado de fora ao verem Luiza chegando, em voz alta.Luiza mal conseguia segurar a porta, que agora exibia uma fresta.Um fã estendeu a mão para dentro, agarrando o longo cabelo de Luiza:- Sua amante, saia aqui!Luiza sentiu uma dor aguda no couro cabeludo e, sem saber de onde veio a força, deu um passo à frente e empurrou a porta de vidro com força, aprisionando o braço do fã.Ele gritou como se estivesse abatendo um porco e recuou alguns passos.Os demais começaram a gritar:- Sua vagabunda, você ousa bater nas pessoas sendo uma amante. Gente, vamos lá, vamos pegar essa amante!A multidão enlouqueceu e empurrou a porta de vidro com força, abrindo ela.Luiza e Marina recuaram dois passos.Marina tentou proteger Luiza, mas era difícil lutar contra tantos, e foi arrastada para trás, enquanto Luiza foi cercada por um grupo de fãs.- Então, amante, você finalmente ousou enfrentar a gente. - Um grupo cercou Luiza, apontando e
A pessoa que falava era exatamente a garota que tinha puxado o cabelo da Luiza antes.Miguel a olhou friamente, emanando uma aura intimidadora.- Foi você que puxou o cabelo dela agora há pouco, não foi?Miguel tinha visto tudo pela transmissão ao vivo.A garota, assustada, explicou:- Eu só estava tentando defender a Clara.- Ela precisa de você para defendê-la? Quem você pensa que é para ela?A garota engasgou, sem conseguir responder; elas eram apenas fãs, não amigas da Clara, sem nenhum laço familiar com ela.Miguel se virou para o policial à frente e disse:- Este grupo todo cometeu o crime de provocação e perturbação. Por favor, policial Davi, leve-as todas para a delegacia. Não vamos fazer acordo.Ao ouvir isso, o grupo de fãs ficou atordoado, chocado e assustado.Todas eram jovens de dezoito ou dezenove anos, ainda estudando, vieram em defesa da Clara, mas agora estavam sendo acusadas de provocação e perturbação?- Presidente Miguel, há algum equívoco? Viemos pela Clara, sua na
Ela ligou rapidamente para Miguel.Neste momento.Jardins da Serra.O médico da família já havia chegado e estava no quarto tratando dos ferimentos de Luiza.Miguel atendeu ao telefonema da Clara e saiu do quarto.- O que aconteceu?- Miguel, ouvi dizer que minhas fãs causaram confusão na Luminar Joias. - Clara disse em um tom suave. - Ouvi dizer que elas foram presas pela polícia, você pode fazer vista grossa e soltá-las?- Você sabia que elas cometeriam um erro, por que não as impediu antes? - A voz de Miguel era completamente fria. - Ou será que você na verdade incentivou suas fãs a atacarem ela?- Como isso seria possível? - Clara, nervosa, mordeu o lábio e tentou manter a calma ao dizer. - Eu estive no hospital cuidando da sua mãe o tempo todo, não tive tempo de olhar meu celular, nem sabia o que estava acontecendo. Foi a Dora quem me contou há pouco que minhas fãs foram presas por causa disso. Elas são todas estudantes, com apenas dezoito ou dezenove anos. Se ficarem com antecede
Depois de resolver as coisas, Miguel foi para o quarto.O médico da família já havia tratado o ferimento de Luiza e aplicado um curativo.Luiza estava ao telefone.Era Theo ligando.Ele tinha visto as notícias na internet e perguntou a ela pelo telefone:- Acabei de ver as notícias no meu telefone, você foi atacada pelos fãs da Clara? Tudo bem com você?A transmissão ao vivo foi interrompida subitamente, e um grupo de policiais apareceu, deixando todos sem saber o que tinha acontecido.- Por enquanto, está tudo bem. - Respondeu Luiza suavemente.Theo disse:- Esse pessoal é muito audacioso, dizendo coisas horríveis. Já pedi para cuidarem dos trending topics para você.Ele acabava de instruir a Camille.Ao ouvir isso, Luiza se sentiu um pouco comovida.- Obrigada, Theo.- Não é nada, nossas mães são amigas, e agora que você está sem familiares por perto, eu deveria cuidar de você. - Disse Theo gentilmente.Essas palavras soaram como se ele fosse um irmão.Luiza se sentiu aquecida por de
Luiza, num ímpeto de coragem, mordeu a língua dele.Miguel, sentindo a dor, soltou ela, permitindo que um fio de sangue escorresse pelo canto da boca. Ele limpou o sangue e seu rosto adquiriu uma expressão sombria.- Gosta tanto assim de morder?Luiza, ao perceber o brilho afiado e gélido no olhar dele, sentiu medo e tentou se afastar, mas foi impedida por ele, que segurou sua cabeça e a mordeu no ombro.Ele deixou uma marca profunda de mordida, sangrando pelo ferimento.Luiza franziu a testa de dor.- Miguel, me solte, você está me machucando...Ele não apenas não a soltou como também prendeu suas mãos acima da cabeça e mordeu mais profundamente, depois passou a língua suavemente sobre a ferida, provocando um arrepio indescritível.Luiza tremia de dor quando o ouviu dizer:- Uma vez cada um, é justo.Luiza queria lançar a ela um olhar fulminante, mas, com os olhos marejados, parecia menos ameaçadora e mais digna de pena.Um desejo de conquista brilhou nos olhos dele, e ele disse, per
Luiza acordou e percebeu que todos os assuntos mais comentados online haviam desaparecido. Theo realmente havia apagado todos. Ela se sentiu um pouco emocionada e pensou em retribuir, planejando o convidar para jantar. Logo depois de lavar o rosto e se preparar para sair, ela recebeu uma ligação da Clara.- Luiza, venha ao hospital, a sua sogra quer falar com você. - Disse Clara no corredor.Como Miguel se recusou a ajudar ela com esse assunto, ela decidiu implorar para que Helena interviesse e resolvesse isso por ela.Ao ouvir que a sogra queria a ver, Luiza sentiu um aperto no coração, perguntando:- Por que a sogra quer me ver?- Você saberá quando chegar aqui.Clara não disse mais nada.Luiza apertou os lábios e foi de carro até o hospital. Ao entrar no quarto, ela viu Helena e Clara conversando. O rosto de Helena ainda estava pálido, mas ela parecia mais animada do que antes da cirurgia.Luiza entrou e chamou: - Sogra.- Se ajoelhe. Helena exigiu assim que Luiza entrou.Luiza
Ela estava tão furiosa que sua respiração estava agitada. Luiza percebeu a quão furiosa ela estava e pensou em sair. Era hora de partir, senão Helena teria problemas e ela estaria em apuros.- Sra. Helena, você pode conversar com o Miguel sobre isso, estou saindo.Se ela não podia chamar Helena de sogra, então chamaria de Sra. Helena. Depois de dizer isso, ela se preparou para sair.Helena olhou friamente para ela, dizendo:- Luiza, você não se importa com a vida do seu pai, é isso?Luiza ficou chocada e se virou para a olhar. Uma prancheta médica veio voando em sua direção. Ela não ousou se esquivar e permaneceu imóvel, permitindo que a ponta afiada da prancheta raspasse sua pele delicada, deixando uma marca de sangue. Clara estava sentada ao lado, com um leve sorriso nos lábios.- Agora, ligue imediatamente para a delegacia e diga que não vai mais perseguir o caso com os fãs. Os faça soltarem todos. - Helena ordenou.Luiza não se moveu.Helena arqueou a sobrancelha. - O que foi?
Miguel disse: - Neste assunto, eu já disse, não há margem para negociação.Sua voz era grave, transparecendo raiva, continuando:- Do lado dos advogados, já foi enviada uma intimação legal. Aquela turma que causou problemas não escapará. O julgamento será na próxima semana.Clara quase não conseguia respirar, se virou para olhar Miguel, com lágrimas nos olhos, dizendo:- Miguel, eles são apenas crianças, só xingaram a Luiza algumas vezes. Precisa ser tão cruel? Eles têm apenas dezoito ou dezenove anos. Se eles acabarem na prisão com ficha criminal, o que será deles no futuro?- Se você realmente se importasse com eles, não teria incitado eles a causarem uma confusão desde o início.Miguel não pretendia dizer essas palavras na frente de Helena. Com certeza, depois de ouvir isso, Helena olhou para ClaraA expressão de Clara mudou. - Quando eu os incitei a causar confusão? Eu realmente não sei nada sobre isso.- Você realmente não sabe? Ou está fingindo não saber? - Miguel olhou para D
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que