Ele deveria estar nos Estados Unidos ainda, não estava muito por dentro das notícias.Ela ligou para Fabiano novamente. Enquanto isso, Fabiano estava no escritório do CEO do Grupo Sunland. Foi Miguel quem o chamou. Neste momento, Miguel estava apoiado na mesa longa, olhando para baixo para ele com arrogância em cada movimento e gesto.Fabiano deu uma olhada nele, não atendeu o telefone e o desligou, perguntando: - Miguel, por que você me chamou aqui?Miguel disse, com uma mão no bolso e uma expressão indiferente: - Chamei você aqui para dizer que, daqui para frente, não procure mais Luiza em particular.- Por quê?Miguel ajeitou sua gola, onde havia uma marca de beijo proeminente, e a deixou visível para Fabiano. - Nós já nos reconciliamos, ela é minha mulher.Fabiano viu a marca de beijo e sentiu um aperto na garganta. Não esperava que eles já tivessem resolvido os problemas.Mas ele não estava disposto a aceitar isso facilmente. - E quanto a Clara? Ela está grávida, como você
- Fabiano, o que você está fazendo? - Uma voz fria ecoou da porta.Fabiano ficou chocado.Miguel entrou, seu rosto bonito irradiava um leve frio. Luiza se sentiu subitamente culpada, sem saber exatamente por quê. Talvez tenha sido por ter segurado a mão de Fabiano antes, ela não sabia se Miguel tinha visto ou não.- Eu não fui claro o suficiente com você esta tarde? - O olhar de Miguel caiu sobre Fabiano.Fabiano ficou em silêncio por um momento, mas acabou não dizendo nada e saiu. Luiza o observou sair, perplexa.- Você ainda não viu o suficiente? - A voz de Miguel soou fria.Luiza imediatamente se recompôs e perguntou: - O que você disse a ele esta tarde?- Nada demais.Miguel não queria falar muito sobre isso. Ele a abraçou enquanto ambos se sentavam em uma cadeira giratória, com pernas longas e musculosas.Luiza se sentou em seu colo, um pouco desconfortável. - Não faça isso, meu escritório é todo de vidro, os funcionários lá embaixo podem ver.- Estou apenas te abraçando, não
O garçom já havia feito o pedido e saiu da sala privada. Em poucos minutos, outra pessoa entrou, surpreendentemente era Clara.- Miguel. - Clara vestia um vestido cor-de-rosa, com um sorriso no rosto. - Eu estava na sala ao lado discutindo sobre uma cooperação e ouvi que você estava aqui, então vim.Clara se sentou. Luiza deu uma olhada nela e percebeu que o vestido rosa de seda dela era um pouco fora do seu estilo habitual.Miguel pareceu notar também e franziu levemente a testa. - Por que está vestindo rosa?- Estou apenas experimentando, fico bem? - Clara perguntou com expectativa.- Você está um pouco velha demais para isso. - Miguel respondeu sem rodeios.Luiza quase riu.Clara era colega de universidade de Miguel, tinha 30 anos, uma idade em que não era incomum nas grandes cidades estar solteira e sem filhos, mas certamente não era jovem.Então, ao ouvir isso, o sorriso de Clara congelou e ela respondeu com um tom de desagrado: - Você não sabe que idade é um tabu para as mulh
- Este não é o filho dele, o próximo pode ser. - Clara se aproximou dela, com um olhar um tanto desafiador. - Luiza, me diga, se fosse você que estivesse grávida, e seu primeiro amor lhe dissesse que iria assumir a responsabilidade pelo bebê, mas depois de alguns meses começasse a agir de forma irresponsável, o que você faria?Luiza empalideceu ligeiramente.Clara continuou: - Mas Miguel é uma pessoa responsável, eu acredito que ele não abandonaria esse bebê. Se você não acredita, posso provar.Luiza não confiava. Essa mulher era ardilosa demais, dizia a si mesma para não confiar nela e se virou para sair.Mas Clara não a deixou partir, seus olhos estreitaram enquanto ela segurava o pulso dela. - Luiza, não vá embora, vou provar para você se o Miguel realmente se importa comigo e com o bebê.- Me solte!Luiza afastou sua mão e saiu correndo.Clara estava grávida, ela não podia se aproximar muito dela, seria problemático se algo acontecesse. Mas tudo aconteceu tarde demais.Clara pux
Camile ergueu a mão para interromper a multidão. - Desculpe a todos, mas filmar e julgar alguém sem consentimento é uma violação dos direitos humanos.Enquanto isso, Luiza já tinha sido levada para fora do shopping pelo Theo. Os dois caminhavam rapidamente para longe. Luiza levantou os olhos e avistou uma figura larga à sua frente. Theo a ajudou a entrar em seu carro e fechou a janela, isolando o barulho exterior. - O que aconteceu lá atrás? - Theo perguntou a ela, a vendo tremendo de frio, ele pegou um cobertor fino e o colocou sobre ela.Luiza começou a se aquecer e olhou para o rosto bonito de Theo. - Obrigada.- Por que aquelas pessoas estavam te cercando?Luiza respondeu desanimada: - Eles pensaram que eu empurrei a Clara, então estavam filmando um vídeo.Empurrar uma mulher grávida seria uma grande notícia.Theo franzia a testa. - Você a empurrou?- Não, ela caiu sozinha. - Luiza temia que Theo não acreditasse nela, então perguntou. - Você acredita no que estou dizendo?The
Miguel retirou discretamente a mão e se virou para o médico, perguntando: - O que aconteceu?- Provavelmente foi um susto. - Respondeu o médico.- Miguel, eu também não quero especular sobre o caráter da Luiza, mas ela realmente me empurrou agora há pouco, eu estava com muito medo... - Clara soluçava enquanto as lágrimas giravam nos seus olhos. Ela temia que, se não mencionasse isso, Miguel deixaria passar, ela precisava que ele interviesse.- Esta questão, depois de investigada, darei a você uma explicação. - Disse Miguel de lado, instruindo Eduardo a investigar o assunto. Depois de toda essa agitação, ele percebeu que Luiza não tinha vindo ao hospital.Miguel franzia o cenho, pronto para ligar para Luiza, quando Clara começou a gemer de dor novamente. - Miguel, minha barriga está doendo muito, você pode me tocar...- Não se deve tocar na barriga de uma mulher grávida. - Lembrou o obstetra.Com outras pessoas na sala, Clara não podia fazer nada além de segurar a mão de Miguel e ch
Ao subir a partir do Jardins da Serra, se encontrava a bela paisagem da Chapada Diamantina, onde havia várias fileiras de túmulos, incluindo o túmulo da mãe de Luiza, Fabiana Pereira. De repente, ela sentiu vontade de visitar sua mãe. Theo não disse nada e dirigiu o carro para acima. Meia hora depois, eles chegaram à Chapada Diamantina, onde fileiras de lápides brancas estavam espalhadas.- Obrigada por me trazer aqui. - Luiza agradeceu, se dirigindo para a colina.Theo inicialmente pensou em ir embora, mas era muito perigoso uma garota subir a montanha sozinha à noite. Ele apertou os lábios e, finalmente, saiu do carro para seguir morro acima a figura de Luiza. Luiza já havia avançado muito.Quando Theo a encontrou, ela estava parada em frente a uma lápide, sua expressão solitária, mas com uma beleza arrepiante.Quando seus olhos se fixaram no nome na lápide, ele ficou chocado, seu sangue parecia congelar nos pés. - Sua mãe é a Fabiana Pereira? - Perguntou ele.Luiza se virou, c
Luiza colocou sua mão na de Theo.- Obrigada.- Me chame de Theozinho.- Certo, Theozinho. - Luiza o seguiu cuidadosamente escada abaixo.De repente, uma árvore ao lado direito tombou com estrondo.- Cuidado! - Theo a atraiu rapidamente para si.Assustada, Luiza mal teve tempo de se recuperar quando uma segunda e, em seguida, uma terceira árvore caíram, bloqueando o caminho de volta.Ao redor, só se via verde, como numa aventura pela selva.- O que vamos fazer? - Luiza se mostrou preocupada.Theo olhou ao redor.- Precisamos voltar, pode vir uma tempestade forte esta noite. Se ficarmos, teremos problemas.Luiza assentiu com a cabeça.- Está tudo bem? - Theo a questionou.Luiza negou com a cabeça.- Theozinho, fique tranquilo, eu sou bem ágil.- Ok, vamos de mãos dadas, é mais seguro.- Certo.Segurando as mãos, eles começaram a se arrastar por baixo das árvores derrubadas, enquanto Theo olhava para trás de vez em quando.- Tudo bem?- Sim. - Luiza, ágil, subia e descia sem dificuldade.
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que