Ao ouvir isso, Miguel resmungou friamente:- Eu já disse, os caçadores só deixam iscas tentadoras para atrair suas presas.- Parece que o Theo não é uma boa pessoa. - Yago comentou.- Apenas aquela mulher tola acreditaria nele.Miguel acrescentou com arrogância.Yago coçou o queixo, pensativo. - Então, você vai a ajudar a resolver esse problema?- Eu vou esperar ela pedir ajuda. - Miguel respondeu com altivez.Após verificar Helena, Miguel partiu para a empresa. À tarde.Fabiano veio visitar Luiza. Ele era alto, de pele clara e parecia ter saído de um personagem de desenho animado, com traços faciais bonitos e bem definidos, cheios de jovialidade.- Por que você veio?Luiza ficou um pouco surpresa ao ver ele com um buquê de crisântemos.Esse comportamento estranho de Fabiano deixou Luiza desconfortável.- Eu vim te ver. - Ele balançou o buquê na mão. - Isso é para você. Onde está o vaso?Luiza ficou sem palavras: - Crisântemos brancos são usados em funerais.Fabiano ficou constrang
- O bebê em seu ventre não é do Sr. Miguel.Marcelo olhou para a barriga dela e sorriu maliciosamente.Clara mudou ligeiramente a expressão facial. - Não fale besteiras.- Eu ouvi tudo. Sua mãe disse pessoalmente que você teve um namorado no exterior e o bebê em seu ventre é de outro homem. O Sr. Miguel é apenas um otário que caiu nessa.Marcelo se aproximou dela passo a passo.Ao ouvir isso, Luiza sentiu uma sensação estranha. Será que o que o Sr. Souza disse era verdade? O bebê na barriga de Clara não era de Miguel? Ela rapidamente se escondeu e pegou o celular para gravar a conversa deles. O rosto de Clara ficou cada vez mais frio. - Por que minha mãe diria essas coisas para você? Você é o amante dela?Marcelo, com sua aparência semelhante a Fabiano, provavelmente era o amante de Laura. Ela sempre soube que Laura tinha muitos amantes.Marcelo coçou o queixo. - Sim, mas eu já estou cansado dela. Ela já está velha demais para brincar de jogos na cama. É repugnante. Você é muito
Luiza sentia seu coração batendo forte, justo quando Marcelo estava prestes a ver, ela avistou o prédio do hospital ao lado. Sem hesitar, ela correu para dentro, segurando o celular enquanto subia as escadas. Ela correu escada acima à velocidade máxima de sua vida, então encontrou o elevador, não se atrevendo a parar por um instante, apertou o botão e entrou correndo. O tempo passava segundo a segundo. Só quando o elevador parou no 16º andar da ala de internação, ela ficou calma e saiu correndo. No entanto, mal saiu do elevador, esbarrou em uma figura, pensando que fosse Marcelo, levantou a mão para bater, assustada:- Saia!- O que está fazendo?A voz de Miguel vinha de cima.Luiza ficou perplexa e olhou para cima:- Miguel?- Onde você estava? - Miguel a abraçou, seu braço era forte e musculoso. - Por que está tão nervosa, aconteceu alguma coisa?- Algo bem importante.Luiza olhou para trás na direção do elevador, vendo que Clara não estava vindo, ela segurou a mão de Miguel e f
- Sim. - Disse Miguel com voz grave. Como isso poderia estar acontecendo? Luiza se sentiu tonta e atordoada. Marcelo e Clara estavam juntos, certo?- Agora vou a resgatar, você volte para o quarto e descanse. - Disse Miguel, pronto para sair.Luiza, não sabendo de onde veio sua coragem, segurou seus dedos e disse: - Eu vou com você.Ela queria ver a situação com os próprios olhos.- Você ainda está doente...- Eu vou! Ela gritou com raiva.Miguel suspirou e segurou sua mão delicadamente. - Fique perto de mim quando sairmos, não ande por aí.Luiza não respondeu, apenas seguiu seus passos até o carro. No caminho, Miguel chamou a polícia e mobilizou várias pessoas, todas indo para o local onde Clara estava sendo mantida refém. Enquanto organizava tudo, seu rosto estava calmo, quase sem mostrar emoção, mas Luiza sabia que ele estava tenso. Quando ele ficava tenso, seus olhos ficavam gélidos e assustadores.Do outro lado, Clara estava amarrada num porão subterrâneo. Na verdade, ela
Todos procuraram pela Clara no armazém de três andares, mas não a encontraram. Finalmente, um dos seguranças encontrou uma tampa de poço e comunicou Miguel pelo rádio: - Sr. Miguel, encontramos uma tampa de poço aqui. Não sabemos se a Sra. Clara está escondida aqui.Ao ouvir isso, Miguel se aproximou e ordenou que abrissem a tampa do poço, de onde saía um pouco de luz. Ele fez um gesto e alguns seguranças desceram as escadas. Clara estava desmaiada no porão, e Marcelo estava desaparecido.- Sr. Miguel, a Sra. Clara está aqui, mas o Marcelo não está.O segurança gritou lá embaixo.Miguel olhou para Luiza e disse: - Vou descer para ver, você fique aqui em cima.- Entendi. - Luiza assentiu.Miguel chamou alguns seguranças para ficarem de guarda ao redor de Luiza e então desceu para o porão para encontrar Clara. Clara estava desacordada, com o rosto sujo.Miguel ficou preocupado com o estado dela e deu uma tapinha em seu rosto sujo. - Clara, Clara...Clara abriu os olhos timidamente
Luiza retornou ao quarto e se encolheu na cama. Ela cogitou que, ao desvendar o segredo, Miguel poderia não amar mais a Clara. Porém, para sua surpresa, quando Clara estava em perigo, Miguel demonstrou mais preocupação do que qualquer outra pessoa. Luiza se sentiu completamente desapontada. Seu celular tocou novamente e ao ver que era Marina ligando, ela atendeu.- Alô, Mari.- Lulu, por que não atendeu quando te liguei? Estou de volta em Valenciana do Rio. Em qual hospital você está? Vou até aí te ver.Marina ficou sabendo da situação do estúdio assim que chegou e voltou correndo de fora da cidade. Meia hora depois.Marina chegou ao hospital e Luiza a abraçou.- O que houve, Lulu? O que aconteceu? - Perguntou Marina, preocupada.Luiza não queria falar sobre Miguel, então disse suavemente: - Mari, desculpa, coloquei o estúdio em crise...- Lulu, eu sei que não é culpa sua. Aquela pessoa má, Ana, roubou os projetos. Não se culpe. Vamos pensar em como resolver isso. - Marina a cons
O celular sobre a mesa de cabeceira começou a tocar, e Luiza deu uma olhada, vendo o nome de Miguel. Ela estava irritada, então desligou. Não queria mais lidar com ele. Contudo, o telefone continuou tocando. Miguel voltou para o quarto e, não a vendo, ficou preocupado. Luiza, muito irritada, atendeu o telefone: - Sr. Miguel, o que deseja?Sua voz estava dura.Miguel ficou surpreso. - Você já teve alta?- Minha febre passou, é claro que tive alta. Não é óbvio? - Respondeu Luiza, impaciente.Miguel massageou as têmporas resignadamente. - Ainda está chateada?- Não tem nada ver contigo! Se tem algo a dizer, diga. Se não, por favor, não me perturbe. - Luiza retrucou.- Com quem saiu e para onde foi? - Perguntou Miguel sobre o paradeiro dela.- Não é da sua conta.- Quer que eu investigue? - Miguel falou com seriedade. - Não é nada complicado, no máximo levará dez minutos. Mas saiba que há consequências em me irritar.Luiza ficou surpresa com a ameaça dele?Ela respondeu friamente:
Na tarde seguinte, Luiza retornou ao estúdio. O escritório já estava restaurado. Marina disse a ela: - Luiza, ontem à noite, assisti às gravações. Adivinhe só, você estava certa. No dia anterior ao lançamento do novo produto, Ana teve contato com a Clara.Marina mostrou as gravações para ela. Luiza viu Clara entregando algo para Ana e ambas indo juntas para o banheiro. - Não há câmeras no banheiro, então só conseguimos essa imagem, mas encontrei isso na gaveta da mesa de Ana.Marina mostrou uma pequena garrafa de perfume e continuou: - Veja esta perfume, na base está escrito ''Clube de Carros de Luxo''. A anuidade desse clube é de dois milhões, e com o salário da Ana, é impossível frequentar esse tipo de lugar. Se ela foi, com certeza foi convidada por alguém. Então, naquela noite, ela pode ter ido ao clube de carros de luxo e pegou vários perfumes como este no banheiro de lá, e esqueceu de levar este.Luiza olhou para o perfume.- É bem possível.Marina disse: - Se conseguirmos
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para