- Sim, prima, você logo deve falar com o cunhado, pede para ele parar de mirar meu pai, nós somos uma família, devemos nos amar e nos respeitar.Liz segurou o celular, pedindo a Luiza para ligar para Miguel. Luiza riu friamente, deu um gole na água e respondeu: - Prima, se você está tão preocupada com seu pai, por que não se sacrificou para acompanhar o Sr. Lorenzo ontem à noite? Liz ficou com o rosto sério. - Luiza! O que você quer dizer com isso? Como eu poderia acompanhar aquele homem sujo?- Você também acha que é um homem sujo? Seu pai está devendo uma fortuna em jogos e você não vai ajudar ele, quer que eu, uma estranha, vá ajudar seu pai? Ainda fica aí, toda convencida, e onde está sua dignidade? - Luiza também ficou séria. O rosto de Liz ficou pálido e vermelho alternadamente, ela ficou furiosa: - E daí se você acompanhou aquele velho por uma noite? Você já foi casada, já se vendeu uma vez, o que é mais uma vez para você? Mas eu sou diferente, sou uma donzela pura.Luiza
- Tem algo que não possa ser dito? Eu ainda tenho outras perguntas para ele. Como ele está lidando com aquela outra mulher? Vão se separar ou não? Se não, é melhor se divorciar logo, você também precisa de liberdade... - Disse Marina, e nesse momento Miguel pegou o celular de Luiza. Ele olhou sombriamente para a mulher no vídeo. - Marina, você está incitando ela a se divorciar, acha que eu não vou te fazer pagar por isso? Marina olhou para o homem afiado na tela do vídeo, sem ousar provocar mais. Ela apertou os lábios e disse: - Quem você pensa que é para me enfrentar? Se tem coragem, vá enfrentar a tia da Lulu. Elas estão fazendo chantagem emocional com ela agora. Se você é tão capaz, resolva essa situação!Ao ouvir isso, Miguel olhou para Luiza. - A sua tia foi te procurar?Luiza respondeu com um simples "Sim" e pegou de volta o seu celular, dizendo a Marina: - Mari, vou te ligar depois. Tchau.Depois de encerrar a chamada, ela se virou para Miguel. - Miguel, eu vou lidar com
Ao lado, o irmão do Sr. Lorenzo perguntou: - Sr. Miguel, o que você quer dizer com isso? Quer que eu machuque meu irmão?- Quebre uma perna dele. - Respondeu Miguel com voz fria.O irmão do Sr. Lorenzo estremeceu e explicou: - Sr. Miguel, teoricamente meu irmão e sua esposa são vítimas neste caso. Quem realmente planejou isso foi o tio da Sra. Souza.- Isso é entre vocês e o Ivan. Do meu lado, tudo o que sei é que minha esposa foi desrespeitada. Se não fosse pela inteligente dela em nocautear seu irmão, hoje a situação não seria tão simples como quebrar uma perna. - Sua voz carregava uma opressão intensa.Os membros da família Garcia ficaram atordoados, sentindo um arrepio percorrer seus corpos. Sim, se a Sra. Souza tivesse realmente sido prejudicada pelo irmão deles... As consequências seriam impensáveis. O irmão do Sr. Lorenzo especulou sobre o significado do Miguel e disse: - Sr. Miguel, em relação ao Ivan, vamos lidar com ele, pode ter certeza. Ele fez meu irmão sofrer assim,
Ele sorriu, pegou a caixa e se dirigiu à porta do quarto. Prestes a empurrar a porta para entrar, ele a ouviu falando ao telefone lá dentro. Parou o movimento, ficou parado na porta ouvindo.- Luiza, na noite da festa de aniversário, você estava bem? - Theo perguntou a ela, em meio ao silêncio.- Estava bem. - Respondeu ela.- Ouvi dizer que você voltou para a Quinta do Lago para morar, vocês dois... Se reconciliaram?Luiza ficou em silêncio por um momento, então disse em voz baixa: - Não, não estamos. Eu só devo dinheiro para o Miguel, ele me pediu para trabalhar aqui para pagar a dívida.- Entendi. O principal é que vocês dois vão se divorciar, depois do divórcio, seu pai pode sair da prisão, então você...Quando mencionou seu pai, seus olhos se moveram um pouco, e ela disse em voz baixa: - Não se preocupe, não vou voltar atrás neste casamento.Faltavam apenas meio mês para seu pai sair, Luiza não podia voltar atrás. Se, após a libertação do pai, Miguel ainda quisesse a procurar,
Miguel fez uma pausa e perguntou: - Como está minha mãe? A consulta dela correu bem?- Ainda não fez a consulta, ela foi hospitalizada recentemente. Amanhã fará os exames. Mas a Clara está fazendo sua mãe se sentir muito feliz. Ela está sempre pedindo para sua mãe escolher nomes para o bebê que está na barriga dela. Vejo sua mãe sorrindo o tempo todo, muito contente.Assim, Miguel não disse mais nada. Era bom ver sua mãe feliz, para que ela não ficasse ansiosa antes dos exames.- Clara é realmente boa nisso. Ela sabe exatamente como alegrar sua mãe. Mas será que esse bebê realmente é seu? Se não for, como sua mãe lidará com esse resultado quando o bebê nascer? – Disse Yago.- Deixe ela ficar feliz por alguns dias.Miguel não quis falar muito. Era um momento crucial, com Maia prestes a fazer exames importantes, e ele não queria a estressar.Depois de um longo tempo perguntando e sem conseguir obter muita informação, Yago, franzindo a testa, disse: - Miguel, você é muito reservado. Pe
- Meu pai sempre foi seu parente, por que você quer o exterminar? - Liz gritou.- Eu quero exterminar toda a sua família? - Luiza achou engraçado demais, riu friamente duas vezes. - Ivan, para pagar suas dívidas de jogo, me entregou para outro homem em troca. Vocês não mostraram um pingo de remorso ao fazerem isso comigo, mas agora vêm me pressionar para que o seu pai seja reintegrado ao trabalho? Vocês não têm vergonha?Liz balbuciou: - Meu pai só teve um momento de confusão, ele está muito arrependido.- Não vejo nenhum arrependimento em vocês, só vejo que estão intencionalmente causando problemas. Não precisa mais falar, vou chamar um jornalista. Nós três vamos esclarecer tudo e ver se seu pai é inocente.Luiza estava prestes a contatar um repórter.- Então, esta família fez algo sujo primeiro e agora está causando problemas para os outros? - Alguém na multidão questionou.Luiza respondeu em voz alta: - Sim, o pai dela me vendeu. E agora eles estão fazendo uma placa para me enverg
Miguel avançou na direção deles com passos pesados, seu olhar gélido varrendo Liz. Liz ficou vermelha e assustada mais uma vez. Ela sempre admirou Miguel, mas quando ele a encarou daquele jeito, ela mal ousava respirar, murmurando com medo.- Sr. Miguel...Miguel desviou seu olhar frio e se virou para Luiza. - Já chamou o jornalista? Se não, posso ajudar você a chamá-los.Ao ouvir isso, Liz ficou pálida de medo, olhando nervosamente para Luiza. Comparada à ansiedade de Liz, Luiza apenas parecia um pouco surpresa, fitando o rosto bonito de Miguel. - Como você veio aqui?- Se eu não viesse, como poderia ver como a família Medeiros está tratando você mal?O olhar gélido de Miguel caiu sobre Liz. Ela ficou aterrorizada, suas pernas um pouco fracas, e se não fosse por seus amigos a segurando, ela teria dificuldade em ficar de pé.Eduardo se aproximou e perguntou: - Sra. Luiza, quer que eu chame o jornalista?Luiza estava prestes a responder quando Liz segurou sua mão. - Por favor, p
Luiza ficou um pouco corada. Isso porque os assentos deste cinema eram poltronas reclináveis, o tipo de cinema privado onde casais costumavam fazer travessuras.- O que você está fazendo aí parada? Venha aqui. - Miguel a chamou.Os pés de Luiza ficaram pesados e ela começou a suar. - Por que viemos aqui? - Ela perguntou.- Foi reservado pelo Yago. Ele disse que não tinha tempo para vir, então me pediu para convidar você para assistir ao filme. - Miguel respondeu.Então foi isso. Luiza soltou um suspiro de alívio. Se foi o Dr. Yago quem reservou, isso combinava muito com o jeito dele, muito despreocupado. Se deitando na cadeira, ela se sentiu desconfortável, mantendo os dedos levemente enrolados à frente do corpo. O filme começou a ser projetado, e as luzes no teto escureceram. Luiza estava envolvida no filme quando uma mão se estendeu e pousou em sua cintura. Luiza ficou surpresa e levantou o olhar. Miguel a encarava firmemente e, de repente, apertou a carne macia de sua cintur
— Não tenha medo. — Theo abaixou o olhar para ela, seus olhos turvos, denunciando a embriaguez. — Eu só quero cuidar de você. — Eu não concordei. — Luiza respondeu com o rosto frio e a voz firme. Theo deu um leve sorriso, a embriaguez cada vez mais evidente. — Luiza, há dois meses você já é minha esposa. — O casamento nem chegou a acontecer. — Ela retrucou, cortante. — Eu não sou sua esposa. — Isso foi porque o Miguel estragou tudo. Caso contrário, você já seria minha esposa... — Ele murmurou, acariciando o rosto dela com um olhar intenso e obcecado. O corpo de Luiza se arrepiou, e ela ficou completamente tensa. Foi então que Theo soltou a mão dela e começou a abrir os botões de seu pijama. — Saia daqui! — A mão de Luiza estava livre novamente, e ela usou toda a força para empurrá-lo. Embora a força entre homens e mulheres fosse desigual, um homem não consegueria segurar uma mulher adulta que lutava incessantemente, a menos que usasse violência para dominá-la. Mas T
A única vez que ela foi egoísta foi quando deixou Larissa levar aquele pen drive. Ela queria que Luiza soubesse toda a verdade e nunca mais aceitasse Theo. Quanto a alguém como ela, Luiza simplesmente não conseguia odiá-la. Ela era uma pessoa lamentável. Luiza disse: — Se algum dia você me vir fugindo, pode fingir que não viu? Giovana não respondeu à pergunta, se limitando a dizer: — Eu te aconselho a ficar quietinha ao lado do Presidente Theo. Lá fora é muito perigoso. Ela enfatizava repetidamente que o mundo lá fora era perigoso. Mas se isso era verdade ou apenas algo que Giovana inventava, Luiza não sabia dizer. Afinal, ela nunca tinha saído. À noite. Luiza estava sentada no sofá, refletindo sobre aquelas notas criminais. Se o País Y era um lugar muito caótico, então Theo era ainda mais despótico ali. Mesmo que ela conseguisse fugir por sorte, Theo jamais seria levado à justiça. Isso significava que ela e sua família continuariam em perigo. Por outro lado, se
Luiza se esquivou. Theo apertou os dedos levemente rígidos e semicerrou os olhos. — Eu aconselho você a aceitar logo. Caso contrário, se eu perder a paciência, talvez tenha que usar a força com você. — Sem-vergonha! — Luiza o encarou, furiosa. Theo esboçou um leve sorriso. — Sem-vergonha por quê? Nós já fizemos nossos votos no casamento, não foi? Você disse "sim" diante do padre. — Pela lei, eu ainda sou esposa do Miguel. — Isso não significa nada. — Seus olhos ficaram mais frios. — No País Y, as leis do seu país não têm validade. Aqui, você é minha esposa e não vai escapar. Luiza apertou os lábios e preferiu não responder, temendo que suas palavras inflamassem ainda mais a conversa. — Eu queria bater um papo com você, mas hoje não tenho tempo. Preciso sair. Fique aqui quietinha, alguém trará suas refeições. — Depois de dizer isso, ele saiu. Talvez fosse encontrar o general da Brigada do Norte. Luiza permaneceu no quarto, olhando pela janela para o lado de fora. D
Ao ver o rostinho pálido de Felipinho, Luiza não conseguiu conter a dor no coração. Felipinho tinha pouco mais de três anos, mas, por causa de Theo, já havia passado por tantos eventos seguidos. Ela estava profundamente arrependida. Sentia pena do Felipinho, e odiava o Theo. O odiava com toda a sua alma! Enquanto assistia ao noticiário, completamente absorta, seu celular foi subitamente arrancado de sua mão. Ao levantar os olhos, viu que quem tinha pegado o aparelho era Theo. Ele jogou o celular de volta para Giovana e, com um rosto impassível, disse: — Já chega. Vamos comer. No dia seguinte, o navio atracou. Luiza finalmente saiu daquele porão escuro e sombrio. Ao sentir o brilho do sol pela primeira vez, ficou um pouco desconfortável e apertou os olhos. Ao olhar ao redor, viu um mar azul e um país completamente desconhecido... As placas ao redor estavam escritas em um idioma que ela não conseguia entender. No entanto, deduziu que aquele era um país quente e com ce
Ele falava, mas Luiza não olhava para ele. Theo ficou irritado e segurou o queixo dela com força, forçando ela a virar o rosto e encará-lo. — Sabe de uma coisa? Eu fui bondoso demais com você. Se, na época em que você estava grávida do Felipinho, eu tivesse sido mais firme, ele nem teria nascido. Luiza ficou atônita por um momento e, furiosa, retrucou: — Theo, você é um monstro! — Não existe homem que aceite sua mulher dar à luz o filho de outro homem. Mas por que, no final, eu aceitei? Porque eu vi o quanto você queria esse filho, vi o quanto você se esforçou para tê-lo. Então, no fim, não fiz nada contra ele. Eu aceitei. Sei que te magoei, mas pensei em passar o resto da minha vida te compensando. — Eu não preciso disso. — Luiza respondeu, palavra por palavra. — Nunca gostei de você. Ele ficou impassível. — E daí? Agora você está nas minhas mãos. Não tem como fugir. — Tanto faz. — Luiza sorriu friamente, os lábios curvados com indiferença. — Minha família morreu, e
Luiza olhou para ele, sem dizer uma palavra. — Você acha que, deixando de comer, vai me fazer sentir pena de você? — Theo perguntou com o rosto frio. Luiza sorriu com indiferença. — Não. Eu não me rebaixo a esse tipo de artimanha, porque simplesmente não me dou ao trabalho de agradar você. Theo encarou aquele rosto frio e sorriu levemente. — Ótimo. Você não quer me agradar? Então fique aqui e morra de fome, por mim tanto faz. Luiza deu um sorriso desolado e se deitou novamente na cama. Ela já havia decidido: se algo acontecesse com sua família, ela não teria mais vontade de viver. Theo podia mantê-la presa, mas, se ela desistisse da própria vida, não haveria nada que ele pudesse fazer. Com o rosto carregado, Theo saiu do quarto. Na manhã seguinte, por volta das nove, Luiza ainda se recusava a comer. Theo estava ouvindo Giovana falar sobre os assuntos no País R quando Laís veio reportar: — Sr. Theo, a Srta. Luiza ainda não quis tomar o café da manhã. Ela trouxe
Nos olhos dela, aquele homem era frio como gelo, com um sorriso gélido nos lábios. Ele disse suavemente: — Este é o preço por não me obedecer. As pupilas de Luiza se dilataram levemente. Theo continuou: — Eu te dei uma chance naquela época. Te chamei para me encontrar várias vezes, mas você ignorou. Achou que eu, mesmo em apuros, não teria como te capturar? Pois bem, mesmo que eu morra, vou te levar comigo... Luiza ficou atônita, a raiva tomando conta de seu coração. Ela levantou a mão, tentando acertá-lo no rosto. — Desgraçado! Mas não conseguiu. Theo segurou seu pulso e o torceu para trás. Ele a olhou friamente, sem nenhum traço de emoção: — Eu já te dei oportunidades no passado, mas você não as aproveitou. Agora, não há mais chance... Com a dor, Luiza franziu as sobrancelhas e lançou um olhar furioso para ele: — Você é um desgraçado! — Você está certa. Sou mesmo um desgraçado. — Ele nem sequer usava mais os óculos, não se importando em manter uma aparência civi
Theo estava sentado no sofá, o olhar frio como uma lâmina de gelo cravado nas marcas de mordida no pescoço dela. Seus olhos semicerrados estavam carregados de rancor e cobiça. — De onde vieram essas marcas no seu pescoço? Luiza ficou sem palavras. Abriu a boca, mas conseguiu pronunciar apenas uma frase: — Você... Não está morto? — Você acha que eu morreria tão facilmente? — Theo soltou uma risada sarcástica. — Mas as notícias diziam... Que você tinha se enforcado na prisão! — Se eu não tivesse forjado aquela notícia, como poderia sair da prisão? — Ele sorriu com frieza. Então era isso! As notícias sobre a prisão nas Américas eram falsas, apenas uma encenação para enganar o público. Na verdade, Theo havia escapado como um verdadeiro mestre da fuga! "Não era de se estranhar que tudo tivesse parecido tão conveniente. Um homem tão calculista como ele nunca deixaria de ter uma rota de fuga preparada." Enquanto Luiza refletia sobre isso, Theo se levantou abruptamente e agar
Luiza, sem escolha, caminhou até a entrada do elevador e disse: — Pode ficar por aqui. Eu vou subir sozinha. Volte para casa, eu também já estou indo. — Vou esperar o elevador chegar. — Ele não tinha intenção de ir embora, seus longos dedos se entrelaçando nos dela. Assim, os dois ficaram de mãos dadas até o elevador chegar, e as portas se abrirem diante deles. Luiza olhou para ele e disse: — O elevador chegou. Eu realmente preciso ir. — Tudo bem. Ele soltou a mão dela, mas permaneceu parado do lado de fora, com o olhar cheio de saudade, fixo nela. O coração de Luiza estava agitado. Mesmo quando as portas do elevador se fecharam completamente, o canto de seus lábios ainda estava levemente curvado em um sorriso. Ao chegar ao estacionamento, ela abriu a porta do carro e jogou sua bolsa para dentro. No momento em que ia entrar no veículo, uma sombra repentina surgiu ao seu lado. Luiza levantou o olhar, alarmada. Uma toalha foi pressionada contra seu nariz e boca, e