Quando se mencionava essa criança, Miguel adotava uma expressão que sugeria que o silêncio era ouro, lançando a ela um olhar significativo.- Desça.- Você não vai falar sobre essa criança? - Luiza estava repleta de dúvidas, especialmente depois que o Sr. Souza mencionou isso à tarde, ela começou a considerar essa possibilidade.Miguel disse:- Esta criança é minha.Três meses atrás, ele havia prometido a Clara que a reconheceria o bebê publicamente como sua criança.Ao ouvir isso, Luiza tremeu, sem saber o que dizer, e forçou um sorriso amargo.- Está triste? - Miguel perguntou.Luiza respondeu, sorrindo:- Não estou triste, afinal, já estamos divorciados.- Na frente do avô, não mencione isso. - Miguel a instruiu.Luiza, confusa, perguntou:- Por quê?- Recentemente, a saúde de minha mãe piorou, e eu temo que ele sofra um golpe duplo.- Entendi.Luiza acenou com a cabeça, saindo do quarto e seguindo com ele até o quarto do avô.O Sr. Souza estava tomando sua medicação no quarto, e o
Mas, após o Sr. Souza ouvir, ele finalmente não fez mais perguntas, acariciou sua barba e ordenou ao velho mordomo:- Sofia, fique aqui esta noite. Veja por mim se eles vão dormir no mesmo quarto.Luiza parecia resignada.O avô estava ansioso para abraçar o bisneto!Luiza estava um pouco resignada, enquanto Miguel pegava sua mão delicadamente, prometendo ao avô:- Não se preocupe, avô, nós com certeza vamos dormir no mesmo quarto.O Sr. Souza não acreditava nisso, deixou Sofia de olho neles e, tranquilamente, voltou ao seu quarto para dormir.Luiza fingiu voltar ao quarto para pegar algo.Miguel a seguiu.Luiza se virou:- E agora, o que fazemos?- Vamos dormir no quarto principal. - Miguel colocou uma mão no bolso, parecendo muito tranquilo.Luiza parecia horrorizada:- Dormir no mesmo quarto que você? Nós estamos divorciados.- Dez mil.- O quê?- Por uma noite, subtrair dez mil está bom, não está? - Miguel a olhava, vendo sua expressão hesitante. Ele adicionou. - Minha mãe não está
- Observando as bolhas de sangue na sola do seu pé. - Ele disse, segurando o pé dela e examinando as bolhas na sola, que já começavam a cicatrizar.Luiza não conseguia se acalmar por um bom tempo. Ao ver que ele havia se deitado, perguntou:- Por que você tirou a roupa?- É mais confortável dormir sem roupas. - Ele respondeu, tocando sua cabeça suavemente. - Durma.Luiza ficou completamente atônita.Como ele havia se tornado tão gentil de repente?Assim que levantou os olhos, se encontrou com seu olhar profundo.Seu olhar era incomumente suave.- Não quer dormir? Então, que tal fazermos algo interessante?Luiza fechou os olhos, assustada, suas bochechas ficaram vermelhas.Miguel a observava, seus olhos como correntes mornas, seus lábios finos se aproximaram e ele deu um leve beijo em sua testa.O coração de Luiza se agitou intensamente.Ela realmente não sabia o que as ações de Miguel significavam.Será que ele sempre a beijava assim quando ela adormecia? Ou aquela noite era uma exceçã
- Vovô, você não vai ficar mais alguns dias?- Não, querida. Estou velho e tenho minhas manias de sono; não me acostumo a dormir aqui. - Sr. Souza concluiu sua caminhada matinal em breve tempo.Luiza o auxiliou a se dirigir à sala de estar para o café da manhã.Miguel desceu apressadamente, com uma expressão sombria, e se sentou à mesa.- Vovô.- Por que essa cara fechada? - Indagou o Sr. Souza, com um ar de desaprovação, erguendo uma sobrancelha. - A noite não foi boa?Ao ouvir isso, Luiza quase se engasgou com sua canja.Miguel lançou a ela um olhar gelado.- Nada disso.Ele serviu mais comida para Sr. Souza.Sr. Souza perguntou:- Então, qual é o problema?- Não é nada. - Ele optou pelo silêncio, se concentrando em seu café da manhã.Luiza estava completamente confusa sobre o que o irritava, seguindo em silêncio, sem emitir palavra alguma durante a refeição.Após o café, ambos ficaram à porta para se despedir do avô.Luiza se virou para ir ao seu Porsche, quando Miguel disse, friame
Miguel estava com dor de cabeça, tocou a própria cabeça e, sem alternativa, explicou:- Os homens são assim, às vezes simplesmente não conseguem se controlar.Luiza ficou surpresa, olhando com os olhos cheios de lágrimas para ele.Ele baixou a cabeça e a consolou:- Afinal, ainda não estamos divorciados.O rosto de Luiza se encheu de irritação novamente.- Já demos entrada no divórcio, você tem que me respeitar, não pode me forçar a nada.- Entendi. - Ele a abraçou e deu um beijo em seu cabelo.Luiza estava confusa.O que ele realmente queria dizer?Ele dizia que a detestava, mas suas ações demonstravam possessividade...Ela estava realmente perplexa e, ao chegar ao estúdio, disse a Marina:- Mari, o que você acha que significa quando um homem, mesmo depois de se divorciar, ainda quer ter relações com sua ex-esposa?Marina pensou por um momento.- Talvez ele queira desabafar os desejos de um homem?Luiza ficou sem palavras.- Mas ele tem uma namorada, se ele tem necessidades, por que n
Luiza suspirou.- Já me divorciei.- Então você agora está sem nada? - Indagou o tio.Luiza acenou afirmativamente.- Não tenho nada.- Lulu, o que posso dizer sobre você? Como pôde tratar o casamento de forma tão leviana? Se divorciou sem nem sequer discutir com os mais velhos; isso realmente me causa dor de cabeça. Deixe para lá, vou conversar com o Presidente Miguel a respeito. Se ainda houver chance de resolvermos as coisas, você virá comigo pedir desculpas a ele. Afinal, esse casamento foi um esforço imenso de seu pai; não podemos simplesmente desistir! - Após dizer isso, o tio desligou o telefone.O coração de Luiza gelou.Parecia que estava vendo a verdadeira face do tio pela primeira vez, com uma expressão desoladora.Afinal, a família Medeiros também não era seu lar.Luiza se ocupou por algum tempo, até receber uma ligação de Miguel.- Seu tio esteve na empresa me procurando. - Foi o que Miguel disse primeiro.O coração de Luiza se apertou; ele realmente tinha ido. Ela falou,
O Sr. Miguel tinha uma tendência de comprar coisas cor-de-rosa para a esposa, pois aos olhos dele, ela era como uma criança.- Sim, vá pegar a pulseira. Hoje à noite eu vou buscar ela depois do trabalho. - Disse Miguel, voltando ao trabalho.No fim do expediente, Eduardo trouxe a joia. Miguel deu uma olhada e ficou muito satisfeito, fechou a caixa de joia, abotoou o paletó e saiu do escritório. Eduardo dirigiu até a Luminar Joias. Para sua surpresa, Luiza não estava no estúdio. Eduardo olhou para o relógio. - Isso não é possível, são apenas seis horas, a Srta. Luiza não deveria ter saído ainda, não é?A Luminar Joias fechava às seis e meia. A assistente disse: - A Srta. Luiza saiu depois de receber uma ligação.Eduardo relatou isso a Miguel. O rosto de Miguel ficou gelado. Ele pegou o telefone e ligou para Luiza. Ela estava jantando com Ivan num restaurante.Quando recebeu a ligação de Miguel, Luiza lembrou das palavras de Marina e ficou um pouco fria com ele, ela atendeu a ch
Sr. Lorenzo riu. - Está sem forças?A expressão de Luiza mudou. - Vocês me drogaram?Essa sensação, era como se estivesse sob efeito de drogas.- Eu gosto quando as mulheres ficam tontas desse jeito, é mais emocionante.Sr. Lorenzo mostrou um sorriso perturbador.Luiza sentiu um aperto no couro cabeludo e tentou fugir, mas foi puxada por Sr. Lorenzo e caiu em seus braços. Ele sorriu maliciosamente e tirou o cinto da cintura.Luiza sentiu náuseas extremas, ergueu a mão e pegou a garrafa de vinho da mesa, batendo na cabeça dele. Sr. Lorenzo desmaiou instantaneamente sem nem sequer emitir um som. Luiza, apesar de se sentir repugnada, conseguiu reunir sua última lucidez e ligou para a polícia. Quando os policiais chegaram, Luiza estava tremendo no canto, completamente fraca. Enquanto isso, Sr. Lorenzo jazia no chão entre garrafas de bebida, exalando um forte cheiro de sangue.Era quase onze da noite e Luiza ainda não havia retornado. Miguel esperava no pátio, sua expressão se torna