Luiza estava servindo a sopa e, ao ouvir isso, parou por um momento e disse: — Ele não mora com a gente, é claro que na hora das refeições ele precisa voltar. — Não dá para ele ficar e comer com a gente? — Felipinho disse, desanimado. — Eu queria comer junto com ele. Foi Maria quem o ensinou isso; ela disse que, se ele mencionasse o pai várias vezes, no dia seguinte ele quase sempre apareceria. E, de fato, Luiza mostrou um olhar de compaixão: — Você quer tanto assim comer com ele? — Hoje ele me disse que não me abandonou, que só não sabia da minha existência. Agora que ele sabe, ele disse que eu sempre serei o filho dele. O coração de Luiza apertou sem motivo. Antes, Felipinho quase não falava sobre o pai, e ela achava que ele não ligava muito para isso. Mas, na verdade, ele também queria muito um pai. À noite, ao tentar dormir, Luiza se revirava na cama, sem conseguir pegar no sono. Talvez fosse por causa das palavras de Felipinho, que a fizeram sentir uma certa culp
Esse fedelho, como ele pôde ter contado tudo o que ela disse para ele? Que situação embaraçosa. Os dois conversaram por alguns minutos antes de desligar o telefone, e Luiza ainda estava sentada em silêncio. Felipinho virou seu pequeno corpo e deitou no colo dela. Luiza aproveitou a situação e abraçou o corpinho dele. Felipinho perguntou: — Mamãe, você vai ficar brava se eu for próximo do papai? A pergunta de Felipinho foi tão triste que Luiza não teve como não se sentir comovida. Ela sorriu levemente e respondeu: — Não vou, ele é seu pai. Se você quiser se aproximar dele, pode se aproximar. Contanto que ele não levasse Felipinho embora, Luiza estava disposta a deixá-los se aproximarem, pois sabia que Felipinho também ansiava pelo amor de um pai. — Obrigado, mamãe. — Felipinho beijou a mão dela. Luiza também sorriu e beijou a testa dele. — Durma bem. No dia seguinte. Uma figura alta entrou no quarto de Luiza e se agachou no chão, observando ela em silêncio. Lui
Isabelly disse: — O Bryan não é o assassino do Zeca. — O que você disse? — Alice levantou a cabeça de repente. Isabelly suspirou e disse: — A polícia já anunciou nas notícias, o Bryan não é o assassino do Zeca, é o Igor, ele é o verdadeiro assassino. — Como isso é possível? — Alice não acreditava. Isabelly estava com o rosto pálido: — Quando vi a notícia de manhã, eu também não acreditei, mas o Miguel enviou as provas de vigilância para a Sra. Nunes, e o assassino é realmente o Igor. — Isso é verdade? — Alice estava pálida, ainda relutante em acreditar. A única carta que tinha na manga era a inimizade entre Miguel e Luiza; enquanto essa rivalidade existisse, eles jamais poderiam ficar juntos. "Agora dizem que o Bryan não é o assassino?" Isabelly assentiu: — É verdade, eu vi a gravação de vigilância com meus próprios olhos. O Bryan não empurrou o Zeca da escada, ele tentou salvá-lo, mas o Zeca caiu sozinho. O rosto de Alice estava pálido. Isabelly disse: —
Alice ficou sem palavras ao ser confrontada, um pouco nervosa, e retrucou: — Ela que me provocou primeiro. Ela me disse que reatou com o Miguel. Eu não podia ficar calma, né? — Eles reataram? — Sim. — Então, sem nem sequer falar comigo, você decidiu lidar com a Luiza por conta própria? — Theo perguntou com frieza. O coração de Alice deu um salto, e ela disse com ódio no rosto: — Eu só queria assustá-la. — Alice, você queria só assustá-la, ou realmente queria agir contra ela? Preciso adivinhar? — A voz dele ficava cada vez mais fria. Alice sentiu que ele estava irritado e respondeu, rouca: — Agora não é hora de discutir isso. O problema é que eles estão juntos. O que você acha que devemos fazer? — O que fazer? — Theo repetiu a pergunta, a voz tão fria que parecia penetrar os ossos. — Por que eu deveria dizer a você, que não serve para nada? Não consegue fazer nada direito e ainda espera que eu te ajude? Alice, você mereceu isso. Além disso, você ainda teve a ousadia
A partir de então, ninguém mais se opôs a elas.— Minha avó disse que queria encontrar uma oportunidade para te pedir desculpas. — Miguel se aproximou um pouco mais e explicou. — Mas minha mãe, isso é impossível. Ela está doente, fora de si, não consegue nem levantar da cama.Luiza ficou surpresa ao ouvir isso.Nunca pensou que a Sra. Nunes diria que queria pedir desculpas a ela.Ela virou a cabeça e viu o rosto dele tão próximo, recuou instintivamente e, com os olhos baixos, perguntou:— E a Alice? Ela sabe disso?— Sabe, agora ela deve estar no hospital, teve uma perna quebrada.— Foi você quem mandou fazer isso?— Sim, naquela vez em que ela foi violentada, foi tudo armado entre ela e o Theo, eles planejaram tudo juntos. — Miguel explicou essa parte para ela.Luiza ouviu e ficou em silêncio.Miguel acariciou seu rosto e disse:— Luiza, agora a verdade veio à tona, e nós dois chegamos a esse ponto por causa das intrigas do Theo. Quanto à Alice, eu e ela não teremos mais nenhum víncul
— É mesmo? — Os grandes olhos de Felipinho brilharam de dúvida; ele não estava muito convencido. Maria riu alegremente e disse: — Foi a tia governanta que me contou. Se você não acredita, faça sua mamãe passar mais tempo com seu papai para você ver. A tia governanta estava ali ao lado, colocando a comida na mesa. Felipinho então perguntou a ela: — Tia governanta, é verdade isso? A tia governanta já estava tentando segurar o riso. Ela achava as duas crianças muito espertas, ali discutindo como fazer com que seus pais se dessem bem novamente. A tia governanta entendia bem o sentimento deles; afinal, toda criança queria ver seus pais juntos e felizes. Ela sorriu e disse: — É verdade, sentimentos como esses ficam mais fortes com o tempo que passam juntos. Felipinho assentiu, aprendendo algo novo. Então era assim... Ele precisava fazer com que seus pais passassem mais tempo juntos, para que seu pai pudesse "importunar" sua mãe ainda mais! Luiza se aproximou e, vendo
Desde que soube da situação dela de quatro anos atrás por meio de Felipinho, ele não quis mais deixá-los.Há quatro anos, ela sofreu tanto, até arriscou a vida para dar à luz um filho dele. Como ele poderia simplesmente deixá-los depois disso?Ele já havia decidido: passaria o resto de sua vida ao lado dela e de seu filho. Quanto a ter um segundo filho, ele não queria mais.— Você desce. Meu pai provavelmente não quer ver você.Miguel olhou para ela e respondeu:— Não necessariamente. Todos esses anos, fui eu que pedi para o especialista Thomas tratá-lo. Talvez ele queira me agradecer.Luiza revirou os olhos. Que cara de pau. Se não fosse ele que tivesse levado seu pai, como ele precisaria de tratamento?Mas ela não queria discutir com ele. Ainda precisava ver o pai e depois voltar para encontrar Felipinho, então precisava ser rápida.Ela ligou o carro e seguiu para o hospital.No caminho, Miguel permaneceu em silêncio, apenas com o olhar fixo nela, observando ela atentamente.Luiza di
Naquela época, Bryan sorriu alegremente e disse com muito otimismo: — Que tipo de problema poderia surgir? Zeca, quando conseguirmos o financiamento para o nosso projeto, todos nós vamos prosperar. Os bons tempos ainda estão por vir. Zeca apenas sorriu, como se tivesse um pressentimento, e respondeu de forma calma: — Temo que as coisas não serão tão fáceis assim. ...Ele pressentia que os magnatas das Américas queriam tomar o projeto deles, e não apenas investir.No dia seguinte, seu pressentimento se confirmou: os magnatas das Américas queriam comprar o projeto deles integralmente. Os outros membros do grupo se entreolharam, sem saber como lidar com a situação, mas Zeca foi o único a recusar firmemente. Os magnatas das Américas logo deixaram claro: ou eles vendiam o projeto, ou seriam forçados a permanecer nas Américas para sempre, deixando-os sem escolha."Permanecer para sempre nas Américas" significava que seriam vigiados constantemente, sem possibilidade de retorno, ou q