— Quero dizer, viver juntos alegremente, conviver felizes. — Certo. — Ela respondeu suavemente. Miguel ficou satisfeito. Depois de comerem, Luiza o acompanhou até a porta, olhou para o céu azul lá fora e sorriu: — O tempo está ótimo hoje. — Nenhuma nuvem no céu. — Quer sair? — Miguel perguntou. Luiza virou a cabeça: — Posso? — Claro. Ela estava livre novamente. Sabia que precisava fazê-lo feliz. Luiza fez uma expressão de gratidão, seus olhos brilhavam ao dizer: — Você é o melhor marido do mundo! Miguel sorriu: — Não volte muito tarde. — Certo. Ela sorriu, o observando entrar no carro. ... À tarde, enquanto Luiza mexia no celular, de repente apareceu uma mensagem no WhatsApp, enviada por Marina. Marina dizia: [Lulu, dá uma olhada nesse vídeo. Será que estão falando do seu pai e do Zeca? Eu vi agora há pouco numa plataforma.] Marina continuou: [Estão comprando espaço nos trending topics. Acho essa história muito estranha, parece que tem alguém por
Ela queria ir e mandar aquelas pessoas embora, mas sabia que não podia aparecer; se aparecesse, seria como revelar que Bryan ainda estava vivo.Ela pegou o celular e, escondida na curva do corredor, ligou para Miguel com a voz um pouco rouca:— Miguel.— O que foi? — Ao ouvir sua respiração, Miguel percebeu que algo estava errado. — Você está chorando? O que aconteceu?Luiza respondeu, aflita:— É sobre o hospital. Não sei quem vazou a localização do meu pai, mas agora tem uma porção de gente fazendo lives em frente ao quarto dele. Estão todos aglomerados na porta. Mande alguém vir resolver isso.— Você está no hospital agora?— Sim.— Tem muita gente aí agora, então não apareça. Encontre um lugar seguro para esperar. Estou indo agora mesmo. — Miguel temia que, com a multidão, sua presença pudesse prejudicá-la.— Eu sei. — Ela sabia que, se sua localização fosse descoberta, todos perceberiam que estava no hospital. Ela falou calmamente. — Vem logo.— Vou agora.Miguel desligou o telefo
Luiza estremeceu, percebendo que realmente não havia nenhum problema, e imediatamente assumiu uma expressão fria, dizendo:— Então, você está fingindo estar louca.Miguel lhe havia dito que Alice desenvolveu uma reação de estresse após o incidente de violência, e que agora ela tinha surtos frequentes."Embora ela pareça pálida, não há nada de errado com seu estado mental. Pelo contrário, seu sorriso é assustador, como se estivesse tramando algo..."Justo quando Luiza teve esse pensamento, a porta do corredor foi subitamente aberta com um estrondo.Isabelly e a Sra. Nunes estavam do lado de fora, parecendo estar à procura de Alice, com expressões ansiosas.Assim que a porta se abriu, elas viram Luiza segurando Alice contra o corrimão da escada, com a cabeça de Alice pendendo para baixo, enquanto esta, com uma voz fraca, implorava:— Por favor, me solte...O rosto da Sra. Nunes escureceu imediatamente, e ela gritou em tom severo:— Luiza, o que você está fazendo?— Alice! — Isabelly corr
Esta situação parecia um verdadeiro acúmulo de absurdos. Luiza, uma mulher comum, de repente se via acusada de ter atacado uma pessoa com problemas mentais, tentando empurrá-la escada abaixo.O repórter voltou para entrevistar a Sra. Nunes. — Sra. Nunes, foi assim que aconteceu?A Sra. Nunes olhou para Luiza com tanto ódio nos olhos que parecia querer devorá-la. Acenando a cabeça, ela respondeu com uma voz grave: — Sim, foi exatamente assim. Quando entrei, vi que ela estava prestes a empurrar minha neta escada abaixo...Os repórteres ficaram atônitos, e as câmeras imediatamente se voltaram para Luiza, carregadas de desprezo e questionamentos. — Por que você atacou uma pessoa com problemas mentais? É porque acha que elas são mais fáceis de intimidar? — Foi o abuso contínuo de Bryan que distorceu sua personalidade? Você costuma maltratar os fracos e pequenos animais?Os jornalistas já estavam claramente tendenciosos, e as perguntas ficavam cada vez mais afiadas e provocadoras.Lu
"Por que o Yago tinha que aparecer nesse momento? Se ele tivesse chegado um pouco mais tarde, Luiza certamente teria sido humilhada até não poder mais!" Alice estava um pouco irritada. Yago pegou Luiza e se preparava para sair. O jornalista não queria que a entrevista terminasse assim e deu um passo à frente para impedi-los. Yago o olhou com desagrado. — Não me importa qual seja a sua intenção agora, este é o meu hospital. Sem a minha permissão, você não tem o direito de fazer entrevistas aqui. Saia. — O quê? Você está ajudando essa mulher porque está interessado nela? Sim, ela tem certa beleza, mas não é uma mulher bondosa como parece. Ela quase matou a Srta. Alice agora há pouco, sabia? A Srta. Alice! Ela é a noiva de Miguel! Se você provocar o Miguel, o que acha que vai acontecer com você? Após ouvir isso, os olhos de Yago não revelaram nenhuma emoção. Ele apenas perguntou com indiferença: — Evidências? O jornalista, obviamente, não tinha nada para apresentar. Ya
— Eu também não sei ao certo. Hoje tive uma cirurgia complicada, e um grupo de nós passou quase seis horas discutindo isso no andar de cima, nem percebemos o que estava acontecendo no hospital. Depois que você me ligou, desci para dar uma olhada. Quando cheguei, já tinha uma multidão lá, e aquele jornalista estava sendo extremamente agressivo. Tentei argumentar um pouco com ele. — Yago sabia apenas isso.— É uma conspiração. — Luiza, ao lado dele, de repente falou.Isso era, sem dúvida, uma conspiração.Embora não tivesse provas, ela tinha um pressentimento. Olhando para Alice, disse:— A Alice está fingindo estar doente. Ela está completamente normal. Ela atraiu propositalmente os repórteres para cobrir o caso do meu pai e depois fez com que eles me atacassem. Tudo isso foi obra dela.— Isso é um absurdo! — A Sra. Nunes foi a primeira a repreendê-la. — Quando te encontramos no corredor, você estava segurando a Alice, tentando empurrá-la escada abaixo!— Sim, Miguel, você não deve acre
Fingindo bem demais.Luiza, com uma expressão apática, continuou a perguntar:— E o vazamento das informações sobre o meu pai? Como vocês explicam isso?Ao ouvir isso, Miguel chamou Eduardo:— Verifique quem está espalhando as notícias online.Eduardo estava prestes a responder, mas a Sra. Nunes interrompeu:— Não precisa verificar, fui eu.Ela se adiantou.Miguel a olhou:— Vovó, por que você fez isso?— Por quê? Se não fosse por ela, a Alice nunca teria acabado assim! A Alice era uma boa garota, e foi por causa da Luiza que ela sofreu tratamentos desumanos, chegando a desenvolver traumas psicológicos. A Alice está nessa situação miserável, e por que Luiza tem o direito de viver feliz? Bryan matou o Zeca, que não era só seu pai, mas também meu genro. Miguel, como você pode ser tão cego? Essa mulher é um desastre, ela não merece sua proteção! — Com o rosto carregado de raiva, a Sra. Nunes começou a xingar, uma frase após a outra. — Miguel, não importa o que você pense de mim, eu vou ti
Por isso, ele estava esperando a resposta do psicólogo. O psicólogo era do hospital do Grupo Sunland, e não do lado da Alice, isso eles tinham certeza. Yago disse: — A Alice nunca quis colaborar para fazer os exames, então o relatório não é muito preciso. Acho que, se você tiver outra maneira, deveria tentar por outro lado. Miguel de repente lembrou daquela frase. "Aquele homem tinha uma tatuagem de dragão no braço e se chamava William." Naquele dia, entre as pessoas que mataram, ele deu uma olhada rápida, e parecia que não havia ninguém com uma tatuagem no braço. Talvez ele tivesse fugido. Pensando nisso, Miguel pegou o celular e fez uma ligação. — Vá procurar uma pessoa para mim. Miguel descreveu as características daquele homem pelo telefone. Yago, ouvindo, levantou a sobrancelha. — Esse cara é uma pista? — Naquela noite, a Alice disse que esse homem com uma tatuagem de dragão no braço fazia parte do grupo que a atacou. Mas entre os que matamos, não havia nin
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que