O coração de Olivia disparou de alegria e excitação, fazendo-a pular como uma criança despreocupada. Seu júbilo durou pouco, porém, pois as palavras de Xavier a atingiram como uma pedra enorme, levando-a à beira de um penhasco."Não vou me divorciar de minha esposa, pai! Eu a amo e estou começando a conhecê-la." Essa única afirmação foi suficiente para fazer Olivia correr e se jogar no mar. O peso de suas palavras ameaçou empurrá-la para um abismo escuro de incerteza e medo. Ela se sentiu à beira do precipício, sem saber se teria forças para sair da beira do precipício.Uma onda de palidez tomou conta do rosto de Olivia, a cor sumindo de suas bochechas quando ela percebeu que toda a esperança de algum dia estar com o homem que amava estava perdida. Sua postura era desleixada, seus ombros caídos em derrota enquanto ela lutava contra as lágrimas que se recusavam a vir. O peso em seu peito dificultava a respiração e ela sentia como se estivesse sufocando com as próprias emoções. Todo o s
O olhar de Xavier permaneceu em William Jackson, uma tempestade de confusão formando-se atrás de seus olhos. O homem mais velho retribuiu o olhar com uma intensidade que beirava o desespero e fez um gesto silencioso, instando Xavier a segui-lo no ar fresco da noite. Com um aceno rígido, Xavier concordou, seus passos ecoando os de William através da soleira.O frio do mundo exterior envolveu-os, mas foi o gelo na confissão de William que os atingiu mais profundamente. "Cathy é uma garota frágil", ele começou, com a voz baixa, misturada com um arrependimento que parecia doer no crepúsculo crescente. "Ela faz uma fachada fria porque pensa que não me importo com ela."Uma pausa pesada se estabeleceu entre eles, a gravidade das palavras pairando como uma lâmina de guilhotina pronta para cair."A mãe dela era minha vida", continuou William, com a voz áspera como cascalho, "e quando ela faleceu, Cathy... Ela perdeu mais que uma mãe. Eu tive que encontrar alguém para cuidar dela, sendo engoli
"Sinto muito, não poderei dizer nada a você." O médico disse, e a mandíbula de Xavier cerrou quando o médico enfrentou seu olhar furioso com um encolher de ombros de desculpas. O branco estéril da sala parecia se aproximar, num contraste zombeteiro com os pensamentos sombrios que nublavam sua mente. O médico continuou, alheio à tempestade que se formava dentro de Xavier. "Cathleen parece uma mulher casada e só posso falar com o marido ou com a família, não com amigos."As palavras pairaram pesadamente no ar enquanto o olhar gélido de Xavier se fixava no homem que ousava ficar entre ele e sua esposa – não que ele se importasse com Cathleen, mas precisava de respostas. Seu temperamento, um fio energizado faiscando perigosamente perto da detonação, ameaçava quebrar sua fachada de controle. O tempo escorria por entre seus dedos, cada segundo batendo em seu crânio como uma batida de tambor, anunciando sua fúria."Tempo é dinheiro, doutor", Xavier cuspiu, cada palavra misturada com veneno.
Quando Xavier saiu do quarto branco e limpo, o cheiro do hospital permaneceu em seu terno bem feito. Ele tinha um sorriso raro com os cantos da boca levantados. As fortes luzes do hospital lançavam sombras nítidas sobre suas feições esculpidas. “Pelo menos ela está acordada”, pensou ele consigo mesmo, apreciando a ideia da força de Cathleen. Há algum tempo, seu mundo se tornou monótono e enfadonho porque ele tinha muito poder sobre ele. "Ninguém se atreve a me enfrentar... exceto aquela minha esposa prostituta."Ele falava consigo mesmo num grunhido baixo, reconhecendo que Cathleen tinha uma personalidade forte. Era um espírito parecido com ele, uma dança de rebelião e poder que o interessava mais do que deveria.A visão de sua boca se movendo em um leve sorriso fez seus frios olhos azuis se encolherem. Caleb, que estava sempre atento, viu o rosto estranho."Chefe, você está bem?" Caleb não conseguiu responder a pergunta e havia dúvida em cada palavra. Xavier não sorria com muita freq
O prato de comida intocado estava sobre a mesa, uma acusação silenciosa entre eles. Os olhos de Cathleen, afiados como as facas que ela empunhava no tribunal, dirigiram-se para ele e depois afastaram-se. Ela não tocaria em nada que Xavier tivesse tocado, não depois que suas palavras venenosas tivessem reduzido sua confiança a cinzas."Você vai morrer de fome, então?" A voz de Xavier, fria e monótona, não traía a ansiedade que lhe apertava o interior."É melhor do que arriscar qualquer rancor que você tenha colocado naquela refeição", ela cuspiu de volta, sua língua era um chicote que ele havia sentido muitas vezes antes, embora nunca desse jeito - nunca quando ela estava tão vulnerável, confinada aos limites de sua cadeira de rodas. .Seus olhos pousaram em suas próprias mãos, inúteis no momento, e suas pernas eram uma traição sob ela. A ideia de precisar de ajuda com algo tão íntimo como tomar banho revirou seu estômago de humilhação. Em sua mente, ela se via como forte e indomável,
Xavier levantou-se, com as linhas do corpo tensas e controladas, enquanto levava Cathleen para o quarto. Enquanto ele tirava a camisa, uma luz forte se filtrava pelas cortinas meio fechadas, pintando listras em seu peito nu. O inchaço dos músculos dele fez com que Cathleen prendesse a respiração e suas bochechas queimassem com um rubor que desmentia sua compostura."O que você está fazendo?" Ela gaguejou, com os olhos arregalados e desprotegidos.Ele lançou-lhe um olhar tão penetrante quanto um pedaço de vidro cortado. "O que parece que estou fazendo?" Sua voz era um rosnado baixo, retumbante de impaciência.Por fora, Xavier era a imagem de marido e mulher dedicados. Por dentro, ele era como um leão enjaulado, com poder fervilhando sob cada movimento que fazia. Ele desapareceu no closet e apareceu com uma calça de corrida cinza e um colete que pouco fazia para esconder seu físico formidável.A testa de Cathleen franziu-se e as rugas na sua testa eram um sinal da sua preocupação. "Você
Capítulo 51: Cuidando de CathleenO relógio bateu meia-noite, soando um sussurro solene contra a quietude da noite. As pálpebras de Cathleen se abriram sob o brilho fraco do luar que se filtrava pelas cortinas transparentes. A respiração rítmica de Xavier era o contraponto suave à quietude – uma âncora no grande mar de quietude.Ela o observou. A subida e descida de seu peito eram constantes e calmas. O sono suavizou suas feições e removeu as camadas de gelo que envolveram Xavier Knight durante o dia. No seu descanso, ele era mais uma vez um menino, intocado pelas duras exigências do mundo e não contaminado pela natureza cruel da sua realidade. O tipo de garoto que trocaria qualquer coisa pelos prazeres simples da confeitaria.O coração de Cathleen inchou, um sentimento semelhante ao de calor e pertencimento envolveu-a. Aqui, com o homem adormecido ao seu lado, ela quase conseguia esquecer o limite cortante de suas horas de vigília – o impulso implacável que o deixava frio, a tendênci
A primeira luz do amanhecer mal havia beijado o horizonte quando a consciência de Xavier começou a recuperar do sono. Suas pálpebras estavam pesadas enquanto ele observava o constante subir e descer do peito de Cathleen. Sua respiração era profunda e constante na quietude da manhã. Com uma relutância calculada, como se estivesse se livrando do peso dos próprios pensamentos, Xavier soltou o lençol e colocou as pernas sobre o tapete fofo.A cozinha estava silenciosa, um palco vazio aguardando o início da apresentação diária. Com um movimento experiente, ele pegou um avental, o tecido parecendo áspero contra suas mãos – mãos que estavam mais acostumadas a fechar negócios do que a segurar utensílios culinários. No entanto, aqui estava ele, prestes a navegar pelo território desconhecido das papilas gustativas de Cathleen.Xavier parou, o silêncio da sala o envolveu. Ele não tinha certeza do que Cathleen gostava. Mas ele sabia que tipo de mulher ela era: forte, inflexível e precisa. Da mesm
O olhar de Xavier fixou-se em Cathleen, um desafio ardendo em seus olhos azul-gelo. "Cat, eu gostaria de levar você para um encontro", declarou ele, sua voz era uma ordem firme que a desafiava a se opor.Ela inclinou a cabeça, um sorriso tímido brincando em seus lábios. "Mas então, Sr. Knight, não é um pouco tarde já que temos uma bolsinha para cuidar?" Seu tom estava repleto de diversão, mas ela podia sentir a seriedade subjacente de seu pedido."Deixe Bella em casa com os trabalhadores, ou traga-a junto. O que você acha?" Sua sugestão pairou entre eles, carregada de promessas não ditas.A resposta de Cathleen veio através de um sorriso e um aceno de cabeça, sutil, mas deliberado. A expressão de Xavier escureceu imediatamente. "Eu te disse que odiava acenos de cabeça", ele rosnou, o frio em sua voz causou um arrepio na espinha dela."Sr. Knight, você é apenas um Dom na masmorra, não fora da masmorra." Suas palavras eram ousadas enquanto ela esfregava creme nas pernas, cada golpe desaf
A cada passo, os saltos de Avery batiam num ritmo furioso no linóleo desgastado, ecoando pelo apartamento apertado dela e da mãe, que se tornara mais uma prisão do que um refúgio. "Mãe!" Sua voz era afiada e cortante, perfurando o ar viciado como uma faca em busca de seu alvo.Dora estava recostada em um sofá surrado, o brilho da televisão lançando sombras macabras em seu rosto. Ela tomou um gole de chá, imperturbável, uma rainha exilada em meio a paredes em ruínas. "O que é?" As palavras pingavam de desinteresse."Você realmente vai desistir do meu sonho?" As mãos trêmulas de Avery cerraram-se com força, as unhas deixando marcas em sua pele. Lágrimas escorreram por seu rosto, manchando seu rímel enquanto ela se recusava a abandonar sua ambição."Que sonho?" A sobrancelha de Dora arqueou-se, a xícara de chá nos lábios, o epítome da calma calculada. O aroma do chá quente e terroso flutuava no ar, aumentando a atmosfera serena da sala."Mãe, meu sonho de me casar com o homem mais rico d
A luz do sol penetrava na sala, uma lâmina de ouro cortando as cortinas meio fechadas. Isso atingiu os olhos de Cathleen, um lembrete agudo de que o amanhecer havia chegado sem ser convidado. Ela se mexeu, a consciência rastejando como um convidado indesejado. Seu corpo doía, uma dor deliciosa e tenra entre as coxas. Com os olhos abertos, ela esperava as linhas duras de Xavier ao seu lado - em vez disso, a respiração suave de Bella preenchia o espaço."Porra", ela murmurou. “Não havia como o que aconteceu ter sido um sonho.” A lembrança de ser fodida com força com um vibrador brilhou vividamente em sua mente, o olhar severo de Xavier observando cada gemido dela. Mas como diabos o horizonte de Nova York substituiu o brilho noturno de Miami?Seu coração disparou. A necessidade agarrou seu interior, crua e exigente. Xavier. Por que apenas um brinquedo? Sua carne era o que ela desejava. Um pau, não um maldito vibrador!Ela se levantou, cada movimento acendendo as brasas deixadas pelo fogo
A voz de Xavier cortou o ar, tão impiedosa quanto seu olhar. "Tem certeza que quer um pau dentro da sua bucetinha carente?" Seus dedos roçaram seu calor, a cabeça do vibrador pressionando insistentemente contra ela. O corpo de Cathleen respondeu com uma traição ansiosa, suas dobras se abrindo em uma súplica silenciosa."Por favor", ela conseguiu ofegar, a ponta afiada de seu desafio habitual agora entorpecida pela necessidade crua. "Pensei que você tivesse me perguntado se eu já estava pronto. Por favor, Xavier, estou pronto.""Diga-me o quanto você quer isso", Xavier exigiu, suas palavras eram uma ameaça aveludada que causou um arrepio na espinha dela.— Quero tanto isso — gemeu Cathleen, incapaz de disfarçar o desejo presente em cada sílaba. Seus quadris a traíram, buscando fricção, roçando a inflexível cabeça de silicone."Por favor, faça-o. Apenas me foda com o maldito vibrador, por favor!" As palavras saíram de seus lábios, uma cascata de rendição.A resposta de Xavier foi uma pa
A pulsação de Cathleen martelava, uma batida frenética em suas têmporas enquanto o clique de cada punho ecoava pela sala. Vinculado. Imobilizada no banco, seu corpo aberto, vulnerável. As mãos de Xavier eram meticulosas, garantindo que não houvesse folga nas correntes, nem esperança de fuga. Flashbacks daquela cena do clube invadiram seus pensamentos – a mulher algemada e espancada, o prazer contorcendo seu rosto. Aquela garota se deleitou com isso. Catleen? Ela se preparou para a humilhação."Droga", Xavier murmurou, circulando como um predador. "Você é sexy assim, Cat." Sua voz estava misturada com uma satisfação presunçosa que fez sua pele arrepiar. "Perfeitamente apresentado... só para mim."A mão dele deslizou pela espinha dela; involuntariamente, ela estremeceu. Os elos de metal clicaram – um refrão zombeteiro para seu desconforto. "Agradável ver você exibida, Cat."Ela revirou os olhos, um protesto silencioso. Controle sua respiração, ela se treinou. Não deixe que ele veja você
O elevador sinalizou sua chegada à suíte da cobertura, um sussurro metálico antes que as portas se abrissem. Cathleen saiu para uma opulência sombreada por um silêncio sinistro. O aperto de Xavier em sua mão aumentou enquanto ele a conduzia através do amplo espaço, seus passos silenciosos no tapete macio."Xavier, que lugar é esse?" A voz de Cathleen ecoou ligeiramente, revelando seu desconforto."Algo especial para você", ele murmurou, guiando-a além das habituais armadilhas de luxo até uma porta discreta no outro extremo. Ele não bateu – este era o seu domínio.Com um clique, a escuridão os cumprimentou, até que Xavier estendeu a mão e acendeu as luzes. A respiração de Cathleen engatou. Este não era um quarto; era uma sala de jogos. As paredes estavam forradas com prateleiras, uma miscelânea escura de couro e aço. No centro, o banco de palmadas assomava – uma promessa cruel sob a luz forte."Você traz suas vítimas aqui?" Suas palavras saíram mais nítidas do que o pretendido, enriquec
Xavier e Cathleen entraram em um quarto onde havia um homem curvado sobre a cama, e outro homem parecia estar lhe dando um soco. Xavier parou para observar cada cena que estava aberta para visualização, mas não havia nada em seu rosto que revelasse se ele estava interessado ou não. Ele apenas parecia atencioso e educadamente interessado a cada vez."Que espetáculo", ele murmurou, sua voz desprovida de julgamento, mas marcada por um comando tácito de atenção.A respiração de Cathleen engatou, seu coração bateu forte contra a caixa torácica. "Não posso levá-la a todas as sessões aqui", disse Xavier, virando-se para ela com um olhar que espiava através de suas defesas. "Mas acredito que você já viu o suficiente. O que você acha?"Ela engoliu em seco, as palavras grudadas como cacos em sua garganta. "Isso é muito."Seu aceno veio lentamente, deliberado. "Na minha primeira vez aqui, fiquei emocionado e curioso, embora não fosse novo nesse estilo de vida." Sua admissão pesava entre eles."Vo
Os calcanhares de Cathleen batiam no concreto polido, num ritmo staccato perdido em meio aos gemidos e tapas fortes que ecoavam pelo salão mal iluminado. Cordas de veludo criavam ilhas de libertinagem num mar de observadores ávidos. Seu olhar voou ao redor, tentando se ancorar nesta nova realidade.Ela parou perto de uma dessas ilhas. Uma mulher, com as costas arqueadas em submissão, estava sendo presa a um banco. A figura alta que a envolvia na escuridão movia-se com precisão, as tiras de couro apertadas nos pulsos e tornozelos claros, um cinto apertando a cintura. A fuga era uma fantasia aqui.Na iluminação suave, olhos verdes brilharam brevemente para Cathleen antes de desaparecerem atrás de uma venda. A mulher de preto sussurrou para seu prisioneiro, provocando um aceno de cabeça e um sorriso que parecia muito sereno para as circunstâncias. De pé, a senhora Dom notou o olhar de Cathleen. A mulher piscou para Cathleen, e isso enviou uma onda de choque pela espinha de Cathleen, um d
A pesada porta metálica se fechou, seu eco reverberando pelo corredor mal iluminado, uma finalidade arrepiante que fez a pele de Cathleen arrepiar-se de desconforto. Ao se fechar, pareceu cortar sua conexão com o mundo exterior, mergulhando-a no reino enigmático de Xavier. O som da trava deslizando para o lugar sinalizou um compromisso irrevogável com o que o esperava lá dentro.A porta em si era uma barreira formidável, sua superfície gravada com padrões intrincados que pareciam sussurrar histórias de encontros passados dentro daquelas paredes. Cada arranhão e amassado contava uma história silenciosa de segredos e desejos escondidos por trás de sua fachada imponente.Cathleen hesitou por um momento, a mão demorando-se no cabo de metal frio antes de se preparar para o que havia além. Respirando fundo, ela cruzou o limiar do desconhecido, com o coração batendo forte em antecipação ao que Xavier planejara em seguida."Foda-se", ela murmurou baixinho, quase inaudível sobre o baixo puls