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Capítulo 0002

Author: Clara A.M
Após desligar, minha mãe entrou no meu quarto.

— O colar de safira que seu pai deixou está onde?

Fiquei em silêncio.

Minha mãe franziu a testa, descontente. — Que atitude é essa? Sua irmã só achou bonito e quer usar por uns dias. Não seja mesquinha!

Sarah, abraçada ao braço de minha mãe, disse tristemente: — Deixa pra lá, mãe. Minha irmã nunca me tratou como irmã de verdade. Se ela não quiser, tudo bem, não vou forçá-la.

— Como ela se atreve a negar você! Esse colar foi do meu marido, e também é do seu pai. Hoje, eu decido, vou dar para você.

Minha mãe abraçou Sarah, olhando para mim com severidade. — Se você não entregar, não me culpe por mandar alguém revistar seu quarto.

Fitei minha mãe, forçando um sorriso que era mais doloroso que chorar.

Aquela mãe amorosa e gentil que eu conhecia.

Agora, no fundo das minhas lembranças, se tornara uma figura severa e intransigente.

Mas logo eu partiria para sempre.

Sem vontade de discutir mais.

Entreguei o colar para ela.

Minha mãe sorriu satisfeita. — Está vendo, Sarah é sua irmã, e como irmã mais velha, você deve dar as melhores coisas para ela.

Sarah colocou o colar diante de mim.

— Irmã, não culpe a mamãe por ser parcial. Para ser honesta, esse colar fica melhor em mim.

— Assim como João é mais adequado para ser meu namorado.

— O que é meu, ninguém pode tirar.

Olhei para Sarah, mas não disse nada.

Com pessoas como ela, quanto mais atenção você dá, mais elas abusam.

Peguei minha bolsa, ignorei-a e desci as escadas.

— Ah! Irmã, por que você me empurrou...

Sarah se jogou na minha frente, fingindo que a empurrei, tropeçando escada abaixo.

Embora eu a detestasse, ainda estendi a mão para segurá-la.

Afinal, a escada tinha mais de vinte degraus, uma queda não seria brincadeira.

— Cecília, sua malvada!

João afastou minha mão do braço de Sarah.

Minha mão bateu com força no corrimão, fazendo um barulho alto.

A dor me fez suar frio.

— João, ainda bem que você chegou a tempo, senão eu...

Sarah se escondeu no abraço de João, chorando e com medo.

— Não se preocupe, estou aqui. — João acariciou a cabeça de Sarah, consolando-a suavemente: — Não deixarei ninguém te machucar.

Olhei para minha mão machucada, já inchada e roxa.

Depois, para Sarah, sendo abraçada por João.

Senti-me ridiculamente triste.

Aquele garoto que prometeu me amar para sempre.

O homem com quem eu me casaria em três meses.

Como ele pode ter mudado de ideia tão de repente?
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