- Não, isso não é verdade, eu devo estar vendo coisas. Impossível que Karina seja lésbica, eu vi o beijão que Luigi e ela deram naquela festa... - mesmo odiando relembrar aquela cena, para mim estava nítido naquela noite que os dois tinha um caso.
Mas se tudo o que Luigi disse era a verdade? Que Karina estava com problemas no relacionamento e ele queria ajudar?
Ajudar beijando ela na boca na frente da namorada? Pelo amor de Deus, Carolina! Não caía nessa cilada!
Ponho minhas mãos debaixo da torneira da pia do banheiro feminino e o sensor ativa derramando água nas minhas mãos. Passo as mãos molhadas na nuca e na testa para ajudar no mal estar. Ainda continuo um pouco tonta, por causa da confusão que estava a minha cabeça.
Estou começando á odiar festas, sempre tenho alguma surpresa desagradável durante ou depois
Minha mão desce pela costas largas do meu italiano gato, nossas bocas e línguas entrando em uma sintonia perfeita. O calor e tesão acumulado aumentando á cada pegada forte de Luigi no meu corpo. Minhas costas batem contra a parede e ele segura meu pescoço, inclinando a cabeça e aprofundando ainda mais o beijo.Me sinto tão dominada e rendida porém a voz da minha mãe me faz ter um susto.- Vão para um quarto vocês dois - a voz arrastada do encostado do Roberto nos interrompe e quando nos desvencilhamos fico tonta pelo calor que o meu corpo emana e minha mente não consegue formar um xingamento plausível para eu chamar com Roberto.- Carolina! No meio da rua? Vocês não tem medo de que a polícia flagrem vocês, não? - minha mãe nos repreende como se fossemos duas crianças que foram pêgos com a m&ati
- É o que? - pergunto de novo, vai que eu tenha escutado errado, minha audição deve ter dado defeito depois de tanto tempo ouvindo músicas da Rihanna com o fone de ouvido no último volume.- Sou eu - ele repete, sua expressão séria me deixa preocupada. Luigi não parecia estar brincando ou me trolando com uma pegadinha.Olho novamente para a fachada da casa caindo aos pedaços. A porta aberta revelando o interior escuro e misterioso. Era o tipo de casa que aparecia em programas de TV que reformavam imóveis para ganhar audiência.- Meu anjo, você está bem? - imediatamente me aproximo dele, levando minha mão até sua testa e depois para o pescoço dele para checar sua temperatura, assim como fazem com crianças pequenas, e nada, sua temperatura estava normal - está sentindo algo diferente? Alguma dor? Voc&
- Pode parecer um clichê e um pouco brega, mas espero que você goste - Luigi se abaixa e pega algo debaixo da mesa, olhando para baixo encontro uma extensão de fios e tomadas, assim que ele conecta as tomadas, várias luzes iluminam a sala escura.Com a ajuda das luzes acesas eu conseguia enxergar o lugar com mais clareza, assim como conseguia ver nitidamente as fotografias de nós dois em cada canto que eu olhasse. Era como um santuário, como se eu estivesse dentro de um grande álbum com várias lembranças. Cada sorriso contido nas fotos emolduradas em quadros dourados, me fazia voltar ao tempo em que tudo ainda estava bem, em que Luigi e eu conseguíamos nos entender.Quando tudo era mais fácil...Admirada com tudo ao redor, as fotografias entravam em contraste com a casa em ruína e as luzes amarelas. Parecia uma exposição particular rú
- Eu sou sua e somente sua - me inclino para frente para continuar dizendo baixinho no seu ouvido - e isso não é nenhuma mentira. Sempre vou ser sua e de mais ninguém...Luigi não perde tempo em me puxar para unir nossas bocas em um beijo faminto. Sua língua invadindo minha boca e envolvendo a minha língua de uma maneira libidinosa. Provocando o céu da minha boca e me tirando o fôlego do pulmões.Passeio minha mão pelo seu cabelo, puxando com força os fios e entregando tudo de mim naquele beijo, naqueles lábios que ansiava tanto quando estava beijando Matteo. Deixo que minha mente dissipe os problemas a cada centímetro de zíper que Luigi abre do meu vestido. Quando o zíper chega ao seu fim, ele delicadamente vai descendo o vestido, liberando meus braços e meus seios.Desço da mesa com a sua ajuda, não me importa
- Não ganho nem um beijinho de boa noite por ter aceitado de bom grado você me abandonar? - Luigi brinca quando chegamos na porta do meu quarto. Ele veio o caminho todo para a mansão, investindo para que eu deixasse que ele me beijasse e eu já havia cedido em todos os seus pedidos anteriores.Dessa vez, faço doce até ele me roubar um beijo e eu não resistir ao correspondê-lo.- Quero possuir você na minha cama uma última vez, posso? - ele pergunta antes de levar suas mãos até o zíper do meu vestido e o puxando para baixo até que ficasse caído na entrada do quarto enquanto me direcionava para a cama.Ele não precisava de uma resposta para uma pergunta tão óbvia.Deixo que Luigi retire todas nossas roupas e aguardo ansiosa pelo próximo round e pelo próximo e pelo que virá depois.A
- O que ainda está fazendo aí sentada? - ela diz forçando um tom doce e inocente - temos que ir, eles estão esperando ansiosos para que o espetáculo comece. Tenho certeza que seu noivo e seu amante estão te esperando para o seu show, Carolina - seu tom naturalmente irritante volta e ela me ameaça colocando a arma na minha cabeça.Eu já tinha perdido a esperança, tudo o que eu queria era salvar o meu bebê, ele não tinha culpa de nada. E mesmo que eu leve um tiro na testa, tenho esperanças que os médicos consigam fazer uma cesariana e salvar ele. Mas para isso eu precisava que alguém aparecesse, alguém, qualquer pessoa!- Por que está fazendo isso, Raquel? - pergunto na intenção de ganhar tempo para, talvez, Luigi ou Matteo ou algum dos seguranças da mansão aparecesse e me salvasse - você n&ati
- Isso Matteo, conte a verdade já que essa covarde chorona não teve coragem de dizer que vocês são amantes - Raquel colocava mais lenha na fogueira enquanto eu chorava ao assistir aquela cena.- Eu menti para você, Luigi, mas Carolina e eu não somos amantes e aquele beijo foi culpa minha! Eu beijei ela á força - Matteo dizia para Luigi e o meu italiano gato avança na direção dele, lhe dandos golpes no rosto e no corpo entretanto o loiro do banheiro não levantava um dedo para se defender.Foi preciso Raquel pedir que os seus capangas interromperem a briga unilateral para que, como ela mesma falou, o show continuasse.A dor na minha barriga é tão intensa que não consigo mais ficar de pé, meus joelhos são os primeiros á ceder e encontrar o chão, logo minha bunda também.Matte
- Você quer um motivo? - um som de tiro ecoa pela sala roubando a atenção de todos no cômodo, me viro e encontro Holga parada na sala de jantar com um revólver apontado para Raquel - eu te dou um: Lúcia, se lembra da mulher que você assassinou?- Quem é essa garota? - Raquel debocha e aponta a arma para Holga. A garota não se intimida e segue se aproximando, com a arma mirando na loira azeda.- Holga, por favor, não se meta nessa confusão, você é jovem demais... - Luigi tenta proteger a garota porém ela rapidamente o responde.- E eu era jovem demais quando vi a minha mãe ser assassinada por essa vagabunda - Holga se volta para Raquel - se lembra quando matou uma pessoa inocente? Você não me viu porque eu estava escondida mas eu vi a sua cara, vi quando você atirou na minha mãe.
Meus ouvidos sangram quando a ouço gemendo seu nome, entro novamente para dentro do quarto, verificando os gêmeos que dormem profundamente antes de voltar para a sacada e ter a brilhante ideia de pular. Não sei o que me deu, talvez fosse o ciúmes assumindo meu corpo e pulando de uma sacada para outra. Agora eu entendia, a imprudência da Carolina ficar pulando por sacadas.Arriscar a própria vida para... não sei ao certo o que faria, se mataria Matteo, se arrastaria a Carolina para longe dele, se interromperia... céus! Nem ao menos conseguia olhar para dentro do quarto, me mantive paralisado olhando a área verde que rodeava o hotel e ouvindo os gemidos suplicantes dela. Merecia aquela tortura.Entretanto, subitamente me virei, o ciúme havia tomado todo meu corpo quando entrei sorrateiramente para dentro do quarto. O punho cerrado aliviou, a tensão nas minhas sobrancelhas franzida também tinham aliviado e me encontrei perdido diante da donna della mia vita deitada nua sobre a cama, sozi
Atravessando o restaurante, observo o grande movimento de pessoas assumindo suas mesas, a maioria casais. Todo o lugar possuía uma baixa iluminação, com pontos estratégicos de luzes e luminárias amarelas que deixavam um ar romântico e aconchegante.Gostaria de convidar Carolina para jantar comigo uma noite, porém tendo Matteo a tiracolo, seria difícil de concretizar-se.O bar se encontrava no final do restaurante, andando em sua direção, noto a bela vista para a piscina do hotel e parte da fachada. Matteo estava sentado sozinho com uma garrafa de Johnnie Walker em cima do balcão. Puxo uma banqueta e peço um copo ao barman, não refiro nenhuma palavra ao loiro meio bêbado do meu lado.Não tinha muito o que dizer, era questão de tempo para Matteo se dar por vencido e começar a enxergar a realidade posta diante dos seus olhos. Carolina me ama e mesmo que tente esquecer, mesmo que use Matteo para tapar minha ausência, não irá conseguir fingir por muito mais tempo. Durante essas semanas que
Espreitando, observei-os durante todo o dia na empresa. Ouvi as fofocas dos funcionários, mesmo que não estivesse escutando atrás da porta ou passando casualmente pelo corredor, elas sempre me encontravam e esgotavam minha paciência.Alguns funcionários diziam que Carolina tinha um ótimo gosto para italianos, ignorei a parte que nos compararam á sapatos. Outros diziam que Matteo era um homem incrível por não sentir ciúmes do ex da sua noiva e por tratar tão bem os filhos dela. Na minha opinião, Matteo está se esforçando demais para gostar dos meus filhos, para quem nunca tinha a palavra "família" no vocabulário pessoal e que até chegava a sentir crise alérgica caso fosse mencionado "relacionamento" junto ao seu nome na mesma frase, ele estava sendo um padrasto quase perfeito. Pura enganação.E quando achei que os burburinhos não poderiam piorar... eles me pintaram como um ex escroto que queria arruinar a vida da Carolina e roubar seus filhos, que tambem são meus. Se eles ao mínimo sou
Eu estava mancando, MANCANDO! Quando sair de dentro da sala de reunião, no período da tarde de ontem. Minha real intenção quando voltei á empresa, era me desculpar com Cassandra e implorar para que ela não me demitisse após o barraco que a minha mãe fez. Porém apareceu Luigi e me fodeu. Literalmente.- Bom dia, Ita - saúdo Ítalo quando o vejo passando perto da minha mesa, ele olha para mim entortando a boca e passando direto.- Ele ficou mesmo chateado - digo, chamando a atenção de Melissa, que trabalhava em sua mesa do meu lado esquerdo. Por termos o mesmo cargo na empresa, teríamos que nos dar bem de um jeito ou de outro, praticamente ficaríamos juntas todos os dias em que trabalhar na Montero. Mas para minha sorte, a conversa que a ex-megera deve ter tido com sua puxa-saco fez efeito e Melissa estava sendo legal, da maneira dela.- Óbvio que Ita ficou chateado, você escondeu uma fofoca dele - girando a cadeira, Melissa vem até mim segurando minhas bochechas com as duas mãos - aceit
-Luigi, não posso... - gemo manhosa com sua boca em meu pescoço, suas mãos me pressionaram mais firmes contra a porta, não sei se resistiria a ele - não posso fazer isso com Matteo, vamos nos casar em...- Em onze malditos dias, eu sei bem disso, Carolina - mordiscou minha orelha, sussurrando - estou contando os dias para te comer em sua despedida de solteira - sua mão sobe mais o tecido do vestido, os dedos enroscando na calcinha e abaixando-a devagar. Deslizando a peça, se ajoelhando para retirá-la do domínios das minhas pernas e guardando dentro do terno, voltando a beijar minha boca - e te roubar no altar e do Matteo no dia do casamento.- Não pode - empurro-o um pouco para mostrar a aliança em minha mão. E o italiano simplesmente segurou-a, chupando meu dedo anelar, retirando a aliança com os dentes e cuspindo-a no chão. Meu corpo se incendiou todo quando me puxou com urgência para seu colo, me erguendo do chão e me levando para cima da mesa retangular no centro da sala - Luigi,
- Obrigado por me defender - sou o primeiro a dizer alguma coisa depois de Cassandra expulsar todos da sala e fechar a porta. Fiquei surpreso dela revelar o segredo que sou seu filho, achei que preferia me esconder assim como escondeu sua real identidade, pintando dourado por cima como fez com seu cabelo. - Sempre vou te defender, mesmo que de longe - Cassandra sorri com uma tristeza contida no olhar quando passou por mim e apertou meu ombro - seria capaz de tudo por você - sua mão acaria meu cabelo uma vez e vai embora. Sinto que não deveria ser tão duro, que tem algo nublado minha visão para a verdade, mas não posso ignorar tudo o que passei com seu abandono. Era cruel e injusto comigo mesmo inocentá-la.Quando estou prestes a sair da sala de reunião, passa um grupo de pessoas fofocando sobre a Amélia e não consigo resistir ao ficar quieto para ouvir atras da porta. As pessoas que trabalham com ela, deveriam ter uma visão diferente da mulher que havia se tornado após anos, mas pe
Entro apressada na sala de reunião, pedindo desculpas pelo atraso e recebendo um olhar reprovador de Cassandra. Melissa pelo contrário, arrasta uma cadeira do seu lado para eu me sentar, entregando um breve resumo escrito do que tinham sido discutido na reunião marcada pela equipe de relações públicas.O que pude entender pelo decorrer da situação, a equipe que acionou essa reunião de emergência queria avisar que teríamos de fazer uma entrevista para o esclarecimento de um "mal entendido".Era de se esperar que isso acontecesse novamente. Ano passado, quando trabalhava de assistente geral (escrava), o Sr. Russo fez a mesma coisa, se envolveu em um escândalo e a Montero teve que apaziguar. Não somos a agência que cuida da sua imagem, mas fizemos um trabalho árduo para limpar sua reputação depois que ele agrediu um funcionário de um hotel. Deus que nos perdoe, esculpimos uma imagem terrível da vítima que sofreu o abuso, fizemos parecer que o pobre garçom havia incitado a agressão com pa
- Finalmente sexta à noite - desabo no sofá como um saco de batata amassado e acabado, que caiu do caminhão e foi jogado na primeira caçamba de lixo que encontraram. Mas graças ao meu bom Deus, os gêmeos dormiam como anjinhos. Puro milagre, mas acho que a presença de Luigi deve ter ajudado. Não fiquei chateada de saber que ele subornou a minha babá para passar um tempo com os próprios filhos, isso era bom para ele e para o meu sono.Era incrível como ele colocava os gêmeos pra dormir facilmente, como se tivesse dramim nas mãos.De início fiquei preocupada pois não o tinha visto na empresa e até pensei que tinha desistido de tudo após as boladas que a minha mãe deu nele. Ao menos fizeram Luigi refletir e me deixar em paz no trabalho por um dia e finalmente passar um dia com os gêmeos.Me levanto, arrastando-me pelo escuro até a bancada da cozinha onde se encontravam mais fatias de bolo de casamento pra degustar e me preparo, pegando meus airpods e dando o play em The Bakery da Melanie
Deixo o carro no estacionamento, na frente da confeitaria e checo o look uma última vez no retrovisor, grata por ter passado no hotel e vestindo uma roupa limpa e apresentável. Adentrando o estabelecimento, Camille me aguardava, ela acertava algo com uma funcionária atrás da vitrine de doces finos, antes de deixá-la e ir ao meu encontro.Meus olhos brilharam e a boca salivou apenas de verificar alguns docinhos do balcão, quase não prestei muita atenção na sua explicação. Camille me levou a fundo da confeitaria, mas precisamente uma área específica para degustação. O local, nada mais era do que um jardim mediterrâneo com mesas, cadeiras e sofás. As tonalidades diferentes de rosas ornavam com todos móveis brancos e com o jardim, deixando tudo aconchegante. Sem mencionar o cheirinho de bolo assando no ar, sem dúvidas valeu a pena dirigir por uma hora.Acabo preferindo me sentar numa mesa retangular, onde cabia todas as fatias enormes de bolos que teria de provar. Eu estaria sendo desele