- Eu sou sua e somente sua - me inclino para frente para continuar dizendo baixinho no seu ouvido - e isso não é nenhuma mentira. Sempre vou ser sua e de mais ninguém...
Luigi não perde tempo em me puxar para unir nossas bocas em um beijo faminto. Sua língua invadindo minha boca e envolvendo a minha língua de uma maneira libidinosa. Provocando o céu da minha boca e me tirando o fôlego do pulmões.
Passeio minha mão pelo seu cabelo, puxando com força os fios e entregando tudo de mim naquele beijo, naqueles lábios que ansiava tanto quando estava beijando Matteo. Deixo que minha mente dissipe os problemas a cada centímetro de zíper que Luigi abre do meu vestido. Quando o zíper chega ao seu fim, ele delicadamente vai descendo o vestido, liberando meus braços e meus seios.
Desço da mesa com a sua ajuda, não me importa
- Não ganho nem um beijinho de boa noite por ter aceitado de bom grado você me abandonar? - Luigi brinca quando chegamos na porta do meu quarto. Ele veio o caminho todo para a mansão, investindo para que eu deixasse que ele me beijasse e eu já havia cedido em todos os seus pedidos anteriores.Dessa vez, faço doce até ele me roubar um beijo e eu não resistir ao correspondê-lo.- Quero possuir você na minha cama uma última vez, posso? - ele pergunta antes de levar suas mãos até o zíper do meu vestido e o puxando para baixo até que ficasse caído na entrada do quarto enquanto me direcionava para a cama.Ele não precisava de uma resposta para uma pergunta tão óbvia.Deixo que Luigi retire todas nossas roupas e aguardo ansiosa pelo próximo round e pelo próximo e pelo que virá depois.A
- O que ainda está fazendo aí sentada? - ela diz forçando um tom doce e inocente - temos que ir, eles estão esperando ansiosos para que o espetáculo comece. Tenho certeza que seu noivo e seu amante estão te esperando para o seu show, Carolina - seu tom naturalmente irritante volta e ela me ameaça colocando a arma na minha cabeça.Eu já tinha perdido a esperança, tudo o que eu queria era salvar o meu bebê, ele não tinha culpa de nada. E mesmo que eu leve um tiro na testa, tenho esperanças que os médicos consigam fazer uma cesariana e salvar ele. Mas para isso eu precisava que alguém aparecesse, alguém, qualquer pessoa!- Por que está fazendo isso, Raquel? - pergunto na intenção de ganhar tempo para, talvez, Luigi ou Matteo ou algum dos seguranças da mansão aparecesse e me salvasse - você n&ati
- Isso Matteo, conte a verdade já que essa covarde chorona não teve coragem de dizer que vocês são amantes - Raquel colocava mais lenha na fogueira enquanto eu chorava ao assistir aquela cena.- Eu menti para você, Luigi, mas Carolina e eu não somos amantes e aquele beijo foi culpa minha! Eu beijei ela á força - Matteo dizia para Luigi e o meu italiano gato avança na direção dele, lhe dandos golpes no rosto e no corpo entretanto o loiro do banheiro não levantava um dedo para se defender.Foi preciso Raquel pedir que os seus capangas interromperem a briga unilateral para que, como ela mesma falou, o show continuasse.A dor na minha barriga é tão intensa que não consigo mais ficar de pé, meus joelhos são os primeiros á ceder e encontrar o chão, logo minha bunda também.Matte
- Você quer um motivo? - um som de tiro ecoa pela sala roubando a atenção de todos no cômodo, me viro e encontro Holga parada na sala de jantar com um revólver apontado para Raquel - eu te dou um: Lúcia, se lembra da mulher que você assassinou?- Quem é essa garota? - Raquel debocha e aponta a arma para Holga. A garota não se intimida e segue se aproximando, com a arma mirando na loira azeda.- Holga, por favor, não se meta nessa confusão, você é jovem demais... - Luigi tenta proteger a garota porém ela rapidamente o responde.- E eu era jovem demais quando vi a minha mãe ser assassinada por essa vagabunda - Holga se volta para Raquel - se lembra quando matou uma pessoa inocente? Você não me viu porque eu estava escondida mas eu vi a sua cara, vi quando você atirou na minha mãe.
- Mari, cuide bem da Carolina, você sabe como ela é meio estabanada e desastrada - tia Maria, mãe de Carolina, praticamente me faz prometer que vou ficar do lado da Carolina para ela não fazer nada que coloque o bebê em risco.Inclusive, ela me disse para esconder os fones de ouvido e as caixas de som da minha amiga porque, segundo tia Maria, Carolina estava colocando músicas da Rihanna para o bebê ouvir dentro da barriga.Somente a doida da Carolina para colocar esse tipo de música para um bebe dentro da barriga ouvir.Após nos despedirmos com um longo abraço, tia Maria, Roberto e Sabrina embarcam no jatinho particular que Luigi emprestou e voam de volta para o Brasil. Assim como prometi á Carolina e planejei, irei ficar alguns dias em Roma para descansar desse corre-corre que está a minha vida ultimamente.- Vamos, tenho
- Cassandra, o que está fazendo aqui?! - não me dou conta da altura da minha voz até minha chefe colocar a mão na minha boca e me arrastar para dentro do curto túnel, onde ficava a passagem que encontrei.- Shhh... - ela me olha feio e quando digo que não vou gritar, Cassandra vai até onde o homem ficou caído no chão e pega o rádio que estava ligado e um dos homens que deveria trabalhar com ele falava algo em italiano que eu não conseguia entender.Cassandra responde em italiano imitando uma voz grossa e desligando o rádio, se voltando para mim ela ataca - o que você está fazendo aqui? Não estava trabalhando? - seus olhos estreitam.- Sim, na verdade estou trabalhando ainda - minto um pouco - o Marco Almeida era namorado da Carolina e tentou fugir com ela, mas conseguimos impedir o plano dele e Matteo conseguiu que a Interpol
- O caso da Carolina é grave - o médico anuncia e a tensão no corredor se tornar palpável - houve um deslocamento da placenta. Conversei com a médica dela, a Dra.Ellen, e não tem possibilidade da Carolina parir o bebê, ela ainda não completou nem a vigésima semana de gravidez e não é recomendável. O sangramento ainda não parou e temo que isso possa levar um dos dois á óbito.Assim que o médico diz aquelas palavras, sinto meu coração se afundar na caixa torácica. Não era possível que algo tão ruim possa acontecer com a minha amiga, tudo bem que no início ela nem queria ficar grávida porém quando o tempo passou e a barriga cresceu, ela desenvolveu um sentimento materno forte pelo bebê. Seria tão injusto tirar das suas mãos a benção de dar a luz á um fil
Acordo com a voz alta da megera da Cassandra, ela tinha entrado no quarto de Matteo e estava nos encarando desconfiada com um sobrancelha no alto. Passa dois segundos para eu acordar e me deparar com a situação embaraçosa e comprometedora em que Matteo e eu estávamos.O italiano tinha praticamente me obrigado a me deitar do seu lado na cama quando me pegou cochichando na cadeira de plástico que ficava no canto do quarto. Agora sob o olhar acusatório de Cassandra, pareceu uma péssima ideia ter aceitado sua proposta de dividia a cama. E se o médico ou a enfermeira entrasse no quarto e nos flagrasse? Que vergonha!- O que aconteceu? - pergunto saindo imediatamente da cama de hospital que dividi antes para um soneca com Matteo e Cassandra olha demoradamente para Matteo, se assegurando que ele ainda estava dormindo para me contar o motivo de estar aqui - Carolina piorou? Aconteceu alguma coi
- Eu juro! - bato meu pé no chão como um tique nervoso e devoro mais uma unha, o que deixa meu italiano preocupado. Ele estica o braço e relutante seguro sua mão, deixando que me leve para seu colo. Afasto um pensamento impuro quando sento-me na sua coxa torneada e acumulo minha mente novamente com teorias.Resultou que passei o dia com os gêmeos e cuidando de Luigi, desisti imediatamente do tuor com Mari quando encostei na testa do meu italiano gato e percebi que ardia em febre. E mesmo contrariado, chamou um médico para me tranquilizar e comprovar que se tratava de uma simples exaustão. Tenho uma parcela de culpa no seu diagnóstico, talvez a brincadeira com a camisa da união tenha lhe causado desgaste e somando a péssima viagem que tivemos com o loiro do banheiro me provocando, piorou seu estado. Admito que se tivesse fechado minha boca, não teria entrado numa discussão de horas com Matteo. Acabei vencendo-o pelo cansaço, é aquela coisa: entre a paz e a razão, talvez sua paz esteja
A surpresa que Luigi tinha prometido a Carolina, na realidade era um convite para um brunch na casa da Nonna. Organizado pela sua irmã, Giulia. Tinha me perguntado mentalmente como conseguira conciliar o trabalho e a organização do brunch tendo um bebê em casa. Mas Luigi logo me tirou a dúvida quando comentou sobre a babá que a irmã contratou. Não sei o porquê presumir que ela fosse ciumenta, acho que Luigi deixa essa impressão sobre todos os Benacci.Pondo meu pé direito para fora do jatinho, agradeço primeiramente aos meus fones de ouvido que me proporcionaram uma viagem tranquila, as ombreiras por me darem o conforto necessário para aguentar a viagem longa e principalmente as pílulas milagrosas que me apagaram por tempo suficiente para não vivenciar o puro caos que foi dentro do jatinho.- Como foi a viagem? - pergunto enquanto seguro a pequenina adormecida nos braços, Luigi me lança um olhar cansado, balançava o pequenino nos braços para fazê-lo adormecer também.- Eles estavam nu
- Posso perguntar, aonde vocês se conheceram? - Tia Maria pergunta, fazendo que vários olhares se aculmulassem divididos entre Matteo e eu. A história continha dois lados, o que a fazia um pouco longa. Ganhando uma autorização para ser o primeiro, inicio contando de relance sobre a minha vida noturna agitada. Oculto partes que envolvem a minha amizade e o início do meu relacionamento com Bárbara, não seria relevante.- Na noite em que conheci Matteo, estava numa boate em Tokyo para me divertir. Eu tinha costume de ignorar as regras feitas pelo meu pai sobre festas e minha segurança. Em minha mentalidade juvenil, ser uma figura pública auxiliaria minha segurança. Quanto mais famoso menos chances de sofrer algum atentado, simplesmente não era um pensamento coerente - não entro em muitos detalhes para não assustar minha sogra e nem menciono que encontrei Matteo após ficar com Bárbara - então, chegado o ponto alto da festa, me afastei para o terraço do prédio em busca de solitude. Não ti
Retiro o que disse sobre esse almoço ser longo e divertido. Agora tinha virado letárgico e torturante. Me sinto como um dos convidados do filme "O menu", onde a tia Maria era o chef maluco que torturava os convidados, no caso Luigi e eu. O almoço estava as mil maravilhas, Luigi agarrado à Carolina como adolescentes apaixonados e eu com minha mão se deliciando da pele macia e arrepiada da minha... ainda não tinha dado um rótulo para Mariana. Tenho que resolver isso o quanto antes.Mas o quero dizer é que eu estava feliz no meu lugar, estava satisfeito onde minha mão pousava e agora não estava mais nada disso. De um momento para outro minha calmaria tinha sido escanteada e morta pela cruel tia Maria. Conseguia até imaginá-la apontando o revólver para o meu conforto e atirando sem pestanejar, dizendo: não sou sua tia.E não estou exagerando, porque sinto o quão tenso e desconfortável está o italiano ao meu lado, ou pior dizendo, dentro da mesma camisa que eu. Sim. Uma maldita camisa imen
- O mesmo que você, pelo visto - respondo para Luigi, que mantinha a cara amarrada.Me atento às pistas praticamente esfregadas em minha cara. Deveria ter suspeitado desde o início do convite da mãe da Carolina. Tia Maria nunca tinha posto confiança em mim e no meu plano, sempre mantivera uma opinião escancarada e um pé atrás. Aceitou a contragosto quando eu a chamava de tia Maria. A senhora não tinha mesmo ido com a minha cara.- Que maravilha, finalmente chegaram! - tia Maria adentra a sala com um avental pendurado no ombro e um sorriso largo de recepção. Desde que chegamos, fomos avisados que a cozinha estava restrita por tempo indeterminado. Roberto havia dito algo sobre sua companheira ser possessiva com sua cozinha em dias especiais. Ela era a chefe da noite e pelo aroma delicioso que invadia a sala de visitas, não quero correr o risco de ser expulso do almoço sem antes provar uma colherada do que estava assando no forno.- Demoramos um pouco porque alguém... - o tom de Luigi t
- Um bom filho a casa retorna - ofereço o dedo do meio como resposta para Will sentado na calçada da rua. Tinha as mãos e parte da roupa de mendigo sujas de terra. Seria muito errado da minha parte perguntar se alguém jogou algumas moedas enquanto cuidava das plantas? Aliás, nunca tinha notado antes os vasos com plantas na frente da casa de Mari e nunca iria notar, porque estavam quase mortas e camufladas na fachada com tinta descascando.- Ótimo que chegou - Mari abre a porta e percebendo minha mala do meu lado, ela entra rapidamente e sai com um rolo de pintura na mão para me entregar.- Você quer que eu pinte a casa?- Não a casa, a fachada - responde com um sorriso.- Agora?- Agora - ela continua sorrindo e retira de trás das costas um balde com tinta branca, pousando do lado oposto da minha mala. E como se não fosse trabalho suficiente, aponta para o candelabro de parede acima da porta, era um daqueles antigos estilo pescoço de ganso americano - e pode trocar a lâmpada?- Esse
Deveria ter sido mais rápido, deveria tê-la agarrado pelos pulsos e a impedido de entrar no carro com Matteo. Acaso não estaria corroendo de ansiedade na frente da porta do quarto deles. Fico um pouco tranquilo de saber que os gêmeos estão com a mãe da Carolina e não que estão suscetíveis à briga dos dois.Garanto que arrombo a porta se ouvir um "ai" dela ou algo se quebrando. Matteo poderia ser perigoso, porém nunca fora violento com mulheres. Outrora, brincava dizendo que se a polícia ou o FBI fossem espertos, mandavam uma mulher que conseguiriam arrancar qualquer confissão dele na cama. A verdade era que Matteo nunca faria mal á alguma mulher, porém quero acreditar que sua natureza continue a mesma em relação á Carolina. Pelo próprio bem dele.Enquanto a discussão dos dois acontecem, uma música alta se sobressai. Olho para a porta do quarto ao lado, impressioando pela discrepância do contraste. Enquanto os dois acabam o noivado num lado, outro casal faz uma festinha particular no o
- Eu nunca mais quero te ver, nem pintada de ouro, Carolina. Você e Luigi se merecem! - o loiro do banheiro simula bater a porta do quarto, igualmente como fez na porta do provador no Ateliê da Sra. Lafaiete e eu o aplaudo, enxugando uma lágrima imaginária.- Sem dúvidas, cinema! - deixo os aplausos de lado, erguendo a taça de champanhe e ficando de pé em cima da cama e a usando como palco - ladies and gentlemen, indicado ao Globo de Ouro, com indicação de melhor ator coadjuvante e melhor atuação em novela dramática sobre máfia... - o loiro tamborilou os indicadores no carrinho do serviço de quarto repleto de aperitivos - Matteo Donato! - Grazie, grazie! - o loiro do banheiro reverenciava o público inexistente na suíte, sorrindo exagerado enquanto subia em cima da cama. E como uma imitação das premiações normais, retiro o champanhe do balde metálico repleto de gelo e lhe entrego, na ausência de um troféu. Matteo segura-o pelo gargalo, erguendo como se fosse um ator de verdade que est
Não sou nenhum Chico Moedas, mas eu tentei... Tentei o máximo esconder minha preocupação da minha mãe durante o jantar, ri das piadas sem graça de Roberto para disfarçar e nem o chamava mais de encostado. Porém mãe é mãe, elas sabem quando você está escondendo algo. Se algo não lhe é revelado em sonho, elas te olham no fundo dos olhos e identificam o problema em questão de segundos. O tipo de habilidade que almejo ter quando os gêmeos crescerem.Filhos de quem são, não devem permanecer na fase de anjinhos calminhos por muito tempo. Espero estar munida por Luigi quando a fase trelosa iniciar ou senão enlouquecerei.E pela primeira vez na vida, algo inédito acontece, minha mãe não faz perguntas e nem presume nada quando aviso que os gêmeos dormiriam com ela essa noite. Agradeço por ela me dar folga, eu estava muito ansiosa para ouvir a resposta de Giulia e não gostaria de me preocupar em medir palavras ao avisá-la do possível vício de Luigi.Entro dentro do carro, que o loiro do banheir