Quando cheguei no fim do corredor, perto da porta do banheiro, vi Liliane caída no chão, sendo empurrada e xingada por alguns meninos. Ela chorava descontrolada. No meio disso, Paulo estava lá, com uma expressão de raiva, ameaçou com uma voz de maldade:— Já falei pra você parar de chamar qualquer um de papai. Hoje vou te ensinar uma lição!Mal terminou de falar, deu um chute forte na barriga de Liliane. Ela gritou, o corpo se sacudiu com a dor, tentando se afastar, mas foi segurada por outro garoto atrás de Paulo.— Filho de amante merece apanhar! — Disse o primeiro garoto, rindo de forma cruel.— Minha mãe sempre diz que gente como você deveria ter morrido logo depois de nascer! — Completou outro, com um sorriso de desprezo.Liliane, com todas as forças que ainda tinha, levantou as mãos para se defender e gritou, ofegante, entre os soluços:— Mentira! Bruno é meu pai! Papai, mamãe, me ajudem! Estou com muita dor! Onde vocês estão?A raiva que senti foi como um raio. Quando vi aquilo,
Bruno me olhou com uma mistura de incredulidade e raiva. Ele parecia completamente desconcertado, e a irritação dele estava evidente.Eu me ergui lentamente, ainda sentindo a dor que se espalhava por meu corpo. Mas meu sorriso, embora gelado, era firme, como se nenhuma dor pudesse abalar minha decisão interior.A situação, claramente, estava saindo de controle. A diretora do jardim de infância correu até nós, com o rosto tenso e uma expressão de quem já sabia que a coisa estava prestes a ficar feia. — Sra. Cibele, não faça isso. Peça desculpas imediatamente ao Sr. Bruno e à Sra. Carvalho. Você sabe que o Grupo Montemor não é alguém com quem possamos brigar.Eu balancei a cabeça, sem tirar os olhos de Bruno. A diretora, vendo que suas palavras não estavam surtindo efeito, suspirou pesadamente. — Eu entendo sua posição, mas a realidade é outra, Sra. Cibele. Não estamos lidando com um simples mal-entendido. A força deles vai além do que você pode imaginar.Enquanto ela falava, alguns ho
— Deixa eu me apresentar corretamente. Sou a mãe da Liliane e presidente do Grupo Montemor. — Olhei para o retor com um olhar frio, até que meus olhos se fixaram em Bruno. Minha voz saiu cortante, sem rodeios. — E ele... Bem, é só um pobrezinho que depende de mim.Peguei o certificado de casamento das mãos de Heitor e o levantei para que todos vissem. Sem hesitar, joguei o documento no chão com força. O som do papel estalando ecoou pelo local.O efeito foi imediato. O rosto de Bruno empalideceu e um pequeno tremor passou por seus olhos. Mas aquilo, na verdade, era só o começo.O ambiente ficou pesado, como se o ar tivesse ficado mais denso. A surpresa estava estampada no rosto de todos. Alguns pais mais rápidos já estavam com os celulares na mão, registrando o momento. A câmera se focou no certificado estilhaçado no chão, enquanto a lente capturava cada detalhe.— Galera, isso aqui é uma reviravolta! — Gritou um influenciador, empolgado. — Olhem só! Essa é a verdadeira história da aman
Bruno passou a mão pelo rosto, soltando uma risada baixa e fria. Seus olhos se fixaram em mim, penetrantes como gelo.— Então você já sabe de tudo, e daí? Não muda nada. Estamos casados, mesmo que o divórcio aconteça, vou ficar com metade da sua fortuna. E mais... — Ele sorriu, com um ar de superioridade. — Durante todo o tempo em que você estava grávida e cuidando do bebê, eu já tomei total controle da parte de negócios da empresa. Eu poderia facilmente montar o meu próprio império.Eu sorri, mas o sorriso estava longe de ser amigável. Se não fosse pela minha autorização, como poderia ele, ou qualquer um dos seus subordinados, manipular os altos executivos e os alunos internacionais que me deviam lealdade? Na verdade, ele nunca passou de um peão na jogada. As verdadeiras decisões sempre partiram de mim, ele era apenas um rosto visível.Mas ele não pensava da mesma maneira.Eu fiz um sinal para Heitor, que entregou o acordo de divórcio a Bruno.— O que é isso?! — Bruno arregalou os olh
Após aquele dia, Liliane começou a melhorar fisicamente, e eu tomei uma decisão firme: levar à justiça todos os responsáveis por seu sofrimento. Apegando-a em meus braços, falei com suavidade: — Querida, a mamãe vai te proteger e fazer justiça por você.Ela, ainda tão pequena e sem entender tudo, se aconchegou em mim e, com sua voz doce e infantil, repetiu: — Mamãe, mamãe, mamãe.Ver aquele rostinho tão inocente me causou uma dor indescritível. No entanto, por mais que meu coração doesse, minha determinação se manteve inabalável. Aqueles que machucaram Liliane precisavam pagar por isso, sem exceções.Com o andamento dos processos, os pais dos agressores começaram a aparecer na minha porta, implorando por perdão. Alguns traziam seus filhos, e, enfurecidos, começavam a castigá-los diante de mim.— Eu mandei você machucar alguém? Eu ensinei isso a você? — Gritavam, enquanto batiam neles.— Sra. Cibele, já corrigimos nossos filhos! Por favor, tenha misericórdia. Nos perdoe! Se for preci
No Dia da Família do jardim de infância, Bruno, meu marido, disse que tinha um compromisso de trabalho e pediu para mim e Liliane, nossa filha, não participarmos. Contudo, ao ver Liliane triste, senti meu coração apertando. Decidi que levaria minha filha sozinha.Ao chegarmos lá, fui surpreendida por uma cena desconcertante. Bruno estava abraçado com um menino e de mãos dadas com Milena, sua amiga de infância. Eles pareciam uma família feliz, rindo e conversando de maneira tão natural que parecia um cenário perfeito.Porém, ao nos ver, Bruno reagiu de forma estranha, soltando a mão de Milena. Com um tom preocupado, tentou se justificar: — Cibele, não é o que você pensa. Milena está sozinha com o filho dela, e hoje é o aniversário dele. Eu só quis dar um pouco de paternidade para ele.Eu não disse nada imediatamente. Em vez disso, olhei para ele com um olhar frio, me abaixei e segurei a mão de Liliane. Com uma calma deliberada, falei: — Filha, diz oi para esse senhor....Milena perc
Após aquele dia, Liliane começou a melhorar fisicamente, e eu tomei uma decisão firme: levar à justiça todos os responsáveis por seu sofrimento. Apegando-a em meus braços, falei com suavidade: — Querida, a mamãe vai te proteger e fazer justiça por você.Ela, ainda tão pequena e sem entender tudo, se aconchegou em mim e, com sua voz doce e infantil, repetiu: — Mamãe, mamãe, mamãe.Ver aquele rostinho tão inocente me causou uma dor indescritível. No entanto, por mais que meu coração doesse, minha determinação se manteve inabalável. Aqueles que machucaram Liliane precisavam pagar por isso, sem exceções.Com o andamento dos processos, os pais dos agressores começaram a aparecer na minha porta, implorando por perdão. Alguns traziam seus filhos, e, enfurecidos, começavam a castigá-los diante de mim.— Eu mandei você machucar alguém? Eu ensinei isso a você? — Gritavam, enquanto batiam neles.— Sra. Cibele, já corrigimos nossos filhos! Por favor, tenha misericórdia. Nos perdoe! Se for preci
Bruno passou a mão pelo rosto, soltando uma risada baixa e fria. Seus olhos se fixaram em mim, penetrantes como gelo.— Então você já sabe de tudo, e daí? Não muda nada. Estamos casados, mesmo que o divórcio aconteça, vou ficar com metade da sua fortuna. E mais... — Ele sorriu, com um ar de superioridade. — Durante todo o tempo em que você estava grávida e cuidando do bebê, eu já tomei total controle da parte de negócios da empresa. Eu poderia facilmente montar o meu próprio império.Eu sorri, mas o sorriso estava longe de ser amigável. Se não fosse pela minha autorização, como poderia ele, ou qualquer um dos seus subordinados, manipular os altos executivos e os alunos internacionais que me deviam lealdade? Na verdade, ele nunca passou de um peão na jogada. As verdadeiras decisões sempre partiram de mim, ele era apenas um rosto visível.Mas ele não pensava da mesma maneira.Eu fiz um sinal para Heitor, que entregou o acordo de divórcio a Bruno.— O que é isso?! — Bruno arregalou os olh
— Deixa eu me apresentar corretamente. Sou a mãe da Liliane e presidente do Grupo Montemor. — Olhei para o retor com um olhar frio, até que meus olhos se fixaram em Bruno. Minha voz saiu cortante, sem rodeios. — E ele... Bem, é só um pobrezinho que depende de mim.Peguei o certificado de casamento das mãos de Heitor e o levantei para que todos vissem. Sem hesitar, joguei o documento no chão com força. O som do papel estalando ecoou pelo local.O efeito foi imediato. O rosto de Bruno empalideceu e um pequeno tremor passou por seus olhos. Mas aquilo, na verdade, era só o começo.O ambiente ficou pesado, como se o ar tivesse ficado mais denso. A surpresa estava estampada no rosto de todos. Alguns pais mais rápidos já estavam com os celulares na mão, registrando o momento. A câmera se focou no certificado estilhaçado no chão, enquanto a lente capturava cada detalhe.— Galera, isso aqui é uma reviravolta! — Gritou um influenciador, empolgado. — Olhem só! Essa é a verdadeira história da aman
Bruno me olhou com uma mistura de incredulidade e raiva. Ele parecia completamente desconcertado, e a irritação dele estava evidente.Eu me ergui lentamente, ainda sentindo a dor que se espalhava por meu corpo. Mas meu sorriso, embora gelado, era firme, como se nenhuma dor pudesse abalar minha decisão interior.A situação, claramente, estava saindo de controle. A diretora do jardim de infância correu até nós, com o rosto tenso e uma expressão de quem já sabia que a coisa estava prestes a ficar feia. — Sra. Cibele, não faça isso. Peça desculpas imediatamente ao Sr. Bruno e à Sra. Carvalho. Você sabe que o Grupo Montemor não é alguém com quem possamos brigar.Eu balancei a cabeça, sem tirar os olhos de Bruno. A diretora, vendo que suas palavras não estavam surtindo efeito, suspirou pesadamente. — Eu entendo sua posição, mas a realidade é outra, Sra. Cibele. Não estamos lidando com um simples mal-entendido. A força deles vai além do que você pode imaginar.Enquanto ela falava, alguns ho
Quando cheguei no fim do corredor, perto da porta do banheiro, vi Liliane caída no chão, sendo empurrada e xingada por alguns meninos. Ela chorava descontrolada. No meio disso, Paulo estava lá, com uma expressão de raiva, ameaçou com uma voz de maldade:— Já falei pra você parar de chamar qualquer um de papai. Hoje vou te ensinar uma lição!Mal terminou de falar, deu um chute forte na barriga de Liliane. Ela gritou, o corpo se sacudiu com a dor, tentando se afastar, mas foi segurada por outro garoto atrás de Paulo.— Filho de amante merece apanhar! — Disse o primeiro garoto, rindo de forma cruel.— Minha mãe sempre diz que gente como você deveria ter morrido logo depois de nascer! — Completou outro, com um sorriso de desprezo.Liliane, com todas as forças que ainda tinha, levantou as mãos para se defender e gritou, ofegante, entre os soluços:— Mentira! Bruno é meu pai! Papai, mamãe, me ajudem! Estou com muita dor! Onde vocês estão?A raiva que senti foi como um raio. Quando vi aquilo,
Não demorou muito para que o evento do Dia da Família começasse no jardim de infância.As famílias se acomodaram nas mesas preparadas, e Liliane, com os olhos fixos em Bruno, que estava na fila da frente, levantou a cabecinha, com a expressão triste, e perguntou baixinho:— Mãe, por que o papai não vai se sentar com a gente?Não consegui evitar e apertei suavemente a carinha da minha filha. Ela ainda era tão pequena, não deveria ser envolvida nessas confusões. Sorri e, tentando acalmá-la, expliquei:— Porque a mamãe é super-heróina. E para ser justa, o papai foi ajudar as outras crianças.Nesse momento, a professora do jardim de infância anunciou a primeira atividade:— Agora vamos montar blocos! Quem terminar primeiro vai ganhar um prêmio: um LEGO de nave espacial!Os olhos de Liliane brilharam como estrelas, e ela apontou para o modelo da nave, toda empolgada.— Mãe, eu quero!Sorri e acenei com a cabeça. — Então vamos arrasar, minha filha!Com a areia da ampulheta já quase toda esc
No Dia da Família do jardim de infância, Bruno, meu marido, disse que tinha um compromisso de trabalho e pediu para mim e Liliane, nossa filha, não participarmos. Contudo, ao ver Liliane triste, senti meu coração apertando. Decidi que levaria minha filha sozinha.Ao chegarmos lá, fui surpreendida por uma cena desconcertante. Bruno estava abraçado com um menino e de mãos dadas com Milena, sua amiga de infância. Eles pareciam uma família feliz, rindo e conversando de maneira tão natural que parecia um cenário perfeito.Porém, ao nos ver, Bruno reagiu de forma estranha, soltando a mão de Milena. Com um tom preocupado, tentou se justificar: — Cibele, não é o que você pensa. Milena está sozinha com o filho dela, e hoje é o aniversário dele. Eu só quis dar um pouco de paternidade para ele.Eu não disse nada imediatamente. Em vez disso, olhei para ele com um olhar frio, me abaixei e segurei a mão de Liliane. Com uma calma deliberada, falei: — Filha, diz oi para esse senhor....Milena perc