- Eu vou levá-lo para a Aurora, ela vai cuidar dele. - Paulo disse, pensando em ajudar seu amigo.Mas João alertou:- Bruno está bêbado agora, falando besteiras. Se a Aurora ouvir o que ele disse, será ainda pior.Paulo respondeu:- É verdade... Então, vamos levá-lo de volta para a Villa.João concordou com a cabeça.Os três saíram do bar. João ajudou Bruno a entrar no carro de Paulo e, depois de dar algumas instruções, observou enquanto Paulo levava Bruno embora antes de ligar para um motorista para buscá-lo.No caminho de volta para a Villa, Bruno ocasionalmente murmurava algumas palavras. Às vezes, ele gritava: “Aurora, eu te amo, não me deixe”. Em outros momentos, ele gritava: “O que mais você quer de mim? Deixe eu te dizer, não sou dependente de você”.De qualquer forma, ele repetia as mesmas frases.Era uma batalha entre o amor e o seu orgulho, às vezes o amor prevalecia, outras vezes o orgulho.Mais de uma hora depois, o carro de Paulo chegou a Villa.Ele já havia ligado para Er
E o que aconteceu com Bruno depois disso?Bruno estava sonhando enquanto dormia embriagado.No sonho, ele estava discutindo intensamente com Aurora, gritando:“- Aurora, eu não sou dependente de você, posso te substituir a qualquer momento! Não seja ingrata diante das minhas bondades!”Aurora olhava friamente para ele no sonho e se virava para sair.“- Aurora! Você não pode me deixar! Você é minha! Eu não posso viver sem você!”Seu instinto o fez segurar ela e impedi-la de ir embora. Ele a puxou de volta, a abraçando com força, e depois abaixou a cabeça para beijá-la intensamente, pensando em ter mais momentos apaixonados com ela na cama...Houve um som de algo caindo na água.Enquanto Bruno estava intensamente envolvido com Aurora no sonho, ele se virou de repente e caiu da espreguiçadeira, mergulhando na piscina.A água gelada o engoliu instantaneamente.Seu sonho se despedaçou, e o fogo ardente que havia acendido também se apagou no momento em que ele caiu na piscina.Jesus!Que fri
O rosto de Bruno estava tão sombrio que não podia ser descrito.No entanto, ele não se atreveu a se aproximar novamente, com medo de levar uma surra da avó com a bengala. Ele ainda se lembrava das palavras irônicas que ela havia dito segundo atrás, e disse friamente:- Vovó, eu nunca disse que posso muito bem viver sem a Aurora.Como ele poderia ter dito algo assim? Ele era completamente dependente da Aurora! Ele não queria mais ninguém além dela!- Você tem certeza de que não disse? - Perguntou a avó.Bruno ficou momentaneamente sem palavras. Depois de um tempo, ele disse:- No sonho, eu acho que disse... Como a vovó sabe?Então ele não estava sonhando?Ele realmente discutiu tão intensamente com Aurora a ponto de dizer aquelas palavras, e ainda planejava forçá-la a ter momentos apaixonados com ele na cama?- Vovó, eu... Eu bebi um pouco. O que eu fiz com a Aurora depois de ficar bêbado? – Bruno perguntou com cautela.Ele temia o pior, se tivesse abusado de Aurora à força enquanto est
Isso significava que se ela não se encaixasse no círculo dele, eles iriam se divorciar e serem livres um do outro.O casamento realmente precisava ser entre pessoas de mesma classe social?Ele e sua família nunca desprezaram ela, então por que ela se submetia a tanta pressão e se importava com o que os outros diziam sobre ela?Ele disse que não havia diferenças entre eles, então não havia diferenças!Ele era quem decidia as coisas!- Se você não se lembra, então nada aconteceu. Ah, mas tem uma coisa que você disse a noite toda, “Aurora, eu não sou dependente de você... Aurora, posso muito bem viver sem você”. Você disse isso do fundo do coração? Quando amanhecer, vá dizer isso para a Aurora, não adianta gritar isso na nossa frente.Bruno abaixou o rosto bonito e disse amargamente:- Vovó, a Aurora disse muitas coisas para mim. Ela disse que não quer ser meu canário de estimação, ela quer ser uma mulher que caminha ao meu lado, que quer ter assuntos em comum conosco. Mas nós temos assun
Ao ver Paulo, os dois cães pararam de latir e abanaram o rabo para ele.Paulo costumava vir com frequência, fingindo procurar Roberto. Ele não sabia que a Sra. Iara pensava que ele estava interessado em Roberto, mas ele se tornou amigo dos dois cães.Roberto saiu para abrir a porta, perguntando:- Você não veio me procurar, né?Paulo sorriu:- Eu vim procurar sua irmã, não você.Roberto também riu:- Descobri apenas ontem que minha mãe pensava que você gostava de mim, ri pacas!- Eu também não esperava que a tia pensasse assim.- Quem mandou você dizer que veio me procurar sempre que vinha? Minha irmã ainda está se trocando lá em cima. Ela diz que não se importa se você vem ou não, mas na verdade, está escolhendo roupas no closet desde que acordou. Mulheres, elas são assim, não têm coerência entre o que falam e o que sentem.Paulo o repreendeu:- Não fale mal da sua irmã na minha frente.Roberto revirou os olhos e disse:- Já estão do mesmo lado tão rapidamente?- Roberto, o Paulo cheg
Paulo sorriu e disse:- Fique tranquila, tia, com certeza vou me esforçar!- Ouvi dizer que sua família é especialista em fofocas? - Perguntou o Sr. Willis.Paulo respondeu:- É... Bem especialista mesmo. Tio também gosta de fofocas?O Sr. Willis respondeu seriamente:- Já estou velho, para que vou fofocar? Mas, quando estiver entediado, você pode me contar, eu não vou contar para ninguém.Sra. Iara interrompeu o marido, dizendo:- Stella é exatamente como ele.Stella era animada, gostava de saber de fofocas, seguindo o temperamento do pai.E Paulo também era assim.Realmente, eles combinavam.Stella temia que, se não estivesse presente, seus pais falassem coisas embaraçosas sobre ela na frente de Paulo, por isso escolheu rapidamente uma roupa que não conseguiu decidir desde a manhã inteira.Apressadamente, ela trocou de roupa, pegou o celular e correu para descer as escadas.- Irmã, preste atenção na sua postura, o Paulo está lá embaixo. - Roberto lembrou sua irmã para não correr, par
Bruno, sem saber o quanto seu trabalho árduo estava afetando todos na empresa, depois de sete dias se acalmando, marcou um encontro com Aurora na suíte presidencial do Hotel Internacional da Cidade G, no último andar.Aurora trouxe Michel consigo.O pequeno estava com ela porque a irmã estava ocupada com a reforma de sua loja nos últimos dias e não tinha tempo para cuidar do Michel, então pediu a Aurora para ficar com ele.Vasco e seus colegas estavam esperando Aurora na entrada do hotel. Ao ver Aurora saindo do carro com Michel nos braços, Vasco se aproximou educadamente e a cumprimentou:- Sra. Alves.- Onde está o Sr. Alves?- O Sr. Alves está esperando a Sra. Alves no último andar. Por favor, venha conosco.Vasco e sua equipe acompanharam Aurora respeitosamente para dentro do hotel.Alguns minutos depois, ela entrou na suntuosa suíte presidencial com Michel nos braços.Bruno estava de costas para a porta, em pé próximo à janela, e dentro do quarto havia um forte cheiro de tabaco.B
Bruno organizou suas ações no Grupo Alves, o acordo de transferência de ações, bem como os certificados de propriedade de todos os seus bens pessoais, incluindo imóveis e lojas, tudo em uma pasta de arquivos para entregar a Aurora.- Mesmo se eu transferir as ações para você, você não precisa se preocupar com a administração da empresa. Vou continuar cuidando do Grupo Alves, e todo o dinheiro que eu ganhar será seu, estarei trabalhando para você. Quanto dinheiro você quiser ter, até se tornar a mulher mais rica do país, vou fazer o meu melhor para te ajudar a alcançar essa posição. Contanto que você esteja disposta e vá comigo fazer esses procedimentos, esses bens serão transferidos para o seu nome. Não vou deixar nada para mim. Todo mês, você pode me dar uma mesada. No começo, eu estava cauteloso e com medo de que você estivesse interessada apenas no meu dinheiro. Agora, estou voluntariamente dando todo o meu dinheiro para você, para provar minha confiança em você, e também para me de
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do