Aurora foi abrir a porta e, assim que a abriu, viu um tapa voando em direção a seu rosto.Com seus reflexos rápidos, ela segurou aquela mão no ar.Era Juliana.Juliana pensou que fosse Madalena quem estava abrindo a porta, então resolveu dar um tapa assim que a porta se abriu. Para sua surpresa, não era Madalena. Aurora era habilidosa em artes marciais e teve uma reação rápida, evitando o golpe.- É você? - Juliana reconheceu que era Aurora.- O que você está fazendo aqui? - Perguntou Aurora, jogando a mão de Juliana para longe com força e a fazendo dar alguns passos para trás, para evitar confrontos.- E onde está Madalena? Manda ela sair, ela está seduzindo meu marido!Após o expediente, Daulo saiu apressadamente da empresa sem se preocupar com ela. Juliana estava irritada porque a família Garcia tinha ido até a empresa procurar Daulo, o chamando de genro e cunhado, o que a deixou furiosa.Daulo e Madalena já estavam divorciados, mas essas pessoas ainda tinham coragem de chamar Daul
Quando Juliana falou aquelas palavras, ela sabia que não tinha argumentos sólidos, era pura bobagem.Ela estava apenas com raiva.Antes, Daulo costumava dizer que ver Madalena com todo aquele excesso de peso o deixava enjoado.Mas depois do divórcio, Daulo foi atrás de Madalena várias vezes, e Madalena estava realmente emagrecendo. Comparada ao momento do divórcio, ela já havia perdido mais de dez quilos em apenas dois meses. No entanto, para o padrão normal da sociedade atual, Madalena ainda era considerada bem gorda.Mas, para uma pessoa comum, ela apenas havia ganhado peso e ficado mais cheinha.Juliana acreditava que Daulo continuava procurando Madalena porque ela estava mais magra e parecia muito mais bonita do que no momento do divórcio.Madalena se aproximou.Ao ver Madalena, Juliana ficou furiosa e, com um olhar de ódio intenso, gritou:- Madalena, não tenho medo de você ter uma tia rica, não tenho medo de seu cunhado ser o Sr. Alves. Se você ousar seduzir meu marido, eu vou te
- Juliana, se você não acredita, pode voltar e questionar seu marido, por que veio questionar minha irmã? Foi seu marido que procurou minha irmã, não o contrário. Você precisa entender isso. - Aurora não pôde deixar de dizer a Juliana. - Se você não se sente segura, quando voltar, corte as pernas do seu marido para garantir que ele só possa ficar ao seu lado no futuro.- Madalena, se mude, vá embora daqui, vá para longe, não deixe minha sogra saber o seu endereço, assim Daulo não vai vir mais te procurar. – Disse Juliana.Ela ignorou o sarcasmo de Aurora, porque agora ela era a pessoa que mais invejava Aurora.Aurora não era tão bonita quanto ela, nem tão jovem, e ainda assim acabou se casando com o Sr. Alves.Realmente tinha uma sorte incrível.Juliana realmente não sabia o que o Sr. Alves tinha visto em Aurora.Não só Juliana pensava assim, muitas pessoas não entendiam como Aurora conseguiu conquistar o coração do Sr. Alves e se tornar a pessoa especial para ele.Madalena ainda não t
Aurora encerrou a chamada de vídeo.Bruno ficou bolado, Aurora nem mesmo deixava ele ver o Michel.Se ele soubesse, teria continuado a brincar com o Michel para que Aurora pudesse ouvir sua voz.Madalena olhou para sua irmã e não disse nada. Desde que Aurora voltou com ela, ela não fez nenhuma pergunta. Se a irmãzinha quisesse conversar, ela naturalmente iria tomar a iniciativa de falar.Ao ver o rosto de seu filho coberto de grãos de arroz, Madalena riu e o ajudou a limpar o rosto.Após a refeição, Aurora queria sair.Enquanto lavava a louça, Madalena perguntou.:- Onde você vai?- Estou me sentindo frustrada e sufocada. Vou sair para tomar um pouco de ar frio. Mana, posso pegar sua bicicleta elétrica emprestada?- Não vá muito longe, a carga da bateria pode não ser suficiente. Se você for longe demais, no meio do caminho pode ficar sem bateria e terá que empurrar a bicicleta para voltar a pé. Vista um casaco extra, porque o vento é muito forte quando se anda de bicicleta.- Entendi.
Aurora levou Michel para dar duas voltas nas proximidades e, por fim, o levou a um grande supermercado próximo, onde compraram muitas besteiras e uma caixa inteira de leite. Tia e sobrinho voltaram cheios de sacolas.Ao retornarem, estacionaram o carro em frente ao prédio onde Madalena estava morando.Aurora instintivamente olhou ao redor, mas não viu Bruno. Ela suspirou de alívio, mas suas emoções estavam complexas.- Michel, saia do carro primeiro. Tia Aurora vai empurrar a bicicleta até a garagem e trancá-la.Havia uma garagem comum no térreo, onde os moradores podiam estacionar seus veículos de duas rodas.Aurora pegou o sobrinho no colo, colocou os lanches comprados e a caixa de leite que estava debaixo da cadeirinha infantil, ao lado de Michel, no chão.O pequeno achou que todos esses itens eram para ele comer, então imediatamente se agachou ao lado da sacola de salgadinhos, esticou as duas mãos e segurou a sacola com uma mão, enquanto a outra ficou na caixa de leite, protegendo
O olhar insistente de Bruno se afastou de Aurora e ele seguiu silenciosamente sua cunhada para fora. Depois que Aurora pegou papel e caneta, ela escreveu palavras de desculpas no papel e deixou seu sobrenome e número de telefone, pedindo à proprietária da moto para entrar em contato com ela no dia seguinte, ela iria compensar os custos de reparo da moto dela. Depois de terminar a nota, Aurora percebeu que a trava antifurto da moto não estava sendo usada, então ela a colocou no banco. Ela usou a trava antifurto para prender a nota. Após concluir tudo isso, ela finalmente saiu da garagem. Em seguida, ela viu apenas sua irmã e seu sobrinho, mas não viu Bruno. - Irmã, ele foi embora?- Você comprou muitas coisas, e Bruno se ofereceu para ajudar a carregá-las para cima. – Respondeu Madalena.Aurora apertou os lábios e não disse mais nada. Madalena segurou seu filho e começou a subir as escadas enquanto falava com sua irmã:- Você disse que ia dar um passeio, mas acabou indo para o supe
Pensando que Aurora trouxe essa xícara de chá tão quente da cozinha com as mãos, ele entendeu que ela realmente queria que ele bebesse algo quente para se aquecer. Ela estava com raiva, dando gelo nele e dizendo que não o perdoaria, mas suas pequenas ações estavam lhe dizendo que ela não era tão insensível como dizia. Com esse pensamento, Bruno se sentiu um pouco melhor. O corpinho de Michel se inclinou para a frente. Bruno, temendo que ele derrubasse o chá quente, rapidamente o afastou. Na verdade, Michel só queria abrir o saco cheio de salgadinhos. Bruno ajudou, pegando o grande saco e o abrindo para ele. - Obrigado, tio Bruno. - Michel tirou um pacote de batatas fritas do saco e disse. - Isso é para você. Tia Aurora disse que é muito gostoso.Mas tia Aurora raramente deixava ele comer batatas fritas, dizendo que não era bom para crianças comerem muito.Por que tia Aurora podia comer com frequência? Bruno recebeu o pacote de batatas fritas e Michel pegou mais alguns salgadinho
De repente, Bruno pensou em algo e acendeu a luz rapidamente. Ele caminhou apressadamente em direção ao quarto de Aurora, abrindo a porta e encontrando tudo do mesmo jeito, com seus objetos pessoais ainda lá.Ele foi até o guarda-roupa dela e viu que faltavam algumas roupas, mas a mala ainda estava ao lado do armário. Ela não tinha levado todas as suas coisas.Bruno suspirou aliviado.Pela primeira vez, ele sentiu medo de perder alguém.Ele se sentou na cama de Aurora, acariciando as cobertas suavemente, como se estivesse tocando Aurora.- Aurora... - Sussurrou ele baixinho. - Vou provar com ações concretas que, pelo resto de nossas vidas, nunca mais vou te enganar! Se eu fizer algo para te enganar ou te machucar novamente, eu te dou um ano para não falar comigo. Um ano... Não, é um pouco longo, talvez três meses.Depois de refletir, ele percebeu que enlouqueceria se Aurora ficasse três meses sem falar com ele, então Bruno continuou falando consigo mesmo:- Então, uma semana. Se você n
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do