Daulo continuou:- O seu nome vai estar na escritura de propriedade, você também terá uma parte daquela casa. Se a reformarmos bem, seremos nós que desfrutaremos, ao invés de darmos o dinheiro para seus dois irmãos reformarem a casa para suas cunhadas aproveitarem.Embora Juliana concordasse internamente com os planos de Daulo, ela disse:- Reduzir o dote de 666 mil para 188 mil? Daulo, você está tentando me levar para casa a preço de banana? Quando você corria atrás de mim, me prometeu maravilhas, dizendo que me proporcionaria uma vida como a da Sra. Alves, que me levaria para casa com pompa e estilo. Com um dote de apenas 188 mil, isso é o que você chama de pompa e estilo?Daulo não conseguiu se conter e disse:- Na maioria dos casamentos comuns na Cidade G, mesmo as famílias mais abastadas dão apenas algumas dezenas de milhares de reais como dote, as famílias comuns só dão alguns milhares. As famílias da Cidade G casam suas filhas de verdade, não se importam com dinheiro, só querem
Madalena riu e disse:- Bruno é um bom homem desde o início, não o compare com homens como Daulo.Olhando para o carrinho de compras, Madalena acrescentou:- Está cheio, vamos comprar mais? Ou vamos levar essas coisas para casa primeiro, ver o que mais precisamos e depois voltamos para comprar?Comprando demais, as duas ficariam exaustas para carregar tudo para cima.Dona Izete não estava ali agora, Aurora deu férias a ela para que pudesse passar o Ano Novo em casa.Depois que Dona Izete veio, ela ajudou muito as duas. Além de Aurora dar a Dona Izete um bônus de fim de ano, Madalena também deu um grande presente em dinheiro para Dona Izete, para ela passar o Ano Novo.Dona Izete receberia de Bruno um bônus de fim de ano também, então ela estava muito feliz em voltar para casa e passar o Ano Novo.Trabalhar para o Sr. Alves definitivamente compensava.A Sra. Alves e Madalena também eram pessoas de bom coração.Além de Dona Izete receber muitos bônus de fim de ano, Vasco, que ainda estav
Daulo deu uma olhada em Madalena, que mesmo tendo perdido trinta quilos ainda estava um pouco acima do peso, e rapidamente voltou a si, relutando em pensar no passado.Aurora comprou muitas coisas, e as duas irmãs não conseguiam carregar tudo. Elas explicaram a situação para os funcionários da loja e pegaram emprestado um carrinho de compras para levar as coisas para fora.- Mana, você e Michel fiquem aqui, vou buscar o carro. - Disse Aurora.O carro de Aurora estava estacionado no estacionamento subterrâneo do shopping, e ela precisava buscá-lo para poder colocar as compras nele.- Está bem. - Concordou Madalena sem objeções.Ao ver sua tia indo embora sozinha, Michel ficou um pouco preocupado e chamou apressadamente:- Titia, titia Aurora!Madalena se apressou em dizer:- Michel, a tia Aurora foi pegar o carro, ela vai voltar para buscar a gente daqui a pouco.Somente então Michel se acalmou.Ele achou que sua titia os abandonaria ali.Logo em seguida, Daulo e Juliana saíram também.
No entanto, isso era assunto de Bruno. João não se envolveria nas decisões de Bruno, ele era apenas um bom amigo dele.- Entendi. - Disse João.João deu uma olhada nos itens no carrinho de compras. A esposa de Bruno realmente valorizava passar o Ano Novo com a família dele, pois havia comprado coisas realmente boas.- Oie, Michel. - João brincou com Michel como de costume.Michel virou a cabeça para evitar a mão de João que queria acariciar seu rosto e, em seguida, olhou para Madalena pedindo para ser abraçado.Madalena sabia que seu filho tinha medo de João, então ela o pegou no colo.- Michel, titio João te deu um cata-vento, por que ainda tem medo do titio João? - Disse Madalena.Michel abraçou o pescoço da mãe com as duas mãos, apoiou a cabeça no ombro dela e não olhou para João.Achava que poderia comprar sua confiança com um cata-vento?Titio João achava que ele era fácil de ser subornado?Estava realmente subestimando ele, o teimoso Michel Francisco!- Michel, vem aqui, titio Jo
Com a ajuda de João, Aurora conseguiu carregar todos os presentes de Ano Novo que comprou para o carro, enchendo-o completamente.- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Aurora.João sorriu e disse:- Eu e Bruno não apenas temos negócios juntos, mas também somos ótimos amigos. Como você é esposa dele, te ajudar com essa pequena tarefa não é nada. - Ele olhou para Michel e acrescentou. - Michel não gosta de mim, tem medo de mim, mas toda vez que o vejo, não consigo resistir à vontade de me aproximar e brincar com ele.Mesmo que isso assustasse Michel e o fizesse correr para os braços da mãe, João achava isso muito divertido.(Michel: Tio João está me tratando como um palhaço?)- Sr. João, vamos embora primeiro. - Disse Madalena enquanto colocava seu filho no carro de sua irmã e se despedindo de João.João assentiu e, depois de Aurora ligar o carro, ele se dirigiu ao seu próprio carro estacionado na rua.Após a partida deles, Juliana cutucou Daulo, cujo rosto estava tão negro quanto carvão, e
Juliana disse:- Você não percebeu que Madalena emagreceu muito? Se ela emagrecer mais e se arrumar bem, ela ainda é bonita. Não duvido que o Sr. João possa se apaixonar por ela, alguns homens simplesmente gostam de mulheres que já foram casadas.Daulo respondeu com desprezo:- Mesmo que ela emagreça, ela ainda é uma mulher obesa. Só de olhar para ela, já perco o apetite. - Ele colocou uma mão na coxa de Juliana e disse. - Juliana, você é a melhor, é a minha favorita.Juliana sorriu de forma vaidosa. Madalena não se comparava a ela!...Aurora, que estava voltando para casa com sua irmã, não resistiu em mencionar João na frente dela:- Mana, sinto que você e o Sr. João têm uma conexão especial, sempre acabam se encontrando. Ele até te viu com o Michel quando estava passando de carro ao longe.Madalena riu:- Aurora, é apenas uma coincidência. O Sr. João gosta muito do Michel. Na verdade, sempre tenho medo de encontrá-lo.- O Sr. João realmente gosta do Michel, isso é verdade. Da última
Aurora respondeu:- Quando vamos visitar a sua velha casa? Os presentes de Ano Novo são para a sua família. Se formos à tarde ou amanhã, podemos deixar as coisas no carro para não ter que carregar tudo de novo.Bruno pensou por um momento e disse:- Vamos voltar amanhã de manhã. Acabei de voltar hoje e estou um pouco cansado. Vou descansar um pouco primeiro.O casal ficou separado por dois ou três dias, e ele sentia falta dela.Ele queria aproveitar metade de um dia a sós, antes de visitarem a antiga mansão dos Alves.- Então, não vamos tirar as coisas do carro por enquanto.- Está bem. - Bruno não tinha opiniões, mas ainda disse. - Me mande uma mensagem assim que entrar no condomínio.- Entendido. - Aurora respondeu e perguntou. - Mais alguma coisa? Se não, vou desligar o telefone. Estou dirigindo.Bruno pensou que ela estava a caminho de casa e que logo se encontrariam, então ele disse:- Está tudo bem, dirija com cuidado.Aurora fez um som de concordância e desligou o telefone.- Ma
- Está dirigindo, a tia quer falar com a Aurora? Vou passar o telefone para ela.Madalena estava prestes a entregar o celular para sua irmã, mas a Sra. Junqueira disse:- Não se preocupe, apenas diga a Aurora para dirigir com cuidado. Ela está indo para a casa do marido para o Ano Novo, se eles causarem algum desconforto para ela, ela não precisa tolerar. Não importa a posição social da família deles, vocês são minhas sobrinhas e merecem respeito.Depois de descobrir que o marido de sua sobrinha mais nova era Bruno, a Sra. Junqueira ficou com sentimentos complexos por vários dias. Ela mencionou isso ao filho mais velho e descobriu que ele já sabia, mas havia mantido segredo de Letícia.Naturalmente, a Sra. Junqueira também manteve segredo de sua filha e não ousou revelar que a misteriosa esposa de Bruno era Aurora.Todos queriam saber quem era a Sra. Alves, mas não sabiam que muitos deles já haviam conhecido a Sra. Alves.Eles até tinham um bom relacionamento com ela.Até Stella, que s
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do