Na opinião de Pedro, a única pessoa que ela viu errado foi o Bruno.Não, ela foi enganada pela família inteira do Bruno.Os primos continuaram conversando durante todo o caminho, fazendo Aurora sentir que a viagem até a Mansão dos Gomes não era tão longa, e logo eles chegaram à mansão.Paulo não tinha voltado ainda.Ele estava fora com Stella e Roberto, comendo churrasco. Stella estava muito preocupada com a amiga e só ficou aliviada quando soube que Paulo havia cuidado de tudo.Quando Aurora chegou à Mansão dos Gomes, Stella recebeu uma ligação, confirmando que Aurora tinha chegado. Isso tranquilizou Stella.- Stella, agradeça ao Sr. Paulo por me ajudar esta noite. Quando eu voltar, vou agradecer pessoalmente a ele.Paulo era um bom colega de trabalho de Bruno. Ele poderia ter ligado para seus colegas e providenciado para que levassem Bruno ao hospital, sem que Aurora precisasse se preocupar em fazer os arranjos.Mas ela disse que queria ir pessoalmente e Paulo organizou tudo, inclusi
Se algo acontecesse com o Presidente Alves, seria um grande problema para ele.A matriz confiava nele e o designou como gerente geral dessa filial, mas ocorreu um grande incidente que exigiu a intervenção do Presidente Alves pessoalmente.O Presidente Alves acabou ficando sobrecarregado, pegou um resfriado forte e teve febre alta. Felizmente, descobriu cedo, mas se tivesse sido mais tarde, sua vida estaria em perigo.Só de pensar nisso, ele sentiu um arrepio.- Onde estou? - Perguntou Bruno, tentando se sentar.- Presidente Alves, não se levante, deite-se, deite-se. Sua febre ainda não baixou completamente, e você está tomando soro ainda.Bruno franziu a testa, ele se lembrou.Ele tomou remédio para resfriado que comprou na farmácia, mas não funcionou. Isso fez com que sua temperatura corporal aumentasse cada vez mais, até que ele desmaiou devido à febre alta. Antes de desmaiar, ele estava fazendo uma chamada de vídeo com Aurora. Ele tinha medo de que ela o visse desmaiado, então encer
- Presidente Alves, não mexa nisso. As enfermeiras disseram que esse medicamento deve ser administrado lentamente, não acelere demais.O gerente geral o impediu de ajustar a velocidade da infusão.Bruno desistiu, impotente.- Presidente Alves, vamos voltar para descansar assim que a Sra. Alves chegar.Ao ouvir isso, Bruno olhou para os dois, perguntando:- Ela está vindo?Ambos assentiram simultaneamente.- O Presidente Paulo disse que a Sra. Alves está muito preocupada com você e insistiu muito em vir cuidar de você. Por isso, ele providenciou um voo particular para trazê-la. Ela deve estar chegando em breve.Bruno estava prestes a levantar da cama.- Presidente Alves, espere a senhora desembarcar do avião. Ela vai me ligar, o Presidente Paulo enviou meus contatos para o celular dela. Fique tranquilo, vou trazê-la até aqui em segurança.Bruno se sentou novamente e ligou para Aurora.Ele pensou em entrar em contato com Aurora quando amanhecesse.Mas Aurora surpreendentemente veio duran
Aurora concordou:- Então vamos seguir o que o médico disse, deixá-lo internado no hospital por alguns dias até que ele se recupere o suficiente para receber alta. Quanto ao trabalho dele... O salário dele...Bruno estava internado e Aurora esperava aproveitar a oportunidade para que ele descansasse direito por alguns dias.Essa empresa era do chefe dele, não dele. Se ele estava doente, por que ele deveria insistir em se matar de trabalhar pelo chefe?O gerente geral rapidamente respondeu:- Sra. Aurora, fique tranquila, nós cuidaremos do trabalho do Sr. Alves. Enquanto ele estiver internado, garantimos que não o incomodaremos com assuntos de trabalho. A viagem de negócios do Sr. Alves não afetará o salário dele.Todo o Grupo Alves pertencia ao presidente Alves, e a Sra. Alves estava preocupada com o salário do presidente Alves durante sua internação?- Obrigada. - Aurora agradeceu e sentiu que havia conseguido alguns dias de licença remunerada para o seu homem.- Sra. Aurora, precisa
Depois de enviar a mensagem, Aurora guardou o celular no bolso da calça.Agora era tarde da noite e todos estavam dormindo, então ela não esperava receber uma resposta imediata.Bruno “acordou lentamente”.Quando abriu os olhos e viu Aurora, propositalmente fez uma expressão de surpresa, como se não acreditasse que era ela que estava vendo. Ele levantou a mão que não estava com o soro, esfregou os olhos e murmurou para si mesmo:- Estou alucinando? Ou estou vendo coisas? Como posso estar vendo minha Aurora aqui?Aurora segurou sua mão e apertou com força as costas dela.- Ai! – Ele grunhiu.- Está doendo? - Aurora perguntou a ele.Bruno fez uma expressão de coitado em seu rosto bonito:- Dói, dói muito.- Então pronto, isso é realidade, não um sonho. Eu disse que se você não fosse ao médico, eu viria até aqui.Bruno estava prestes a se sentar, mas Aurora o impediu:- Fique deitado, você está internado, ainda não se recuperou completamente da febre, por que está se esforçando? - Aurora
Bruno pensou internamente: “Pior que a empresa é realmente minha..."Aurora continuou falando:- Aquele Sr. Polaris é o gerente geral da filial aqui, certo? Foi assim que ele se apresentou. Ele disse que você precisa ficar alguns dias no hospital e que durante esse tempo você não precisa se preocupar com nada, apenas se recuperar bem. Normalmente, você parece bem saudável, mas está sempre ocupado demais. Como ficou exausto demais, resultou em baixa imunidade e ficou doente. Agora você está de licença remunerada, e o Sr. Polaris disse que eles vão me pagar também, por ter vindo cuidar de você. Eles estão sendo bastante atenciosos.Aurora elogiou mentalmente. Sem dúvida, essa era uma filial de uma grande empresa, eles estavam considerando tudo e até calcularam o salário para ela sem nem precisar que os familiares pedissem.Enquanto comia a sopa, Bruno pensava em seu coração: "Mas, o dinheiro para te pagar, também é meu."Mas ele não ousou dizer isso em voz alta.- Ficar alguns dias no ho
Aurora imediatamente levantou a mão e se rendeu, dizendo:- Bruno, não fale assim. Sua voz está rouca agora, e arrastar o final das palavras não é nada agradável de se ouvir. Você quer fazer manha, mas não tem nenhuma sensação de meigo nisso, é como um garoto passando pela mudança de voz. Querido, eu te dou um beijo, beleza? Pare de ser manhoso. Tenho medo de você assim, faz todos os meus pelos se arrepiarem.Bruno olhou para ela com ressentimento nos olhos.Ele também não queria fazer manha.E nem sabia como fazer isso.E era até bom que sua voz estivesse rouca agora. Se não estivesse, ele mudaria intencionalmente sua voz, e Aurora certamente o repreenderia por parecer uma mulherzinha.Bem, ele também não iria aprender isso no futuro.Conforme o pedido dele, Aurora beijou suavemente seu rosto e perguntou:- Está satisfeito?Quando ela o beijou, Bruno fechou os olhos, sentindo seu beijo carinhoso com o coração. Embora ela estivesse usando uma máscara e ele não pudesse sentir o calor, a
Aurora percebeu que ele ainda estava olhando para ela, então colocou o celular de lado e se levantou, se aproximando dele e beijando sua testa novamente.Suavemente, ela disse:- Vá dormir. - Em seguida, ela não resistiu e tocou sua testa novamente. - Você tem um termômetro? Eu posso medir sua temperatura. Por mais que eu toque, ainda está febril. Com o soro e os remédios, a febre não diminui.Bruno honestamente respondeu:- Eu não sei se tem algum termômetro aqui.- Vou pedir na recepção, então.Dito isso, Aurora pegou o celular e saiu.Assim que ela saiu, o celular de Bruno começou a tocar.Era Paulo ligando.Bruno atendeu e disse:- Já está tão tarde e você ainda não está dormindo?- Acordei depois de um cochilo e, por hábito, peguei o celular para dar uma olhada. Vi a mensagem que sua esposa me mandou, dizendo que ela chegou bem. Já que acordei, decidi ligar para perguntar sobre você. A febre passou?Bruno respondeu indiferente:- A febre ainda não passou completamente. O médico di
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do