Aurora concordou:- Então vamos seguir o que o médico disse, deixá-lo internado no hospital por alguns dias até que ele se recupere o suficiente para receber alta. Quanto ao trabalho dele... O salário dele...Bruno estava internado e Aurora esperava aproveitar a oportunidade para que ele descansasse direito por alguns dias.Essa empresa era do chefe dele, não dele. Se ele estava doente, por que ele deveria insistir em se matar de trabalhar pelo chefe?O gerente geral rapidamente respondeu:- Sra. Aurora, fique tranquila, nós cuidaremos do trabalho do Sr. Alves. Enquanto ele estiver internado, garantimos que não o incomodaremos com assuntos de trabalho. A viagem de negócios do Sr. Alves não afetará o salário dele.Todo o Grupo Alves pertencia ao presidente Alves, e a Sra. Alves estava preocupada com o salário do presidente Alves durante sua internação?- Obrigada. - Aurora agradeceu e sentiu que havia conseguido alguns dias de licença remunerada para o seu homem.- Sra. Aurora, precisa
Depois de enviar a mensagem, Aurora guardou o celular no bolso da calça.Agora era tarde da noite e todos estavam dormindo, então ela não esperava receber uma resposta imediata.Bruno “acordou lentamente”.Quando abriu os olhos e viu Aurora, propositalmente fez uma expressão de surpresa, como se não acreditasse que era ela que estava vendo. Ele levantou a mão que não estava com o soro, esfregou os olhos e murmurou para si mesmo:- Estou alucinando? Ou estou vendo coisas? Como posso estar vendo minha Aurora aqui?Aurora segurou sua mão e apertou com força as costas dela.- Ai! – Ele grunhiu.- Está doendo? - Aurora perguntou a ele.Bruno fez uma expressão de coitado em seu rosto bonito:- Dói, dói muito.- Então pronto, isso é realidade, não um sonho. Eu disse que se você não fosse ao médico, eu viria até aqui.Bruno estava prestes a se sentar, mas Aurora o impediu:- Fique deitado, você está internado, ainda não se recuperou completamente da febre, por que está se esforçando? - Aurora
Bruno pensou internamente: “Pior que a empresa é realmente minha..."Aurora continuou falando:- Aquele Sr. Polaris é o gerente geral da filial aqui, certo? Foi assim que ele se apresentou. Ele disse que você precisa ficar alguns dias no hospital e que durante esse tempo você não precisa se preocupar com nada, apenas se recuperar bem. Normalmente, você parece bem saudável, mas está sempre ocupado demais. Como ficou exausto demais, resultou em baixa imunidade e ficou doente. Agora você está de licença remunerada, e o Sr. Polaris disse que eles vão me pagar também, por ter vindo cuidar de você. Eles estão sendo bastante atenciosos.Aurora elogiou mentalmente. Sem dúvida, essa era uma filial de uma grande empresa, eles estavam considerando tudo e até calcularam o salário para ela sem nem precisar que os familiares pedissem.Enquanto comia a sopa, Bruno pensava em seu coração: "Mas, o dinheiro para te pagar, também é meu."Mas ele não ousou dizer isso em voz alta.- Ficar alguns dias no ho
Aurora imediatamente levantou a mão e se rendeu, dizendo:- Bruno, não fale assim. Sua voz está rouca agora, e arrastar o final das palavras não é nada agradável de se ouvir. Você quer fazer manha, mas não tem nenhuma sensação de meigo nisso, é como um garoto passando pela mudança de voz. Querido, eu te dou um beijo, beleza? Pare de ser manhoso. Tenho medo de você assim, faz todos os meus pelos se arrepiarem.Bruno olhou para ela com ressentimento nos olhos.Ele também não queria fazer manha.E nem sabia como fazer isso.E era até bom que sua voz estivesse rouca agora. Se não estivesse, ele mudaria intencionalmente sua voz, e Aurora certamente o repreenderia por parecer uma mulherzinha.Bem, ele também não iria aprender isso no futuro.Conforme o pedido dele, Aurora beijou suavemente seu rosto e perguntou:- Está satisfeito?Quando ela o beijou, Bruno fechou os olhos, sentindo seu beijo carinhoso com o coração. Embora ela estivesse usando uma máscara e ele não pudesse sentir o calor, a
Aurora percebeu que ele ainda estava olhando para ela, então colocou o celular de lado e se levantou, se aproximando dele e beijando sua testa novamente.Suavemente, ela disse:- Vá dormir. - Em seguida, ela não resistiu e tocou sua testa novamente. - Você tem um termômetro? Eu posso medir sua temperatura. Por mais que eu toque, ainda está febril. Com o soro e os remédios, a febre não diminui.Bruno honestamente respondeu:- Eu não sei se tem algum termômetro aqui.- Vou pedir na recepção, então.Dito isso, Aurora pegou o celular e saiu.Assim que ela saiu, o celular de Bruno começou a tocar.Era Paulo ligando.Bruno atendeu e disse:- Já está tão tarde e você ainda não está dormindo?- Acordei depois de um cochilo e, por hábito, peguei o celular para dar uma olhada. Vi a mensagem que sua esposa me mandou, dizendo que ela chegou bem. Já que acordei, decidi ligar para perguntar sobre você. A febre passou?Bruno respondeu indiferente:- A febre ainda não passou completamente. O médico di
- Você quer beber água?- Não quero mais, tenho medo de ter que ir ao banheiro o tempo todo. Ir ao banheiro não é muito conveniente para mim agora.Aurora imediatamente ficou em silêncio.Bruno não queria dormir, então Aurora parou de assistir vídeos e começou a conversar com Bruno. Era ela falando a maior parte do tempo e ele ouvindo.Enquanto a ouvia falar sobre várias coisas, Bruno gradualmente sentiu seus olhos ficarem pesados e lentamente fechou os olhos para dormir.Após a conclusão de um frasco de soro, Aurora chamou uma enfermeira para trocar de frasco. Ela voltou para a cama do acompanhante e começou a mexer no celular.No entanto, ela também sentiu seus olhos ficarem cada vez mais pesados e já estava não aguentando mais.Com medo de adormecer, Aurora não ousou continuar mexendo no celular. Ela saiu da cama, foi para o banheiro, retirou a máscara e lavou o rosto com água fria para se despertar.Ela ficou acordada até a última gota do soro de Bruno ser administrada. Em seguida,
Depois que o médico fez a ronda no quarto, a enfermeira veio novamente para administrar o soro em Bruno. Aurora olhou para ele, enquanto o gerente Polaris foi ajudar Bruno a pegar os remédios e levá-los para a farmácia externa para que alguém pudesse prepará-los.Bruno olhou para o frasco de soro, pensando em como escapar de beber a medicação fitoterápica.- Bruno, o que houve? - Aurora perguntou com preocupação ao vê-lo encarando o frasco de soro sem piscar, como se estivesse distraído. - Você não está se sentindo bem?- Aurora. - Bruno segurou a mão dela e disse com uma expressão de coitado. - Posso trocar para medicamentos ocidentais? Eu não gosto de beber isso, é muito amargo.- O remédio amargo é bom para a saúde, e além disso, foi você quem disse que os medicamentos ocidentais têm muitos efeitos colaterais, então vamos continuar com a medicação fitoterápica. - Respondeu Aurora, retirando a mão dele e dando um leve beliscão em seu rosto. - Você também tem coisas que teme, Bruno?B
Colocando a xícara em suas mãos, Aurora sorriu com um olhar divertido:- Então beba você mesmo, afinal, Bruno, você é um homem adulto de trinta anos e não consegue suportar esse pouco de amargura?Então, Bruno tinha medo de beber remédio fitoterápico.No futuro, se ele a deixasse com raiva de novo, seria melhor não ficar doente. Se ele se sentisse um pouco desconfortável, ela iria buscar várias doses de remédio fitoterápico para ele, fervendo uma panela inteira para ele tomar todos os dias, até que ele se rendesse de tanto pavor.Vendo que ele estava com o rosto sério e não dizia nada, Aurora se aproximou de seu ouvido e sussurrou:- Bruno, tome o remédio, quando você melhorar, poderei te devorar antes de voltar para Cidade G. Será uma recompensa para mim por cuidar de você.Os olhos negros de Bruno brilharam de ansiedade enquanto ele perguntava:- Já podemos?Aurora endireitou o corpo e sorriu com os olhos brilhantes:- Quando você sair do hospital, será a hora certa. Então, o que voc
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do