Aurora disse: - Minha memória não é tão ruim, não é como quando nos casamos.Aurora bocejou: - Bruno, vá dormir. Você tem uma viagem amanhã e precisa descansar para estar em boa forma.Ela se aproximou dele e o beijou suavemente nos lábios. - Boa noite, amor. - Disse Aurora.Os olhos de Bruno se tornaram profundos quando ele a abraçou pela cintura, impedindo-a de se afastar depois de beijá-lo.Seus olhos negros ardentes observavam o rosto encantador dela.Aurora geralmente não usava maquiagem, preferia um visual natural, mas sabia cuidar bem da pele. Seu rosto era tão suave ao toque e tinha uma textura agradável.A beleza dela era do tipo natural.Bruno percebeu isso desde o primeiro momento em que a viu, mas como havia conhecido muitas mulheres bonitas, não sentiu nada especial ao vê-la.- Aurora, do que você me chamou agora? - Perguntou Bruno.Quando ele a chamou de "esposa" pela primeira vez, ela não reagiu. Isso deixou Bruno um pouco chateado, pensando que talvez não tivesse s
- Aurora, onde está sua irmã? Chame sua irmã para falar ao telefone! - Arabela falou com um tom de voz agressivo, deixando claro que estava com raiva.- Por que está procurando minha irmã? Me lembro que ela não tem mais relação com sua família. Fale logo, o que aconteceu? – Disse Aurora, levantando-se preguiçosamente.Ela imaginou que Arabela tinha vindo da cidade natal e descoberto que a casa estava vandalizada, e agora estava furiosa e queria confrontar sua irmã.Que reação lenta ela tinha. Não era de se admirar que Arabela tivesse descoberto sobre o incidente só agora. Naquele dia, Madalena e Daulo foram se divorciar e depois de fazerem os trâmites, os dois idosos pegaram um táxi e voltaram para casa. Eles planejavam se mudar no dia seguinte. Os filhos de Carolina ainda precisavam voltar à escola para buscar seus registros acadêmicos, então esperaram mais um dia. Hoje era oficialmente o início das férias da escola primária. Cornélio, Arabela e sua família vieram para a cidade
Aurora riu e disse: - Carolina, vá ao banheiro e pegue uma bacia para encher de água. Ah, mas não há torneira lá, não é? Minha irmã pagou para instalar as torneiras, então removemos todas elas. Então, você terá que fazer xixi na bacia e se olhar no reflexo para ver o quão sem vergonha você é. Minha irmã e seu irmão já se divorciaram e não têm mais nenhum tipo de relação. De onde você tem coragem de pedir para minha irmã encontrar uma casa para vocês morarem? Foi culpa dela que vocês não têm um lugar para ficar? Vocês mesmos causaram isso. Aurora já estava perdendo a paciência com os Franciscos.- Se vocês tivessem agido pacificamente e compensado minha irmã pelas perdas, então vocês teriam um lugar para ficar agora. Ah, o clima está tão frio hoje, não sei se vocês podem dormir em um quarto com ventilação por todos os lados. Mas vocês têm pele grossa e muitas pessoas, então devem ser capazes de resistir ao frio. – Continuou Aurora. - Se não houver mais nada, vou desligar agora. Está t
Cornélio ficou com o rosto escuro e olhou para a esposa: - A quem você pediu para ser o intermediário?- Quem mais seria, senão o avô de Madalena? A avó dela estava no hospital, fui visitá-los e apresentei minha demanda. Então, o Sr. Garcia pediu uma quantia enorme de dinheiro, cem mil reais. Recusei, e depois de muita negociação, dei a ele sessenta mil reais. Ele me garantiu que iria convencer Aurora a intervir, mas Aurora não convenceu Madalena a não se divorciar. Eles só queriam o meu dinheiro.Assim que Arabela terminou de falar, Cornélio deu-lhe um tapa forte no braço. - Você é louca? Como você pode confiar nas pessoas da cidade natal de Madalena? Além disso, você sabe dos conflitos entre Madalena e sua família. Por que você não encontrou outra pessoa para ajudar? Você é realmente inteligente, mas às vezes pode ser confusa! Sessenta mil reais! Você gastou sessenta mil reais!Cornélio ficou tão furioso que quase desmaiou. Arabela disse com tristeza: - Só pensei que, como Aurora
Carolina ligou para seu irmão.Daulo, sabendo que seus pais e a família de sua irmã estavam aqui, levantou-se apressadamente e acordou Juliana também. Depois que os dois fizeram as higienes matinais brevemente, eles correram para o Condomínio Lago Azul.- Irmã, estou indo para aí.- Daulo, ainda nem tomamos o café da manhã. – Disse Carolina.- Está bem, irmã. Vou convidar todos vocês para o café da manhã quando eu chegar aí.Carolina perguntou:- Você não está morando com a Juliana agora? Não pode pedir para ela preparar o café da manhã para nós? Sair para comer fora, com tantos de nós, mesmo que comamos casualmente, custaria algumas centenas de reais.- Mas irmã, também estamos hospedados em um hotel no momento, ainda não tivemos tempo de procurar um apartamento para alugar. E no momento, não tenho nada em casa para cozinhar.Madalena recuperou o custo das reformas da sua maneira, então agora a casa de Daulo não tinha encanamento nem eletricidade, e a cozinha tinha sido completamente
Erica disse para si mesma:- Começando pelo segundo mais velho da geração, o Rivaldo, ou pelo terceiro, que é o Hugo?Bruno não respondeu, para que a avó não dissesse aos primos que foi ele o culpado.- Acho melhor o Rivaldo, quem devo escolher para ele? – Continuou a velhinha.Bruno permaneceu em silêncio.Ele conhecia pouquíssimas moças e, se quisesse que ele oferecesse a Rivaldo uma opção de esposa, Rivaldo acabaria parando num templo de monges.Erica também não esperava que Bruno oferecesse candidatas.- Entre. - Ordenou ela.Bruno inclinou a cabeça para a avó com um olhar de dúvida no rosto.Erica revirou os olhos, querendo esganá-lo:- Você está indo em uma viagem de negócios e não vai entrar para ter uma conversa à sós direito com Aurora?Erica bufou. Precisava que ela o lembrasse todas as vezes?Infelizmente, na época em que educaram esse neto, eles ensinaram tudo, menos como amar alguém. Como resultado, esse cara se tornou um homem direto e reto que nem mesmo entendia o coraçã
Após o café da manhã, Bruno transferiu mais cinquenta mil para Aurora.Aurora viu a notificação do dinheiro que ele transferiu e disse:- Não estou com falta de dinheiro.Nunca havia faltado dinheiro no cartão que ele havia lhe dado para despesas de casa.- Estarei fora de casa em uma viagem de negócios, e nem sei quando vou voltar. Como estamos perto do fim do ano, então você precisa de dinheiro para comprar coisas para o Ano Novo, então vou te deixar algumas dezenas de milhares de reais para os preparativos.A justificativa de Bruno era suficiente.- Nas vésperas do Réveillon, voltaremos à minha velha residência para comemorar o Ano Novo. Tenho muitos parentes lá, e preciso levar alguns presentes para eles. Pergunte à vovó o que devemos dar de presente e compre com antecedência. Se esses 50 mil não forem suficientes para gastar, é só me dizer, e eu transferirei mais algum dinheiro para você.Ao ouvi-lo dizer isso, Aurora só teve que aceitar os 50 mil.Depois de tirarem a certidão de
Inclinando a cabeça para olhá-lo por um momento, Aurora, impotente, envolveu seus braços em volta do pescoço dele, puxou sua cabeça para baixo e ofereceu seus lábios vermelhos.Bruno ficou muito mais feliz depois de receber um beijo não solicitado de sua esposa e, com a mala em uma mão e a mão de Aurora na outra, o casal saiu pela porta.Erica estava esperando o jovem casal no andar de baixo.O homem que conversava com a Erica era o Vasco.Depois de ajudar Madalena na mudança naquele dia, Vasco foi reconhecido por Aurora. Como ele disse que poderia fazer qualquer coisa, desde que lhe pagassem, quando viu Aurora novamente, Vasco não estava mais nervoso.Ele finalmente podia se mostrar abertamente à luz do dia.- Olá, Sr. Bruno, Sra. Aurora. - Vasco os cumprimentou.Aurora retribuiu o sorriso e perguntou:- Qual é o seu nome, senhor? Esqueci de pedir seu cartão no outro dia.Vasco deu uma olhada breve para o Sr. Alves e viu que ele parecia inalterado, então tomou a coragem de responder c
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do