Após o café da manhã, Bruno transferiu mais cinquenta mil para Aurora.Aurora viu a notificação do dinheiro que ele transferiu e disse:- Não estou com falta de dinheiro.Nunca havia faltado dinheiro no cartão que ele havia lhe dado para despesas de casa.- Estarei fora de casa em uma viagem de negócios, e nem sei quando vou voltar. Como estamos perto do fim do ano, então você precisa de dinheiro para comprar coisas para o Ano Novo, então vou te deixar algumas dezenas de milhares de reais para os preparativos.A justificativa de Bruno era suficiente.- Nas vésperas do Réveillon, voltaremos à minha velha residência para comemorar o Ano Novo. Tenho muitos parentes lá, e preciso levar alguns presentes para eles. Pergunte à vovó o que devemos dar de presente e compre com antecedência. Se esses 50 mil não forem suficientes para gastar, é só me dizer, e eu transferirei mais algum dinheiro para você.Ao ouvi-lo dizer isso, Aurora só teve que aceitar os 50 mil.Depois de tirarem a certidão de
Inclinando a cabeça para olhá-lo por um momento, Aurora, impotente, envolveu seus braços em volta do pescoço dele, puxou sua cabeça para baixo e ofereceu seus lábios vermelhos.Bruno ficou muito mais feliz depois de receber um beijo não solicitado de sua esposa e, com a mala em uma mão e a mão de Aurora na outra, o casal saiu pela porta.Erica estava esperando o jovem casal no andar de baixo.O homem que conversava com a Erica era o Vasco.Depois de ajudar Madalena na mudança naquele dia, Vasco foi reconhecido por Aurora. Como ele disse que poderia fazer qualquer coisa, desde que lhe pagassem, quando viu Aurora novamente, Vasco não estava mais nervoso.Ele finalmente podia se mostrar abertamente à luz do dia.- Olá, Sr. Bruno, Sra. Aurora. - Vasco os cumprimentou.Aurora retribuiu o sorriso e perguntou:- Qual é o seu nome, senhor? Esqueci de pedir seu cartão no outro dia.Vasco deu uma olhada breve para o Sr. Alves e viu que ele parecia inalterado, então tomou a coragem de responder c
Depois de desligar o telefone, Bruno instruiu Vasco:- Proteja bem a Sra. Alves durante minha ausência.- Não se preocupe, Sr. Alves, eu protegerei a Sra. Alves com toda minha dedicação.A Sra. Alves era tão boa de luta que o trabalho de a proteger se tornava muito fácil.Bônus em dobro!Vasco ficou feliz só de pensar nisso.Esse era o benefício de entrar no barco da Sra. Alves!- Se a Sra. Alves estiver em apuros e precisar de ajuda, é só avisar a Sra. Erica e ela tomará as providências, ou fale com o Sr. Rivaldo.- Sr. Alves, não se preocupe. Sempre que a Sra. Alves tiver alguma dificuldade, a Sra. Erica com certeza saberá.Erica era como um deus onisciente, nada escapava aos seus olhos e ouvidos.Bruno pensou na habilidade da avó e não disse mais nada.Para a surpresa de Bruno, ele viu Letícia novamente na frente da empresa. Ela já não vinha barrar o seu caminho havia algum tempo.Ela estava encostada em seu carro esporte vermelho, observando o comboio de luxo de Bruno chegar lentam
Letícia riu, mas enquanto ria, levantou a mão para enxugar as lágrimas do canto dos olhos. Ela desviou o rosto e olhou para longe por um tempo, antes de se virar. Quando voltou a encarar Bruno, ela já estava com uma expressão de aceitação total e riu:- Bruno, valeu a pena eu conseguir essas palavras da sua boca, não foram em vão os muitos anos que eu fui apaixonada por você. - Ela gentilmente estendeu a mão para Bruno, que também gentilmente estendeu a mão e a apertou. - Bruno, desejo que você e sua esposa sejam felizes e tenham uma vida longa juntos.- Obrigado, Srta. Letícia.- Espero que, no futuro, eu tenha a honra de participar de seu casamento. – Acrescentou Letícia.Bruno retirou a mão e depois disse em um tom pacífico:- Quando eu tiver escolhido uma data para o meu casamento com minha esposa, certamente enviarei um convite para o Sr. Junqueira e a Srta. Letícia.- Então vou esperar pela cerimônia de casamento. - Letícia riu. - O Sr. Alves deve estar bem ocupado, então não vou
- Isso mesmo, a nossa Letícia também tem o seu orgulho, e a filha da minha família Junqueira não tem preocupação com casamento.A Sra. Junqueira ainda conhecia bem a filha.Quando Letícia dissesse que deixaria tudo para trás, ela com certeza deixaria.O som de um carro soou lá fora.Alícia se levantou e saiu, dizendo:- Deve ser Letícia voltando.Ela saiu de casa e realmente viu sua cunhadinha.Letícia desceu do carro e foi em direção à cunhada com um grande sorriso, dizendo:- Cunhada, a mamãe ainda está em casa, né?Ao ver a cunhadinha sorrindo daquele jeito, o coração de Alícia doeu. Ela preferia ver a Letícia chorar muito mais, do que sorrir daquele jeito, porque Alícia sabia que, quanto mais a Letícia sorrisse por fora, mais dor sentia por dentro.Coitada.Já era doloroso se apaixonar por um homem que não a amava, e saber que a outra pessoa tinha acabado de se casar tornava tudo ainda mais doloroso.- A mãe ainda está em casa. Letícia, você está bem?- Pareço não estar bem? Não se
Aurora riu:- Letícia disse que o Sr. Paulo é de uma família de agentes de inteligência, se você estiver com ele, sempre terá todas as informações em primeira mão. Você adora uma fofoca, então acho que o Sr. Paulo nasceu para você, vocês dois são perfeitos um para o outro.Stella revirou os olhos.Ela estava procurando um namorado para se casar ou uma fonte de fofocas?- Você disse que a família da ex-sogra de sua irmã veio de novo? - Stella desviou o assunto apressadamente.Ela não queria que a melhor amiga continuasse fofocando sobre a sua vida amorosa.- Minha irmã e o canalha do Daulo se divorciaram, então a casa deles foi desocupada, e a família deles já não podiam mais esperar para se mudarem para lá. Mas agora, eles só podem alugar um quarto ou ficar em um hotel, ou pegar a estrada de volta para o interior. Conhecendo a família Francisco como eu conheço, eles devem ter ficado na cidade para o Réveillon, com certeza não teriam voltado para a cidade natal.Provavelmente, a família
- Sr. Garcia, você recebeu 60 mil reais de mim, sim! Eu te dei em dinheiro vivo, e aquilo tudo era meu dinheiro pessoal que tenho guardado por muito tempo. Quando você pegou o dinheiro, disse que iria conseguir convencer Aurora, e não o fez. Consequentemente, meu filho se divorciou de Madalena mesmo assim. Por favor, me devolva o dinheiro logo ou chamarei a polícia.Arabela ficou roxa de fúria quando viu o Sr. Garcia negando sobre o dinheiro.O Sr. Garcia disse com um semblante frio:- Se você quer chamar a polícia, então chame! Acha que tenho medo de você chamar a polícia? Não recebi seu dinheiro. E mesmo que tenha recebido, e daí? Esse é o dinheiro do dote que você compensou à minha família. Quando minha neta se casou com seu filho, ele não pagou um único centavo pelo dote. Agora que me compensaram com dezenas de milhares de reais, ainda saiu barato demais para vocês! Arabela, vocês também têm uma filha, quando ela se casou, vocês se dispuseram a não receber um centavo de dote e dar
Vários carros de luxo vieram de longe, cruzaram a entrada principal da Escola Secundária da Cidade G e pararam em frente à livraria da Aurora.Quando Erica, que estava conversando na loja do Norberto, o vizinho da livraria, virou a cabeça e viu aqueles carros de luxo, se apressou em virar o rosto e abaixar um pouco a cabeça propositalmente, com medo de que as pessoas que saíssem daqueles carros a vissem.- Aurora! Aurora! - Letícia saiu do carro, gritando o nome de Aurora enquanto corria em direção à loja.Ela nem notou a existência de Erica, que estava sentada na frente da loja ao lado, conversando.O Sr. Junqueira, que saiu do carro atrás dela, seguiu a filha até a loja, segurando a esposa, que estava chorando copiosamente, enquanto Alícia instruía seus guarda-costas a ficarem de guarda na porta, antes que ela se virasse e entrasse na loja.Aurora havia tricotado apenas um terço da águia de aço quando ouviu o grito de Letícia, então ela parou e olhou para Letícia.- Letícia, aí está
Stella esfregou a testa, refletindo com um suspiro: - Eu sei que você nunca amou o Helder. Só fiquei com medo de que você se sentisse culpada. Mas ele está bem agora, sendo o herdeiro da família. Precisa enfrentar desafios para crescer e se tornar mais maduro. - Isso foi algo que sua mãe fez pelo bem dele, mandando-o para ser testado. Não tenho motivo para me sentir culpada. - Aurora respondeu com firmeza.Aurora voltou para o caixa, pegou o celular e comentou com um leve sorriso: - Vou avisar meu namorado antes que ele tenha alguma ideia errada. Ela sabia que Bruno tinha um temperamento possessivo e ciumento. Era melhor contar para ele sobre o encontro com Helder do que deixá-lo descobrir pelos seguranças. Aurora digitou uma mensagem rápida para Bruno, seus dedos movendo-se ágeis pelo teclado.Stella foi para a cozinha, seus pensamentos ainda no encontro inesperado. Pouco tempo depois, voltou com uma bandeja de uvas e colocou no balcão do caixa. - Helder trouxe estas, são aquelas
Aurora voltou à livraria com o coração leve, satisfeita por ter resolvido os problemas com a casa da família. O sol brilhava, refletindo seu bom humor. Ao abrir a porta da loja, foi surpreendida por uma visão inesperada.Helder, alguém que não via há muito tempo, estava ali. Ele havia tirado dois dias de folga, que junto com o fim de semana, somavam quatro dias para visitar seus pais. Sabendo que Aurora não estava na loja, ele decidiu passar por lá para ver sua prima. Stella, que estava atendendo um cliente, sorriu ao vê-la entrar, mas não teve tempo de dizer nada antes de Helder se virar para sair.- Aurora! - Helder exclamou, com um sorriso caloroso, chamando-a com o mesmo carinho de sempre. Havia uma emoção sincera em sua voz.- Helder? - Aurora piscou, surpresa. Ela o observou de cima a baixo, notando as mudanças em sua postura. - Quando você chegou? Faz tanto tempo. Você parece mais maduro e confiante.- Cheguei hoje. Minha mãe não está se sentindo bem. A fábrica está mais tranq
A Sra. Ferreira estava ansiosa para descobrir se Madalena e seu filho tinham contato frequente com João. Dalila, ao ouvir a Sra. Ferreira pedir para investigar Madalena, franziu a testa e perguntou: - Sra. Ferreira, você acha que João está interessado em Madalena?A Sra. Ferreira soltou um suspiro profundo, tentando manter a calma. - Madalena é uma mulher divorciada e gorda. João não tem um gosto tão ruim. Mas, devemos tomar cuidado. Quem sabe Madalena não está de olho em João? Dalila, a esposa ideal para meu filho é uma garota como você.Mesmo que Madalena não fosse divorciada, ela nunca teria a aprovação da Sra. Ferreira. Ela queria o melhor para seu filho, e Dalila parecia ser a escolha perfeita em todos os aspectos.Dalila refletiu por um momento antes de responder, seus olhos estreitando-se enquanto pensava. - É verdade, não pensei nisso. Eu achava que João nunca se interessaria por uma mulher divorciada, e que você nunca permitiria. Por isso, não considerei Madalena uma ameaç
No mesmo círculo social, era inevitável que se encontrasse de vez em quando. Madalena era uma mulher divorciada, e Sra. Ferreira apenas a mencionou de passagem. Dalila só tinha uma vaga lembrança de Madalena porque ela era irmã de Aurora.- Sim, Madalena se divorciou no ano passado. O marido traiu ela, e também havia relatos de violência doméstica. - Comentou a Sra. Ferreira, a voz tingida de desprezo pelo ex-marido de Madalena. - Além disso, ele exigiu que dividissem as despesas igualmente, mesmo sabendo que Madalena era dona de casa e não tinha renda própria. Ele claramente desprezava ela, e ela não percebeu isso a tempo.- Ouvi dizer que ela só descobriu a traição quando encontrou provas. Enquanto obrigava a dividir as contas, ele gastava dinheiro comprando presentes de luxo para a amante. - A Sra. Ferreira continuou, com desprezo. - Mulheres, especialmente as casadas, precisam ser espertas. Ame a si mesma antes de amar os outros. Se você não se valoriza, como pode esperar que seu
Capítulo 1216- Obrigada, Sr. João. - Agradeceu Madalena cortesmente e acrescentou. - Sr. João, vamos indo. Até logo.João, sempre preocupado com a segurança de Madalena e Michel, aconselhou: - Ande devagar. Michel, até logo.Michel acenou para João com a mãozinha, um sorriso inocente iluminando seu rosto. - Até logo, Sr. João.Madalena montou na moto e saiu com o filho, o motor roncando suavemente. João ficou parado, observando os dois se afastarem, seu olhar fixo na figura pequena e determinada de Madalena. Ele permaneceu olhando até que eles se tornaram pequenos pontos no horizonte. Só então ele voltou ao carro, um suspiro profundo escapando de seus lábios antes de seguir para a empresa.Assim que o carro de João começou a se mover, um carro de luxo estacionado cinquenta metros atrás também ligou o motor, o som do motor ecoando na rua tranquila.- Dalila, acelere um pouco. Vamos ultrapassar o carro do João e descobrir quem é aquela mulher. - Disse Sra. Ferreira, com uma ponta de u
Dalila estava dirigindo com confiança e um leve sorriso no rosto. O carro que ela estava usando pertencia à Sra. Ferreira, que o emprestou a Dalila para usar enquanto estava na Cidade G. Era uma demonstração de confiança e afeto, algo que Dalila apreciava muito.A Sra. Ferreira gostava muito de Dalila e queria muito que ela ficasse com João. Dalila, por outro lado, não estava com pressa para conquistar João. Em vez disso, ela passava seu tempo livre acompanhando a Sra. Ferreira em passeios e atividades, o que fazia com que a Sra. Ferreira gostasse ainda mais dela. Ela estava seguindo a estratégia de conquistar a sogra primeiro.Ouvindo o que Dalila disse, a Sra. Ferreira olhou rapidamente para fora da janela do carro. Dalila estava dirigindo e havia muitos carros atrás dela, então ela não podia parar de repente ou reduzir a velocidade. Quando a Sra. Ferreira olhou, já estavam muito distantes, mas uma mãe pode facilmente reconhecer seu filho.- É o João. - Disse a Sra. Ferreira com ce
- Cinco a seis mil reais por metro quadrado, mais ou menos. - Sandro respondeu, com um tom de voz que sugeria resignação.Aurora olhou para os dois tios e os dois primos, sua expressão severa. - Vocês têm alguma objeção? Se não, faremos como o avô sugeriu. Vou pedir a alguém para redigir o contrato e levar um notário para formalizar o acordo. Depois disso, a propriedade dos meus pais não incluirá mais os avós. - Ela respirou fundo, mantendo a postura firme. - Eles podem continuar morando lá, mas vocês precisam pagar o aluguel e as contas de água e luz. Não vamos tirar vantagem de vocês, mas também não aceitamos ser prejudicadas.Bruno se aproximou e sussurrou no ouvido de Aurora: - Primeiro, transfira a propriedade. Embora o nome na escritura ainda seja o de seu pai, precisamos que seus avós assinem um documento renunciando à herança para que você e Madalena possam herdar completamente.Aurora assentiu, entendendo a necessidade de resolver tudo legalmente. Havia uma determinação em s
Após trocarem olhares, Sandro perguntou com um tom de preocupação: - Aurora, vocês duas podem discutir e nos dar um preço pela casa e o terreno? - Se vendermos, quem vai pagar? Vocês ou os avós? - Aurora olhou para Sandro. Sandro suspirou, consciente da complicação. - Seria para os avós morarem, então eles pagariam. Mas depois da doença da vovó, as economias deles acabaram. Nós ajudamos a pagar as despesas médicas, mas eles não têm dinheiro suficiente. - Ele hesitou antes de continuar, sabendo que a resposta não seria bem recebida. - Podemos fazer com que os avós escrevam uma nota promissória, e eles pagam o que puderem agora e o resto fica pendente...Aurora levantou uma sobrancelha, incrédula. - Pendentes para vocês pagarem depois? - Ela sentia a irritação crescer, sabendo que essa era mais uma tentativa de passar a responsabilidade para elas.Madalena, tentando conter a indignação, perguntou: - Os avós estão idosos, sem renda. Como eles vão comprar uma casa? Sandro ficou em s
Sandro convenceu o velho Sr. Garcia a negociar com Aurora e Madalena sobre a questão da casa de Joaquim.- Está bem. - Aurora concordou. Ela preferia resolver isso por meio de negociações do que gastar tempo e energia com um processo judicial. Uma hora depois.Bruno arranjou uma sala privada no Hotel Internacional da Cidade G para a reunião entre eles. Madalena chegou acompanhada de Michel. Ela segurava a mão do filho com firmeza, buscando força no pequeno, que olhava curioso para todos ao redor. O velho Sr. Garcia também chamou Diego de volta. Ele sempre planejava deixar a casa de Joaquim para Diego, considerando-o seu neto favorito e confiando-lhe todas as decisões importantes. Diego, apesar de suas falhas, era visto pelo o velho Sr. Garcia como uma extensão de si mesmo.Quando Diego soube que Aurora usou Ronaldo para fazer um teste de DNA com seu avô, ele percebeu que continuar com a disputa seria inútil. Sentiu uma mistura de raiva e resignação. Aurora tinha sido mais astuta do